LCP Flashcards

1
Q

Origem e inserção do LCP

A

Da face lateral (na fossa intercondilar) do côndilo femoral medial à região posterior e proximal da tibia (abaixo da linha da articulação)

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2
Q

Restrições reponsáveis pelo LCP

A
  • Restritor primário para translação posterior da tibia
  • Restritor secundário para varo, valgo e rotação lateral

Obs: LCP faz essa restrição principalmente na flexão do joelho.

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3
Q

Anterior ao ligamento cruzado posterior, contribui para a função do LCP e estabiliza o menisco

A

Ligamento de Humphrey

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4
Q

Posterior ao ligamento cruzado posterior, contribui para a função do LCP e estabiliza o menisco

A

Ligamento de Wrisberg

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5
Q

Quais os principais mecanismos de trauma da lesão do LCP

A
  • 40% esportivo, 50% acidentes auto (trauma direto sobre o painel do carro com o joelho em flexão é o clássico), 10 % acidentes trabalho/industriais
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6
Q

Quem é mais forte, LCA ou LCP?

A

LCP é 2x mais forte

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7
Q

Qual banda do LCP é mais forte? e qual está tensa em flexão?

A

Anterolateral é 2 vezes mais forte. Anterolateral tensa em flexão (as anteriores são tensas em flexão e posteriores em extensão)

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8
Q

responsável por ___ da resistência contra translação posterior da tibia

A

89%

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9
Q

O LCP tem sua função mais importante quando o joelho está em _____

A

Importante sobretudo com o joelho em flexão. Após a lesão, a estabilidade rotacional em extensão não se altera, porém em flexão sim

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10
Q

V ou F: se o LCA estiver lesado o LCP resiste a hiperextensão

A

Verdadeiro

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11
Q

Principal lesão associada ao LCP

A

Lesão do CPL

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12
Q

Principais movimentos do joelho e forças que causam lesão do LCP

A
  • lesão isolada: força posterior sobre a tíbia proximal (dashboard injury), esportes como futebol americano (impacto medial no joelho hiperextendido gerando um momento em varo), contato com solo após queda
  • hiperflexão (pode gerar avulsão da inserção femoral) e hiperextensão do joelho também são descritos como um dos mecanismos
  • LCP + CPL: hiperextensão + varo
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13
Q

Clinica / história natural da lesão do LCP

A
  • A clinica é variável: Instabilidade + degeneração da cartilagem articular + dor até joelhos normais.
    • Pode ocorrer dor e edema após atividades somente anos após a lesão
    • Evidencias mais recentes: leva a artrose no longo prazo → até 80% de artrose quando reparo ou reconstrução não é feito até 4 anos da lesão.
  • Algumas vezes não é relatado trauma associado e atletas não interrompem suas atividades. É necessário alto grau de suspeição.
    • Inicia quadro de dor, edema e pode ocorrer hematoma fossa poplítea
    • Instabilidade sobretudo em lesões combinadas
  • Marcha com varus thrust (exige osteotomia valgizante antes da abordagem de partes moles), pé em rotação externa
  • Pode ocorrer estiramento do nervo fibular comum por estiramento das estruturas laterais
  • Diferentemente do LCA, não é comum hemartrose ou sensação de instabilidade na lesão aguda.
  • Frequentemente a gaveta posterior é negativa no exame inicial
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14
Q

Principais testes de exame físico para LCP

A

Gaveta posterior, Dial test, Freiberg, stress em valgo, quadriceps active test.

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15
Q

Principais exames de imagem

A
  • Rx em stress (translação > 8 mm indica lesão completa)
    • Rx perfil com 70 graus de flexão e força aplicada de anterior para posterior.
    • Mostrou-se superior ao artrômetro KT-1000 e à gaveta posterior
  • Rx simples detecta avulsões das inserções, avulsões capsulares (Segond reverso), sinal do arqueado (CPL)
  • MRI é o melhor exame (S e E aproximadamente 100%), sobretudo para caso agudo.
    • Em casos crônicos pode ter ocorrido cicatrização não funcional dificultando a interpretação. Portanto, nesses casos o diagnostico é clinico. Artroscopia pode ser útil nos casos cronicos.
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16
Q

Classificação de Clancy e Sutherland

A
  • Clancy e Sutherland (relação do tíbia com fêmur na gaveta. Normal é tíbia anterior ao fêmur 1 cm).
  • Grau 1: 0-5 mm posteriorização;
  • Grau 2: 5-10 mm (em linha com o fêmur);
  • Grau 3: > 10 mm (posterior ao fêmur).
    • Esse grau sugere lesões associadas multiligamentar.
17
Q

Critérios para indicar tratamento conservador na lesão do LCP

A

Tradicionalmente grau 1 e 2 de Clancy respondem bem a conservador

  • 3 critérios para conservador:
  • 1) gaveta posterior < 10 mm (grau 2) com tibia em rotação neutra;
  • 2) < 5 graus rotação externa da tiba a 30 graus de flexão do joelho (CPL integro no dial test);
  • 3) ausência de instabilidade em valgo e varo

OBS: ou seja, cirúrgico se: lesão grau 3; associada a outras lesões ligamentares (CPL); com instabilidade em varo-valgo

18
Q

Prognóstico do tratamento conservador na lesão do LCP

A
  • Relatos de 85% de retorno ao esporte com tto conservador.
    • Porem mais recentemente verificou-se que muitos evoluem com dor e limitações funcionais, culminando em osteoartrite (principalmente do compartimento medial) após 25 anos
      • Com a lesão ocorre aumento da pressão patelo femoral e no compartimento medial principalmente em atividades que necessitam manter o joelho em flexão.
19
Q

Fases de Dejour da história natural da lesão isolada do LCP

A
  1. Adaptação funcional (3 a 18 meses)
  2. Tolerância funcional (15 a 20 anos)
  3. Degeneração osteoartrítica que não se torna incapacitante (até após 25 anos)
20
Q

Como são tratadas as avulsões femorais por lesão do LCP?

