Fraturas do Anel Pélvico Flashcards
Quais são os 5 ligamentos da pelve responsáveis pela estabilidade rotacional (horizontal)?
SIZINIO X CAMPBELL DIVERGENTE
Sacroilíacos anteriores Sacroilíaco posterior CURTO Iliolombares ????? (sizinio) Sacroespinhoso Sinfisários
Quais são os 3 ligamentos da pelve responsáveis pela estabilidade vertical?
SIZINIO X CAMPBELL DIVERGENTE
Sacroilíaco posterior LONGO (principal)
Sacrotuberal
Lombossacral
Iliolombar ????? (campbell)
Na vista posterior do quadril, cite os 4 músculos que compõem os rotadores externos do quadril (de proximal para distal).
Piriforme
Gêmeo superior
Obturador interno
Gêmeo inferior
Cite a variação anatômica mais comum e menos comum de relação do nervo isquiático com os rotadores externos.
84% anterior ao piriforme
0,8% no meio do tendão piriforme
Cite as 6 estruturas que atravessam a incisura isquiática maior.
Nervo isquiático Nervo glúteo superior Nervo glúteo inferior Vasos glúteos superiores Vasos glúteo inferiores Nervo pudendo
O que é “Corona Mortis”?
Anastomose entre vasos epigástricos inferiores (ramo ilíaca externa) e vasos obturadores (ramo ilíaca interna)
Qual a epidemiologia das fraturas do anel pélvico?
Homem 56% > 44% Mulher
Jovens (18-45 anos. Média 45 anos)
Alta energia
22% população geriátrica
Qual o risco de mortalidade em cada um dos 3 mecanismos de lesão do anel pélvico?
Cisalhamento vertical 25%
Compressão anteroposterior 20%
Compressão lateral 6,6%
Qual o principal tipo de sangramento nas fraturas do anel pélvico?
Qual o principal responsável por esse sangramento?
Venoso
- pelo plexo sacral
Nos pacientes acima de 60 anos, qual o principal tipo de sangramento nas fraturas do anel pélvico?
Arterial
Nas fraturas do anel pélvico no paciente politraumatizado, qual tipo de impacto é um importante fator de risco para mortalidade devido às lesões associadas?
Nesses casos, qual o risco de mortalidade?
Impacto lateral (10-50%)
Qual o motivo do impacto lateral ser um importante fator de risco para mortalidade nas fraturas do anel pélvico?
Pelas lesões associadas: ósseas, viscerais, partes moles
Quais as principais lesões associadas à fraturas do anel pélvico?
Torácica 63% Ossos longos 50% Craniana 40% Órgãos sólidos 40% (fígado e baço principalmente) Coluna 25% Intestino 14% Exposição 5% (inclui intestino e bexiga)
Cite o principal mecanismo de trauma relacionado às lesões associadas das fraturas do anel pélvico:
- Craniana
- Órgãos sólidos
- Intestino
- Lesão da aorta torácica
Craniana: compressão lateral
Órgãos sólidos: compressão anteroposterior
Intestino: compressão anteroposterior
Aorta torácica: compressão anteroposterior
Como se apresenta o membro inferior do paciente com lesão do anel pélvico, de acordo com os 3 tipos de mecanismo da lesão? (CAP, CL, CV)
Compressão anteroposterior (fratura em livro aberto)
- Rotação externa dos membros inferiores
Compressão lateral:
- Rotação interna do membro afetado
Cisalhamento vertical
- Encurtamento + Rotação externa do membro
Qual o teste clínico a ser realizado na avaliação do paciente com lesão do anel pélvico?
Teste de Volkmann: compressão anteroposterior da pelve (realizar apenas 1 vez)
No paciente com lesão do anel pélvico, cite qual a indicação de realizar cistografia.
