Propedêutica vascular Flashcards
Anamnese
Sexo e idade
Pacientes idosos com dor na perna, provavelmente deve ter aterosclerose (principal etiologia que oclui as artérias).
Em pacientes jovens, pensar mais em doenças venosas (varizes e TVP)
Profissão: fica o dia todo sentado ou em pé, carrega peso (varizes)
Claudicação intermitente definição
esforço físico (ex: caminhar), dor ao parar (5-10 minutos com dor), consegue caminhar a mesma distância. Começa com longas distâncias, até evoluir para mínimas distâncias (limitante). Pode chegar a dor em repouso (neurite isquêmica). É patognomônica de doença arterial
A dor é proporcional ao grau de
isquemia dos tecidos
Perguntas para se fazer ao paciente
Dor na perna há quanto tempo? Como é a dor? Perguntar se a perna gelou, ficou roxa? Antes, você sentia dor para caminhar?
Alteração da cor da pele
palidez, cianose, vermelhidão
Alteração intermitente da cor por arteriopatias funcionais (todos os pulsos presentes → caracterizar doença / fenômeno de Renault)
Arteriopatia funcional: não há doença arterial; é a alteração da coloração da pele de acordo com a variação de temperatura.
O fenômeno de Renault é quando há associação com alguma doença reumática; a doença de Renault é quando não associa.
Lesão trófica - úlcera / gangrena
Espontânea (mais grave pois denota progressão da doença, ocorre no dorso do pé ou ponta dos dedos) ou pós-trauma (acidente de percurso, menos grave).
Odor: odor fétido → infecção e secreção purulenta? Se tem infecção, é sinal que está chegando sangue naquela ferida ainda para estar nutrindo essa colônia bacteriana).
Tempo de surgimento.
Dor na lesão (só na lesão) e/ou pé (no pé todo).
Localização
Sintomas neurológicos
paralisia, parestesia ou anestesia
Em pacientes crônicos, não será a queixa principal
Pacientes diabéticos apresentam esse sintoma tipicamente
Já é sinal de oclusão arterial aguda grave quando associado à palidez e outros sinais de dor. Há perda de função por demora na revascularização. Lesa o nervo por isquemia
Odor fétido o que significa?
infecção e secreção purulenta? Se tem infecção, é sinal que está chegando sangue naquela ferida ainda para estar nutrindo essa colônia bacteriana)
Impotência erétil = Síndrome de Leriche
Doença arterial que compromete a aorta terminal, causando oclusão aorto-ilíaca).
Claudicação de glúteos e face posterior da coxa
Ausência de pulsos femorais
Impotência sexual
Antecedentes pessoais
Nicotina: ação vasoconstritora, metabolismo lipídico, plaquetária, produção de prostaciclinas.
Monóxido de carbono: lesão de parede vascular
Hiperlipidemia
Diabetes mellitus
Hipertensão
Febre reumática: embolia arterial
Trauma arterial: fístula arteriovenosa, pseudo aneurisma (lesão parcial da parede da artéria, onde se deposita plaquetas e a parede fica frágil, causando abaulamento - comum após cateterismo), distrofia simpático reflexa.
Outros (agravantes): episódios cardíacos prévios, HAS, IAM, angina pectoris, AVC, AIT (acidente isquêmico transitório - manifestação neurológica que dura > 24h e não deixa sequelas).
Tromboangeíte obliterante (TAO)
Doença de Buerger, é uma doença vascular inflamatória oclusiva
caracterizada pela inflamação e trombose das artérias e veias de pequeno e médio calibre, geralmente dos pés ou das mãos.
Atinge mais homens, menores de 40 anos e tem uma forte relação com o tabagismo.
Aterosclerose: mais frequente.
Fatores de risco: dislipidemia, diabetes, tabagismo, HAS.
Arterite de Takayasu: vasculite (inflamação da parede dos vasos sanguíneos) crônica que afeta a aorta e seus ramos primários
Pé diabético pode ocorrer por
Isquêmico (bem orientado, início com pulso, usa sapato apertado e não sente, evoluindo para sem pulso), neuropata (todos os pulsos, sapato apertado, pé começa a deformar - há deformação do pé também na hanseníase e no etilista crônico -, pé começa a desabar, dedo fica em garra, múltiplas fraturas, osteólise) ou infeccioso (todos os pulsos presentes).
Arterosclerose.
Macroangiopatia diabética: sem pulso.
Microangiopatia diabética: mesmo com pulso, cicatrização é menor, podendo ter necrose.
Claudicação intermitente é patognomônico de
doença arterial
A dor da claudicação é sempre
posterior
Como é a dor de repouso?
Dor que não melhora com nada
Estágio mais avançado de uma isquemia
Tem que revascularizar jogando sangue pulsátil senão paciente perde aquele pé
Paciente dorme até com pé pendente na tentativa de fazer chegar mais sangue
Dor forte que piora à noite, deitado e no frio
Paciente fica em dor antálgica na tentativa de melhorar a dor: perna pendente
Remédio forte para dor não melhora
Neurite isquêmica: começa a comprometer o nervo
Paciente com risco de perder a perna
Isquemia grave
Dor em repouso e lesão trófica (não cicatriza)
Necessidade de revascularização (só tratamento clínico não funciona)
Intervenção endovascular (abre a estenose e coloca stent) OU
Cirurgia aberta: faz ponte, utiliza enxerto. Para isso, precisa de área doadora e área receptora que vai receber esse enxerto. Antes de pegarmos o enxerto, fazemos a classificação dos pulsos de 0 a 4 cruzes para estudarmos onde há obstrução e corrigí-la antes de fazer o enxerto