Osteonecrose da Cabeça do Fêmur Flashcards
Qual a epidemiologia da necrose avascular da cabeça do fêmur?
Masculino 4:1 (80%) 30-50 anos Bilateral 50% (35-80%) Multifatorial Progressiva Idiopática em 25% dos casos
Cite os possíveis fatores de risco que podem causar lesão celular direta predispondo à osteonecrose da cabeça do fêmur.
Traumática (principal causa) Etilismo (10-40%): > 400ml de álcool por semana Corticoide/Anabolizante (10-30%) Gota Idiopática (25%) Anemia falciforme Doença de Gaucher Hiperlipidemia Doença autoimune HIV (30-80% dos pacientes positivos) Leucemia Radioterapia/Quimioterapia Gestação Tabagismo Tromboembolismo Doença de Caisson (síndrome descompressão em mergulhadores)
A alteração de qual gene está associada à osteonecrose primária da cabeça do fêmur?
Gene COL2A1
Descreva como é o quadro clínico e exame físico osteonecrose
Quadril doloroso e progressivo
Claudicação antálgica intermitente
ADM doloroso e progressivamente limitado
Qual o 1º movimento a ficar limitado na osteonecrose da cabeça do fêmur?
Rotação interna
Qual o sinal radiográfico patognomônico da osteonecrose da cabeça do fêmur e qual melhor incidência para visualizá-lo?
Sinal do Crescente
RX Lauenstein (“pata de rã”)
Qual a principal região da cabeça femoral acometida pela osteonecrose?
Região anterossuperior (área de carga)
Quais as alterações encontradas na RNM em T1 e T2 do paciente com osteonecrose da cabeça do fêmur?
T1: Hipossinal
T2: Duplo sinal (mostra fratura subcondral - “sinal do crescente”)
Como é esperado encontrar a cintilografia com tecnécio-99 na fase inicial e posteriores dos pacientes com osteonecrose da cabeça do fêmur?
Inicial: Hipocaptação na região isquêmica
Fases posteriores: Hipercaptação
Descreva a classificação de Ficat e Arlet ATUALIZADA para osteonecrose da cabeça do fêmur de acordo com os sintomas, radiografia, cintilografia e biópsia.
0: apenas fatores de risco
- Sintomas: assintomático
- RX: Normal
- Cintilo: Hipocaptação
1:
- Sintomas: assintomático ou leves
- RX: Normal
- Cintilo: Hipocaptação
- Biópsia: Tecido necrótico + osteoblastos (24-72h)
2A:
- Sintomas: Leves
- RX: Alteração densidade com CISTOS, esclerose
- Cintilo: Hipercaptação
- Biópsia: Osso novo entre as trabéculas necróticas
2B:
- Sintomas: Leves
- RX: Alteração densidade com SINAL DO CRESCENTE (achatamento cabeça)
- Cintilo: Hipercaptação
- Biópsia: Osso novo entre as trabéculas necróticas
3:
- Sintomas: Leves ou Moderados
- RX: perda da esfericidade, COLAPSO
- Cintilo: Hipercaptação
- Biópsia: trabeculado necrótico e células medulares nos dois lados da linha de fratura subcondral
4:
- Sintomas: Moderados ou Graves
- RX: Diminuição espaço articular, ALTERAÇÃO ACETABULAR
- Cintilo: Hipercaptação
- Biópsia: alterações degenerativas acetabulares
Descreva a subdivisão dos tipos I, II e III de Steinberg para osteonecrose da cabeça do fêmur, de acordo com a % de acometimento da cabeça do fêmur na RNM.
A: < 15% (leve)
B: entre 15-30% (moderado)
C: > 30% (grave)
Qual a grande característica do tipo VI da classificação de Steinberg para osteonecrose da cabeça do fêmur?
Alterações degenerativas avançadas
Descreva a subdivisão do tipo IV de Steinberg para osteonecrose da cabeça do fêmur, de acordo com o tamanho da depressão (achatamento) articular da cabeça do fêmur na RNM.
A: < 2mm depressão
B: entre 2-4mm
C: > 4mm
Descreva a subdivisão do tipo V de Steinberg para osteonecrose da cabeça do fêmur, de acordo com o grau das alterações acetabulares na RNM.
A: leve
B: moderado
C: grave
O que é o, como é medido e como interpretar o Índice de Kerboul na osteonecrose da cabeça do fêmur?
É o índice que indica o risco de evolução da osteonecrose da cabeça do fêmur
Somar os ângulos da área de necrose nos cortes coronal e axial da RNM.
Risco de evolução:
- Índice < 190º = baixo risco
- Índice entre 190º-240º = moderado risco
- Índice > 240º = alto risco (100% colapso em 5 anos)