Puerpério 14/08 Flashcards

1
Q

Por que a produção de leite materno está inibida durante a gestação?

A

Porque os receptores de prolactina nos alvéolos estão inibidos pelas elevadas concentrações de progesterona e de hormônio lactogênico placentário.

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2
Q

Hormônio responsável pela produção de leite.

A

Prolactina.

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3
Q

Hormônio responsável pela ejeção de leite.

A

Ocitocina.

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4
Q

Hormônios responsáveis pelo preparo da mama.

A

Estrogênio - desenvolvimento dos ductos galactóforos.

Progesterona - desenvolvimento dos alvéolos.

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5
Q

O que é a tríade de Brumm?

A

Útero involuído, amolecido e doloroso à mobilização.

Relacionada com endometrite puerperal.

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6
Q

Vínculo mental.

Mastite puerperal.

A

Turgidez mamária +
Sinais flogísticos +
Febre.

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7
Q

Conduta hemorragia puerperal por atonia uterina (8)

A

1) Ocitocina EV + massagem uterina + agente antifibrinolítico
2) Metilergotamina IM
3) Misoprostol via retal
6) Balão de Bakri
5) Rafia b-linch
6) Ligadura de artérias uterina / hipogástrica
7) Embolização de artéria uterina
8) Histerectomia subtotal

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8
Q

Dose da ocitocina profilática e terapêutica.

A

Ocitocina profilática: 10 UI IM.

Ocitocina terapêutica: 5 UI EV lento + terapia de manutenção (20-40 UI em 500mL SF0,9%. Manter a infusão por 4 horas após o parto).

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8
Q

Cite 3 uterotônicos.

A

1) Ocitocina
2) Metilergotamina
3) Misoprostol.

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9
Q

Contraindicações a metilergotamina (3)

A
  • Cardiopatia
  • Distúrbios hipertensivos
  • Asma
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10
Q

Causas de hemorragia puerperal.

A

4 Ts

Tônus - atonia uterina
Trauma - laceração de canal de parto, inversão uterina, rotura uterina, hematomas
Tecido - restos ovulares, coágulo, acretismo
Trombina - coagulopatias, uso de anticoagulantes.

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11
Q

Índice de choque.

A

FC / PAS

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12
Q

Evolução da loquiação.

A

Rubra > fusca > flava > alba.

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13
Q

Conduta na fissura mamilar.

A
  • Analgesia
  • Leito materno ou lanolina tópica
  • Ordenha regular da mama.
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14
Q

Conduta no ingurgitamento mamário.

A
  • Massagem local
  • Compressa fria
  • Aleitamento à livre demanda com acerto de pega.
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15
Q

Contraindicações à amamentação. (6)

A

1) Usuárias de droga
2) Portadoras de HIV
3) Herpes mamilar ativo
4) RN com galactosemia
5) Tratamento para neoplasia de mama
6) Fármacos: ciclofosfamida, ciclosporina, MTX, etc..

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16
Q

Morbidade febril puerperal. (5)

A
  • Mastite
  • Abscesso de mama
  • Endometrite puerperal
  • Tromboflebite pélvica séptica
  • Infecção da incisão.
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17
Q

Definição de morbidade febril. (4)

A

1) Temperatura > 38 por > 48 horas
2) Nos primeiros 10 dias pós parto.
3) 4 aferições diárias por via oral
4) Exceto nas primeiras 24 horas pós parto.

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18
Q

Fatores de risco para endometrite. (5)

A

1) Cesariana
2) Trabalho de parto prematuro
3) RPMO
4) Toques vaginas repetidos
5) Swab reto-vaginal positivo

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19
Q

Tratamento da endometrite.

A

1) ATB via oral se quadro restrito ao útero.

2) ATB EV se infecção moderada a grave.
- Gentamicina EV + clindamicina EV ou metronidazol EV.

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20
Q

Fatores de risco para infecção de parede abdominal.

A

1) Cesariana
2) Obesidade
3) DM
4) Imunossupressão
5) Tempo cirúrgico prolongado
6) Tabagismo.

Germes mais comuns: S. aureus, S. epidermidis, E. coli.

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21
Q

Tromboflebite pélvica séptica.

A

Febre persistente em uso de ATB e com melhora do estado geral.

Diagnóstico de exclusão.
Prova terapêutica com enoxaparina.
TC ou RM de pelve.

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22
Q

Quadro clínico da mastite.

A
  • Hiperemia mamária
  • Mastalgia
  • Ingurgitamento
  • Linfonodos reacionais
  • Pode ter febre.

Obs.: comentário de uma questão desse ano: febre > 38,5C.

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23
Q

Germe mais comum na mastite.

A

Staphylococcus aureus.

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24
Q

Complicação da mastite.

A

Abscesso mamário.
- dor mais intensa, queda do estado geral.
- ATB + drenagem cirúrgica em casos mais extensos com colocação de dreno por no mínimo 24 horas.

