Pólipos intestinais Flashcards
PÓLIPOS INTESTINAIS
DEFINIÇÃO
- Crescimento anormal na mucosa.
CLASSIFICAÇÃO MACROSCÓPICA
1. Séssil
2. Pediculado
CLASSIFICAÇÃO DE SURGIMENTO
1. Esporádico
2. Familiar
CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA
- Após coleta da lesão durante colonoscopia e encaminhamento para biópsia.
- HIPERPLÁSICO
- Mais comuns: 50%
- Benigno, sem displasia, pequenos.
- Segmento normal.
- Seguimento colonoscópico: colonoscopia em 10 anos. Se for hiperplásico muito grande (maior que 1cm, repetir em 3-5 anos. - ADENOMATOSOS
- Mais prevalentes conforme a idade. São os mais comuns em idades superiores.
- Assintomáticos
- Pré-malignos**: leva cerca de 10 anos para evoluir.
- Possui subdivisões:
a) Tubulares
b) Vilosos: piores, maior chance de malignização.
c) Tubulovilosos: intermediário, mas com chance sim de malignização.
- Seguimento colonoscópico: depende da quantidade de pólipos. 1-2 menores que 1cm: 7-10 anos. 3-4 menores que 1cm: 3-5 anos. 5-10 menores que 1cm: 3 anos. - SERRILHADOS
- Mais raros
- Podem ser mistos: metade tecido hiperplásico e outra metade tecido adenomatoso.
- Risco de malignização devido ao adenomatoso.
- Seguimento colonoscópico: depende da quantidade de pólipos. 1-2 menores que 1cm: 5-10 anos. 3-4 menores que 1cm: 3-5 anos. - HAMARTOMATOSOS
- Pólipos vascularizados, avermelhados.
- Maior tendência de sangramento.
- Relacionado as poliposes familiares.
RESUMO DOS COM RISCO DE MALIGNIZAÇÃO
- Adenomas vilosos (“VILÃO”)
- Adenomas tubulovilosos
- Pólipos serrilhados (“SERRA ELÉTRICA”)
- Maiores que 1-2cm
- Presença de displasia.
RESUMO SEGUIMENTO PÓS COLONO
- 10 ANOS: hiperplásicos <1cm
- 7-10 ANOS: 3-4 adenomas <1cm
- 5-10 ANOS: 1-2 serrilhados <1cm
- 3-5 ANOS: 3-4 adenomas <1cm, 3-4 serrilhados <1cm, hiperplásicos >10cm.
- 3 ANOS: 5-10 adenomas ou serrilhados <1cm, adenomas >1cm, adenoma vilosos/tubulovilosos e displasia de alto grau.
- 1 ANO: >10 adenomas
- 6 MESES: se polimectomia em pedaços
RASTREAMENTO
- A partir dos 50-75 anos.
- Métodos:
I. Colonoscopia a cada dez anos OU
II. Colonoscopia virtual a cada cinco anos; OU
III. Retossigmoidoscopia a cada cinco anos.
TRATAMENTO
- Se vier cancer in situ e as margens não estiverem comprometidas apenas a polipectomia da colonoscopia já é resolutiva.
- Em pólipos com adenocarcinoma, considera-se que a polipectomia foi curativa se: todo o pólipo foi ressecado, margens livres, histologia bem diferenciada, ausência de invasão angiolinfática.
PAF (POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR)
APENAS 1% DOS CA COLORRETAIS SÃO CAUSADOS POR SÍNDROMES DE POLIPOSES HEREDITÁRIAS NO GERAL.
DEFINIÇÃO
- Doença hereditária
- Autossômica dominante
- Milhares de pólipos adenomatosos no cólon
- GENE APC
CERTEZA QUE VAI VIRAR CÂNCER DE INTESTINO GROSSO ENTRE 35-40 ANOS.
QUADRO CLÍNICO
- Pode ter:
I. hiperpigmentação da retina: MAIS COMUM (80%). Esta lesão é assintomática e não demonstra progressão para malignidade, podendo ser observada através de fundoscopia.
II. tumores desmóides: de partes moles/ de parede
III. Pólipos gástricos
IV. Pólipos periampulares, região de pâncreas.
OBS: seguimento de endoscopia também.
DIAGNÓSTICO
1. Colonoscopia: >100 pólipos.
- Se tiver menos que 100 é chamada de polipose adenomatosa atenuada, essa doença possui chance de câncer alta, mas um pouco mais reduzida que a familiar.
- Pesquisa de mutação genética APC:
- Se negativa, sem mutação: COLONOSCOPIA ANUAL dos 10-40 anos em todos os familiares.
- Se positiva, com mutação: PESQUISA GENÉTICA EM PARENTES DE PRIMEIRO GRAU NO PARENTE. Se no parente veio negativo não há necessidade de seguimento. Se positivo colonoscopia anual dos 10 até 35 anos. - ENDOSCOPIA
- Endoscopia digestiva alta deve ser feita nesses pacientes a cada 3 a 5 anos, para pesquisar pólipos e câncer duodenal.
TRATAMENTO
- A conduta não é retirar os pólipos, pois são muitos e ele é formador, vai formar mais.
- Cirurgia:
- PROTOCOLECTOMIA COM BOLSA ILEAL: retiro todo intestino grosso e o reto. Bolsa ileal é a anastomose do íleo no reto, local que vai armazenar um pouco das fezes e dar mais qualidade de vida para o doente. Não tem bolsa de colostomia, é o próprio íleo que da uma volta e armazena ali.
- Quando a cirurgia feita é a colectomia total com anastomose em bolsa ileorretal, o estudo endoscópico da bolsa deve ser feito com certa periodicidade (a cada 3 a 5 anos).
ESSA SÍNDROME POSSUI DUAS VARIANTES:
As variantes são que o que muda é maior chance de ter tumores em outros localidades. Segue diagnosticando e tratando da mesma maneira, apenas intensifica rastreamento em outros locais.
- SÍNDROME DE GARDNER
I. Osteoma de crânio e mandíbula
II. Dentes extranumerários
III. Tumor de partes moles: desmóides (fibromas, lipomas)
IV. Carcinomas de tireoide.
OBS: pólipos adenomatosos!
- SÍNDROME DE TURCOT
I. Tumor de SNC: meduloblastoma ou glioblastoma.
SÍNDROME DE PEUTZ-JEGHERS
DEFINIÇÃO
- Síndrome genética e hereditária
- PÓLIPOS HAMARTOMATOSOS (vasculares e grandes 1-3cm).
TEM MAIOR INCIDÊNCIA DE CA COLORRETAL (50% até 50-60 anos de idade).
QUADRO CLÍNICO
- Pólipo com alta chance de sangramento.
- Por ser grande pode pesar na luz do intestino e causar uma INTUSCEPÇÃO = abdome agudo obstrutivo ou prolapso pelo reto se for muito embaixo.
- Pode ter:
I. pigmentação melânica/ manchas mielonocíticas: em boca ou pele.
RASTREIOS RECOMENDANDOS
- CA COLORRETAL: colonoscopia precoce bianual a partir dos 8 anos de idade.
- CA PÂNCREAS: USG anual ou a cada 2 anos a partir dos 30 anos de idade.
- ESTÔMAGO, DELGADO: Endoscopia a cada 2 anos.
- CA MAMA, OVÁRIO e ÚTERO: acima dos 18 anos mamografia e USG anual periódico.