ATJ Flashcards

1
Q

Na flexão do joelho, em quantos graus ocorre rolamento dos côndilos e em quantos ocorre deslizamento?

A
  • No início da flexão (0 – 20°) 🡪 predomina o rolamento
  • A partir dos 20° 🡪 predomina o deslizamento
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2
Q

Screw home e Roll back

A
  • Mecanismo de SCREW HOME: ocorre no final da EXTENSÃO do joelho (últimos 20°)
    • Movimento de rolamento ao final da extensão leva a rotação interna do fêmur sobre a tíbia 🡪 côndilo lateral roda para frente resultando em “travamento” do joelho
    • Mecanismo de ROLLBACK: ocorre no início da FLEXÃO do joelho (primeiros 30°)
      • Movimento de rolamento no início da flexão (côndilo lateral está mais anterior) 🡪 roda externo para encontrar planalto lateral 🡪 rotação externa do fêmur sobre a tíbia 🡪 promove “destravamento” do joelho
  • Após 30° de flexão o eixo de rotação entre fêmur e tíbia é mantido
  • Durante flexão côndilo medial posterioriza 2mm
  • Durante flexão côndilo lateral posterioriza 21mm
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3
Q

Quanto de flexão o joelho necessita para andar, subir escada, descer escada e levantar de uma cadeira?

A
  • Andar – 67°
  • Subir escada – 83°
  • Descer escada – 90°
  • Levantar de uma cadeira – 93 °
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4
Q

Indicações de ATJ

A
  • Após falha do tratamento conservador em casos de artrose avançada que acomete mais de um compartimento
    • Geralmente indicada para pacientes >60 anos nas artroses primárias ou pacientes mais jovens no caso de artroses secundárias
  • Principal sintoma que indica a ATJ é a DOR
  • Deformidades também podem ser indicação, visto que flexões muito limitadas podem impossibilitar a marcha
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5
Q

Contraindicações da ATJ

A

eAbsolutas:

  • Infecções recentes no joelho
  • Fonte de infecção ativa a distância
  • Disfunção grave do mecanismo extensor
  • Recurvato com fraqueza muscular secundária a doença neuromuscular
  • Artrodese ou anquilose funcionante e sem dor

Relativas:

  • Condições médicas;
  • Incapacidade de reabilitação;
  • Coxartrose ipsilateral (fazer ATQ primeiro);
  • Doença aterosclerótica da perna;
  • Condições locais de pele (como psoríase);
  • Estase venosa com celulite recorrente;
  • Artropatia neuropática;
  • Obesidade mórbida;
  • ITU recorrente;
  • OMC próxima ao joelho.
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6
Q

Quais radiografias pedir para programar a cirurgia

A

AP, perfil, panoramico dos mmii, Rosenberg

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7
Q

Como traça o eixo mecânico do MMII e o que ele avalia com relação à ATJ?

A

Eixo Mecânico do MMII: linha entre centro da cabeça femoral até o centro do domo talar

  • Alinhamento NEUTRO do MMII 🡪 eixo mecânico passa próximo ao centro da articulação do joelho
    • Alinhamento ocorre com eixo mecânico em 3° em valgo com eixo vertical do corpo.
  • Alinhamento em VARO do MMII 🡪 eixo mecânico passa medial ao centro da articulação do joelho
  • Alinhamento em VALGO do MMII 🡪 eixo mecânico passa lateral ao centro da articulação do joelho
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8
Q

Relação entre os eixos anatômico, vertical e mecânico.

A
  • Eixo da articulação do joelho 🡪 perpendicular ao eixo vertical verdadeiro do corpo (paralelo ao solo)
  • Eixo anatômico da TÍBIA 🡪 3° de VARO em relação ao eixo vertical (igual ao eixo mecânico)
  • Eixo anatômico do FÊMUR 🡪 9° de VALGO em relação ao eixo vertical do corpo e 6° de VALGO em relação ao eixo mecânico do fêmur
  • Grau de angulação em varo ou valgo é então calculado entre eixo mecânico do fêmur (centro da cabeça do fêmur até centro do sulco intercondilar) e eixo mecânico da tíbia (centro do platô tibial até centro do domus talar) 🡪 o normal seria serem colineares
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9
Q

