Osteonecrose do Joelho Flashcards

1
Q

Quais os tipos de osteonecrose do joelho

A
  • Espontânea (SPONK)
  • Secundária
  • Pós artroscópica (OPNK)
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Q

Características da osteonecrose secundária do joelho

A
  • 45 - 55 anos
  • Sintomas insidiosos
  • Discretamente mais frequente em homens
  • múltiplas lesões, difusas, engloba epífise, metáfise e diáfise
  • Lesões grandes
  • bilateral em 80%
  • outros sítios (cabeça do femur >90% de associação; cabeça do umero).
  • Fatores de risco: Alcoolismo, coagulopatia, doença de Caisson (mergulhador), doença de Gaucher, LES, Quimio, Transplante renal, cushing, gota, tabagismo, tumor.
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3
Q

Características da osteonecrose espontanea

A
  • > 60 anos
  • Mais comum que a SONK
  • Sintomas agudos/abrutos sem historia de trauma ou secundária a outras doenças
  • mulheres : homens 3:1
  • Obesidade é fator de risco
  • Lesão geralmente unica e pequena
  • Unilateral (Bilateral <5%)
  • Acomete mais o côndilo femoral medial (80%)
  • Apresentação súbita, efusão, limitação da ADM por dor, sensibilidade no côndilo medial.
  • Dura 6 a 8 semanas e depois melhora.
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4
Q

Classificações: Koshino e Aglietti:

A
  1. Normal
  2. Discreto achatamento da área de carga do côndilo femoral. Discreta radioluscência subcondral e esclerose ao redor.
  3. Tipo II piorado. Colapso subcondral, com depressão franca ou sinal em crescente radioluscente subcondral
  4. Estágio 3 + evidente halo esclerótico periférico
  5. Artrose (osteófitos, esclerose óssea intensa, deformidade)
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5
Q

Principal exame diagnóstico para osteonecrose secundária do joelho e quais os achados:

A

RM.

T1: lesões geográficas de intensidade de sinal variável, circundadas por anéis de baixo sinal (interface reativa entre medula viável e inviável).

T2: Quando evolui com necrose epifisária e colapso progressivo, surge edema medular ao redor do infarto, borrando seus limites, e pode haver fratura do osso subcondral com depressão da placa.

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6
Q

Lesões epifisárias com maior risco de colapso na SONK

A

As que envolvem um terço ou metade do côndilo no plano coronal e o terço médio ou posterior no plano sagital.

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7
Q

Classificação de Mont/Ficat e Arlet

A

Para SONK:

  1. normal
  2. esclerose ou cistos
  3. sinal do crescente (típico)
  4. colapso do osso subcondral
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8
Q

Tratamento da SONK

A
  • Casos iniciais: Tratamento conservador com analgesia e restrição de carga. Em geral o conservador tem resultados ruins.
  • Sem acometimento do osso subcondral: descompressão com ou sem enxerto
  • Acometimento do osso subcondral: enxerto osteocondral (autoenxerto nas menores e aloenxerto nas maiores)
  • Casos mais avançados: ATJ.
    • Obs: artroplastia unicompartimental não é recomendada para essas lesões.
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9
Q

Fatores prognóstico da SPONK

A
  • Tamanho da lesão:
    • <1cm bom prognóstico
    • >1cm prognóstico ruim
    • <2,5cm²: pouca propensão a progressão.
    • >5cm²: mau prognóstico.
  • Razão largura da lesão/largura do côndilo:
    • <40% = melhores resultados
    • >50% = grande chance de degeneração.
  • Obs: Envolvimento metafisário não importa
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10
Q

Teorias para patogênese da SPONK

A
  1. Microtraumática: Microfraturas mal reparadas do osso subcondral, com entrada de fluido no côndilo - aumento da pressao - isquemia
  2. Lesao do menisco gera a ma distribuicao da carga - aumento da pressao - isquemia
  3. Trombofilias / coagulopatias
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11
Q

Diferencas entre SPONK e ON secundária

A
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12
Q

Quantos % dos casos de SPONK terão alteração na radiografia?

A

10 - 43%. Podem ser mais normais durante toda a fase da doença ou evoluir ate presença de alteração degenerativa importante.

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13
Q

Como é a lesão da SPONK na RM

A
  • Lesão focal (necrótica) na superfície articular do côndilo femoral medial evidenciada hipossinal em T1 e halo de sinal intermediário;
  • Edema medular (alto sinal) em T2, além de fratura / colapso subcondral (mais específica)
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14
Q

Como é a lesão tipica da SPONK na radiografia e qual o estagio de Koshino e Aglietti?

A

Lesão radioluscente com halo esclerotico e acometimento subcondral ( estágio 3)

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15
Q

Tratamento da SPONK:

A
  • Inicial: conservador com analgesia e carga protegida para previnir progressão e colapso subcondral.
  • Cirúrgico: Indicado para lesões grandes, com colapso subcondral e deformidades. Opções: osteotomias, artroplastia unicompartimental e ATJ.
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16
Q

Possibilidades de tratamento cirurgico na ONJ

A

Desbridamento artroscópico: aplicações limitadas - retirada de corpos livres. Descompressão: apenas para estágios iniciais.

Osteotomia da tíbia proximal: Objetivo de valgizar para tirar carga do CFM. Apenas para SPONK. <65 anos, lesões com <50% da largura do côndilo.

Artroplastia: Todos os que não deram certo, secundárias. Unicompartimental: lembrar as contraindicações: contratura em flexo >15, varo >10, valgo >5, ADM pré op <90, LCA insuficiente, acometimento de outro compartimento.

17
Q

Características da OPNK

A
  • Forma rara, 4% dos pacientes que fazem procedimento artroscópicos, mais comumente meniscectomia.
  • Associação frequente com lesão meniscal, em particular as radiais do corno posterior com extrusão > 3mm e meniscectomia.
  • Homens = mulheres, sem faixa etária principal.
  • Associada ao uso de laser ou radiofrequência
  • Pode ser explicada por entrada de fluido no condilo e aumento da pressão, gerando isquemia
  • Clínica de dor súbita e forte com associacao temporal apos artroscopia
  • Prognostico ruim
  • côndilo medial > lateral > planalto lateral > planalto medial (sentido horário a partir do CFM).