Neoplasias de pulmão e laringe Flashcards
Neoplasia:
1) Primária
2) Metastática ou secundária
1) Surgiu no órgão
2) Migrou pela corrente sanguíneo de um órgão para outro
Quais são os carcinomas broncopulmonares (podem surgir do epitélio brônquico ou do septo alveolar) mais importantes, em ordem de melhor para pior prognóstico?
1) Carcinoma de células escamosas (epidermoide ou espinocelular) (20%)
2) Adenocarcinoma (38%)
3) Carcinoma de grandes células (3%)
4) Carcinoma de pequenas células (“Oat cell” carcinoma) (14%)
Quais as etipatogêneses do pulmão?
1) Fatores ambientais:
- Com ênfase no tabagismo (principal fator).
- Poluição atmosférica: substâncias carcinogênicas com arsênico, cobre, cádmio e ácido sulfúrico
- “Riscos industriais”
• Radiação ionizante (radicais livres)
• Substâncias carcinogênicas como asbesto, arsênico, cromo, urânio, níquel, cloreto de vinila, gás mostarda
2) Alterações genômicas
- Oncogenes
• EGFR, ALK, ROS1: adenocarcinoma (obs: PDL-1 (destrói células leucocitárias) - proteína de superfície)
• KRAS, MET, RET, BRAF, HER-2
- Gene supressor de tumor
• TP53: CCE e carcinoma de pequenas células
3) Inflamação crônica. Ex: DPOC
4) História familiar
• Risco 2,5x maior
O que são as lesões pré cancerosas?
6) Alterações estruturais nas células que aumentam o risco de desenvolvimento da neoplasia.
Ex 1: Tecido epitelial normal do bromquio: pseudoestratificado ciliar com células caliciformes.
Os fatores de risco, principalmente o tabagismo, são capazes de danificar o epitélio, fazendo com que ele se altere. Assim, pode ocorrer a metaplasia escamosa (epitélio passa a ser estratificado, e ocorre perda
de cílios e muco - epitélio se torna escamoso/ pavimentoso), Posteriormente, pode haver evolução para displasia (alterações genotípicas e fenotípicas, presença de mutações, gerando atipias). As atipias intensificadas levam a formação de um carcinoma “in situ”. Esse carcinoma “in situ” pode evoluir para um carcinoma invasor. Nesse caso, o tipo de carcinoma é o carcinoma de células escamosas (CCE)
Ex 2: Hiperplasia adenomatosa atípica (Adenocarcinoma) - alterações estruturais nas células que revertem os septos alveolares. É denominada atípica, pois as células que revestem os septos vão apresentar alterações genotípicas e fenotípicas que causam alterações estruturas.
Características da displasia:
- Dificuldade de delimitar onde uma célula termina e outra começa, uma se sobrepõem a outra.
- Células em diferentes angulações, umas mais horizontais, outras mais verticais.
- Mais camadas celulares
- Presença de atipias celulares
- Núcleos hipercromáticos
Características do carcinoma “in situ”:
- Atipias mais acentuadas que tomam toda a espessura do epitélio
- Membrana basal está presenvada.
Características do carcinoma invasor:
- Membrana basal rompida
- Ninho de células atípicas que invadem o estroma
- Núcleos em tamanhos e formatos diferentes: pleiomorfismo nuclear com hipercromasia.
Características da hiperplasia adenamotosa atípica (pulmão)
- Septos alargados
- Células de revestimento mais evidentes, maiores, com núcleo mais arroxeado (hipercromático).
- Surge nos pneumócitos e nas células de clara.
- Surge por mutações em células que revestem os septos alveolares
Topografias (localização) dos cânceres de pulmão:
1) Central ou hilar
1) • parte mais distal da traquéia, brônquios primários e secundários: próximo ao hilo pulmonar
• visível à broncoscopia
• descamação celular nas secreções: exame de escarro pode apresentar células neoplásicas e LBA (lavado broncoalveolar) - injeta uma solução de soro fisiológico na via aérea do paciente que se mistura com a secreção do brônquio. Depois aspira-se o LBA e pode-se conseguir enxergar células neoplásica ao exame microscópio.