Em relação ao posicionamento da prótese existem 2 opções para alinhamento no plano frontal:

A

Alinhamento mecânico 🡪 mais utilizado

  • Usa como referência o eixo mecânico do membro
    • Componente tibial é posicionado perpendicular ao eixo mecânico da tíbia (não respeitando os 3 graus de varo) 🡪 estudos mostram que componentes posicionados em mais de 5° de varo tende a falhar
    • Componente femoral é posicionado alinhado com eixo mecânico do fêmur

Alinhamento cinemático

  • Restauração da anatomia nativa do joelho respeitando-se os 3° de varismo tibial e a anatomia tridimensional do fêmur em seus 3 eixos
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10
Q

Objetivos/princípios da ATJ

A
  • Obter espaços articulares retangulares e simétricos em extensão e flexão.
  • Alinhamento dos componentes para reestabelecer eixo mecânico
  • Obtenção de tracking patelar adequado
  • Tensão ligamentar adequada em toda a amplitude de movimento
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11
Q

Como é o posicionamento rotacional do componente femoral?

A

Para atingir o objetivo de promover espaço retangular de flexão, o corte femoral posterior deve ser rodado externo em 3° em relação ao eixo condilar posterior do joelho 🡪 fica paralelo ao eixo epicondilar

  • Ou seja 3° de RE do eixo condilar e paralelo ao eixo biepicondilar.
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12
Q

Vias de acesso da ATJ:

A
  • Incisão na pele mediana
    • OBS: Essa é a incisão mais usada porque outras podem comprometer o ramo infrapatelar do nervo safeno, resultando em áreas de anestesia.
    • Incisão realizada com joelho em flexão.
  • Se vias prévias, escolher a mais lateral para preservar a articulação
  • Artrotomia parapatelar medial com extensão transquadricipital (standard)
    • A extensão pode ser também: subvasto, midvasto ou pode usar a via parapatelar lateral (para valgos extremos e com estruturas laterais muito tensas)
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13
Q

Via parapatelar medial (Standard)

A

Incisar a pele e subctâneo na linha média, retináculo ao longo da borda medial da patela.

  • Proximamente estender via ao longo do tendão quadricipital mantendo 3 a 4 mm de tendão do vasto medial para posterior fechamento e, distalmente, estender via seguindo a borda do tendão patelar (1)
  • Elevação da cápsula medial e ligamentos colaterais mediais subperiostealmente (2)
  • Estender joelho e luxar a patela para lateral 🡪 Liberar plica lateral da patela (3), ou seja rodar externo a tíbia.
  • Fletir novamente o joelho e remover LCA, cornos anteriores dos meniscos e osteófitos
    • Geralmente corno posterior do menisco é removido após cortes terem sido feitos
    • LCP pode ser removido nesse momento ou de acordo com indicações e modelos da prótese utilizada
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14
Q

Abordagem Midvasto (Técnica de Engh e Parks)

A
  • Modificação da Subvasto na qual o vasto medial é dividido em linha com suas fibras (ao invés de ser inteiro deslocado para lateral)
  • Preserva a artéria genicular suprema e o tendão quadriceptal.
  • Dissecção através do vasto medial começa na borda superomedial da patela e se estende para proximal e medial em direção ao septo intermuscular
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15
Q

Abordagem Subvasto (Técnica de Southern)

A
  • Mesma incisão de pele – linha média anterior
  • Incisão retinacular proximal é realizada através da incisão da fáscia sobre o vasto medial seguida de dissecção romba da borda distal medial do vasto medial (posterior ao septo intermuscular medial)
  • Todo mecanismo extensor é então deslocado para lateral
  • Criada essa via como saída para evitar lesar o mecanismo extensor do paciente. Mobiliza-se a borda distal do vasto medial ao invés do septo intermuscular e sua origem é elevada do septo intermuscular aproximadamente 10 cm proximal ao tubérculo dos adutores, mantendo distante ao canal de Hunter onde estao os vasos femorais.
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16
Q

Quais os cortes ósseos da ATJ

A

São realizados 6 cortes no osso:

  • femoral distal (determina o espaço de extensão),
  • corte da tíbia (determina espaços de flexão e extensão);
  • femoral posterior (determina o espaço de flexão);
  • femoral anterior (para adequar o tamanho do componente);
  • chanfraduras (para adequar o componente);
  • ressecção de osteófitos
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17
Q

Como é realizado o corte femoral distal?

