Dor e inflamaçao Flashcards

1
Q

O que é a dor?

A

Experiência sensitiva e emocional desagradável associadas, ou semelhante àquela associada a uma lesão tecidual real ou potencial - Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP); 2019.

Dor abdominal em rasgo - mas na verdade é em cólica, não tem nada rasgando, porém com expansão da alça intestinal tem esse
sentimento

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2
Q

Dor nociceptiva

A

normalmente, resultado de lesão do tecido.
- Dor mecânica nas costas, dor pós-cirúrgica, entre outras dores

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3
Q

Dor inflamatória

A

por resposta inadequada do sistema imunológico.
Dor causada pela artrite reumatoide - desequilíbrio da resposta imune causando um ataque do sistema imune nas articulações.

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4
Q

Dor neuropática

A

sensibilização de um determinado nervo.
Dor neuropática, dor radicular e neuralgia do trigêmeo.

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5
Q

Dor funcional

A

sem origem esclarecida, mas com quadros de dor.
Fibromialgia; síndrome do intestino irritável.

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6
Q

Inflamação

A

A dor na maioria das vezes faz parte de uma inflamação.

Série de eventos relacionados em defesa do nosso organismo, na forma aguda ou crônica, com o objetivo de destruir e isolar o agente
agressor, que se manifesta por dor, calor, vermelhidão e edema.
Isso normalmente encontrado com:
↑ Fluxo sanguíneo.

↑ Permeabilidade vascular para liberação dos agentes de combate no nosso organismo frente ao dano, surgindo o edema.

↑ Exsudação de líquido do sangue na região afetada.

Participação de diferentes tipos celulares:
Neutrófilos, macrófagos, mastócitos, linfócitos, plaquetas, células dendríticas, células endoteliais, fibroblastos.

Os monócitos sanguíneos se transformam em macrófagos no tecido - a saída de monócitos do vascular para os tecidos há essa
transformação e função.

Proteínas plasmáticas: proteínas do complemento, anticorpos e os reagentes de fase aguda.
A ação abre caminho para os processos de cicatrização e regeneração do tecido afetado.
Esse processo inflamatório tem inicialmente como defesa do organismo, mas já começa a ter traços de reestabelecimentos do local
lesionado.

Potencialmente, pode lesar o próprio organismo - podendo causar danos graves e por isso tem os anti-inflamatórios que combatem toda
essa cascata inflamatória com todo esses constituintes.

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7
Q

Em um processo infeccioso posso usar anti-inflamatório?

A

Em um processo infeccioso não se deve
utilizar anti-inflamatórios sem o antibiótico, porque ao fazer isso, pode fazer a analgesia do local, mas inibe uma defesa do organismo, dando a chance do patógeno sair para outro local.

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8
Q

Autacóides

A

são substâncias orgânicas produzidas por células de um órgão e que atuam na própria célula ou em outros órgãos levados pela circulação, produzindo efeitos semelhantes aos dos medicamentos.

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9
Q

Hormônios de ação local

A

Eicosánoides
Histamina
Serotonina
Citocinas
Cininas
Óxido nítrico
Angiotensina

Tem uma função importante em benefício do nosso organismo - participam muito no processo inflamatório com cada um em sua
ação em determinado tipo de processo inflamatório.

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10
Q

Eicosanóides

A
  • Formados a partir de ácidos graxos poliinsaturados (ácido araquidônico)
  • Detectados em quase todos os tecidos e líquidos do corpo
  • Sua produção aumenta em resposta a vários estímulos
  • Lesão tecidual, patógenos, hemorragia, em uma condição de alergia levando a uma broncoconstrição.
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11
Q

Processo de formação dos eicasanóides

A
  • Algum problema aconteceu no corpo
  • estimulou a transformação dos fosfolípideos em Ácido araquidônico pela fosfolipasse A
  • O ácido araqdonico vai se transformar em vários Eicosanóides pelas vias de lipooxigenase, leucotrienos (importante para
    causar broncoconstrição na sensibilização por alérgenos, muito ligado a
    árvore brônquica) e ciclooxigenase (produz prostaglandinas e tromboxano 2 )

Nem sempre estimular a cadeia do ácido araquidônico significa ativar os leucotrienos.

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12
Q

Quem são os eicosanóides?

