Impacto Femuroacetabular Flashcards
Quais os 3 tipos de impacto femuroacetabular?
CAM
Pincer
Misto
Qual a epidemiologia do impacto femuroacetabular tipo CAM?
Homem
Jovem
Atleta
Qual a epidemiologia do impacto femuroacetabular tipo pincer?
Mulher
30-50 anos
Qual o tipo de impacto femuroacetabular mais comum?
Misto (70%)
Qual o local mais comum de lesão provocada pelo impacto femuroacetabular tipo CAM?
Base do Labrum por delaminação da cartilagem articular.
Em relação ao offset, como é definido o impacto femuroacetabular do tipo CAM?
Definido pela diminuição do offset anterior (offset curto do colo): < 0,15 = CAM
(offset anterior = diferença entre linhas paralelas à região superior do colo x região do ápice da cabeça)
Qual a deformidade femoral típica do impacto femuroacetabular tipo CAM?
Deformidade em cabo de pistola
No impacto femuroacetabular tipo CAM, onde ocorre o contragolpe nos extremos de movimento?
Região posterior na cabeça e póstero-inferior no acetábulo
Qual tipo de impacto femuroacetabular está relacionado à sequela de epifisiólise?
CAM
Qual o local mais comum de lesão provocada pelo impacto femuroacetabular tipo PINCER?
Rebordo acetabular (mais labral que cartilaginosa)
No impacto femuroacetabular tipo PINCER, para onde o contragolpe nos extremos de movimento direciona a cabeça?
Região póstero-inferior do acetábulo
Cite as duas principais causas de impacto femuroacetabular tipo PINCER.
Sobrecobertura anterior
Retroversão acetabular
Qual o sinal clínico clássico que sugere patologia intra-articular do quadril?
Sinal do C de Byrd
Quais os 3 movimentos que apresentam limitação de ADM no impacto femuroacetabular (IFA)?
Rotação interna, abdução, flexão
I
F
Ab
Descreva as manobras a serem realizadas no exame físico para identificar os seguintes locais de impacto femuroacetabular:
- Anterior
- Posterior ou Lateral
- Posteromedial
Anterior: FADRI
- Decúbito dorsal + Flexão 90º, Adução 20º, Rotação interna máxima
Posterior ou Lateral: FABERE
- Decúbito dorsal + Flexão, Abdução, Rotação externa máxima
Posteromedial: EXABRE
- Decúbito dorsal com membro fora da maca + Extensão, Abdução, Rotação externa
- Se dor na virilha/sensação apreensão = displasia/falta de cobertura anterior.
- Se dor lateral ou posterior = impacto
Cite 5 alterações que podem ser encontradas no exame físico do paciente com impacto femuroacetabular.
Limitação ADM Sinal de Tredelenburg Marcha de Tredelenburg Rolamento doloroso Teste de Ober positivo
Qual o principal ângulo utilizado na avaliar impacto femuroacetabular nas radiografias AP?
Descreva como medi-lo e sua interpretação.
Ângulo centro borda de Wiberg
- 1º: traçar linha horizontal na base das lágrimas
- 2º: traçar linha no centro da cabeça, perpendicular à horizontal
- 3º: traçar linha do centro da cabeça ao ponto mais externo do rebordo acetabular
- 4º: medir ângulo entre a linha vertical e a mais externa ao rebordo acetabular
< 20º = displasia acetabular lateral
20-25º = déficit de cobertura (“borderline displasia”)
25-40º = NORMAL
> 40º = sobrecobertura
Como realizar a radiografia em Falso Perfil de Lequesne?
Pelve 65º em relação a ampola de RX
Pé paralelo à chapa
Sobre o Ângulo Centro Borda Anterior (ACE ou Ângulo de Lequesne), cite:
- Em qual incidência deve ser traçado
- Como traçar
- Interpretação
Falso perfil de Lequesne
 entre:
- Linha vertical ao centro da cabeça
- Linha do centro da cabeça à borda acetabular lateral
Aprox. 20º = normal
< 20º = displasia/falha cobertura
> 20º = Sobrecobertura/IFA Pincer
Sobre o ângulo alfa, cite:
- Em qual RX deve ser medido
- Como medir
- Relação com impacto femuroacetabular
Qualquer incidência perfil
- Dunn, Lauenstein, Lequesne, Cross-table
Ângulo entre:
- Linha eixo do colo ao centro da cabeça
- Linha centro da cabeça com transição colo-cabeça
Ângulo alfa > 50-55º = Impacto tipo CAM
Descreva como medir o ângulo de Tonnis (Índice Acetabular do adulto) para avaliação acetabular e como deve ser interpretado.
1º: traçar linha bilacrimal
2º: traçar uma linha paralela com referência na superfície mais alta do rebordo acetabular medial (ponto mais alto de esclerose medialmente)
3º: traçar linha do ponto acima até a borda mais lateral do rebordo acetabular
Interpretação:
0-10º = normal
< 0º = sobrecobertura/coxa profunda
> 10º = displasia acetabular
Qual melhor incidência radiográfica para avaliar impacto femuroacetabular Anterior?
Descreva como realizá-la.
Perfil Ducroquet
- Paciente em decúbito dorsal, flexão quadril e joelho 90º e abdução 45º
Qual melhor incidência radiográfica para avaliar impacto femuroacetabular Anterossuperior e do tipo CAM?
Descreva como realizá-la e qual ângulo pode ser traçado para avaliar o impacto.