A

Depende do tamanho do fragmento:

  • Fragmento grande = redução aberta e fixação
  • Fragmento pequeno com instabilidade grau 2 (<10mm de posteriorização) de Clancy = fortalecimento do quadríceps
  • Fragmento pequeno com instabilidade grau 3 = reconstrução do LCP
21
Q

V ou F: em geral deve-se aguardar pelo menos 1 a 2 semanas após a lesão do LCP para poder realizar a reconstrução.

A

Verdadeiro. Aguarda esse tempo para que o paciente recupere um pouco da ADM e tenha diminuição do edema/inflamação da articulação.

22
Q

V ou F: Travamento tibiofemoral com pino e olecranização da patela são técnicas amplamente utilizadas para evitar stress no enxerto e evitar a posteriorização da tibia (e consequentemente a falha da reconstrução)

A

Falso. Não se usa mais essas técnicas.

23
Q

Algoritmo de tratamento da lesão instável do LCP =D

A
24
Q

Qual o tratamento para uma lesão do LCP associada a outras lesões ligamentares

A

Reconstrução multiligamentar

25
Q

Técnica Inlay de reparo do LCP

A
  • Túnel femoral artrocopico
  • Realiza-se uma calha na tibia por técnica aberta – reduz lesão ao feixe poplíteo
  • Não tem o problema do killer turn (angulacao aguda que promove abrasão do enxerto)
26
Q

Indicações de cirurgias para lesão do LCP, tensionamento do enxerto e reabilitação após =D

A

Indicações de reconstrução:

  • Em casos associados a outras lesões ligamentares
  • Associação com lesão meniscal ou lesão condral que requerem reparo são indicações relativas de cirurgia para LCP
  • Se grau 3 (> 10 mm translação)
  • Em casos de avulsão, reparar se for um fragmento grande de osso ou um fragmento pequeno com translação > 10 mm

Melhores opções de enxerto: patelar, alo patelar ou aquileu com osso

Detalhe técnico:

Tensionamento a 90 graus de flexão: similar a biomecânica natural do joelho. Em extensão: pode levar a constrição da articulação

Reabilitação:

  • Brace em extensão, carga parcial com muletas, exercícios ativos de quadríceps 0-90, flexão somente passiva para prevenir translação posterior pelos isquiotibiais

Obs: Controvérsias:

  • Reconstrução isométrica x porção anterior mais forte (não isométrica)
  • Dupla banda x banda unica
  • Outside in vs inside out (sem técnica preconizada)
27
Q

Quando considerar osteotomia na lesão do LCP?

A

Considerar osteotomia se pouca degeneração do compartimento medial com mal alinhamento em varo

28
Q

O que prediz um bom resultado da reconstrução em pacientes com lesões cronicas sintomaticas?

A

Em pacientes com lesão isolada e sintomáticos, boa resposta com uso de brace prediz bom resultado se reconstrução do LCP

29
Q

Posicionamento do enxerto:

A
  • Tunel femoral: geralmente colocado anterior ao footprint do LCP, porém pode ser colocado central, posterior longitudinal e posterior oblíquo. 1,1cm da fossa intercondilar com o sulco intertroclear e o enxerto é fixado em flexão.
  • Tibial: Se encontra na depressão 1cm abaixo da superficie articular da tibia. O ligamento é orientado verticalmente no plano frontal e inclina para a frente em 30 - 45 graus no plano sagital.
30
Q

Consequencia de posiocionamento ruins dos tuneis femorais

A
  • Túnel o femoral muito anterior e distal → aumento da distancia entre tibia e fêmur → aumento da tensão no enxerto → perda de flexão
  • Túnel femoral mais posterior e proximal → redução da tensão no enxerto por diminuição da distancia entre fêmur e tibia → gaveta posterior +
31
Q

Complicação mais comum da reconstrução do LCP

A

Frouxidão ligamentar residual

  • Definida como mais de 4mm de translação posterior em radiografias com estresse do LCP.
  • Pode ser causada também por outras lesões não diagnósticadas / não tratadas (principal causa de falha do enxerto).
32
Q

Na reabilitação pós operatória de reparo do LCP, em quanto tempo deve-se iniciar a flexão acima de 90 graus?

A
  • reparo LCP: libera 0-90 graus com 6 semanas.
  • Reconstrução LCP: 0-90 com 2 semanas, 0-110 com 4 semanas. Campbell: reconstrução LCP: flexão >90 so após a 6 semana.
33
Q

Qual a principal perda de ADM PO na reconstrução do LCP

A

Perda de flexão

34
Q

Complicações da recunstração do LCP e ao que estão associadas

A
  • Frouxidão ligamentar residual: Mal posicionamento dos túneis, principalmente femoral, e outras lesões não tratadas
  • Perda de ADM: Mal posicionamento dos túneis, principalmente femoral.
  • Falha em obter estabilidade objetiva: seleção ruim do enxerto
  • Falha do enxerto: associada a outras lesões não tratadas como a do CPL
  • Lesão do nervo tibial ou arteria poplítea: má exposição do fio guia e broca, erro de posicionamento
  • Osteonecrose do CFM: Dissecção de tecidos moles e perfuração do côndilo causando dano ao fornecimento de sangue do osso subcondral.
  • Fratura do CFM: relacionada aos casos em que foi feito duplo tunel femoral