Patologia esofágica Flashcards
Divisão do esôfago:
- Superior (cervical) → EES (esfíncter esofágico superior - o muscular verdadeiro)
- Média (torácica)
- Inferior (supra e infra-diafragmática) → EEI (esfíncter esofágico inferior - é mais funcional)
Contrições do esôfago:
São os pontos anatômicos de estreitamento do esôfago:
1) Laringoesofágica: nível da carilagem cricóide
2) Broncoaórtica (comprimido pelo arco aórtico e a bifurcação da traquéia)
3) Diafragmática: passagem no diafragma - esfíncter esofágico inferior
Qual a importância funcional do esfíncter esofágico inferior?
Ele mantem a pressão intra-esofágica, impedindo o refluxo de conteúdo do estômago para o esôfago.
Impede a doença do refluxo gastresofágico (DRGE)
Camadas do esôfago:
1) Mucosa: composta por três outras camadas
2) Submucosa: possui tecido conjuntivo e glândulas mucosecretores
3) Muscular própria: no terço superior (musculo esquelético), no restante (musculatura lisa)
4) Adventícia: não é revestida por mesotélio.
obs: no esôfago abdominal observa-se a presença de mesotélio revestindo ele, logo tem-se serosa e não camada adventícia.
Camadas da camada mucosa do esôfago:
1) Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado
2) Lâmina própria ou córion: tecido de sustentação
3) Muscular da mucosa: musculatura lisa que divide a mucosa da submucosa
Quando as anormalidades no esôfago se manifestam?
Precocemente, devido aos sintomas: disfagia, vômitos, regurgitação, sialorreia, emagrecimento
infecções pulmonares → insuficiência respiratória
Normalmente, as anormalidades esofágicas se relacionam a que?
Outras malformações.
Ex: Síndrome de Vater: Vértebra, Ânus (atresia anal), Traqueia (fístulas traqueais), Esôfago (atresia esofágica), Rim/Rádio (displasia do rádio)
Atresia do esôfago:
1) Conceito
2) Onde ocorre mais frequentemente?
1) Estreitamento da luz esofágica.
Observa-se um cordão fino e não canalizado, podendo gerar obstrução mecânica
2) Ocorre mais comumente ao nível da bifurcação da traqueia
Fístula esofágica:
1) Conceito
2) Normalmente ocorre em associação a que?
1) Canal pérvio que comunica o esôfago com a traqueia ou com algum brônquio
2) Geralmente ocorre em associação à atresia e pode levar alimento para a via respiratória
Atresia e fístula esofágica:
1) Necessidade de correção
2) Manifestação
1) Exigem correção cirúrgica rápida, pois são incompatíveis com a vida.
2) Regurgitação imediata logo após amamentar.
Qual anomalia esofágica é mais comum?
Atresia associada a fístula esofágica
Divertículo esofágico:
1) Conceito
2) Quando o divertículo é verdadeiro?
3) Quando ele é falso?
1) Dilatações circunscritas da parede esofágica, que se comunicam com a luz do órgão;
Podem ser congênitos ou adquiridos (maioria);
2) Verdadeiro → Evaginação da parede que contém TODAS as camadas viscerais - mucosa, submucosa, muscular e adventícia.
3) Falso divertículo ou pseudodivertículo → contém apenas mucosa e submucosa
Quais são as regiões de desenvolvimento dos divertículos esofágicos?
1- Imediatamente acima do EES - na constrição faringoesofágica
• Divertículo de Zenker (faringoesofágico)
2- Na região média do esôfago - contrição broncoaórtica
• Divertículo de tração → normalmente assintomáticos
3- Imediatamente acima do EEI - contrição diafragmática
• Divertículo epifrênico → predispões refluxo e, portanto, a DRGE
1) Como o divertículo de Zenker se forma?
2) Idade mais acometida
3) Sintomas
1) Por uma área fraqueza dos músculos constritor inferior da faringe e cricofaríngeo.
Pode ocorrer um aumento de pressão intraluminal do esôfago, seja por espasmo esofágico, obstrução, acalásia (doenças de chagas).
Essa pressão em área de fraqueza faz com que as camadas mucosa e submucosa formem o divertículo.
Assim, é um divertículo falso
2) Pacientes acima de 50 anos, predominantemente mais idosas, 65/70 anos.
3) • Disfagia: muito próximo a cavidade oral
• Regurgitação: acúmulo de alimento no divertículo e posterior regurgitação
• Halitose: gerada pelo acúmulo de alimento no divertículo
• Aspiração: alimento sai do divertículo e vai para a traqueia, predispondo a infecção pulmonar
Exame para identificação mais clara de diverticulite:
Raio X com contraste de bário
Lacerações esofágicas:
1) Sinônimos
2) Conceito
3) Consequência de:
4) Sinais e sintomas
1) Sinônimo: Síndrome de Mallory-Weiss
2) Lacerações lineares e longitudinais no esôfago próximo à junção gastroesofágica, variando de poucos milímetros a alguns centímetros;
3) Consequência de vômitos repetidos:
- Alcoólatras; Bulimia
4) Hematêmese → 10 a 15% das HDA (hemorragias digestivas altas);
• Sangramento leve (maioria dos casos) → Tende a se curar após os vômitos.
• Complicação grave
- Ruptura esofágica → Síndrome de Boerhaave
Varizes esofágica:
1) Conceito
2) Principal causa
3) Porque essa é a principal causa?
1) Dilatações circunscritas e permanentes das veias dos plexos submucoso e periesofágico, As veias da lâmna própria da mucosa também podem dilara. Podem aparecer também no fundo gástrico.
2) Secundárias a hipertensão portal.
- 90% dos pacientes: cirrose ou esquistossomose hepática
3) Pois nos terços distal e médio as vv. esofágicas levam para v. gástrica esquerda que drena para a v. porta. Aumento da pressão na v. porta leva a congestão nos vasos anteriores
Morfologia das varizes esofágicas:
- Dilatações, saliências, tortuosidades e irregularidades das veias submucosas e periesofágicas; pode ocorrer nas veias da lâmina própria
- Veias ficam superficiais → mucosa azulada e delgada - risco de ruptura e sangramento, pois o epitélio fica mais distendido e mais fininhos
Qual a principal complicação das varizes esofágicas?
• Hemorragia:
• Vasos superficializados → sujeitos a traumatismos (alimentos) → ruptura, normalmente gerando hematêmese
• Vasos congestos ( pressão) → ruptura: - vasos maiores (hematêmese)
- vasos pequenos (anemia crônica)
Tratamento das varizes esofágicas:
Tratamento:
• Vasoconstrição esplâncnica → ex: Terlipressina (medicamento) - reduz o calibre dos vasos que irriga os órgãos abdominais (estômago, fígado, baço, intestino), leva a redução portal
• Escleroterapia: injeta agente trombótico da veia esofagiana dilatada, tentando destruí-la para evitar seu rompimento.
• Tamponamento por balão que comprime as veias, tamponando o sangramento.
• Ligação de varizes: amarra a veia para impedir o sangramento