Opióides Flashcards

1
Q

Sensibilidade a dor

A

As terminações nervosas periféricas das fibras nociceptoras (são quem levam as informações de alguma agressão ao SNC) sensoriais viscerais respondem aos estímulos:
Mecânicos
Lesão do tecido

Térmicos
Temperaturas ↓ 16 °C e ↑42 °C

Químicos
↓pH (ácido), ↑pH (alcalino)

E com isso, cada uma com seu receptor distinto - todos caem
na cadeia estimulada pelo sódio, fazendo estimulo nervoso e pelo cálcio, na liberação dos neurotransmissores excitatórios, formando uma PA.
Se conseguir bloquear esse processo, vai parar a dor, tanto de ida quanto o inverso da ação (indo do SNC para o terminal onde está ocorrendo a lesão) e isso resulta em uma analgesia potente

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2
Q

Vias ascendentes e descendentes

A
  • ascendente chegando na coluna vertebral e levando a informação até o cérebro.•
  • Descendente fazendo estimulo do tipo - tire a mão daí - para a preservação do organismo
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3
Q

A via descendente é inibitório ou exitatório

A

O sistema de volta vai ser inibitório, porque o organismo frente a uma dor, vai querer aumentar o estimulo inibitório, para retirar aquela dor.
Vai ter muito GABA envolvido - que vai bloquear o MDA e assim por diante.•
O organismo vai produzir uma ação inibitória dentro do possível - ele não tem como fazer uma analgesia boa em uma lesão importante.

O objetivo dele é que não exploda a condição, a não ser que não seja possível tirar o estímulo - mas ele vai diminuindo por processos do próprio organismo.

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4
Q

Interferência dos opióides

A
  • Inibição da transmissão ascendente das informações nociceptivas.
  • Ativação da via descendente inibitória.•
  • Inibição discreta dos nociceptores periféricos.•
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5
Q

receptor opióides mu

A

Analgesia supraespinal, espinal e periférico; sedação; inibição da respiração (podendo levar a uma parada cardiorespiratória); redução do trânsito gastrintestinal (pode levar a constipação) , modulação da liberação de hormônios e neurotransmissores, constrição pupilar (miose - marcador de intoxicação por opióides), euforia, dependência física

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6
Q

Receptores opióides Delta

A

Ação no espinhal, pode levar a depressão respirtória e a redução da motilidade gastrointestinal

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7
Q

Receptor opióide Kappa

A

Tem maior ação no perifério e pouca ação no espinhal
- pode causar um pouco de miose, redução da motilidade GI e um pouco de dependência física
- Em maior quantidade sedação e é o único que causa disforia como o fármaco Cetamina

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8
Q

O que é disforia?

A

está mais ligada com o GABBA.
É uma euforia não agradável - são sonhos agressivos, náuseas, vômitos.

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9
Q

Qual medicamento faz a reversão de um quadro de intoxicação por opióide

A

Naloxona é um antagonista opióide que vai ocupar o receptor não deixando escasso para os opióides
a Naloxona é administrada lentamente

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10
Q

Que parâmetros usamos para ver a potencia do fármaco

A

usamos a morfina como parâmetro
- mais potente que a morfina
- Igual a morfina.
- Menos potente que morfina.

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11
Q

Os anti-inflamatório tem poder analgésico

A

Todos os anti-inflamatórios têm poder analgésico - o cetorolaco tem o maior poder analgésico semelhante a morfina.

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12
Q

Qual a diferença entre opióides e opiáceos

A

Opioides: Todos os compostos que atuam nos receptores de opioides μ δ k independente da origem (endógenos, naturais, semissintéticos, sintéticos).

Opiáceos: Alcaloides de origem natural (morfina, codeína, tebaína,papaverina).

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13
Q

Agonistas puros

A

(morfina, fentanil, alfentanil, remifentanil, sufentanil): ação preferencial sobre os receptores
μ

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14
Q

Agonistas mistos

A

Atuam em mais de um receptor

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15
Q

Agonistas parcial

A

Buprenorfina) Ligam-se aos receptores opioides mas não produzem o efeito máximo (menor potência).

