Fratura Transtrocanteriana, Subtrocanteriana e Diafisária do Fêmur Flashcards

1
Q

Quais estruturas delimitam o triângulo de Scarpa?

O que esse triângulo delimitada?

A

Sartório lateralmente
Ligamento inguinal superiormente
Adutor longo medialmente

Delimita o principal feixe neurovascular da região femoral proximal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Qual a epidemiologia das fraturas transtrocanterianas?

A
34% das fraturas do quadril
> 65 anos (Média 80 anos): mais velho que colo
Mulheres
Brancas
IMC baixo
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Qual a fratura fratura de maior taxa de mortalidade no pós operatório?

A

Transtrocanteriana

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Cite o prognóstico da fratura transtrocanteriana em relação a:

  • mortalidade no 1º ano
  • perda de função
  • capacidade de deambular sozinho
A

20% mortalidade 1º ano

30% perda de função

40% incapacidade deambular sozinho

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Quais os fatores de risco para fratura transtrocanteriana?

A

os mesmos do colo
desnutrição
- Vitamina D baixa
- Albumina abaixo de 3

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Como deve ser o protocolo nutricional (vitamina D) do paciente internado devido fratura do fêmur proximal?

A

Administração de 50.000 UI vitamina D em idosos internados por fratura do fêmur proximal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Quais os mecanismos de trauma da fratura transtrocanteriana do fêmur?

A

QPA 90%

Alta energia = jovens (raro)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Quantos % dos casos de fratura transtrocanteriana apresentam lesões associadas?

Quais as principais lesões associadas?

A

4% dos casos apresentam lesão associada

Fratura radio distal 2% (principalmente ipsilateral)
Fratura úmero proximal 1%
TCE
Fratura pélvica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Quais os sinais cardinais de fratura?

A
Dor inguinal à mobilização
Incapacidade sustentar o peso
Hematoma região glútea
Encurtamento e RE (maior que nas fraturas do colo)
Teste de Lippman
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Como é feito o Teste de Lippman?

A

Estetoscópio na região sinfisária
percussão patela
obstrução transmissão no lado da fratura

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Cite 6 critérios de instabilidade na fratura do fêmur proximal.

A
Fragmentação posteromedial
Padrão basocervical
Traço reverso
Fratura do trocanter maior desviada para lateral
Dificuldade de redução
Integridade da parede lateral < 20,5 mm
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Como é medido a integridade da parede lateral na fratura do fêmur proximal?

A

Ponto no tubérculo inominado
Traça linha 3cm abaixo
Traça linha 135º a partir do ponto 3cm abaixo do tubérculo inominado
Mede o ponto da parede lateral com o ponto 3cm abaixo do tubérculo inominado

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Descreva a classificação AO para fratura transtrocanteriana do fêmur.

A

31 A1: 2 partes

  • A1.1: isolada de um trocanter maior (n) ou menor (o)
  • A1.2: duas partes estável
  • A1.3: associada a trocanter menor e parede lateral com > 20,5 mm

31 A2: Cominuída e instável

  • 31 A2.2: fragmento intermediário e parede lateral com < 20,5mm
  • 31 A2.3: mais de 2 fragmentos intermediários

31 A3: traço reverso

  • 31 A3.1: traço obliquo simples
  • 31 A3.2: traço transverso simples
  • 31 A3.3: destacamento trocanter menor ou multifragmentada
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Descreva a classificação de Evans para fratura transtrocanteriana do fêmur.

A

I: estável

  • A: com desvio
  • B: sem desvio

II: instável

  • A: 3 partes com trocanter maior
  • B: 3 partes com trocanter menor

III: 4 partes

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Descreva a classificação de Boyd e Griffin para fratura transtrocanteriana do fêmur.

A

I: 2 partes estável

II: instável (cominuição posteromedial)

III: traço reverso

IV: subtrocantérica + transtrocantérica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Descreva a classificação de Tronzo para fratura transtrocanteriana do fêmur.