A

Prostaglandinas
tromboxanos
Leucotrienos
Prostaciclinas

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13
Q

Quem são os eicosanóides?

A

Prostaglandinas
tromboxanos
Leucotrienos
Prostaciclinas

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14
Q

Quais são as funções dos eicosanóides

A

Existe prostaglandinas que são muito importantes no revestimento do sistema gástrico - mucosa, pH, bicarbonato, ter mucosa suficiente para impedir lesão de um outro alimento ou se o pH muda para aumentar, não lesionar o tecido por conta da mucosa.

Outro papel importante é no funcionamento renal - fluxo sanguíneo renal é muito mantido a base das prostaglandinas.

Outro papel é a contração uterina no momento do parto, tanto é que alguns anti-inflamatórios não pode ser dado para uma grávida em véspera de parto, pois atrapalha na contração uterina.

Outra situação é na dismenorreia - cólica menstrual = tem prostaglandinas que fazem isso e ao dar um anti-inflamatório vai aliviar.

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15
Q

Qual é o desafio dos antiinflamatórios?

A

O grande desafio no uso dos anti-inflamatórios é bloqueador o que são as prostaglandinas ruins e não interferir nas boas.

Porque é aí que vem que não pode tomar anti-inflamatório por mais de 3 dias, porque começa a dor no estômago, porque bloqueia a prostaglandina que faz o bom funcionamento gástrico.

Pensando na cadeia do ácido araquidônico se vier e bloquear as COX, vai bloquear a produção das prostaglandinas e do tromboxano-2, sendo esse um caminho dos anti-inflamatórios.
Bloqueiam os três COX.•
-COX-2.
- COX-1 e COX-3

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16
Q

quem são os anti-inflamatórios mais potentes?

A

Os anti-inflamatórios mais potentes são os corticoides (tem radical esteroide) - tem que tomar por mínimo tempo e vai bloquear a fosfolipase A2 e todo o resto vai ser impedindo de ocorrer.

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17
Q

COX-1

A
  • Forma constitutiva (faz parte de mecanismos para funcionamento do nosso organismo, sempre estão presentes), presente nas células em condições fisiológicas - mas pode produzir coisas ruins.
  • Responsável pelo bom funcionamento orgânico.•
    Encontrada principalmente na mucosa gástrica, plaquetas, endotélio vascular e rins.
  • Citoproteção do TGI (PGE2 - ↑muco e bicarbonato , ↓secreção HCl);
  • Agregação de plaquetas - processo de coagulação, não deixando ter hemorragia, pelo tromboexano A2

dor e inflamação (Dor e inflamação (PGE2, PGF2α, PGI2, PGD2); função renal (PGE2, PGF2α, PGI2); contração uterina (PGF2α).

  • As prostaglandinas em locais diferentes tem funções diferentes - ex: PGE2
  • Regulação da função renal:
    • A COX-1 também participa da manutenção da função renal ao ajudar a regular o fluxo sanguíneo nos rins e a produção de urina. Ela ajuda a equilibrar a retenção de sódio e água, mantendo a homeostase de fluidos e a função renal adequada.
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18
Q

COX-2

A

-Forma induzida - precisa ser induzida por um fator, como: por citocinas (interleucina-1, interleucina-2 e fator de necrose tumoral), fatores de crescimento e endotoxinas, gerada em resposta ao processo inflamatório - uma lesão tecidual.

-Dor e inflação (PGE2, PGF2α, PGI2, PGD2).

-Forma constitutiva: responsável pelo bom funcionamento renal (PGE2, PGI2, PGF2α) e SNC (transmissão nervosa - transmissão nervosa (PGE2, PGD2), ação anti-agregante plaquetário.

Se conseguir fazer um bloqueio anti-inflamatório só da COX-2, é interessante, porque fica com a constituinte livre para agir, embora
a COX-2 tenha uma forma constitutiva, vai deixar uma parte maior dela livre por conta da COX-1.

Presente nos macrófagos, monócitos, músculo liso, endotélio vascular, epitélio e neurônios.

  • Produção de prostaglandinas pró-inflamatórias e mediadores da dor e febre
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19
Q

Cox-3

A

Forma constitutiva presente no sistema nervoso central, ligada à síntese da lipoxina e com efeito anti-inflamatório.

Anti-inflamatório que não tem especificidade vem da COX-3 - e começa a perder as funções importantes do organismo.