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16
Q

Agonistas-antagonistas

A

Fármacos que estimulam um receptor e bloqueiam outro. Seus efeitos dependem da
exposição prévia a opioides.
• Em indivíduos que não receberam opioides (pacientes virgens), os agonistas-antagonistas possuem atividade agonista e são utilizados na analgesia.
•Entretanto, para pacientes dependentes de opioides, os agonistas-antagonistas podem causar sintomas de abstinência - a ação antagonista faz com que as endorfinas mantenham a ação por conta do bloqueio.

Podem agir nos receptores de responsabilidade e dentro disso não tem apenas a analgesia, tem outros efeitos que não são interessantes, como prurido no corpo.

17
Q

Antagonistas

A

Bloqueiam a ação dos fármacos opióides (naloxona e naltrexone)

18
Q

Tolerância aos opióides

A

Fenômeno em que doses repetidas apresentam uma diminuição no efeito analgésico - por isso tem que aumentar a dose.
Inicia na 1ª dose e torna-se evidente na 2ª - 3- semana (depende do tipo do opioide).
Altas doses e frequência favorecem a tolerância.
Acontece nos efeitos analgésicos, sedativos, depressão respiratória, euforizantes.
Tolerância cruzada: redução da resposta analgésica a outros opioides agonistas.
• O efeito pode ser parcial possibilitando o rodízio entre opioides (morfina → metadona→ hidromorfona).
• A morfina não está mais fazendo um efeito adequado, vai usar hidromorfona e pode ser que também não faça.
Descontinuar o opioide pode resgatar o efeito (ex. substituir p/ cetamina com ação em R-glutamato).

19
Q

Dependência

A

A interrupção do fármaco resulta em síndrome de abstinência com efeito rebote (inverso) exagerado dos efeitos farmacológicos agudos do opioide,
Sinais e sintomas: rinorreia, lacrimejamento, calafrios, arrepios (piloereção), hiperventilação, hipertermia, midríase, dores
musculares, vômitos, diarreia, ansiedade e hostilidade.
A intensidade dos sinais e sintomas dependem principalmente do grau de dependência desenvolvida, e que são suprimidos com a administração de opioide.
• O cara é viciado em heroína, vai para uma clínica, a heroína tem como tirar, mas tem que dar um opioide mais fraco, para alimentar os receptores e não cause tanto a euforia.
• Existe opioides que não causam tanto a euforia.

20
Q

Efeitos no sistema nervoso central

A

Analgesia: alívio de dores (sem perda de consciência) sem localização específica, proveniente de órgãos internos, como intestinos → menos eficazes em dores superficiais e praticamente ineficazes em dores neuropáticas (não são usados
opioides, mas pode entrar como coadjuvantes.

•Sem perda de consciência, mas isso não quer dizer que não dê uma certa sedação - vai relaxar, tirando os sintomas de desconforto.

• Sedação: não são hipnóticos mas o alivio da dor pode ocasionar sono.

• Euforia e disforia: opioides geram uma sensação de bem estar (euforia), podendo também causar disforia (agitação e inquietação).

•Alucinações: principalmente após o uso de opioides agonistas mi e Ϗ.

• Cetamina age em kappa.•

21
Q

Efeitos no sistema cardiovascular

A

Discreta bradicardia pela redução do tônus simpático e efeito direto sobre o nó sinoatrial

•Vasodilatação periférica causada pela liberação de histamina e redução do tônus simpático que pode levar à hipotensão, principalmente em caso de hipovolemia associada.

O sistema cardiovascular tem que ter muita atenção do anestesista - por conta da bradicardia e hipotensão, e com isso aumenta o volume de soro no paciente para atrasar a pressão.

• Se não conseguiu, injeta atropina - e com isso o coração aumenta os batimentos, porque a atropina bloqueia a acetilcolina, que faz bradicardia no coração, sobrando apenas adrenalina que vai aumentar os batimentos cardíacos.

