Ortopedia Pediátrica Flashcards

1
Q

Epidemiologia

Fx supracondiliana do úmero (3)

A

Mais comum no cotovelo pediátrico
Fx mais operada
5-6 anos (pico)

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2
Q

Mecanismo de trauma

Fx supracondiliana do úmero criança

A

Queda de altura
Hiperextensão 98% + supinação ou pronação –> força axial tensão na cápsula anterior -> hiperextensão -> ponta do olécrano na região supracondiliana

Flexão 2% - cisalhamento para anterior

< 15 meses - maus tratos?

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3
Q

Fx supracondiliana do úmero criança

Para onde vai o desvio e estruturas em risco?

A

Pronação - posteromedial (75% casos): periosteo medial ÍNTEGRO, lateral lesado –> NERVO RADIAL

Supinação - posterolateral –> nervo MEDIANO e artéria BRAQUIAL

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4
Q

Radiografia Fx supracondiliana do úmero criança - ângulo de Baumann

A

Perpendicular ao eixo longo do úmero + linha pela físe do capítulo
Normal 10-26º
< 10º - VARO
> 26º - VALGO

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5
Q

Radiografia Fx supracondiliana do úmero criança - RX perfil (2)

A

Linha umeral anterior tocando o capítulo

Sinal da Ampulheta

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6
Q

Classificação Fx supracondiliana do úmero criança

A

GARTLAND
Tipo I - supra simples, pouco desvio / FAT PAD SIGN - alteração na densidade partes moles

Tipo II - cortical anterior, desviada, mantendo integridade cortical posterior

Tipo III - perdeu toda a relação entre os fragmentos

Tipo IV (modificada) - INTRAOP: instabilidade multidirecional

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7
Q

Sinais na Fx supracondiliana do úmero criança (2)

A

Equimose anterior do cotovelo - KIMERSON

Covinha - PUCKER

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8
Q

Quais os 3 A’s da SCA na pediatria?

A

Agitação
Analgesia
Ansiedade

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9
Q

Tratamento
Fx supracondiliana do úmero criança
Tipo I

A

Conservador
Gesso axilopalmar 3-4sem
Flexão do cotovelo >= 90º

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10
Q

Tratamento
Fx supracondiliana do úmero criança
Tipo II

A

Cirúrgico
Redução fechada e fixação percutânea

RAFI

< 3 anos? Incruenta + gesso

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11
Q

Qual a posição do antebraço na Fx supracondiliana?
Posteromedial
Posterolateral

A

Posteromedial - PRONAÇÃO

Posterolateral - SUPINAÇÃO

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12
Q

Tratamento
Fx supracondiliana do úmero criança
Tipo III

A

CIRÚRGICO

Evitar gesso

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13
Q

Qual a principal complicação da Fx supracondiliana pediátrica?

A

CUBITO VARO

NIP (ramo do mediano) - neurológica mais comum

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14
Q

Legg-Calvé-Perthes

Definição

A

Interrupção do fluxo de sangue da epífise da cabeça femoral –> grau variado de necrose

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15
Q

Legg-Calvé-Perthes

Epidemiologia

A

Altas altitudes
4-8 anos (18m - 14a)
3-5H : 1 M
Bilateral 10-13% / gravidade variável

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16
Q

Legg-Calvé-Perthes

Quadro clínico

A

Dor no membro com piora ao esforço, melhora ao repouso
Fêmur proximal, joelho, lateral do quadril
História possível de trauma
Claudicação, restrição ADM (ABDUÇÃO E ROTAÇÃO INTERNA) - FLEXÃO E EXTENSÃO POUCO AFETADAS

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17
Q

Legg-Calvé-Perthes

Quais movimentos geralmente são acometidos? Quais são pouco afetados?

A

Abdução e rotação interna (restrição)

Flexão e extensão pouco afetadas

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18
Q

Legg-Calvé-Perthes

Etiologia

A

DESCONHECIDA
Gatilho durante a gestação, alterações crescimento e desenvolvimento, diferença desenvolvimento ósseo x idade cronológica
Trauma, hiperatividade, baixo nível socioeconômico, tabagismo passivo

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19
Q

Legg-Calvé-Perthes

Teoria do IGF1

A

Pouco IGF1 deixa de estimular crescimento ósseo –> atraso

20
Q

Legg-Calvé-Perthes

Vascularização / etiologia

A

Drenagem venosa pela veia circunflexa medial –> se eu aumento a pressão –> CONGESTÃO na metáfise (NECROSE)

21
Q

Qual artéria principal na vascularização da cabeça femoral?

A

Circunflexa femoral MEDIAL

22
Q

Legg.Calvé-Perthes

Fisiopatologia

A

Interrupção do fluxo sanguíneo promove AUMENTO necrose da cartilagem, aumento cálcio na epífise, acúmulo de microlesões, achatamento e necrose
Retorno da circulação –> reabsorção osteoclástica e nova formação óssea atrasada, aumento de tecido fibrocartilaginoso –> ossificação

23
Q

Legg.Calvé-Perthes

Quatro fases radiográficas

A

Inicial - Falha do núcleo ossificante (alarga espaço medial / placa fisária irregular)
Fragmentação - reparo, osso em formação (radiotransparência aumentada), LUA CRESCENTE - ZONA SUBCONDRAL RADIOTRANSPARENTE
Reparação: densidade radiográfica normal
Cicatrização: deformidade residual

24
Q

Legg.Calvé-Perthes

Sinal da Lua crescente. O que é e em qual fase se encontra?