Ainda está sendo estudado.

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20
Q

Prostaciclina PG12

A

A PGH2 originará outras prostaglandinas ou a prostaciclina PGI2 pela ação de sintetases específicas dependendo do tipo de célula ou tecido.
Uma das buscas da indústria farmacêutica é conseguir bloquear somente a PGH2.

  • Prostacilina é uma prostaglandina com função diferente produzida nas células
    endoteliais a partir do ácido araquidônico pela ação das enzimas ciclooxigenasse e prostaciclina sintetase.
  • A prostaciclina atua como vasodilatador e inibição da agregação plaquetária.
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21
Q

Principais funções da prostaglandina

A
  • Inibição da agregação plaquetária.
  • Controle da pressão arterial.•
  • Estimulação da contração da musculatura lisa.•
  • Por isso que até uma cólica abdominal vai ter normalmente a contração da musculatura lisa e ao tomar um anti-inflamatório vai ter bloqueação das
    prostaglandinas.
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22
Q

Síntese do tromboxano

A

tromboxano A2 (TXA2) é originada da PGH2 através da tromboxano sintetase que está presente nas
plaquetas e pulmões.
A TXB2 é um metabólito da TXA2 sem ação biológica.•
Principais funções da tromboxano:
Mobiliza o cálcio intracelular - lembrar que o cálcio é início de contração.•
Promove agregação plaquetária - se não tiver cálcio não vai ter agregação.•
Contração do músculo liso.•
Vasoconstrição.•

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23
Q

Leucotrienos

A

Derivados do ácido araquidônico e sintetizados pela via 5-lipoxigenase.

Funções dos leucotrienos.
- São broncoconstritores.
- Aumentam a hiper-responsividade brônquica com
produção de muco e o edema de mucosa.
- Potentes constritores da musculatura lisa.
- Participam no pulmão dos processos de inflamação aguda, aumentando a permeabilidade vascular.

Esses aqui em uma asma ou bronquite estarão presentes e um dos tipos de medicamento que podem ser usados são os corticoides que iram inibir a cadeia do ácido araquidônico ou
bloquear os receptores dos leucotrienos, pois eles não podem ser bloqueados.

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24
Q

Anti-inflamatório

A

sítios de ação
AINEs - bloqueiam as ciclooxigenase.

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25
Q

Corticóides

A

esteroidais).
Antagonista dos receptores dos leucotrienos.
Colchicina.

26
Q

Em uma infecção viral que não tem um
antiviral, será que interessante usar um
corticoide?

A

Não, Porque vai bloquear a cadeia, e ela
é um mecanismo importante para a defesa do
nosso organismo.

Em um paciente com sepse em algumas
situações, no geral, não se deve dar corticoide,
porque grande parte da defesa em um paciente
desse tipo é o sistema imune que vai combater
esse patógeno.

Então, inicialmente não se dá corticoide, mas
depois começa a ter uma profusão de ação
inflamatória do organismo, que vai ter retenção
de líquido, deixando o paciente inchado e com
isso entra o corticoide.

27
Q

AINES e a dor

A

são eficazes contra a dor.
• Diminuem a produção de prostaglandinas que sensibilizam os nociceptores.
• Utilizados nas cefaleias para diminuir a vasodilatação cerebral via prostaglandinas.

28
Q

AINES e a dor

A

são eficazes contra a dor.
• Diminuem a produção de prostaglandinas que sensibilizam os nociceptores.
• Utilizados nas cefaleias para diminuir a vasodilatação cerebral via prostaglandinas.

29
Q

Ação antipirética dos AINEs

A

Inibição das prostaglandinas de ação hipotalâmica (PGE2)
• Regulação térmica via hipotálamo.
• AINES reajustam o “termostato” hipotalâmico, trazendo ele para temperatura adequada, mesmo sem tirar o fator.
• Porque febre não é normalmente primária, sendo secundária a algum evento - alérgico ou infeccioso.
• Baixar a febre não é a solução, mas sim tirar o fator desencadeante.

30
Q

Ação antipirética dos AINEs

A

Inibição das prostaglandinas de ação hipotalâmica (PGE2)
• Regulação térmica via hipotálamo.
• AINES reajustam o “termostato” hipotalâmico, trazendo ele para temperatura adequada, mesmo sem tirar o fator.
• Porque febre não é normalmente primária, sendo secundária a algum evento - alérgico ou infeccioso.
• Baixar a febre não é a solução, mas sim tirar o fator desencadeante.