• Se nenhuma delas deu certo - dar um algum agente simpaticomimético, principalmente a efedrina.•

22
Q

Efeitos no sistema respiratório

A

morfina intravenosa produz alívio notável em pacientes com dispneia pelo edema pulmonar associado à insuficiência cardíaca ventricular esquerda via redução da ansiedade e diminuição da pré-carga cardíaca (redução do tônus venoso - diminuição do retorno venoso que estimula e pressiona o coração) e da pós-carga (diminuição da resistência periférica - depois que o sangue sai do coração). e consequentente reduz os batimentos

• Pode causar depressão respiratória mediada pelos receptores mi localizados no centro respiratório do tronco cerebral, diminuindo a frequência respiratória e dessensibilização dos quimiorreceptores centrais às alterações de pressão parcial de dióxido de carbono (cuidado com pacientes com doença pulmonar crônica).

• Pelo fato de termos os barorreceptores que a grande sensibilidade deles é por CO2 no organismo e ao ter uma quantidade de CO2 aumentada, vai mandar estimulo para o centro respiratório para ventilar e jogar o CO2 fora, mas a morfina vai lá e dessensibiliza, não deixando isso acontecer.

• Usar a morfina geralmente não tem problema, porém, em um paciente com DPOC ou enfisema pulmonar, tem que ter um cuidado redobrado ao administrar a morfina. P eles já sem uma desensibiliza;cão

• Supressão do reflexo da tosse seca - principalmente a codeína em doses baixas suprime a tosse - meia dose analgésica é o suficiente.
Não pode fazer supressão em tosse produtiva.

23
Q

Sistema gastrointestinal

A

Ação nos receptores na zona quimiorreceptora de gatilho do vômito desencadeia náuseas e êmese.
• Se der tramadol de 100 miligramas direto na via - é certo que o paciente vai vomitar.
• Pode fazer na seringa, só que de forma devagar.
• Aumenta o Tônus da musculatura lisa e redução da motilidade resultam em retardo na absorção, aumento da pressão no sistema biliar e constipação.

24
Q

Efeitos no sistema endócrino

A

Inibição da secreção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) - reduz a produção de adrenais e por isso é complicado usar
[] elevadas por muito tempo, levando a uma deficiência das adrenais.

•Aumento na secreção de ADH causando retenção urinária - por isso algumas pessoas tem dificuldade de urinar após um procedimento cirúrgico após uso de opioides

25
Q

Efeitos oftalmológicos

A

Estimulação do nervo oculomotor mediada pelos receptores mi e k caudando miose

26
Q

Prurido

A

• Alguns opióides podem liberar histamina pelos mastócitos resultando em urticária, prurido broncoespasmo e hipotensão.
Grande parte não é por histamina, porque eles têm um mecanismo próprio do receptor mi no SNC que induz a produção de prurido.
• O prurido, que se manifesta principalmente em face, nariz e dorso é mediado pelo SNC e sua incidência aumenta quando opioides são administrados via intratecal e podem ser revertidos com naloxone.
• Uma das formas de fazer analgesia no paciente com menos efeitos colaterais, é através do peridural - em cirurgias de joelho e abdômen na parte baixa, porque vai na medula e analgesia o ramo, não ficando no sistêmico, tendo um efeito mais localizado.

27
Q

Efeitos na gestação e neonatos

A

Todos os opióides atravessam a barreira placentária e, se usados durante o parto, podem causar depressão respiratória no neonato.

O uso crônico pela gestante pode causar dependência física fetal, com síndrome de abstinência grave no pós-parto imediato

28
Q

Anestesia e analgesia

A

Pré-medicação e intraoperatório na anestesia como sedativa, ansiolítica e analgésica.
Em cirurgias cardiovasculares e outras de ↑ risco, para minimizar a depressão cardiovascular.

Consegue ter um equilíbrio.

Os de ação direta nos neurônios da medula espinal, são usados como analgésicos regionais via espaços epidural e subaracnóideo da coluna vertebral, obtendo analgesia prolongada com reações adversas mínimas, seguida de infusão por
cateter epidural.
Quando você quer ter uma analgesia no pós operatória, instala um cateter no peridural, não tendo um grande efeito de
analgesia, mas tem menor efeitos colaterais - conseguindo administrar a dose por dias.

Usar naloxona em caso de efeitos sistêmicos indesejados como prurido, náusea, vômito, entre outros.

