Esclerose Múltipla Flashcards
O que é EM?
Doença auto-imune inflamatória e degenerativa da substância branca e cinzenta do sistema nervoso central.
Qual a epidemiologia de EM?
2,3 milhões de portadores no mundo (Federação Internacional de EM);
América Latina: prevalência de 0,83-38,2 casos/ 100.000 hab;
Mais frequentes em mulheres (M:H 2:1), caucasianos, adultos jovens (20-40 anos é a faixa típica de início dos sintomas);
2-5% dos casos iniciam a doença na infância ou adolescência.
Qual a fisiopatologia de EM
Associação de fatores de risco genéticos e ambientais gera a doença por mecanismos de perda de tolerância imunológica e autorreatividade;
Ocorre ativação de linfócitos T tanto no SNC quanto na periferia e essa ativação promoverá feedback positivo na liberação de citocinas e ativação da micróglia.
Esse processo culmina com a destruição da bainha de mielina, oligodendrócitos e
axônios.
As lesões podem acometer diversos locais do SNC gerando sintomas dependendo da localização;
Esse processo culmina com a destruição da bainha de mielina, oligodendrócitos e axônios.
Qual o quadro clínico de EM
Sintomas mais comuns:
Neurite óptica (perda de acuidade visual, dor ocular e discromatopsia (percepção anormal das core))
Sintomas motores (fraqueza, marcha rígida e desequilibrada, espasmos, em níveis comprometedores cadeira de rodas)
Sintomas sensitivos (parestesias, formigamento, queimação, sensação de choque elétrico)
Vertigem (tontura, falsa sensação de movimento)
Diplopia binocular (borrado)
Alterações esfincterianas;
Astenia (diminuição de força física) ;
Depressão.
art:
Paresia (fraqueza menos intensa - perda parcial da motricidade) em um ou mais membros
Parestesia(formigamento) em um ou mais membros
Neurite óptica
Marcha atáxica
Quais as formas de EM de acordo com a classificação de 2013, quais seus respectivos gráficos de evolução.
EM Remitente-Recorrente (ou EM Surto-Supressão);
EM Secundariamente Progressiva;
EM Primariamente Progressiva;
Síndrome Clínica Isolada (CIS);
Síndrome Radiológica Isolada (RIS).
Defina CIS, RIS, EMDG e as diferencie.
SCI: que é o primeiro evento clínico (no caso, neurite óptica) desmielinizante do indivíduo.
Quando o profissional se depara com uma situação dessas, deve investigar o paciente
amplamente para o diagnóstico diferencial e avaliar se o paciente apresenta alto risco de
conversão para esclerose múltipla clinicamente definida (EMCD).
Nesta última situação,atualmente se recomenda o tratamento precoce com imunomoduladores, com o objetivo de impedir ou retardar a conversão de uma CIS para EMCD.
RIS - Síndrome radiologicamente isolada (RIS)
resultados de RM típicos de EM que são casualmente observados em pacientes sem manifestações clínicas
decore a tabela
escrever
Quais os critérios de EM-PP McDonald
Progressão neurológica primária insidiosa sugestiva de EM com:
>= 1 ano de progressão da incapacidade (determinada retrospectivamente ou prospectivamente) independente de surto clínico
Mais 2 dos 3 seguintes critérios:
>= 1 lesão hiperintensa em T2 (sintomática ou assintomática) em pelo menos 1 das 4 regiões típicas de EM no SNC (periventicular, cortical ou justacortical, infratentorial (TE/cerebelo) e medula espinhal)
>= 2 lesões hiperintensas em T2 (sintomáticas ou assintomáticas) medulares
LCR + (BOC + e/ou Índice elevado de IgG)
Classificação da neuroanatomia
Periventricular
cortical/juxtacortical
infratentoral
Spinal copo
Diagnósticos diferenciais
Lúpus eritematoso sistêmico Periarterite nodosa Miastenia grave Doença de Lyme Encefalomielite disseminada aguda Tumores intracranianos Mielocompressão Degeneração combinada de medula Mielopatia associada ao HTLV-1
Tipos de tratamento
Tratamento dos surtos;
Tratamento modificador da doença;
Tratamento sintomático;
Medidas não farmacológicas.
Tratamento dos surtos
Tratamento dos surtos:
Metilprednisolona 1g/dia 3-5 dias (casos graves: 7 dias);
Plasmaferese (surtos graves).