31
Q

Ácido Acetilsalicílico

A

Primeiro anti-inflamatório desenvolvido, mas não é mais o de primeira linha, por conta das reações gástricas.
Faz parte da classe dos salicilatos.
Inibidor irreversível da cicloxigenase - único que tem essa característica.
Os demais AINES ligam se de forma reversível.•
Analgésico na cefaléia, artralgia, dismenorreia, mialgia, dores reumáticas.
Antipirético.
Anti-agregante plaquetário.
Antitrombótico.
Profilático IAM.

O efeito esperado depende da dose diária.
- Analgésica: 0,3 a 0,6 g /dia.•
- Anti-inflamatória: 3 a 6 g/dia.•
- Antiplaquetária: 81 a 200mg/dia; 325mg (dias alternados).•

32
Q

Derivados do ácido propiônico

A

Ibuprofeno, Cetoprofeno, Naproxeno - todos são inibidores da COX-1 e COX-2.

Analgésicos, antipirético e anti-inflamatório

Artrite gotosa aguda: alívio da dor e inflamação.•
Tratamento da dismenorreia primária.•
Ibuprofeno é o único anti-inflamatório que pode ser utilizado na pediatria.•
Naproxeno é mais seguro para idosos, principalmente aqueles que fazem uso de várias medicações, inclusive os que fazem uso de
protetor gástrico.

33
Q

Oxicans (piroxicam e Meloxicam)

A

Analgésico, antipirético e anti-inflamatório.

Artrite reumatoide e osteoartrite.

Distúrbios músculos esqueléticos agudos.•
Amenorreia primária.•
Menos efeitos GI.

Meloxicam tem uma ação maior na COX-2, sendo um dos indicados para quem tem problema gástrico.•

34
Q

Danos gastrointestinais causados pelos AINES

A

Nos fatores de danos tem a ação da aspirina e outros AINES que irão bloquear a produção de prostaglandinas, bicarbonato e muco.
Com isso fica mais fácil a instalação de bactérias, a entrada e lesão pelo ácido gástrico e da pepsina.

O esteroidal também bloqueia esses mecanismos.

Altas porcentagens de úlcera péptica pelo
uso de anti-inflamatórios AINES.
O de maior % é a aspirina.•
O de menor % é o fenoprofeno.•

35
Q

Cetorolaco

A

O que mais causa lesão gástrica é o
cetorolaco - tem maior potência
analgésica, mas grande formação de
úlcerações.
- Inibidor da COX-1
Mas se por uma dor aguda, pode usar,
porém, já administrar juntamente com
omeprazol.

36
Q

Como funciona a inibição de COX 1 e 2

A

Um é o inverso do outro - se usar um COX-1/COX-2 não seletivo, vai ter um equilíbrio, mas se usar um COX-2, vai ficar com as ações do COX-1
soltos.

O uso a longo prazo de COX-2 trouxe grandes danos e por isso ele perdeu a classificação de anti-inflamatório perfeito.

Se tiver um paciente que tem problema gastrointestinal e nem idoso, o ideal é dar COX-2 por 7 dias.

Mas se não tiver nenhum fator que tenha que dar COX-2, é recomendado dar COX-1/COX-2.

37
Q

Formação de Trombos

A

Em relação a agregação plaquetária, uma via controla a outra.
Se bloquear a via COX-2, vai bloquear a inibição plaquetária, ficando com a agregação plaquetária da COX-1.

Com isso formou muitos trombos em que usava a longo prazo - e com isso as indústrias deixaram de fazer os medicamentos de inibição apenas de COX-2, fazendo apenas o COX-1/COX-2.

Os casos a parte são em situação de crises agudas ou com muitos problemas gástricos, mas no máximo de apenas 1 semana.•

Atualmente para comprar um medicamento desse tipo precisa de receita - pois o médico deve avaliar qual dos tipos de COX o paciente irá tomar

38
Q

Medicamentos inibidores seletivos da COX-2

A

Rofecoxib
• Celecoxib
• Etoricoxib
• Valdecoxib oral = parecoxib IV
Eles reduziram consideravelmente os problemas gástricos.