A

I: Sem desvio

II: Com desvio

III: Medialização da diáfise (calcar no canal)

III Variante: tipo III + fratura trocanter MAIOR

IV: Lateralização da diáfise (“gap” no traço)

V: Traço reverso

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Qual o tempo máximo ideal para tratamento cirúrgico das fraturas transtrocanterianas do fêmur?

A

48h

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Qual desvio nunca pode ser aceitado no tratamento com haste cefalomedular na fratura transtrocanteriana?

A

Varo!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

O que é Índice de Baumgartner (TAD)?

Como deve ser medido?

A

Preditor de migração do implante

Medir distância da ponta do pino para região central articular da cabeça do fêmur no RX AP e perfil!
OBS: A soma deve ser < 25mm

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Cite o melhor implante a ser utilizado na fratura transtrocanteriana do fêmur de acordo com a classificação AO.

A

31A1 (estável com parede lateral) = DHS

31A2: DHS ou Haste cefalomedular

31A3: Haste cefalomedular

  • Pode DCS 95º
  • Nunca DHS
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Cite 6 complicações inerentes ao tratamento cirúrgico das fraturas transtrocanterianas do fêmur.

A

Colapso em varo

Cut-Out

Necrose avascular

Medialização excessiva

Cut-Through (ou Cut-In): perfuração região cabeça e acetabular pelo parafuso

Efeito Z

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Qual o principal fator predisponente de Cut-Out no tratamento cirúrgico das fraturas transtrocanterianas?

A

Posicionamento posterior e superior do parafuso deslizante

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

No tratamento cirúrgico das fraturas transtrocanterianas do fêmur, o que a medialização excessiva acarreta?

A

Diminuição do offset com a cominuição da parede lateral

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Qual implante diminui o risco de medialização nas fraturas transtrocanterianas?