Hematúria com > 30 a 50 eritrócitos em urinálise
Sobre os hematomas clássicos (Destot, Gray-Turner, Cullen) que podem estar presentes nas lesões do anel pélvico, cite:
- local do hematoma
- o que indica
Destot:
- base do escroto ou grandes lábios
- sangramento na pelve
Gray-Turner
- flanco
- sangramento retroperitoneal
Cullen
- periumbilical
- sangramento retroperitoneal
Sobre a incidência radiográfica INLET, cite:
- Como é feita
- Estruturas visualizadas
- Mecanismo de lesão pélvica melhor avaliado
Raio direcionado para caudal em 45º (25º RW)
(ampola inclinada para cranial)
Borda pélvica, asa sacral, asa ilíaco, porção superior dos ramos, articulação sacroilíaca, corpo do sacro, EIAS
Compressão anterossuperior
O que é o Sinal da Sentinela?
O que este sinal indica?
Fratura do processo transverso de L5 por avulsão do ligamento iliolombar
Instabilidade posterior
Sobre a “Fratura de Malgaigne”, cite:
- Padrão da fratura
- Principal mecanismo do trauma/lesão
- Principais lesões associadas
Fratura com padrão “duplo vertical”
- Acometimento hemipelve anterior (fratura dos ramos OU abertura sínfise) + posterior (fratura sacro OU lesão sacroilíaca)
Queda de altura com apoio em um membro (força de cisalhamento vertical)
Fratura de vértebra, platô tibial e calcâneo
Sobre a incidência radiográfica OUTLET, cite:
- Como é feita
- Estruturas visualizadas
- Mecanismo de lesão pélvica melhor avaliado
Raio direcionado para cranial 45º (60º RW)
(ampola inclinada para caudal)
AP verdadeiro sacral, sínfise púbica (ramos superior e inferior), articulação sacroilíaca
Cisalhamento vertical
Descreva a Classificação de Young e Burgess para lesões do anel pélvico de acordo com os mecanismos de lesão.
COMPRESSÃO LATERAL
- 1º tempo: fratura ramo com lesão dos sacroilíacos anteriores sem luxação
- 2º tempo: fratura ramo com lesão em crescente da asa do ilíaco
- 3º tempo: tipo 1 ou 2 ipsilateral ao trauma + livro aberto contralateral ao trauma (lesão ligamento sacrotuberoso e sacroespinhoso)
COMPRESSÃO ANTEROPOSTERIOR
- 1º tempo: lesão sínfise púbica (diastase <2,5cm)
- 2º tempo: lesão sínfise + sacrotuberoso + sacroespinhoso + SI anterior (diastase sínfise >2,5cm)
- 3º tempo: todos + sacroilíaco posterior (instabilidade horizontal e vertical)
CISALHAMENTO VERTICAL
- Perda estabilidade total plano vertical
Qual lesão do anel pélvico, segundo Young e Burgess, se caracteriza como “pelve em ventania”?
Como se caracteriza a estabilidade dessa pelve?
Compressão lateral 3º tempo
Instabilidade horizontal e vertical
Descreva a Classificação de Tile para lesões do anel pélvico.
A: ESTÁVEIS
1: avulsão osso inominado
2: asa ilíaco ou minimamente desviada anel
3: transversa do SACRO (abaixo de S2) ou coccix
B: INSTABILIDADE ROTACIONAL
1: rotação externa hemipelve = Livro aberto (CAP)
2: rotação interna ipsilateral (compressão lateral)
3: bilateral
C: INSTABILIDADE VERTICAL E ROTACIONAL
1: unilateral
2: bilateral com apenas 1 lado instável vertical
3: instabilidade vertical bilateral
Descreva como é a progressão da lesão ligamentar na lesão do anel pélvico.
Sínfise púbica -> Sacrotuberoso -> Sacroespinhoso - > Sacroilíaco anterior -> Sacroilíaco posterior
Quais as 2 condições para tratamento conservador das lesões do anel pélvico?
Cite 2 tipos de Tile e 2 tipos de Young e Burgess que podem ser tratados de maneira conservadora.
Estável hemodinamicamente
Abertura da sínfise < 2,5 cm
Young e Burgess:
- CL tipo I
- CAP tipo I
Tile:
- A
- B com abertura da sínfise < 2,5cm
Como deve ser colocado o lençol para estabilização das lesões do anel pélvico?
Apoio no trocanter maior, MMII em rotação interna e adução.
Quando está indicada a colocação de lençol nas lesões do anel pélvico?