Perfil de Dunn
- Paciente em decúbito dorsal com flexão 45º e abdução 25º e rotação neutra
Ângulo alfa (> 50-55º = CAM)
No RX AP, o que é o Sinal do Cruzamento (Crossover ou Crossing sign) e o que ele indica?
Cruzamento da parece anterior e posterior do acetábulo
Indica retroversão acetabular focal cranial (sobrecobertura anterior com cobertura posterior normal)
No RX AP, o que é o Sinal da Parede Posterior (Posterior Wall Sign) e o que ele indica?
Parede posterior medial ao centro da cabeça
Indica retroversão acetabular global (sobrecobertura anterior e diminuição cobertura posterior)
Descreva os dois tipos de retroversão acetabular e como encontram-se as paredes acetabulares em cada tipo.
Global (“Verdadeira”)
- Parede anterior: maior cobertura
- Parede posterior: cobertura menor
Focal (“Isolada”)
- Parede anterior: maior cobertura
- Parede posterior: normal
Descreva os três tipos de sobrecobertura acetabular e como identificá-los radiograficamente.
Coxa profunda
- Acetábulo atravessa medial a linha de Kohler (ilioisquiática)
- Ocorre medialização do fêmur proximal sem atravessar a linha
Otto Pelvis (Protrusão acetabular) - Cabeça e acetábulo atravessam medialmente a linha de Kohler (ilioisquiática)
Retroversão acetabular
- Sinal do cruzamento
- Sinal Parede posterior
- Proeminência espinha isquiática ipsilateral
Qual a epidemiologia da sobrecobertura acetabular tipo Otto Pelvis (Protrusão acetabular)?
Mulher
Bilateral
Condição primaria
Qual o padrão ouro para diagnóstico do impacto femuroacetabular do tipo CAM?
Reconstrução tomográfica 3D
Descreva a classificação de Tonnis para impacto femuroacetabular (0-3)
Tipo 0
- Sem sinais de osteoartrite
Tipo 1
- Esclerose subcondral
- Pequena diminuição do espaço articular
- Sem osteófito
Tipo 2:
- Cisto subcondral
- Esclerose moderada
- Moderada diminuição do espaço articular
Tipo 3:
- Artrite avançada
- Presença maciça de osteófitos
- Colapso articular (contato osso com osso)
Como deve ser o tratamento conservador para impacto femuroacetabular?
Fortalecimento SEM ganho ADM
Fisioterapia, analgesia, infiltração
Cite 2 opções de tratamento cirúrgico para impacto femuroacetabular tipo CAM e 4 opções para o tipo PINCER.
CAM:
- Osteocondroplastia: Aberta (luxação controlada) ou Artroscópica
- Reinserção labral
PINCER:
- Reinserção labral
- Osteotomia periacetabular
- Tratamento das lesões condrais
- Destacamento do labrum
Cite 3 fatores de mau prognóstico para desenvolvimento de coxartrose no paciente com impacto femuroacetabular.
Classificação de Tonnis > 2
Idade avançada
Presença intraoperatória de delaminação labral
Quais as características da dor no paciente com impacto femuroacetabular?
Dor insidiosa, sentado longos períodos e que melhora ao ficar de pé.
Dor relacionada a atividades de flexão do quadril.
Mnemônico limitação ADM = IFAb
- Impacto
- Femuro
- AcetaBular
Interna (Rotação)
Flexão
ABdução
Qual o teste clínico mais sensível para o impacto femuroacetabular?
FADRI
- Flexão, Adução e Rotação interna
Qual a incidência radiográfica mais sensível e a mais específica para diagnóstico do IFA tipo CAM?
Sensível = Dunn Específica = Lauenstein (Pata de Rã)
Cite 3 sinais radiográficos (AP bacia) de retroversão acetabular e em qual tipo de retroversão cada um está presente.
Retroversão global:
- Parede posterior medial ao centro da cabeça
- Proeminência espinha isquiática ipsilateral
Retroversão focal:
- Sinal do Cruzamento/Crossing-Sign
- Proeminência espinha isquiática ipsilateral
Descreva como caracterizar, radiograficamente, a Coxa Profunda e o que ela representa.
Coxa profunda
- Acetábulo atravessa medialmente a linha de Kohler (ilioisquiática)
- Ocorre medialização do fêmur proximal sem atravessar a linha
- Representa sobrecobertura acetabular
Descreva como caracterizar, radiograficamente, o Otto Pelvis (Protrusão acetabular) e o que ela representa.
Otto Pelvis (Protrusão acetabular)
- Cabeça e acetábulo atravessam medialmente a linha de Kohler (ilioisquiática)
- Representa sobrecobertura acetabular
Sobre os impactos femuroacetabulares, cite quais parâmetros radiográficos são avaliados em cada radiografia abaixo:
- AP
- Perfil de Lequesne
- Lauenstein (Pata de Rã)
- Dunn
- Cross-table
AP:
- Wiberg, Tonnis, Crossover, Posterior Wall, Coxa profunda, Otto pelvis
Perfil de Lequesne
- Centro borda anterior (Â Lequesne)
- Ângulo alfa
- Offset anterior
Lauenstein (Pata de Rã)
- Ângulo alfa
- Offset anterior
Dunn
- Ângulo alfa
- Offset anterior
Sobre as causas de IFA tipo pincer, em qual situação pode ocorrer sobrecobertura isolada da parede anterior do acetábulo?
Retroversão acetabular