A

Determina alinhamento mecânico ( varo/ valgo), gap em extensão ( estabilidade em extensão) e altura da linha articular.

  • Feito com uso de uma guia intramedular no fêmur
    • Ponto de entrada é alguns milímetros medial a linha média e anterior a origem do LCP
  • O corte do fêmur distal é feito perpendicular ao eixo mecânico (em geral 5 a 7 graus de valgo em relação ao eixo anatômico, que é o mesmo eixo do guia intramedular), visando à corrigir sua discrepância em relação ao eixo anatômico. OBS: O valor do valgo varia de acordo com o fêmur do paciente.

OBS: Em casos em que guia intramedular não puder ser utilizado (arqueamento femoral excessivo, estenose do canal, PSA fêmur) pode-se utilizar um guia extramedular (ponto de referência é centro da cabeça femoral avaliado por escopia) OU realizar Técnicas de Navegação por Computação

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18
Q

Qual a altura do corte femoral distal?

A
  • A mesma que será substituída pelo componente femoral (determinado pelo modelo da prótese). Basicamente o que se tem é 9 mm proximal ao condilo menos acometido.
  • No caso de contratura em flexão (na qual será necessário ressecção maior do fêmur distal) 🡪 limite é não elevar interlinha articular mais do que 4mm
  • No caso de próteses que substituem LCP um adicional de 2mm na ressecção do fêmur distal pode ser feita 🡪 compensar o aumento do gap em flexão que ocorre quando LCP é sacrificado
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19
Q

Parâmetros de referência para posicionamento rotacional do componente femoral e para realização do corte femoral posterior

A
  • Linha intercondilar posterior (1)
    • Traçar linha tangente a parte mais posterior dos côndilos medial e lateral do fêmur 🡪 corte femoral posterior deve ter 3 GRAUS de rotação externa em relação a essa linha
      • OBS: quando se tem uma artrose lateral importante (desvio em valgo) ou um côndilo femoral hipoplásico, essa referência não poderá ser utilizada, pois levará a erro de rotação do componente.
  • Linha de Whiteside ou Eixo anteroposterior (2)
    • Determinar eixo traçando linha entre a parte mais profunda da fossa troclear e do sulco intercondilar 🡪 corte deve ser perpendicular a essa linha
  • Eixo transepicondilar (3)
    • Traçar linha entre epicôndilos lateral e medial do fêmur 🡪 corte paralelo a essa linha
  • Técnica do gap (usar corte tibial como referência)
    • Nesse caso primeiro realizar o corte da tíbia e o balanço ligamentar em extensão
    • Corte posterior do fêmur deve ser paralelo ao corte da tíbia
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20
Q

O que acontece caso o corte anterior do fêmur invada a cortical anterior?

A

Notching e aumento do risco de fratura periprótese

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21
Q

O que são os Chanfros e a caixa no fêmur?

A
  • Próteses com preservação do LCP 🡪 realizados chanfros anteriores e posteriores com o uso de guias para acomodação do implante
  • Próteses com substituição do LCP 🡪 ressecção de uma “caixa” de osso na região intercondilar para acomodar o mecanismo CAM-poste
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22
Q

Como é feito o corte da tibia e o que ele influencia na ADM do joelho?

A

Corte altera tanto espaço em extensão quanto em flexão da prótese

  • Posicionamento do guia extramedular (mais utilizado)
    • Posiciona o guia na sua porção distal: fixação do dispositivo paralelo ao eixo transmaleolar e com o cabo indo paralelo ao eixo mecânico da tíbia. O corte deve ser perpendicular ao eixo mecânico da tíbia.
  • Feito isso coloca-se o guia para o calculo do corte:
    • Guia de corte sobre um dos platôs, levando sempre em consideração qual o platô acometido:
      • Se utilizar o platô mais normal como parâmetro, o corte sera de 8-10 mm (na prova de habilidades, utilizar 10mm, pois o modelo é de um osso normal…)
      • Se utilizar o desgastado como parâmetro, o corte sera de 0 - 2 mm
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23
Q

Parâmetros de alinhamento do componente tibial

A

Alinhamento no eixo frontal: corte e componente devem ser perpendiculares ao eixo mecânico da tíbia

  • Parâmetros do guia extramedular: crista anterior da tíbia e centro do tornozelo
    • Alguns utilizam ponto 2 mm medial ao centro dos maléolos como centro do tornozelo – ideal seria checar na escopia, o que não se faz na prática.