A

Haste cefalomedular

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Qual o principal fator predisponente do Cut-In (Cut-Through)?
Redução em varo
26
Descreva o que é Efeito Z no tratamento cirúrgico das fraturas transtrocanterianas do fêmur.
É quando o pino anti-rotatório fica do mesmo tamanho que o anti-deslizante, causando falha e deslizamento do pino anti-rotatório. Evitar: pino anti-rotatório ser menor
27
Qual o valgo máximo aceitado no tratamento cirúrgico com haste cefalomedular nas fraturas transtrocanterianas?
Valgo < 15º
28
Qual a relação entre o bloqueio distal estático e dinâmico da haste cefalomedular com o Strein da fratura?
Bloqueio dinâmico: aumenta Strein | Bloqueio estático: diminui Strein
29
Qual implante aumenta o braço de alavanca nas fraturas transtrocanterianas do fêmur?
DHS
30
Qual a epidemiologia das fraturas subtrocanterianas?
10-34% das fraturas do quadril Bimodal (Idoso baixa energia e Jovem alta energia) Patológica 17-35%
31
Sobre as fraturas subtrocanterianas patológicas do fêmur, cite: - 2 principais condições associadas - tipo do traço de fratura e explicação do mesmo
Bifosfonados e Metástase Traço transverso devido espessamento lateral + insuficiência medial
32
Quais as principais lesões letais (3) e principais fraturas (5) associadas às fraturas subtrocanterianas do fêmur?
Letais: TCE, trauma torácico e trauma pélvico Fraturas: Colo do fêmur, vértebra, patela, rádio distal e úmero proximal.
33
Descreva como estão desviados os fragmentos das fraturas subtrocanterianas e quais músculos são responsáveis por esses desvios.
Fragmento proximal: - Lateralizado/abduzido (glúteo) + Rodado externo (iliopsoas e glúteo)+ Fletido (iliopsoas) Fragmento distal: - Medializado (adutores)
34
Qual a classificação AO para as fraturas subtrocanterianas do fêmur?
31A3 32.1
35
Descreva qual parâmetro utilizado e quais os tipos da classificação de Russel-Taylor fraturas subtrocanterianas do fêmur.
Parâmetro = acometimento da fossa do piriforme e fratura do trocanter menor. Tipo I: não acomete a fossa do piriforme - I A: sem fratura trocanter menor - I B: com fratura trocanter menor Tipo II: acomete a fossa do piriforme - II A: sem fratura trocanter menor - II B: com fratura trocanter menor
36
Descreva os 5 tipos da classificação de Seinsheimer para fraturas subtrocanterianas do fêmur.
Tipo I: Desvio < 2mm Tipo II: duas partes e desvio > 2mm - II A: traço transverso - II B: oblíqua com trocanter menor preso no fragmento proximal - II C: oblíqua com trocanter menor preso no fragmento distal Tipo III: três partes - III A: trocanter menor fraturado - III B: trocanter menor íntegro + fragmento lateral em asa de borboleta Tipo IV: 4 partes Tipo V: cominuídas com ascensão do traço para região do trocanter maior
37
Cite 3 materiais que podem ser utilizados para tratamento da fratura subtrocanteriana do fêmur.
Haste cefalomedular (padrão ouro) DCS Placa lâmina
38
Cite 2 indicações de revisão imediata no tratamento cirúrgico da fraturas subtrocanterianas com haste?
Desvio rotacional > 15º Encurtamento > 2cm
39
Qual o encurtamento aceitável no tratamento cirúrgico das fraturas subtrocanterianas do fêmur?
até 1cm
40
Sobre as complicações do tratamento cirúrgico das fraturas subtrocanterianas, cite: - posição mais comum de ocorrer consolidação viciosa - 2 principais motivos da pseudoartrose
Consolidação viciosa - Mais comum = varo + flexão + rotação externa Pseudoartrose - Devido cominuição medial - Má redução
41
No tratamento da fratura subtrocanteriana com cominuição medial, cite as 2 deformidades esperadas em caso de colapso.
Colapso em varo e encurtamento
42
Na haste cefalomedular com entrada trocantérica, cite a relação do ponto de entrada com a tendência de deformidade em varo.
Entrada mais lateral = maior tendência de varo
43
O uso de bifosfonados por qual período acarreta em risco de fratura diafisária atípica do fêmur?
Mais de 5 anos
44
Qual a epidemiologia da fratura diafisária do fêmur?
70% homens Média 27,2 anos Bimodal: jovens alta energia (mais comum), idoso baixa energia Exposição 16% (faceta lateral ou anterolateral)
45
Descreva os tipos de traço de fratura mais comuns na fratura diafisária do fêmur.
Obliquo 51% Transverso 29% Cominuído 14% Espiral 6%
46
Em qual população é mais comum a fratura diafisária do fêmur em espiral?