A

Zona subcondral radiotransparente - fase fragmentação

25
Q

Legg.Calvé-Perthes

Qual o principal fator prognóstico? E o segundo?

A

1) Tipo de deformidade

2) Idade de início - Pior se início próximo aos 6 anos

26
Q

Legg.Calvé-Perthes

Quanto mais _________ (maduro / imaturo), maior o potencial de remodelamento

A

IMATURO

27
Q

Legg.Calvé-Perthes

Catteral grupo 1

A

Acometimento anterior da cabeça femoral

Sem evidência de sequestro, linha fratura ou lesão metafisária

28
Q

Legg.Calvé-Perthes

Catteral grupo 2

A

Acometimento anterolateral
Formação de sequestro; boa delimitação entre área acometida e normal
Linha fratura metade anterior da cabeça femoral
Coluna lateral INTACTA

29
Q

Legg.Calvé-Perthes

Catteral grupo 3

A

3/4 cabeça femoral acometida
Não é bem delimitada área normal e acometida
Lesão metafisária difusa
Linha fratura até metade posterior da epífise
Acometimento coluna lateral

30
Q

Legg.Calvé-Perthes

Catteral grupo 4

A

Toda cabeça femoral acometida

31
Q

Legg.Calvé-Perthes

Classificação Salter and Thompson

A

A - MENOS da metade
B - MAIS da metade
(perfil)

32
Q

Legg.Calvé-Perthes

Classificação de Stulberg

A

I - normal
II - cabeça esférica / circunferência + 1: coxa magna, encurtamento do colo, acetábulo
III - Cogumelo, mas não achatada, deformidades do II
IV - achatamento + anormalidades cabeça, colo e acetábulo
V - cabeça achatada com colo e acetábulo normais

33
Q

Legg.Calvé-Perthes

Classificação de Hering (Pilar lateral)

A

A - intacto / radiograficamente normal
B - mais de 50% preservado
C - menos de 50% preservado
Borderline: estreto com > 50% altura, pequena ossificação, 50% de altura mas abaixo do pilar central

34
Q

Legg.Calvé-Perthes

O que é considerada lesão de alto risco?

A
Sinal de Gage
Calcificação lateral à epfísise
Lesão metafisária
Subluxação lateral
Horizontalização da placa de crescimento
35
Q

Crescimento: porcentagem de crescimento úmero, rádio e ulna (distal e proximal)

A

Úmero proximal 80% / distal 20%
Rádio proximal 25% / distal 75%
Ulna proximal 80% / distal 20%

36
Q

Crescimento: porcentagem de crescimento fêmur, tíbia e fíbula

A

Fêmur P 30% / D 70%
Tíbia P 55% / D 45%
Fíbula P 60% / D 40%

37
Q

Quantos graus e qual o tipo de deformidade joelhos ao nascer? Qual a evolução?

A

Nasce com 15-20º varo
18-24 meses neutro
3-4 anos valgo máximo
Correção com 6-8 anos para valgo fisiológico

38
Q

Qual o valor para o valgo fisiológico nos meninos? E nas meninas?

A

5-7º meninos

7-9º meninas

39
Q

Quando suspeitar de genuvaro patológico?

A

> 18-24 meses com VARO
Varo > 20º (maior que o máximo fisiológico)
Varo progressivo / doloroso
Baixa estatura

40
Q

Qual o nome do ângulo metadiafisário proximal da tíbia? Quais os valores normais e sugestivos de Blount?

A

Ângulo de Levine Drennan
< 10º fisiológico
10-16º zona cinzenta
> 16º Tíbia vara de blount 95%

41
Q

Geno valgo

Quando pensar em fisiológico?

A

SImétrico
Não progressivo
Resolução gradual até 6-8 anos

42
Q

Geno valgo

Quando pensar em patológico?

A

Assimétrico
Progressivo
Faixa etária não compatível
Pode estar relacionado a fatores metabólicos
Progride em maiores de 7 anos, doloroso, marcha com rotação externa

43
Q

Quando pensar em cirurgia para geno valgo?

A

Meninas > 9 anos

Meninos > 11 anos

44
Q

Epifisiodese provisória

Qual o epônimo? Qual a posição ideal do parafuso?

A

METAIZEAU
1/3 mais externo da fise (lateral ou medial) no AP
Central no perfil para evitar antecurvato e recurvato

45
Q

Quais as fises de crescimento são intra-articulares? Qual o risco?

A

Quadril, úmero proximal, colo radial e fíbula distal

Aumenta o risco de infecção evoluir para artrite séptica

46
Q

Qual agente etiológico mais comum em crianças? E crianças mais velhas e adultos?

A

Crianças: S. aureus // Strepto B // coliformes gram-negativos
STAPHYLOCOCCUS AUREUS → crianças mais velhas e adultos