Topografias (localização) dos cânceres de pulmão:
1) Periférico
1) Longe da região do hilo pulmonar, mais próximo da superfície pleural
• brônquios distais, bronquíolos e alvéolos
• Normalmente aparece em exame de imagem
• Pode haver acometimento pleural e ocasional derrame pleural neoplásico.
Dentre os carcinomas broncopulmonares principal, quais possuem localização:
1) Central
2) Periférica
1) - Carcinoma de células escamosas (CCE)
- Carcinoma de pequenas células
2) - Adenocarcionama
- Carcinoma de grandes células
Carcinoma de células escamosas (CCE)
1) Sinônimos
2) Gênero mais comumente afetado
3) Localização
4) Etiopatogênese mais comum
1) Carcinoma epidermoide e carcinoma espinocelular;
2) Mais comum em homens;
3) Geralmente, central;
4) Mais associado ao tabagismo;
Quais tumores possuem maior associação com tabagismo?
Tumores de localização central
1) Qual dos carcinomas broncopulmonares possui melhor prognóstico (menos ruim)?
2) Porque?
1) O Carcinoma de Células Escamosas (CCE)
2) Crescimento um pouco mais lento, metástases acometem mais linfonodos regionais, disseminação hematogênica é mais tardia.
Macroscopia do CCE:
- Espessamento da mucosa que reveste a luz do brônquios e traqueia;
- Posterior formação de massa neoplásica e crescimento que pode ocorre tando para a luz como para o parênquima;
- Coloração brancacenta e endurecido;
- Focos de necrose, hemorragia e cavitações;
- Tamanho variado.
Porque neoplasias malignas, normalmente, é acompanhada de necrose?
Neoplasias tendem a crescer e proliferar de forma muito rápida, sendo que a angiogênese, muitas vezes, não acompanha essa proliferação. Dessa forma, muitas células ficam sem aporte sanguíneo e acabam entrando em processo de necrose.
Porque neoplasias, normalmente, são endurecidas e firme?
Em decorrência do estroma que sustenta as células neoplásicas. Geralmente esse estroma recebe alguns fatores tumorais, ficando modificado por um colágeno muito denso.
Microscopia do CCE:
Proliferação de células escamosas atípicas, com
graus variáveis de ceratinização e formação de pérolas córneas.
Qual a neoplasia pulmonar mais frequente de todas?
Adenocarcinoma pulmonar
Adenocarcinoma pulmonar:
1) Características
2) Gênero mais comumente acometido
3) Localização
4) Origem
5) Prognóstico
6) É mais comum em fumantes ou em não fumantes?
1) Neoplasia maligna com diferenciação glandular e produção de mucina;
2) Mais comum em mulheres
3) Geralmente, periférica;
4) Origem a partir das células claviformes ou de clara (células epiteliais colunares não ciliadas do septo alveolar) ou de pneumócitos tipo II;
5) Pior que o do CCE, pois as metástases são mais frequentes.
6) Em não fumantes
Macroscopia do adenocarcinoma pulmonar:
• Limites indefinidos, tamanhos variados
• Superfície de corte homogênea, sólida e de coloração marfim, às vezes com aspecto brilhante
devido à produção de muco
• Pode sofrer necrose, hemorragia ou infecção secundária
Microscopia do adenocarcionama pulmonar:
• Proliferação de células com graus variáveis de atipia, formando estruturas tubulares (glandulares);
-Pode conter material amorfo, a mucina, dentro das entruturas tubulares.
• Origem a partir das células claviformes (células epiteliais colunares não ciliadas) ou de pneumócitos tipo II.
Porque o adenocarcinoma lepídico teve alteração de sua nomenclatura pela OMS?
- Em 2004 era chamado de Carcinoma brinquíolo-alveolar, pois se origina do epitélio de bronquíolos e alvéolos e acompanha essas estruturas, ele não formas massas com conformação de glandular. Apenas espessa os septos alveolares, tendo uma atipia celular importante.
- Em 2015 sofreu alteração de nome para adenocarcinoma de padrão lepídico, pois teria um padrão de “escama de peixe”.
Adenocarcinoma de padrão lepídico:
1) Origem
2) Crescimento ocorre onde?