Alinhamento no eixo sagital 🡪 Slope posterior

  • Depende do tipo de implante utilizado 🡪 maioria tem um slope posterior de 3°
  • Alinhamento rotacional - 2 opções como parâmetro de referência:
    • Tuberosidade anterior da tíbia:
      • Dividir TAT em 3 partes (terço medial, médio e lateral)
      • Centro da superfície articular do componente tibial deve estar entre o terço medial e médio.
    • Eixo de Flexão do Fêmur
      • Realizar flexão do joelho e alinhar tíbia com eixo do fêmur
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24
Q

Rotação interna no componente tibial pode provocar qual complicação?

A

Provoca lateralização relativa da TAT 🡪 aumento do ângulo Q e risco de instabilidade femoro patelar

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25
Q

Como faz a avaliação do equilíbrio e tensionamento das partes moles após os cortes?

A
  • Após todos os cortes terem sido realizados deve-se avaliar os intervalos de flexão e extensão 🡪 cortes devem ter altura simétrica em extensão e flexão
  • Geralmente isso é feito com uso de espaçadores laminares e avaliação da tensão em extensão e flexão
    • Adequado: ocorra abertura de 1-2mm em valgo ou varo com joelho em flexão e extensão
    • Uma ligeira frouxidão em varo na extensão é mais bem tolerada devido a presença da estabilidade dinâmica gerada pelo trato íleo tibial
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26
Q

Como faz a correção do varo?

A
  • Antes de realizar qualquer liberação para correção do balanço ligamentar todos os osteófitos devem ser ressecados
  • O LCP deve ser ressecado antes de fazer qualquer balanço ligamentar, pois o LCP é estabilizador medial secundário. Em geral menos liberação de partes moles é necessária depois da ressecção do LCP.

A liberação deve ser direcionada de acordo com assimetria do gap de cada paciente :

  • Tneso na extensão: Liberação de estruturas posteriores (primeiramente a liberação do ligamento obliquo posterior, depois a capsula posterior e inserção do semimembranoso na tíbia)
  • Tenso na flexão: Liberação de estruturas mais anteriores (da metade anterior do LCM superficial e inserção da pata de ganso)

Se mantiver tensão após liberação das estruturas acima: tensionar o LCL.

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27
Q

Como faz a correção da deformidade em valgo?

A
  • Gap tenso de extensão e flexão: liberar o LCL do epicôndilo lateral
  • Apenas gap de extensão tenso:
    1. Liberação da banda íleo-tibial – Zetaplastia ou Pie-crusting 2cm acima da interlinha articular OU liberação do canto posterolateral
    2. Liberação da capsula posterior do côndilo femoral
    3. Liberação da cabeça do gastrocnêmico
  • Gap tenso em flexão: Liberação do tendão do poplíteo
  • Se mantiver tenso após todas liberações 🡪 tensionamento medial (avanço LCM)
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28
Q

Técnica de Pie crusting

A

Utilizada para deformidades em varo ou valgo

  • Consiste em múltiplas stab incisions de orientação paralela a superfície articular no local em que o tecido está tenso/retesado
  • Cuidado ao realizar técnica na região do CPL (risco de lesão do fibular) 🡪 Realizar com joelho em flexão afasta o nervo
29
Q

Correção do tensionamento em extensão e flexão:

A
  • Maioria das contraturas em flexão e extensão são corrigidas durante alinhamento axial, com a liberação das partes moles.