39
Q

Desvantagens de alguns AINEs

A

• Do ácido acetilsalicílico - comuns distúrbios do TGI superior, principalmente em doses analgésica e anti-inflamatória, como anti-coagulante e anti-agregante plaquetário, tendo menor risco de formar trombos.
• Diflunisal não tem ação antipirética, menor irritação do TGI
• Indometacina é muito potente, mas tem bastante ações de efeitos colaterais ruins, com distúrbios no SNC.
• Celecoxibe vai estimular a formação de trombos, potenciando o aumento de infartos e derrames.

40
Q

Vantagens de alguns AINEs

A
  • O paracetamol é muito seguro, mas não tem muita potência como anti-inflamatório, sendo mais analgésico anti-térmico.
  • Meloxicam dá para usar de 1 a 2 vezes ao dia, e ele tem uma certa ação em COX-2, mas não é totalmente exclusivo, pegando COX-1 e COX-2, tendo uma tendência maior em pegar COX-2.

    Naproxeno é mais seguro para idosos, e paciente que tenham uso de poli-fármacia.
41
Q

Paracetamol

A

Não é considerado AINE - não é um anti-inflamatório, sendo muito fraco em sua ação anti-
inflamatória, sendo maior sua ação antitérmica e analgésico.
Inibe a síntese das prostaglandinas no SNC com ação antipirética e analgésica - tem uma ação
central.
Importante conhecer os sítios de ação para utilizar em momentos extremos - paciente com
febre intensa, não é de resultado infeccioso, precisando descobrir os motivos e tem que
tratar com uma associação de fármacos, tendo que lembrar dos sítios diferentes.

Um anti-inflamatório e antitérmico central, paracetamol é central, mas é diferente de
dipirona que também é central, que é diferente dos COX que é periférico.

Fazer associações até a febre ceder.•
Entender os sítios não é apenas teoria, sendo importante na clínica em casos extremos.•
Exerce menor efeito nas cicloxigenases nos tecidos periféricos (↑segurança) em termos de
distribuição no nosso corpo.
Não afeta a função plaquetária nem aumenta o tempo de sangramento - não envolve em questão
de coagulação e anti-coagulação, como os outros anti-inflamatórios COX.

42
Q

Uso terapêutico do paracetamol

A

Substituto dos AINEs como analgésico e antipirético para pacientes com problemas de sangramento e riscos gástricos.

O paracetamol é o analgésico/antipirético de escolha para crianças com infecções virais ou varicela, no lugar do AAS que oferece
risco de síndrome de Reye (doença rara, grave e potencialmente fatal que afeta principalmente o cérebro e o fígado com sintomas
de vômito, sonolência, Irritabilidade, convulsões, perda de consciência, coma, fraqueza muscular ou paralisia)

43
Q

Farmacocinética do Paracetamol

A

Rapidamente absorvido pelas células luminais dos intestinos.

Nos hepatócitos, ocorre significativa biotransformação de primeira passagem.

Em doses normais, o paracetamol é conjugado no fígado formando metabólitos glicuronizados ou sulfatados inativos.

Uma parte do paracetamol é hidroxilada, gerando Nacetil-p-benzo quinoneimina (NAPQI), podendo reagir com grupos sulfidrila e causar
lesão hepática, sendo neutralizado pela glutationa.

Em altas doses de paracetamol, a glutationa disponível no fígado que neutraliza NAPQI se esgota, e esse metabolito reage com o grupo
sulfidrila das proteínas hepáticas, podendo causar necrose hepática potencialmente fatal.

Antídoto: N-acetilcisteína que contem grupos sulfidrila aos quais os metabólitos tóxicos do paracetamol podem se fixar - é um pó usado
para dissolver secreções brônquicas → revertem intoxicação de paracetamol, geralmente quem se intoxica é por motivos de suicídio.

Pacientes com doença hepática, hepatite viral ou história de alcoolismo, correm mais riscos de hepatotoxicidade induzida pelo
paracetamol.