3) Evolução
4) Capcidade metastática
1) Origina-se do epitélio de bronquíolos terminais, respiratórios ou alvéolos
2) Crescimento ao longo dos septos alveolares
3) Mais lenta do que de adenocarcinomas em geral
4) Não possui capacidade metastática, não infiltra no interstício para atingir capilares.
Macroscopia do adenocarcinoma de padrão lepídico:
1) Forma localizada: acomete localmente o seguimento pulmonar
- Melhor prognóstico
2) Forma difusa ou generalizada (um lobo, todo o pulmão ou bilateral).
- Pior prognóstico
- Pode simular pneumonia (macro e imagem)
- Complicação: insuficiência respiratória
Microscopia do do adenocarcinoma de padrão lepídico:
Proliferação de células colunares atípicas ao longo das paredes alveolares preexistentes.
Células com formatos e tamanhos irregulares
Núcleo mais vesiculoso, podendo apresentar nucléolos
Qual dos principais carcinomas broncopulmonares é menos frequênte?
O carcinoma de grandes células
Carcinoma de grandes células:
1) Origem
2) Localização
3) Prognóstico
1) Não se sabe ao certo, sabe-se que não é de origem escamosa e nem glandular. Ele é indiferenciado.
2) Geralmente periférico, subpleural
3) Prognóstico ruim, é altamente agressivo e paciente, normalmente, evolui rapidamente para óbito.
Macroscopia do carcinoma de grandes células:
Tumor predominantemente periférico, grande, com necrose e hemorragia.
Branco acinzentado, sólido
As vezes possui área mais bem delimitada.
Microscopia do do carcinoma de grandes células:
• Proliferação de células grandes, atípicas, com citoplasma abundante, núcleo volumoso, núcleos centrais volumosos, formando massas.
• Células anaplásicas - diversos formatos e tamanhos, altamente pleiomórfias.
Forma simplesmente uma massa
Carcinoma de pequenas células:
1) Sinônimo
2) Idade predominante
3) Gênero mais comumente afetado
4) Localização
5) Características
6) Síndromes associadas
7) Associação com o tabagismo
1) “Oat cell” carcinoma
2) Predomina na 6a e 7a décadas de vida
3) Mais comum em homens
4) Preferencialmente, central
5) É indiferenciado, cresce rapidamente, sendo altamente agressivo, com altas
taxas de metástases (inclusive para medula óssea)
6) Síndromes paraneoplásicas:
- ACTH, GH, ADH, serotonina, calcitonina, estrógenos, etc
7) Muito associada ao tabagismo
Qual dos carcinomas broncopulmonares principais possui pior prognóstico?
Carcinoma de pequenas células
De quais células o carcinoma de pequenas células deriva?
Células neuroendócrinas: relação com produção de substâncias gerando síndromes paraneoplásicas
O que são as síndromes paraneoplásicas?
Conjunto de sinais e sintomas relacionados a produção de substâncias produzidas por células neoplásicas e que atuam, geralmente, a distância.
Macroscopia do carcinoma de pequenas células:
Tumor predominantemente central, brancacento, de
tamanho variável, com frequente infiltração das estruturas hilares.
Limites indefinidos.
Microscopia de do carcinoma de pequenas células:
• Proliferação de células pequenas e uniformes, com citoplasma escasso e núcleos ovoides, formando massa.
• Células “pequenas, redondas e azuis”. Relativamente uniformes, poucas irregularidades. Citoplasma muito escasso, enxerga-se praticamente apenas o núcleo.
