Desordens patelares Flashcards
Características da osteocondrite dissecante da patela
- Menos frequente do que femur, prognostico pior
- 2a – 3a decada, quadrante inferomedial da patela
- Frequentemente associada a condromalacia que vai além da área de necrose óssea
- Problemas residuais após tratamento geralmente são proporcionais a área de condromalacia
- Opções de tto: excisao + curetagem e drilling, fixação artroscopica, implante autólogo de condrocitos
Características do defeito dorsal da patela
- Lesão benigna, defeito circular, bem dilimitado, radiolucente, superolateral
- Sintomático em 50% dos casos
- Dx diferencial: osteocondrite dissecante (defeito dorsal não apresenta hipercaptação na cintilografia), abscesso de Brodie, granuloma eosinofilico, encondroma, osteoma osteoide, doença metastática
- Causa desconhecida: variante de ossificação? Lesão por tração do vasto lateral durante ossificação? Defeito cortical fibroso? Fibroma não ossificante?
- Geralmente autolimitado e cicatriza espontaneamente
- Tratamento conservador – repouso
- Cirúrgico – curetagem, enxerto ósseo
- Mensagem principal do defeito dorsal: diferenciar de osteocondrite dissecante para que não seja realizado uma cirurgia desnecessária em uma condição autolimitada
Características da patela bipartida
- Causada por falha de fusão entre 2 centros de ossificação
- Geralmente assintomático
- Bilateral em 40% (25% pelo Tachdjian)
- Tipos:
- Tipo I (5%): polo inferior, associado a síndrome de Sinding Larsen Johansson;
- Tipo II (20%): em toda borda lateral da patela, associado a não união de fratura patelar;
- Tipo III: (75%) área elíptica na parte superoateral
- Dor é infrequente, se presente é por sobrcarga
- Para saber se a dor é por não união, realizar skyline na posição convencional e skyline com agachamento para ver se ocorre aumento da distância. Positivo para não união se houver separação na posição agachada.
- RMN não é necessária. Em metade dos casos revela edema no fragmento bipartido
- Cintilo mostra captação em sintomáticos e assintomáticos, não guia tratamento
- Se dor: Tratamento é repouso, AINE, imobilização por 3 sem em casos selecionados
- Cirurgia raramente necessária
- Fratura ou separação da patela bipartida é raro mas pode ocorrer. Pode ser realizado excisão do fragmento, contudo, se cartilagem articular presente é melhor fixar par evitar incongruência patelo femoral
- Pode-se realizar liberação do vasto lateral ou do retináculo lateral para facilitar união do fragmento
- Técnica de Ogata: descolamento subperiosteal do vasto lateral, sem causar desequilíbrio do mecanismo extensor
Definição de condromalácia patelar
Lesão anatomopatologica da cartilagem patelar que se inicia na camada profunda.
V ou F: Na condromalácia de rotula, há relação entre a gravidade da lesão e os sintomas
Falso. Não há relação
V ou F: Diferente da osteoartrite, a lesão na condromalacia ocorre nas camadas profundas da cartilagem, a parte superficial é acometida tardiamente
Verdadeiro
A que é atribuida a lesão condral na condromalacia?
Diminuição de mucopolissacarídeo e sulfatos nas camadas profundas da cartilagem
Localização da condromalacia de rotula
Na proeminência que separa a faceta medial da lateral. Quando essa área entra em contato nos extremos de movimento leva a degeneração e fibrilação
Por que ocorre dor na condromalacia de rotula?
Dor ocorre devido ao impacto transmitido ao osso subcondral por uma cartilagem incapaz de protege-lo
Classificação evolutiva da condromalacia patelar
- Grau 1: amolecimento sem ou com ruptura mínima
- Grau 2: área de fibrilação e fissura e superfície irregular
- Grau 3: fibrilação com fissura até o osso subcondral = carne de carangueijo
- Grau 4: desaparecimento da cartilagem, exposição e erosão do osso subcondral
Causas de condromalácia
Mecânicas: lx patela, fx da patela, trauma direto, desbalanço do mecanismo extensor, patela alta, distrofia simpático reflexa, medial femoral condylar ridge
Bioquímicas: AR, hemartrose recorrente, sepse e adesões, injeção de corticoide repetidas, imobilização prolongada, osteartrose
Clínica da condromalácia de patela
- Inespecífico
- Dor região anterior do joelho especialmente após longos períodos sentados: movie sign, theater sign
- Crepitação patelo femoral
- Dor e sensação de falha com atividades, sobretudo descer escada
- Debris de cartilagem suspensos no liquido sinovial devido a doença levam a sinovite = dor e edema
- Dor também é gerada no osso subcondral desprotegido por cartilagem doente
- Não há relação entre gravidade da condromalacea na artroscopia e sintomas – indica que sintomas não devem ser usados para indicar artroscopia
Tratamento conservador da condromalacia de patela
- Indicado como tratamento inicial na maioria das vezes
- Direcionado a causa
- É o tratamento de escolha na maioria dos casos
- Aconselhar modificação de atividade: evitar agachamento, exercícios com flexão do joelho além de 90 graus, não treinar em terrenos irregulares
Tratamento cirúrgico da condromalácia patelar
Indicado na falha do tratamento conservador.
Duas fases:
1) Direcionados aos mal alinhamento do mecanismo extensor (pode envolver aumento de anteversão femoral, torção tibial externa excessiva, genu valgo acentuado);
2) Direcionados ao tratamento da cartilagem
- Release lateral é opção para s. patelo femoral. Não tem bons resultados em pacientes com patela alta.
- Procedimentos envolvendo a cartilagem:
- Shaving patelar artroscopico: remoção de cartilagem com fibrilação reduziria geração de debris de cartilagem que irritam a sinovia
- Facectomia
- Excisão do defeito e drilling do osso subcondral – para casos graves
- Procedimento de Maquet: elevação anterior da TAT para descompressão patelo femoral
- Patelectomia
- Resurfacing patelar e artroplastia patelo femoral
Qual o procedimento?
Maquet