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25
Q

Complicações do abscesso mamário.

A

Após tratamento pode evoluir com fístula ou mastite crônica.

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26
Q

Fatores de risco para hemorragia pós parto. (9)

A

1) Sobredistensão uterina - gemelar, polidramnia, macrossomia
2) Corioamnionite
3) Multiparidade
4) Acretismo placentário
5) Indução de parto
6) Parto operatório
7) Lacerações de canal de parto
8) Parto taquitócito
9) Distúrbios hipertensivos.

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27
Q

Prevenção da Hemorragia pós parto.

A

Manejo ativo do terceiro período do parto.
- ocitocina 10 UI IM
- clampeamento oportuno do cordão umbilical
- tração controlada do cordão umbilical

28
Q

Prova prática.
Manejo inicial da hemorragia pós parto (8).

A

1) Chamar ajuda
2) Dois acessos calibrosos + monitorização
3) Infusão de cristaloide
4) Laboratório com hemograma, prova cruzada, coagulograma, fibrinogênio + lactato e gasometria
5) Aporte de O2 com máscara facial 8-10L/min
6) Sondagem vesical de demora
7) Antifibrinolítico
8) Estabelecer etiologia.

29
Q

Prova prática.
Determinar a causa da hemorragia pós parto. (4)

A

1) Avaliar tônus uterino
2) Revisão da cavidade uterina
3) Revisão do canal de parto
4) Avaliar história de coagulopatia e uso de medicamentos

Falar que vai tratar a causa específica da hemorragia.

30
Q

Principal conduta na atonia uterina.

A

Massagem bimanual + ocitocina 5 UI EV lento.

A massagem bimanual também é denominada Manobra de Hamilton.

31
Q

Dose da metilergometrina ou metilergotamina.

A

0,2 mg IM
Repetir em 20 minutos se necessário.

32
Q

Dose do misoprostol.

A

800 mcg via retal (ou oral).

33
Q

Dose do ácido tranexâmico.

A

1g EV lento. Realizar nas primeiras 3 horas.

34
Q

Tratamento da mastite.

A

1) Esvaziamento da mama acometida com ordenha manual
2) Posicionamento correto
3) Analgésicos e/ou AINE
4) ATB de amplo espectro com cefalexina ou clindamicina.

35
Q

Quando contraindicar o aleitamento na mastite?

A

Em caso de saída de pus diretamente pelo mamilo.
Atenção: está contraindicado apenas na mama acometida!

36
Q

Cite 3 causas de mastite não infecciosa.

A

1) Ingurgitamento mamário
2) Não esvaziamento
3) Má pega

37
Q

Técnica correta de amamentação.

A

Posicionamento adequado.
- Rosto do bebê de frente para a mama, com o nariz na altura do mamilo
- Corpo do bebê próximo ao da mãe
- Cabeça e tronco alinhados
- Bebê bem apoiado

Pega adequada.
- boca bem aberta
- lábio inferior virado para fora (evertido)
- queixo tocando a mama
- aréola mais visível acima da boca do bebê do que em baixo.

38
Q

Quando o útero retorna para a cavidade pélvica?

A

A partir de 15 dias após o parto.

39
Q

O que é a manobra de Taxe e qual sua indicação?

A

Indicada na inversão uterina.

A manobra de Taxe deve ser feita sob anestesia e consiste em
direcionar manualmente o útero para sua posição fisiológica com a
introdução da mão dominante fechada na cavidade endometrial pela
vagina.

40
Q

Agente etiológico da endometrite.

A

Polimicrobiana.

A maioria das bactérias envolvidas são aquelas que colonizam períneo, trato genital e intestino.

41
Q

Defina hemorragia pós-parto.

A

Patologia caracterizada pela perda sanguínea acima de 500mL após parto vaginal ou > 1.000mL após parto cesariana nas primeiras 24 horas ou qualquer perda de sangue pelo trato genital capaz de causar instabilidade hemodinâmica.

42
Q

No manejo da hemorragia pós-parto, qual abordagem envolve abertura do retroperitônio?

A

Ligadura de artérias ilíacas internas (=hipogástricas). Derivam das artérias ilíacas comuns (direita e esquerda).

43
Q

Placenta retida.

A

Dequitação após 30 minutos.

44
Q

“Após extração fetal, há fuga da matriz uterina à palpação abdominal e sangramento intenso a ponto de causar choque hipovolêmico.”

Qual a patologia?

A

Inversão uterina.

45
Q

Qual medicação é possível utilizar na inversão uterina?

A

Tocolíticos para relaxar o útero e facilitar as manobras.

46
Q

Conduta na hemorragia pós parto por retenção placentária.

A
  • Extração manual da placenta (curagem)
  • Curetagem

Sob anestesia!

47
Q

Fator mais importante na prevenção de lesões areolares e capilares.

A

Pega correta do RN.

48
Q

Conduta na hemorragia pós-parto por laceração de trajeto.