44
Q

Dipirona ação

A
  • Analgésica, antipirética e espasmolítica - anti-térmico, anti-inflamatório e relaxante muscular.
  • Tem associado com medicamentos para dismenorreia, cólica menstrual, junto com fármacos anticolinérgicos.
  • Pró-droga cuja metabolização forma vários metabólitos, entre os quais, 2 com propriedades analgésicas: 4-metil-aminoantipirna (4-MAA) e o 4-
    amino-antipirina (4-AA).
  • T1/2 Vida (IV): 14 min. (excreção renal: 96%) - doses são altas porque é eliminada rapidamente.
    Dose (≥15 anos): 1,0 g 6/6h.
45
Q

Por meio do que que a dipirona age

A
  • Ação antinociceptiva inibindo a COX-1 e COX-2.
  • Inibição de síntese de prostaglandinas no SNC - isso justifica o seu poder antitérmico de ação central.
  • Dessensibilizarão dos nociceptores periféricos via óxido nítrico-GMPc.
  • Possível variante de COX-1 do sistema nervoso central.
  • Recentemente, inibição uma outra isoforma de ciclo-oxigenasse (COX-3) - vem sendo estudada ultimamente.
46
Q

Contraindicação da dipirona

A

Pacientes com hipersensibilidade à dipirona e outras pirazolonas (ex. fenazona, propifenazona) ou a pirazolidinas (ex. fenilbutazona,
oxifembutazona) - são anti-inflamatórios poucos usados.

  • Pacientes com experiência prévia de agranulocitose - baixa redução de produção de glóbulos brancos, que são as defesas do organismo.
  • Aqueles com função da medula óssea prejudicada (ex. após tratamento citostático) ou doenças do sistema hematopoiético.•
  • Pacientes que tiveram broncoespasmo ou outras reações anafilactóides (urticária, rinite, angioedema) por analgésicos como salicilatos,
    paracetamol, diclofenaco, ibuprofeno, indometacina, naproxeno - em geral, só tomar um anti-inflamatório em último caso.
  • Pacientes com porfiria hepática aguda intermitente (risco de indução de crises de porfiria).•
  • Pacientes com deficiência congênita da glicose-6-fosfato-desidrogenase (G6PD).•
  • Durante a gravidez e lactação.•
47
Q

Dipirona - agranulocitoses

A
  • Embora seja muito rara, pode ser fatal.
  • Não é dose-dependente e pode ocorrer em qualquer momento durante o tratamento - pode desencadear na primeira dose ou na última.
  • Sinais ou sintomas: neutropenia (neutrófilos <1500 células) com febre, calafrios, dor de garganta, ulceração na cavidade oral, formando
    bolhas na boca e ao redor.

    Reações hipotensivas
    Reações dose-dependentes que ocorrem mais frequentemente após ADM IV, embora oral acontece em solução por gota ou xarope
48
Q

Histamina - autacóide

A
  • Substância produzida em diversas células do corpo humano, como basófilos, mastócitos, plaquetas, neurônios e linfócitos, atuando nos
    receptores (H1, H2, H3, H4) para mediar ampla quantidade de respostas celulares.
  • Armazenada em vesículas nos mastócitos e basófilos em maior quantidade.
  • Presente em todos os tecidos do organismos.
    Principalmente: pulmão, pele da face, mucosa nasal, estômago e vasos sanguíneos.
  • Basta ver uma pessoa com asma em crise, vai estar ocorrendo uma broncoconstrição a histamina está muito presente contribuindo com
    o que esteja acontecendo.
  • Resposta imunológica: estimula a liberação de anticorpos, ajudando o organismo humano a se livrar de substâncias tóxicas.
  • Reações alérgicas e inflamatórias: um dos principais mediadores dessas reações, podendo causar, prurido, urticária, rubor, edema.
49
Q

Função da histamina no SNC

A
  • Neurotransmissor, bloqueando a histamina e causando sonolência, pois a sua grande função no SNC é de estimulo de atenção, foco - quem tem uma quantidade aumentada quase não consegue dormir.
  • Controle da termorregulação.
  • Controle neuroendócrino.
  • Estado de vigília.
  • Regulação do centro cardiovascular.
  • As células enterocromafins no SGI liberam histamina que estimula as células parietais a produzir H+ - um dos estimuladores de produção de ácido clorídrico no estômago é a histamina, diante dos receptores H2.
50
Q

Histamina nos pulmões

A

Broncoconstrição -> sintomas semelhantes a asma - H1

51
Q

Histamina no músculo liso vascular

A

Dilatação das vênulas pós capilares e arteríolas terminarias - eritema - H1

52
Q

Histamina nos nervos periféricos

A

Snesibilizaçao das termminaçoes nervosas aferentes - prurido, dor - H1

53
Q

Anti-histamínicos

A

esse termo se refere primariamente aos bloqueadores dos receptores H1
(clássicos), os quais são divididos em primeira e segunda geração