Corticoides, como conhecemos, são uma classe de medicamentos de ação anti-inflamatória e imunossupressora - ou seja, usada para suprimir os mecanismos de defesa do corpo, um procedimento necessário para a realização de transplantes e enxertos, por exemplo.
Tratamento sintomático
Tratamento sintomático:
Sintomas psiquiátricos, rigidez muscular, etc;
Medidas não farmacológicas:
Todos os pacientes;
Atividade física regular, suspender tabagismo, suplementação de vitamina D se valores baixos, dieta balanceada, controle do peso, cuidado multidisciplinar (reabilitação, psicoterapia).
Tratamento modificador da doença
PCDT/ Ministério da Saúde:
1ª linha: Betainterferonas 1a e 1b, Glatirâmer, Teriflunomida ou Fumarato de Dimetila;
2ª linha: Betainterferonas 1a e 1b, Glatirâmer, Teriflunomida, Fumarato de Dimetila ou Fingolimode;
3ª linha: Fingolimode;
4ª linha: Natalizumabe.
Drogas de alta eficácia:
SUS: Fingolimode e Natalizumabe;
Não-SUS (aprovadas pela ANVISA): Alentuzumabe, Cladribina e Ocrelizumabe.
Dia de conscientização sobre a esclerose múltipla
30 de agosto
Como funciona o sistema imune?
Fundamental: moléculas na superfície celular que são capazes de se ligar e aderir a outras moléculas presentes na superfície da célula oposta
Um animal pode produzir milhões de anticorpos diferentes. Cada anticorpo reconhece o seu antígeno (ligação específica)
O que é tolerância imunológica?A quebra da tolerância imunológica, está relacionada a quais fatores?
- É a não reação do SI frente a determinados antígenos, mesmo havendo o potencial de fazê-lo.
- O SI é concebido para detectar inúmeras substâncias e reagir contra elas, porém pode “desligar” esta capacidade para algumas.
- Na verdade o SI “desliga” a reação contra antígenos próprios. Dizemos que o SI “tolera” antígenos próprios
- A quebra da tolerância imunológica, que dá origem às DAI, está relacionada a fatores genéticos, ambientais e hormonais.
O que é tolerância periférica
Tolerância imunológica específica que
ocorre fora dos órgãos linfoides primários
O que é tolerância central
Tolerância imunológica específica
consequente à indução da apoptose dos
linfócitos ou à anergia nos órgãos linfoides
primários (medula óssea, no caso de
tolerância das células B, e timo, no caso de
células T)
encefalomilite auto imune experimental
teste no rato
A encefalomielite autoimune experimental (EAE) é considerada um modelo de esclerose múltipla e mimetiza as principais caracte-rísticas da doença, como a desmielinização e a fraqueza motora.
A semelhança com a encefalomielite autoimune experimental (uma doença desmielinizante induzida pela imunização dos roedores com mielina combinada com o adjuvante de Freund completo) sugere que a autoimunidade é crucial na esclerose múltipla (EM). Cerca de um terço das células ativáveis por 11-2 ou IL-4 presentes no LCR dos pacientes com EM tem especificidade para mielina e o fenótipo HLA-DR2 é um fator de risco importante.
Um modelo animal de esclerose múltipla, uma doença autoimune desmielinizante do sistema nervoso central. A EAE é induzida em roedores com imunização com componentes da bainha de mielina (p. ex., proteína básica da mielina) dos nervos, misturados com um adjuvante. A doença é mediada em grande parte por células T CD4 + secretoras de citocinas específicas para as proteínas da bainha de mielina.
Quais os tipos de célula do sistema nervoso envolvidos na esclerose múltipla?
neurônio
micróglia
astrócitos
oligodendrócitos
Sequenciamento da desmielinização a nível imunológico (GERAL)
Indivíduos genéticamente predispostos –> hiperatividade imunológica –> alterações na BHE –> processo inflamatório –> reconhecimento da mielina –> desmielinização
Sequenciamento da desmielinização a nível imunológico (ESPECÍFICO)
Células T autorreativas específicas para a mielina (sobreviventes ao controle tímico) são ativadas –> migram por quimiotaxia para o SNC através da BHE –> Reativação local com uma expansão clonal –> ataque à mielina - diretamente ou por mediação de outras células –> inicio do processo de desmielinização e dano axonal
quais os antígenos da mielina?
- a proteína básica da mielina (PBM)
- a proteína lipoprotéica (PLP)
- a glicoproteína de oligodendrócito associada com a mielina (MOG)
- glicoproteína associada com a mielina (MAG)