Se mantiver contraturas elas devem ser corrigidas da seguinte forma:

  • Tenso em extensão (contratura em flexão):
    1. Ressecar osteófitos posteriores
    2. Liberar cápsula posterior
    3. Ampliar (subir) o corte distal do fêmur
  • Tenso em flexão (deformidade em recurvatum):
    1. Ampliar o corte posterior do fêmur. Não aumentar o corte mais do que 4 mm, pois pode causar instabilidade.
    2. Diminuição do implante
  • Tenso em flexão e extensão:
    1. Ampliar (descer) o corte tibial
    2. Diminuir o poli
  • Frouxo nas duas posições:
    1. Aumentar o poli
30
Q

Como faz a correção do recurvato

A
  1. Ampliar o corte posterior do fêmur. Não aumentar o corte mais do que 4 mm, pois pode causar instabilidade.
  2. Diminuição do implante
31
Q

Classificação de Rand para defeitos ósseos

A
  1. defeito metafisário focal, borda cortical intacta
  2. defeito metafisário intenso, borda cortical intacta
  3. defeito da metáfise e cortical
32
Q

Conceito de defeito ósseo contido e defeito segmentar

A
  • Defeitos contidos ou cavitários: possuem borda intacta de osso cortical ao redor da área deficiente
  • Defeitos não contidos ou segmentares: mais periféricos e sem borda de osso cortical
33
Q

Opções para correção dos defeitos ósseos

A
  • Defeitos pequenos: cimento (<5mm);
  • Defeitos grandes > 5mm:
    • Defeitos contidos: enxerto de osso esponjoso impactado.
    • Defeitos maiores não contidos: enxerto estruturado, cunhas de metal, parafusos com cimento.
34
Q

Vantagem de fazer o resurfacing patellar e quando seria possível não fazer?

A

ATJ sem resurfacing patelar apresenta 25% de incidência de dor anterior e com resurfacing apenas 5%

  • Não fazer: cartilagem patelar satisfatória, trajeto patelofemoral congruente, forma anatômica patelar normal, sem evidência de artropatia cristalina ou inflamatória
35
Q

Princípios da confecção do componente patelar

A
  • O componente patelar deve ser igual ou até 2mm menor que o corte, para evitar pressão femuropatelar (geralmente corte é de 8mm).
  • Resseca-se osso suficiente da patela para evitar que ele fique sobressalente, mas, ao mesmo tempo, não se deixa com menos de 10-15mm (em média 12) para evitar fraturas da patela.
  • O componente deve ser medializado em relação a patela (recriar anatomia do ápice da patela): melhora o tracking patelar
36
Q

Fatores que afetam tracking patelofemoral

A

Qualquer fator que aumente o ângulo Q pode causar desvio lateral da patela.

  • Rotação interna do componente tibial lateraliza a TAT, aumentando o ângulo Q.
  • Rotação interna do componente femoral
  • Translação medial promovem medialização da tróclea, o que também aumenta o ângulo Q.
  • Resurfacing da patela deve ser medializado.
  • Anteriorização demais com um componente femoral muito grande ou sobressecção da patela também podem levar a instabilidade patelar ou flexão limitada.
  • OBS: Algumas próteses tem um sulco na troclea de 7° para aumentar a estabilidade do componente e melhorar o tracking da patela.
37
Q

Avaliação do Tracking patelofemoral no intraop, principal procedimento para corrigí-lo em caso de instabilidade e sua principal complicação:

A

Tracking patelar deve ser avaliado durante todo arco de movimento antes do fechamento do retináculo

  • Se congruente com mínima ou nenhum tensão 🡪 adequado, nada a fazer.
  • Tendencia a subluxação patelar 🡪 joelho deve ser inspecionado para avaliar as possíveis causas 🡪 se nenhum fator for identificado realiza-se liberação do retináculo lateral
    • Liberação da sinovia e retináculo longitudinalmente – do tubérculo de Gerdy até vasto lateral
      • Obs: Principal risco é a desvascularização da patela por lesão da artéria genicular lateral superior (localizada na junção musculotendinea do vasto lateral)
38
Q

V ou F: ATJ pode ser feita sem cimento

A

Verdadeiro, porém a maioria é feita com cimento e existe evidência que é melhor a longo prazo quando feita com cimento.

39
Q

Espessura desejável da patela

A

10 - 15mm (média 12mm)

40
Q

Padrão ouro para diagnóstico de infecção pós ATJ

A

É punção articular.