obs: “Oat cell = grão de aveia”
Clínica dos carcinomas broncopulmonares:
1) Central ou hilar:
- Por um tempo são assintomáticos
- Tosse seca e persistente
- Obstrução parcial, gerando hiperinsuflação, infecções (bronquiectasia)
- Obstrução total, gerando atelectasia
- Infiltração do mediastino aderências (fibrose entre os órgãos) , fístulas (ex: traqueoesofágica, bronco-esofágica) - pneumonia aspirativa
Clínica dos carcinomas broncopulmonares:
2) Periférico:
1) • Por um tempo são assintomáticos
• Sintomas aparecem após acometimento pleural ou de brônquios
• Dor; Derrame pleural neoplásica
• Pode infiltrar parede torácica, plexo braquial (dor no ombro e braço)
• Tumor de ápice pulmonar (Tumor de Pancoast): pela proximidade pode acometar a região cervical gerando a Síndrome de Horner (composta pela tríade):
- Ptose palpebral, miose e anidrose (cadeia simpática cervical)
Sintomatologia geral dos carcinomas broncopulmonares:
• Debilidade progressiva, fraqueza, anemia, desnutrição (caquexia)... • Síndromes paraneoplásicas: - Cushing (ACTH), - Hiponatremia (ADH) - Hipercalcemia (paratormônio), - Hipocalcemia (calcitonina) - Ginecomastia (gonadotrofinas) - Síndrome de Trousseau: estado de hipercoagulabilidade - tromboses
Metástases nos carcinomas broncopulmonares:
- Preferencialmente para os linfonodos regionais (hilo pulmonar);
- Posteriormente: linfonodos mais distantes (cervicais e abdominais);
- Metástases hematogênicas: fígado, SNC, suprarrenal, ossos…
Estadiamento dos carcinomas broncopulmonares:
Determinação da extensão e disseminação do tumor no organismo;
estabelecer prognóstico e sobrevida do paciente.
• Sistema TNM
T= tumor
N= metástases em linfonodos
M= disseminação hematogênica à distância
- Tipo histológico
- Grau de diferenciação: quanto menor a diferenciação, geralmente pior o prognóstico do paciente
Prognóstico dos carcinomas broncopulmonares:
- Estimado de acordo com o estadiamento, a classificação histológica e o
grau de diferenciação do tumor.
• Para finalidade terapêutica e de prognóstico:
- Tratamento cirúrgico, quimio e radioterapias;
- Atualmente: terapias específicas:
- Terapia Alvo (molecular)
Ex: Adenocarcinoma - ex: EGFR, ALK,
ROS1, PDL1, MET, RET, BRAF…
Tumores pulmonares secundários:
1) Principais
2) Prognóstico
3) Características
1) Principais tumores: TGI, mama, próstata, ossos, sarcomas, melanoma
2) Prognóstico extremamente ruim
3) Geralmente são lesões múltiplas, de tamanhos variados, com limites bem definidos. Lesões em “bala de canhão”
Laringe:
1) Extensão
2) Composição da glote
3) Divisões
1) Desde o início da cartilagem epiglote até o primeiro anel braquial
2) Pregas vocais
3) - Supraglote: acima da região da glote.
Rica em vasos linfáticos (chance maior de metástase)
Próxima à cavidade oral e orofaringe = exposição à
carcinógenos ingeridos
- Glote: pobre em vasos linfáticos
- Infraglote: mais relacionada as VAI = exposição à carcinógenos inalados
1) Qual a neoplasia maligna da laringe mais frequente?
2) Qual gênero é mais acometido por ela?
3) Faixa etária mais acometida
1) Carcinoma de células escamosas (95%)
2) Masculino
3) Entre a quinta e sexta década de vida
1) Fatores de risco da CCE de laringe:
2) Formas macroscópicas da CCE de laringe:
1) tabagismo, álcool, exposição ocupacional (asbesto,
níquel, madeira), deficiências nutricionais, irradiação prévia do pescoço, HPV (16 e 18) (transmissão por sexo oral ou parto vaginal)
2) Vegetante, ulcerada ou infiltrativa
Classificação do tumor por região:
Supraglótico, infraglótico e glótico
Qual a localização mais comuns dos tumores malignos de laringe?
Glótico
Microscopia do CCE de laringe:
Igual ao de pulmão.
Proliferação de células escamosas atípicas, com graus variados de ceratinização, formando ninhos, podendo haver pérolas córneas de permeio.
Clínica das neoplasias de laringe:
1) Glótico
2) Supraglótico
3) Infraglótico
4) Transglótico
1) Rouquidão
2) Disfonia, disfagia e rouquidão
3) Dispnéia e disfonia
4) Disfonia e disfagia
Comportamento biológico das neoplasias de laringe:
1) Glótico
2) Supraglótico
3) Infraglótico
4) Transglótico (pega duas ou mais regiões da laringe)
1) Baixa frequência de metástase
2) Metástases frequentes, raramente invade glote e cartilagens laríngeas
3) Matástases frequentes, invade estruturas extralaríngeas
4) A mais alta frequência de metástases, invade estruturas extralaríngeas