Nas lesões com instabilidade horizontal
Qual método de fixação externa confere estabilidade posterior nas lesões do anel pélvico?
Clampe de Ganz (“em C”)
Cite 4 indicações para tratamento cirúrgico definitivo nas lesões do anel pélvico.
Diástase da sínfise > 2,5 cm
Fratura de Ramo Superior que acarrete instabilidade
Lesão Sacroilíaca (remete instabilidade posterior)
Fratura em Crescente (funciona como instabilidade posterior)
Qual deve ser a sequência de redução e fixação das lesões do anel pélvico?
Primeiro: Redução e fixação posterior
Depois: Anterior
Quais as 2 vias de acesso indicadas para estabilização anterior do anel pélvico?
Pfannestiel
Stoppa (“Pfannestiel ampliada”)
Cite as 6 principais estruturas em risco nas vias de acesso de Pfannestiel e Stoppa para estabilização anterior do anel pélvico.
Corona mortis Vasos ilíacos externos Vasos obturatórios Nervo obturatório Funículo espermático (homens) Ligamento redondo (mulheres)
Cite as 2 lesões do anel pélvico em que está indicada a realização do acesso cirúrgico ilioinguinal.
Fratura em crescente
Instabilidade sacroilíaca anterior
Cite as 3 principais estruturas em risco na via de acesso ilioinguinal para tratamento das lesões do anel pélvico.
Nervo cutâneo femoral lateral
Artéria epigástrica inferior
Funículo espermático (homens)
Cite as 5 principais complicações do tratamento cirúrgico das lesões do anel pélvico.
Hemorragia (venoso > arterial) Dor crônica Disfunção sexual Perda de fixação/redução Discrepância de MMII
Nas lesões pélvicas, cite as 3 principais artérias responsáveis pelo sangramento pélvico e de onde se originam,
Artérias glúteas superiores (1º)
Artéria pudenda interna (2º)
Artéria sacral lateral (3º)
São ramos do sistema ilíaco interno
Descreva a Classificação de Torode e Zieg para lesões da pelve infantil.
Tipo I: avulsão
Tipo II asa do ilíaco
Tipo III A: anel anterior (estável)
Tipo III B: anel anterior e posterior (estável)
Tipo IV: instáveis
Qual o tipo de lesão do anel pélvico infantil mais comum segundo a classificação de Torode e Zieg?
III A (50%) - isolada ramo superior (mais comum)
Descreva como deve ser feito o tratamento da lesão do anel pélvico infantil de acordo com a Classificação de Torode e Zieg.
Tipo I e II: conservador
Tipo III: cirurgia se desvio > 15º ou livro aberto > 2,5cm
Tipo IV: sempre cirúrgico
Descreva a Classificação de Torode e Zieg MODIFICADA para lesões da pelve infantil.
Tipo I: avulsão
Tipo II fratura da asa do ilíaco
- A: apófise ilíaca
- B: corpo da asa do ilíaco
III: fratura simples do anel
- A: púbis e/ou sínfise
- B: envolvimento acetabular sem anel
IV: instáveis
- A: Straddler/Cavaleiro (bilateral ramos superior e inferior)
- B: ramo púbico anterior + algum elemento posterior
- C: instabilidade pelvicoacetabular
Qual o ligamento mais forte da pelve?
Sacroilíaco posterior (responsável por 10-15% da estabilidade do anel pélvico)
Qual o risco de choque hipovolêmico nas lesões do anel pélvico por cisalhamento vertical?
63%
Qual o risco de choque hipovolêmico nas lesões do anel pélvico por compressão anteroposterior do 3º tempo?
Nesse tipo, qual a taxa de mortalidade?
Choque hipovolêmico 67%
Mortalidade 37%
Nas lesões do anel pélvico, qual exame de escolha para avaliação do trato genitourinário?
Uretrografia retrógrada
Qual a correlação de um hematoma pélvico > 500cm³ com risco de lesão arterial?