  • Analise de celularidade (>2500cell/mm2 e > 60% de polimorfonucleados) + culturas
41
Q

Tratamento numa infecção PO recente de ATJ

A

IPO <4semanas 🡪 Debridamento da articulação com manutenção da prótese (trocar apenas polietileno)

42
Q

Tratamento da infecção PO tardia de ATJ

A

Troca da prótese (em um ou dois tempos) - mais comum em 2 tempos:

  • No 1° tempo realiza-se retirada da prótese e cimento + debridamento + colocação de espaçador com cimento e antibiótico
  • Período de cerca de 6 semanas de ATB EV
  • Nova ATJ após remissão da infecção.
43
Q

Indicações e contraindicações de artrodese do joelho após falha da ATJ

A
  • Indicações de artrodese após falha da ATJ:
    • Demanda funciona alta, doença envolvendo única articulação
    • Jovens
    • Deficiência do mecanismo extensor
    • Cobertura ruim de partes moles
    • Pacientes imunocomprometidos
    • Infecção por organismo de alta virulência
  • Contraindicações relativas:
    • Artrose do quadril ou tornozelo ipsilateral
    • Artrose do joelho contralateral
    • Amputação do membro contralateral
    • Perda segmentar óssea severa
44
Q

Classificação de fraturas periprótese de patela

A
  • Tipo I: Mecanismo extensor intacto, implante estável: conservador, imobilizador por 6 semanas.
  • Tipo II: fratura desviada com descontinuidade do mecanismo extensor: banda de tensão e reparo do retináculo.
  • Tipo III: componente solto. Excisar, e não trocar pois comprometeria recuperação.

Componentes patelares que impedem a fixação da fratura também devem ser removidos.

45
Q

Classificação de Rorabeck:

A

Classificação para fraturas periprótese da tibia (parecida com a da fratura da patela)

  1. Fratura sem desvio prótese estável: conservador, placa/haste possível.
  2. Fratura desviada, prótese estável: qualidade óssea boa ou ruim – preferência por fixar interno.
  3. Prótese instável: artroplastia de revisão (enxertos osseos/implantes com haste de tamanho conforme necessidade)
46
Q

Principais indicações de revisão de ATJ vs indicações de revisão de ATQ

A
47
Q

Com relação à perda óssea na ATJ, pode-se afirmar que o padrão mais frequentemente encontrado é

A

uma perda óssea posteromedial na tíbia mais deformidade angular em varo do MI

48
Q

Definição da soltura e qual componente solta mais

A

Soltura do componente tibial é mais comum que do componente femoral. Observada como uma área radioluscente de >2mm ao redor da prótese na interface osso-cimento

49
Q

O que é uma artroplastia unicompartimental do joelho?

A

Prótese que substitui a superfície articular de um dos côndilos femorais + platô tibial adjacente

50
Q

Principais indicações de artroplastia unicompartimental do joelho

A

2 grupos de pacientes:

  • Pacientes mais velhos, magros e com artrose unicompartimental - alternativa a ATJ
    • Principal argumento a favor da AUJ nesse grupo é ser um procedimento menos invasivo e que provavelmente vai durar a vida toda do paciente
  • Pacientes mais jovens com doença unicompartimental medial isolada. Nesse caso a AUJ seria uma ponte para a ATJ (alternativa a OTT tibiais altas)
    • Essa indicação é mais controversa e escolha entre OTT e AUJ nesse grupo não possui critérios bem definidos
      • Resultados de conversão de AUJ para ATJ são piores do que conversão de OTT para ATJ
51
Q

Quais as vantagens da artroplastia unicompartimental do joelho?