Idoso
47
Quais os 3 principais mecanismos do trauma da fratura diafisária do fêmur?
78% Colisão entre veículos 4% Atropelamento 2% PAF
48
Cite 4 lesões associadas às fraturas diafisárias do fêmur.
Fratura do Colo ipsilateral 3-10% (basocervical) - 30-57% não diagnosticados Lesão neurológica (nervo ciático) Lesão ligamentar (normalmente incompleta): LCA > LCP - 49% frouxidão ligamentar Lesão meniscal: Lateral 28% > Medial 26%
49
Descreva a classificação AO para fratura diafisária do fêmur.
32 A - A1: espiral - A2: oblíquo (>30º) - A3: transversa (<30º) 32 B - B2: cunha intacta - B3: cunha multifragmentada 32 C - C2: segmentar intacta - C3: segmentar multifragmentada
50
Descreva a classificação de Winquist-Hansen para fratura diafisária do fêmur de acordo com o grau de cominuição da fratura. (0-4)
Tipo 0: sem cominuição Tipo 1: 75% contato / 25% cominuição Tipo 2: 50% contato / 50% cominuição Tipo 3: > 50% cominuição (mínimo contato e grande fragmento em asa de borboleta) Tipo 4: segmentares e cominuídas
51
Cite os 2 principais materiais a serem utilizados para tratamento da fratura diafisária do fêmur.
Osteossíntese intramedular (padrão ouro) Placa + parafusos
52
Cite as 7 indicações de osteossíntese por placa nas fraturas diafisárias do fêmur.
Canal medular estreito (< ou = a 7mm) Fratura em torno ou em local adjacente a consolidação viciosa prévia Fratura com extensão proximal ou distal até região peritrocantérica ou metafisária Lesão vascular associada que necessita de reparo Fratura do Colo ipsilateral associada Fraturas em locais de implante prévio ou suas proximidades Imaturidade esquelética (proteger a fise)
53
Cite as estruturas em risco no tratamento cirúrgico das fraturas do fêmur com haste anterógrada de acordo com o ponto de entrada (fossa do piriforme ou trocanter).
Fossa do Piriforme - Risco de lesão do nervo glúteo superior - Artéria circunflexa femoral medial - Tendões obturador interno, piriforme e obturador externo Trocanter maior - Tendões glúteo médio, piriforme e obturador interno - Fise trocanter maior (se aberta)
54
Cite 3 indicações do tratamento cirúrgico da fratura diafisária do fêmur com haste intramedular anterógrada.
Fraturas isoladas da diáfise Fraturas cominuídas Fraturas expostas
55
Cite 6 contraindicações (3 absolutas e 3 relativas) do tratamento cirúrgico da fratura diafisária do fêmur com haste intramedular anterógrada.
Absolutas: - Canal estreito (< 7mm) - Fise aberta - Consolidação viciosa prévia Relativas: - Politrauma - Fratura do colo ipsilateral - Fratura do acetábulo ipsilateral
56
Cite as 12 indicações RELATIVAS de tratamento cirúrgico com haste intramedular RETRÓGRADA. (cite a principal indicações dentre estas)
``` Politrauma Obesidade mórbida Gravidez Lesão vascular associada Lesão medular associada Fratura colo do fêmur ipsilateral (grande indicação) Fratura acetábulo ipsilateral Fratura bilateral do fêmur Fraturas metafisárias distais Fratura patela ipsilateral Fratura tíbia ipsilateral Amputação no nível do joelho ipsilateral ```
57
Cite 3 contraindicações da haste intramedular retrógrada do fêmur.
Fratura subtrocanteriana Rigidez do joelho (se ponto de entrada inacessível) Patela baixa
58
Em qual altura deve ficar a ponta da haste retrógrada proximalmente no fêmur?
Trocanter menor
59
Cite as complicações do tratamento cirúrgico das fraturas diafisárias do fêmur nos seguintes casos: - Haste anterógrada (3) - Haste retrógrada (2) - Complicações gerais (2)
Anterógrada: - Dor no quadril (em 10-40% dos casos) - Lesão tendão piriforme - Lesão tendão obturador interno Retrógrada: - Dor no joelho (em 36% dos casos) - Rigidez joelho (na flexão passiva e extensão ativa) Gerais: - Ossificação heterotópica (5-10% com significância clínica) - Refratura
60
Faça a correlação do tipo de energia/trauma com o padrão da fratura diafisária do fêmur. (espiral, oblíquo, transverso, cunha)
Espiral (idosos): fratura por torção Oblíquo: fratura apenas por flexão (força 250NM) Transverso/Cunha: fratura por flexão + componente axial associado
61
Qual a força em compressão axial isolada necessária para gerar uma fratura diafisária do fêmur?
Força 8000NM
62
Em qual local e quando costuma ocorrer refratura das fraturas diafisárias do fêmur?
No mesmo local da primeira fratura, 6 semanas após a remoção do implante