54
Q

Anti-histaminicos de Primeira geração

A
  • Os de 1ª geração (mais antigos) ainda são amplamente utilizados por serem eficazes e
    baratos, entretanto, penetram no SNC causando sedação.
  • Estão muito presentes em medicamentos para gripe, alergia, dificuldade de respirar a
    noite e resfriados.
  • De noite funcionam bem, reduzindo o edema causado pela gripe através da histamina,
    ajudando a dormir.
  • Além disso, tendem a interagir com outros receptores, produzindo uma variedade de efeitos
    indesejados como ação anticolinérgica, ganho de peso, hipotensão, sedação e prostração..
55
Q

Os anti-histaminicos de segunda geração

A
  • Em contraste, os de 2ª geração são fármacos mais polares com mínima passagem pela
    barreira hematencefálica, causando infima ou pequena depressão do SNC.
  • Os de primeira geração, a barreira hematoencefálica não consegue bloquear e com isso eles passam, dando sono.
  • Os de segunda geração deixou o fármaco mais polar, entrando muito pouco, perdendo
    esse feito de sonolência.
  • Entre os de 2ª geração, a desloratadina, fexofenadina e loratadina produzem pouca
    sedação e a Cetirizina e levocetirizina são de segunda geração e parcialmente sedantes.
56
Q

Receptores H3 e H4

A

Ainda não existem fármacos seletivos para H3 e H4, apenas estudos pré-clínicos.

Agonistas H3: potencial para tratamento distúrbios do sono, narcolepsia, obesidade e
transtornos cognitivos e psiquiátricos.

Antagonistas H4: tratamento da asma em que os eosinófilos e os mastócitos tem
função proeminente.

57
Q

Anti-histaminicos e a suas ações nos receptores

A
  • Receptores colinérgicos = bloqueiam os
    receptores colinérgicos, causando xerostomia,
    taquipneia (sobra adrenalina ao inibir a
    acetilcolina) e retenção urinária
  • Receptores alfa-adrenérgicos = bloqueiam e aumentam a hipotensão, tontura e taquicardia reflexa.
  • Receptores serotonina = bloqueiam e aumentam o apetite.
  • Principal ação - reduz a inflamação alérgica,
    aumento da sedação normal, reduz os
    neurotransmissores do SNC, prurido, diminui o desempenho cognitivo e psicomotor, aumenta o apetite
58
Q

Serotonina, sua produção e ação

A
  • Produzida a partir do triptofano.
  • Importante neurotransmissor (núcleos da rafe).
  • Hormônio local no intestino (células enterocromafins).
  • Componente do processo de coagulação das plaquetas.
  • Agente persente na cefaleia (tipo enxaqueca).
  • Síndrome carcinoide (câncer de intestino), entre outras condições clínicas.
59
Q

Agonistas seletivos dos 5 HT1D e 5 HT1B

A

Os 5 HT1D e 5 HT1B são encontrados preferencialmente nos vasos cerebrais e meníngeos, fazendo vasoconstrição.

Empregados no tratamento das crises de enxaqueca por vasodilatação cerebral - através da serotonina faz vasoconstrição.

Agonistas seletivos dos 5 HT1D e HT1B:
• Sumatriptano
• Rizatriptano
• Zolmitriptano
• Naratriptano
A grande diferença deles é o tempo de meia vida.
Todos fazem uma vasoconstrição ao acionar os
receptores 1D, reduzindo a dor causando pela
cefalia.

Não resolve todos os tipos de cefaleia, pois
depende da intensidade.

Eles tem limite de dose e de quanto em quanto
tempo.

60
Q

Antagonista seletivos 5-HT3

A

Esses receptores então no centro do vomito
Os fármacos são potentes antieméticos.•
Ex: Ondansetrona, granisetrona.•
Utilizados em êmese intensa (quimioterapia, pós-
anestésica…).

61
Q

Antagonista seletivos 5 HT4

A

Esses receptores estão no trato gastrointestinal

Antagonistas do 5 HT4 são empregados na síndrome do intestino irritável, que causa uma dor intensa.

Fármacos: tecaserode e prucaloprida.•