Paciente apresenta risco 4,8x maior de lesão arterial
Descreva as principais características radiográficas das lesões do anel pélvico de acordo com seu mecanismo. (CL, CAP, CV)
Compressão Lateral
- fratura do ramo púbico
- impacção sacral
Compressão Anteroposterior
- disjunção da sínfise
- fratura vertical anterior na sacroilíaca OU dissociação sacroilíaca
Cisalhamento Vertical
- instabilidade vertical e rotacional
Sobre os 4 graus de choque hipovolêmico, cite:
- Porcentagem de perda sanguínea
- Características clínicas + débito urinário
- Reposição
Grau I:
- < 15%
- Exame físico “normal”
- Cristalóide
Grau II:
- 15 e 30%
- Taquicardia SEM hipotensão + DU normal
- Cristaloide
Grau III:
- 30-40%
- Taquicardia + Hipotensão + DU diminuído
- Cristaloide + Concentrado de Hm
Grau IV:
- > 40%
- Taquicardia + Hipotensão SEVERA + DU ausente
- Cristaloide + Concentrado Hm
Qual o risco da utilização de calção pneumático antichoque nas lesões do anel pélvico?
Síndrome compartimental
Descreva como deve ser feita a técnica de Hannover para fixador externo supra acetabular da bacia.
- posição escopia e o que visualizar
- acesso
- ponto de entrada
- início
- posição escopia para acompanhar
- progressão
1º - Escopia outlet com obturatriz (ver a lágrima)
2º - Marcação sob a lágrima, acesso oblíquo 2cm abaixo da EIAS
3º - Trocater sobre a EIAI, angular direção do contraforte isquiático e no centro da lágrima (visualização de “ponto na gota”)
4º - Perfurar o início e progredir o Schanz
5º - Acompanhar a progressão com incidência oblíqua do ilíaco (alar + inlet)
6º - Progredir até 2-3cm da borda da incisura isquiática maior
Qual método de fixação externa não necessita de integridade posterior da pelve?
Clamp em C
Durante os movimentos do corpo, quantos % do peso é suportado pela região posterior da pelve?
80%
Como se caracteriza a fratura de Duverney?
Fratura asa ilíaco sem extensão para anel pélvico
Qual o mecanismo de lesão mais comum das lesões do anel pélvico?
Compressão lateral
Descreva os 3 tipos da classificação de Jones para lesão do anel pélvico baseado na lesão do TGI e retal.
Tipo I: pelve estável
Tipo II: pelve instável sem lesão TGI e retal
Tipo III: pelve instável com lesão TGI e retal
Descreva os 4 tipos da classificação de Rommens e Hoffman para lesões do anel pélvico.
Tipo I: apenas lesão anterior
Tipo II: lesão posterior sem desvio
Tipo III: lesão posterior com desvio unilateral
Tipo IV: lesão posterior com desvio bilateral
Descreva a classificação de Denis para as fraturas do SACRO de acordo com suas 3 zonas.
Zona 1
- Traço vertical ou oblíquo lateral ao forame
Zona 2
- Traço vertical ou oblíquo que atravessa um ou mais forames
Zona 3
- Traço HORIZONTAL, vertical ou oblíquo medial aos forames (penetram o canal vertebral sacral)
Segundo Denis, cite a zona do sacro em que mais ocorre fratura e a que mais ocorre déficit neurológico.
Mais comum = Zona 1 (50%)
Mais déficit = Zona 3 (60%)
Descreva como é a fratura do sacro tipo “Lesão do Suicida”.
Separação entre o corpo e as assas do sacro ao nível dos ligamentos sacroilíacos
Qual raiz encontra-se em risco no acesso cirúrgico via anterior para sacroilíaca?
Raiz L5 (está 1cm medial à sacroilíaca)
Qual local do trato genitourinário em que mais ocorre lesão associada às lesões do anel pélvico?
Trato urinário baixo
Cite os 3 sinais radiográficos de instabilidade posterior nas lesões do anel pélvico.
Deslocamento na pelve posterior > 0,5 cm
Fraturas não impactadas na pelve posterior
Avulsão
- processo transverso L5 (lesão ligamento iliolombar por cisalhamento vertical)
- espinha isquiática
- sacro
Nas mulheres, qual o sinal clínico mais sugestivo de fratura exposta oculta da pelve?
Sangramento vaginal