A
  • Agente fibrinolítico
  • Rafia da laceração.
49
Q

Ordem de rafia na laceração de trajeto.

A

mucosa vaginal > musculatura > pele.

50
Q

Ordem da rafia de laceração de quarto grau.

A

mucosa retal > esfincter anal interno > esfincter anal externo > mucosa vaginal > musculatura > pele.

51
Q

Cite 4 causas de laceração de trajeto.

A

1) Episiotomia extensa
2) Macrossomia fetal
3) Parto instrumentalizado
4) Parto taquitócito.

52
Q

Classificação da laceração de trajeto

A

1 grau) pele, fúrcula ou mucosa vaginal
2 grau) pele, mucosa vaginal, músculo perineal
3 grau) pele, mucosa vaginal, músculo,
e esfincter anal (interno ou externo)
4 grau) pele, músculo, mucosa vaginal, esfincter anal, mucosa retal.

53
Q

Verdadeiro ou falso:
A exposição do RN a fármacos ingeridos pela lactante é cinco vezes maior do que na vida intrauterina, por via transplacentária.

A

Falso.

É justamento o contrário. A placenta fornece contato direto com o sangue materno, já no leite temos várias barreiras para que a medicação seja excretada juntamente.

54
Q

Como fazer a inibição da lactação?

A

Métodos não farmacológicos são a primeira escolha e devem ser associados entre si.

Exceto em pessoas vivendo com HIV: indicação formal de supressão com cabergolina 0,5 mg 2cp VO dose única

55
Q

Verdadeiro ou falso:
A lochia alba aparece ao redor do décimo dia de puerpério e contém significativa quantidade de leucócitos.

A

Falso.
A partir de 21 dias apos o parto tem a loquiação branca, de aspecto pouco mais fluido que clara de ovo, e consiste na esfoliação normal do endométrio.

56
Q

O que é a apojedura? E quando ocorre?

A

É a descida do leite.
Entre 3-5 dias após o parto.

57
Q

Fechamento do colo uterino.

A

A dilatação estreita-se principalmente na primeira semana, estando fechado já na segunda semana após o parto.
O orifício externo não volta ao seu aspecto pré-concepcional.

58
Q

Verdadeiro ou falso:
Cerca de 15% das
mulheres desenvolvem um transtorno de depressão pós-parto não-
psicótico em seis meses após o parto.

A

Verdadeiro.

59
Q

Distúrbio psiquiátrico mais comum do puerpério.

A

Blues puerperal ou baby blues.
É um estado transitório de reatividade emocional exacerbada experimentada que pode atingir até 80% das mulheres. É
causada pela alteração hormonal do puerpério e se caracteriza por maior
instabilidade emocional, com oscilação entre momentos de choro,
depressão, ansiedade, dificuldade de concentração, irritabilidade e
labilidade emocional.

60
Q

Surgimento e fim do baby blues.

A

Os sintomas costumam surgir a partir do 3 ao 5.º dia pós parto, geralmente com uma piora 1 semana após o parto, se
normalizando por volta do décimo quarto dia de puerpério.

61
Q

Cite 4 fatores de risco para o baby blues.

A

1) história de depressão
2) sintomas depressivos durante a gestação
3) história familiar de depressão
4) alterações de humor pré-menstruais

62
Q

Quando encaminhar a paciente com suspeita de depressão pós parto para o psiquiatra?

A

EPDS ≥ 10.

Escala de depressão pós parto de Edimburgo.

63
Q

Em qual condição orienta-se o afastamento do binômio mãe-RN?

A

Psicose pós-parto.
É uma emergência médica.
Índice de filicídio de 4,5%.
Início abrupto dos sintomas. Pode ter alucinação e delirio.

64
Q

Manobra de Hamilton.

A

Punho compressão com a mão cerrada no interior da vagina, comprimindo útero contra a mão posicionada no hipogástrio.
↓Hemorragia puerperal.

65
Q

Cite 2 diferenças entre o ingurgitamento mamário e a mastite.

A

1) Tempo de ocorrência:
- ingurgitamento ocorre geralmente com a apojedura
- mastite ocorre 2-4 semanas pós-parto

2) Na mastite pode ter linfonodo axilar palpável.

Atenção: a questão colocou temperatura oral > 38,5 como mastite. É oral e não axilar!

66
Q

Verdadeiro ou falso;

Deve-se evitar colocar o bebê para sugar a mama que estiver apresentando fissura ou mamilos machucados.

A

Falso.
Idealmente, tentamos prevenir as fissuras. Contudo, se acontece, o que podemos fazer é iniciar a mamada pela mama menos afetada.

67
Q

Verdadeiro ou falso:

Retirar um pouco do leite antes de colocar o bebê no peito pode facilitar a pega, se a mama estiver muito cheia.

A

Verdadeiro

68
Q

Anti-hipertensivos contraindicados no aleitamento materno. (2)

A

BRA (excreção pelo leite)
Hidroclorotiazida (reduzir produção).