Aneurismas Flashcards
Aneurismas definição
dilatação localizada permanente, ou seja, focal de uma artéria, tendo um aumento de pelo menos 50% de diâmetro quando comparado com o diâmetro normal esperado
Classificação de aneurismas
Verdadeiro: todas as camadas do vaso
Falso: hematoma pulsátil (sangue fica contido nos tecidos circunvizinhos ao hematoma, rodeado por uma capa de fibrose) - uma das principais causas são procedimentos invasivos
Formas do aneurisma
Saculares (mais comum): formação maior para um lado
Fusiforme: dilatação difusa em todas as direções
Dissecantes: ruptura da camada interna (ex: dissecção de aorta)
Aneurismas viscerais
dos periféricos, o mais comum é da artéria esplênica, principalmente em mulheres em idade fértil → devem ser tratadas!
Etiologias aneurismas
Degenerativos
Infecciosos: enfraquecimento da parede do vaso e dilatação
Principais locais acometidos: aorta e femoral
Falsos aneurismas infectados
Agentes: Staphylococcus e salmonella
Inflamatórios: aneurismas com densa inflamação perianeurismática
Pós-estenóticos: fluxo turbilhonado após a estenose, aumenta a tensão na parede do vaso e causa a dilatação
Traumáticos: pseudoaneurisma (mais comum) ou aneurismas verdadeiros, causados por FAF, FAB, métodos terapêuticos invasivos (maioria), desaceleração
Anastomóticos: deiscência ou ruptura da linha de sutura, infecção, doença da parede arterial, hipertensão, proximidade com articulações, cicatrização
Congênitos: Síndrome de Marfan, agenesia focal da camada média, aneurismas saculares de carótidas
Multifatoriais: ateroscleróticos
ANEURISMAS X DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA PERIFÉRICA (DAOP)
Aneurisma: maior acometimento da camada média (muscular e elástica) e adventícia.
DAOP: maior acometimento da camada média e íntima
Quadro clínico aneurisma
Assintomáticos: achado de exame físico ou imagem
Dependente da presença do aneurisma: pulsatilidade anormal (“coração na barriga”) → palpação sensibilidade de 76% de AAA > 5 cm
Dependente de compressão: nervos, veias, vísceras (ureteres)
Dependente de complicações: embolizações distais (síndrome do dedo azul), tromboses, rotura → dor abdominal, dor lombar, massa pulsátil, hipotensão arterial
Diagnóstico aneurisma
Clínico: aneurisma de carótidas e femorais geralmente são visíveis. Os de aorta abdominal são visíveis quando grandes.
Radiográfico: calcificações na parede (mas difícil de ver)
USG: método de screening populacional. Simples, barato e não invasivo.
Angiotomografia (padrão-ouro): usada para diagnóstico e planejamento cirúrgico.
Simples ou contrastado
Reconstrução 3D: início de fim do aneurisma, desvio do saco aneurismático, relação com os vasos sanguíneos, relação com as estruturas vizinhas .
Cortes transversais: luz do aneurisma, trombo, início de fim do aneurisma, relação com estruturas adjacentes, diagnóstico de rotura
Angiorressonância: usado quando o paciente tem insuficiência renal ou alergia a contraste iodado. Não é o principal exame, tem uma especificidade menor. Avaliação da luz dos vasos
Arteriografia:
Observação da luz dos vasos
Mais utilizada em aneurismas periféricos (artérias proximais e distais)
Associado a lesões oclusivas ou estenóticas
Medida descompressão do vaso
Procura embolizações e verificar se é possível a realização de derivações
Não fazemos para aneurisma de aorta
Tratamento aneurismas
Aneurismas pequenos → observação
Aneurismas grandes → cirurgia
Complicações: rotura, trombose, embolização, cirurgia
Avaliamos pelo risco de ruptura, risco da cirurgia, expectativa de vida do paciente e preferências do paciente
Aneurisma de aorta - Risco de ruptura:
Ponto de corte > 5-5,5 cm
Risco de 20% ao ano quando 6 cm
Risco de 0,6-1% ao ano quando 4-5 cm
Crescimento rápido: 0,5 cm ou mais em 6 meses
Sacular: operar precocemente
Tratamento técnica aberta
Transperitoneal: laparotomia. Revisão intracavitária e lesão da aorta e ilíacas.
Técnica: clampeia os vasos ao redor do aneurisma, abre o saco aneurismático, coloca uma prótese sintética, faz uma sutura proximal e distal e cobre a prótese.
Retroperitoneal: indicada quando abdômen hostil, DPOC, obesidade
Indicações: expectativa de vida > 10 anos e baixas taxas de mortalidade < 5%.
A isquemia quente dos órgãos que ocorre durante a cirurgia do aneurisma causa grandes distúrbios hemodinâmicos, incluindo possível síndrome de reperfusão.
Complicações tratamento
Renais: isquemia renal, pode causar um distúrbio hidroeletrolítico que leva a arritmias
Hemorragia
Cardíaca: primeiros dois dias
Isquemia visceral: colo esquerdo 1 a 2% (mortalidade 40%)
Lesões iatrogênicas: ureter
Embolização distal
Técnicas endovascular
Indicações:
Expectativa de vida < 10 anos
Condição clínica desfavorável: abdômen hostil
Critérios anatômicos adequados
Capacidade de reduzir controle adequado
Método minimamente invasivo
Introdução de cateteres e endopróteses internamente ao AAA, por meio da artéria femoral
Controle fluoroscópico
Exclusão do saco aneurismático e fluxo interna na endoprótese
O grande problema são as recidivas
Complicações: vazamentos “endoleaks” – a prótese não encaixa direito
Vantagens:
Atual método de escolha
Taxa de sucesso a curto e médio prazo são boas
Reduz a perda sanguínea intraoperatória
Reduz a permanência hospitalar
Retorno mais precoce às atividades
Estudos atuais de acompanhamento de longo prazo confirmam bons resultados
Disfunção sexual
Acompanhamento
Angio TC 1,6 e 12 meses
Duplex Scan: boa sensibilidade endoleak tipo I/67% endoleaks (geral maioria tipo II)
Medida de pressão do saco aneurismático: acompanhamento endoleak tipo II
Aneurisma de artéria poplítea
Se tiver em uma poplítea, pesquisar na outra (70% de chance de bilateralidade)
A poplítea tem poucos ramos, logo se obstrui a taxa de amputação é muito alta
Indicação cirúrgica: risco de trombose e risco de ateroembolia (obstrução dos vasos periférico)
Técnica aberta: exclusão e ressecção
Exclusão: amarra e exclui, depois revasculariza.
Ressecção: melhor indicação para aneurismas localizados
Técnica endovascular: endopróteses revestidas
Bons resultados precoces
Dificuldade de avaliação: pequeno número de casos
Pseudoaneurisma femoral
Técnica de ressecção
Derivação com veia autóloga
Técnica endovascular
Artéria ilíaca
Embolização
Aneurisma periférico
Artéria esplênica