A
  • A preservação dos ligamentos cruzados, compartimento contralateral e articulação femoropatelar permite melhor cinemática do joelho no pós operatório, o que leva a um menor tempo de reabilitação e melhor ganho de ADM no pós operatório
  • Preservação de estoque ósseo facilitando uma possível revisão para ATJ. Essa vantagem é controversa e estudos são conflitantes.
52
Q

Contraindicações da artroplastia unicompartimental do joelho

A

Contraindicações:

  • artrite inflamatória,
  • contratura em flexão > ou igual a 15 graus,
  • ADM pré op < 90 graus,
  • deformidade angular do eixo mecânico > 10 graus para varo e >5 graus para valgo;
  • erosão cartilaginosa significante no outro compartimento,
  • deficiência do LCA,
  • osso subcondral exposto sob a patela.
  • Obesidade (relativa).
53
Q

Contraindicações de AUJ vs OTT tibiais

A
54
Q

Vantagens de preservar ou não o LCP na ATJ

A

Vantegens de preservar:

  • Mantém o mecanismo de ROLL-BACK
    • Quando ROLL BACK excessivo há maior desgaste do polietileno
    • Quando ROLL BACK deficiente há impacto da superfície articular tibial contra metáfise posterior do fêmur na flexão
  • Melhor restrição translacional
  • Mantém propriocepção – vantagem na marcha
  • Diminui a espessura da ressecção femoral distal
  • Melhor tracking patelar (quando comparado com não preservação) – pois a linha articular é menos alterada
  • Nas próteses de substituição do LCP ele é substituído por um mecanismo de poste tibial + cam femoral – teoricamente leva a maior estresse na prótese e consequentemente na interface prótese -osso

Vantagens de NÃO preservar o LCP

  • Apresenta-se patológico em muitos casos
  • Permite melhor correção de deformidades do eixo
  • Quando muito tensionado – limita a flexão
55
Q

Movimento dos côndilos durante flexo-extensão do joelho:

A

Movimento de flexo-extensão não é puro em decorrência da assimetria do raio de curvatura dos côndilos femorais no plano sagital (lateral é maior e mais anterior do que o medial)

  • No início da flexão ocorre primeiro uma rotação externa do fêmur sobre a tíbia (para que o côndilo lateral mais anterior encontre o planalto lateral)
  • Alinhamento entre os côndilos ocorre aos 20° de flexão. A partir daí predomina o deslizamento dos côndilos femorais sobre os tibiais
56
Q

Qual tipo de movimento dos condilos predomina nos primeiros 20 graus de flexao

A

Rolamento

57
Q

A partir de 20 graus de flexão, qual movimento é predominante nos condilos femorais?

A

Deslizamento

58
Q

Mecanismo de Screw Home

A
  • Movimento de rolamento ao final da extensão (ultimos 20 graus) leva a rotação interna do fêmur sobre a tíbia
    • Côndilo lateral roda para frente resultando em “travamento” do joelho
59
Q

Mecanismo de Rollback

A

Ocorre no início da FLEXÃO do joelho (primeiros 30°). Movimento de rolamento no início da flexão (côndilo lateral está mais anterior)

  • Roda externo para encontrar planalto lateral (rotação externa do fêmur sobre a tíbia)
  • Promove “destravamento” do joelho
60
Q

V ou F: ATJ é mais realizada em homens e possui melhor resultado funcional

A

Falso. Mais realizada e com melhor resultado funcional em mulheres.

61
Q

Esse corte determina o espaço em extensão da prótese

A

Corte femoral distal

62
Q

Princípios dos cortes da ATJ

A
  • Alinhamento dos componentes para reestabelecer eixo mecânico
  • Obtenção de tracking patelar adequado
  • Cortes devem ser feitos de tal forma que resultem em um espaço retangular simétrico que seja igual na extensão e na flexão. Garante tensão de partes moles igual dos dois lados e durante todo arco de ADM
  • Escolha do tamanho apropriado dos componentes
63
Q

Corte que determina o espaço em flexão da prótese

A

Corte femoral posterior

64
Q

Cortes _______ e ________ em conjunto determinam o posicionamento rotacional do ________

A

femoral anterior e posterior / componente femoral

65
Q

Qual corte altera tanto espaço em extensão quanto em flexão da prótese?

A

Corte tibial

66
Q

A maioria dos componentes tibiais das ATJ possuem slope posterior de ____

A

3 graus.

67
Q

O componente deve ser ______ em relação a patela (recriar anatomia do ápice da patela), o que melhora o tracking patelar

A

Medializado

68
Q

V ou F: No caso da ATJ melhores resultados a longo prazo quando fixação com cimento

A

Verdadeiro