29
Q

Morfina (Oral, SC, IV, espinhal)

A

Agonista opioide padrão usada contra a dores intensas (não neuropáticas).
• Via oral: sofre importante efeito de 1ª passagem - metabolizado pelo fígado.
• Por isso a morfina intravenosa é melhor que a oral
• As formas IM, SC ou IV produzem respostas mais confiáveis.
• Indicada no tratamento do edema pulmonar agudo em disfunção ventricular esquerda.
• Anestesiologia: pré-anestésica em anestesias sistêmicas e espinais e nas analgesias pós-cirúrgica.

30
Q

Codeína

A

Opioide natural (analgésico fraco), usado apenas para dores moderadas.
• Ação analgésica derivada da sua conversão à morfina pelo sistema enzimático CYP2D6.
É um pró-fármaco = deve ser transformada em morfina para poder agir - então a codeína é na realidade a morfina, mas em [] menor.

• Interações medicamentosas: bloquadores CYP2D6 (fluoxetina, ticlopedina, paroxetina) podem alterar sua eficácia causando toxicidade.

• Usada comumente com paracetamol como analgésico.

• Boa atividade antitussígena em doses não analgésicas.

31
Q

Oxicodona (VO)

A

Derivado semissintético da morfina.
• Potência ≈ 3x maior que a morfina.
• Formulada com ácido acetilsalicílico ou com paracetamol (feito 2X maior que a morfina).
• Biotransformada pelas isoenzimas CYP2D6 e CYP3A4 e excretada pelos rins.
• Menos náuseas e liberação de histamina em comparação com morfina.
É um fármaco mais desenvolvido, com menos efeitos colaterais.

• Ingestão com fins alucinógenos de comprimidos pulverizados de liberação lenta é associado a muitos óbitos.
Principalmente nos Estados Unidos - por isso muitos querem a combinação dele com a anoloxona para que não tenha um
óbito

32
Q

Oximorfona (VÓ, VI)

A
  • Analgésico opioide semissintético dez vezes mais potente que a morfina (via parenteral), e três vezes mais potente pela vi oral.

• Não é sujeita às interações no sistema CYP450.
Vantagem para pacientes que usam muitos medicamentos, evitando a interação medicamentosa e para quem tem
insuficiência hepática.

• Tempo de meia vida mais longo do que (8 h) os outros opioides - tem doses com tempos de intervalo maiores.

33
Q

Hidromorfona

A

Hidromorfona oral é cerca de 9 a 10 vezes mais potente do que a morfina.
Preferida ante a morfina na insuficiência renal, pelo menor acúmulo de metabólitos ativos, pois a eliminação é hepática.

34
Q

Hidrocodona (VÔ)

A

hidrocodona é a hidromorfona-metil-éter, analgésico mais fraco que a hidromorfona, com eficácia analgésica comparável à
da morfina.
• Frequentemente é associado com paracetamol ou ibuprofeno para combater dor intensa.
• Também é usada como antitussígeno.

35
Q

Fentanila

A

Potência analgésica 100 x > que a morfina.
• Vias de ADM: IV, SC, transdérmica, oral, transmucosa, anestesia epidural, intratecal.
• ↑ lipofílico com rápido início de ação e curta duração (15 30 min) geralmente fazem infusão contínua.
• Usado com anestésicos locais (lidocaína, bupivocaina) na analgesia epidural.
• A preparação transmucosa oral (comprimido dispersível).
• Pacientes com câncer na fuga da dor e tolerantes aos opioides.
• Contraindicado em pacientes virgens aos opioides - porque ao usar a fentanila de início e com alta potência, é preciso dessensibilizar o paciente com morfina e depois pode utilizar a fentanila.

36
Q

Sulfentanila, alfentanila e remifentanila

A

Agonistas opioides relacionados à fentanila, diferenciando em potência e metabolismo.
• Sufentanila: mais potente que a fentanila.
• Usados principalmente nos procedimentos cirúrgicos que requerem anestesia geral.

37
Q

Meperidina

A

grande efeito analgésico e rápido.
É injetável.•
Causa dependência muito rápido - 24 a 48 horas.

Por isso que poucos hospitais tem ele como padrão.•
Relaxa o canal colédoco - que é da bile.•
Uma cólica biliar, a meperidina é mais rápida que a morfina,
porém a morfina tem efeito mais longo.