Obstetricia Flashcards

1
Q

Sangramentos da segunda metade

  • Sangramento vivo e indolor
  • Ocorre após amniotomia
  • Sofrimento fetal grave e agudo, eventual óbito fetal
  • Sangramento de origem fetal
A

Rotura de vasa prévia
(do pivete)

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2
Q

Sangramentos da segunda metade

Qual é um fator de risco compartilhado tanto para pré-eclâmpsia como para DPP?

A

Trombofilia

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3
Q

Sangramentos da segunda metade

Placenta implantada total ou parcialmente na área do segmento inferior do útero após a segunda metade da gestação. Corresponde a definição de qual condição?

A

Inserção baixa de placenta

Detalhe: a partir das 28 semanas, passará a chamar placenta prévia caso mantenha na mesma posição

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4
Q

Sangramentos da segunda metade

O pulso paradoxal de Boero leva ao erro na avaliação da real gravidade do descolamento prematuro de placenta. Verdadeiro ou Falso?

A

Verdadeiro

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5
Q

Sangramentos da segunda metade

O que é o pulso paradoxal de Boero e porque ele subestima a gravidade hemodinâmica das mulheres com DPP?

A

O pulso de Boero é um pulso cheio e “bom”. Algo incompatível com alguém em hemorragia e hipovolemia. Porque acontece? Quando ocorre um DPP, inicialmente, o sangue fica estancado e faz um hematoma retroplacentário. Então, cria-se uma ilusão de estabilidade hemodinâmica inicial até que finalmente a paciente entra em choque

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6
Q

Sangramentos da segunda metade

Útero em ampulheta

A

Rotura uterina

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7
Q

Sangramentos da segunda metade

  • Dor abdominal súbito
  • Episódio único
  • Sangramento escaso e escuro
  • Útero lenhoso

DIAGNÓSTICO?
CONDUTA?

A

Diagnóstico: DPP
Conduta: amniotomia e finalizar gestação
checar feto para definir via de parto

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8
Q

Sangramentos da segunda metade

  • Progressivo
  • Recidiva (episódios prévios)
  • Espontâneo
  • Vivo rutilante
  • Indolor
  • Ausencia de hipertonia uterina

SUGERE?
SUFICIENTE PARA DAR DIAGNÓSTICO?
CONDUTA?

A
  • Sugestivo de Placenta Prévia
  • Deve-se confirmar com USG transvaginal
  • Conduta:
    1. Internar
    1. Finalizar a gestação (dependerá se é a termo ou prematuro)
    1. Excluir concomitância com acretismo placentário: USG ou RMN
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9
Q

DHEG

Sinais de intoxicação
por sulfato de magnésio

A
  1. Reflexos patelares ausentes🦵🏻
  2. FR dimuida < 16 🫁
  3. Diurese < 25 mL/hora💦
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10
Q

DHEG

Conduta frente intoxicação por sulfato de magnesio

A
  • Suspender sulfatação
  • Aplicar antídoto = gluconato de cálcio 10%
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11
Q

DHEG

Qual antihipertensivo de escolha para tratar:
- HAS gestacional e pré-eclampsia leve
- Pré-eclampsia grave

A
  • HAS gestacional e pré-eclampsia leve: alfametildopa
  • Pré-eclampsia grave: hidralazina EV
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12
Q

DHEG

Profilaxia de pré-eclampsia para gestantes com risco aumentado

A
  1. AAS baixas doses - iniciar antes de 16 semanas até o parto
  2. Carbonato de cálcio para gestantes com baixa ingesta
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13
Q

DHEG

Quais são os critérios diagnósticos para sindrome H-EL-LP?

A
  1. Hemolise - anemia hemolítica microangiopática - esquizócitos em sangue periférica, BT >1.2 e DHL > 600
  2. Elevada liver enzimas - aumento transaminasas > 2x
  3. Low Plaquetas - plaquetopenia < 100.000
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14
Q

DHEG

Quais são os pilares do tratamento da pré-eclampsia grave, iminência de eclampsia, eclampsia e sindrome HELLP?

A
  1. Internação
  2. Estabilizar gestante, controle de vitalidade fetal, laboratório para buscar sinais de disfunção de órgão alvo
  3. Investigar tratando:
    * Prevenir/tratar convulsão - sulfato de magnésio
    * Controlar PA - hidralazina EV (de escolha), nifedipina VO (2ª escolha)
    * Resolver a gestação pela via mais rápida - saber critérios de interromper gravidez independente da IG
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15
Q

DHEG

Quais são os critérios de interrupção da gestação na pré-eclampsia grave?

A
  1. IG extremas < 24 ou > 34 semanas
  2. Presença de complicações como:
    * Deterioro materno ou fetal
    * Sindrome HELLP
    * Eclampsia
    * Iminência de eclampsia
    * DPP
    * TPP/RPMO
    * HAS grave refratária ao tratamento
    * CTG tipo 3
    * Sinais de disfunção de orgão alvo: creatinina, transaminases, EAP, CIVD
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16
Q

DHEG

Quais são os principais diagnósticos diferenciais da sindrome HELLP e qual o “ponto chave” para diferenciar cada um?

INEP discursiva

A
  1. Esteatose hepática aguda: hipoglicemia grave, ictericia e coluria, encefalopatia hepática e CIVD
  2. SHU: transaminases normais
  3. PTT: febre
  4. Hepatites virais: febre e sem anemia
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17
Q

DHEG

Quando consideramos uma gestante com alto risco para desenvolver pré-eclampsia?

A

Cumpre 1 critério de risco elevado OU 2 critérios de risco moderado

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18
Q

DHEG

Niveis elevados de proteinuria reflete maior gravidade da pré-eclampsia.
VERDADEIRO OU FALSO?

A

FALSO
Já não se considera como fator de gravidade, por tanto, uma vez diagnosticada a pré-eclampsia não precisamos ficar repetindo o exame de proteinuria

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19
Q

DHEG

Qual é mais sensível e específica para detectar lesões hepáticas:
GPT ou GOT?

A

GPT/ALT

Própria do fígado

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20
Q

Infecções na gestação

Quais são os 3 critérios de cicatriz sorológica para sífilis?

Dica:
🧪🧪
🗓️=📉
💏 🚫

A
  1. Queda documentada de 2 titulações ⬇️2️⃣🧪🧪
  2. Persistência de títulos baixos durante 1 ano após tratamento adequado 🗓️=📉
  3. Ausência de nova parceria sexual 💏 🚫
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21
Q

Infecções na gestação

Quais são as condutas terapêuticas frente ao teste reagente para sífilis de uma gestante?

A
  1. Iniciar imediatamente o tratamento da gestante e parceiro - dose em função do estágio da sífilis
  2. Solicitar 2º teste confirmatório - não aguardar resultado para ter iniciado o tratamento!!!!
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22
Q

Infecções na gestação

Quais são as doses de penicilina benzatínica no tratamento de sífilis, de acordo com cada estágio?

A

Sifilis precoce < 1 ano:
* PNC Benzatínica 2.4 milhões UI, via IM, dose única

Sifilis tardia > 1 ano ou duração indeterminada:
* PNC Benzatínica 2.4 milhões UI, via IM, dose semanal durante 3 semanas

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23
Q

Infecções na gestação

Como deve ser a monitorização após o tratamento de sífilis, durante a gestação e no pós-parto?

A

GESTAÇÃO - dosagem MENSAL com teste não treponêmico até o final da gestação

PÓS PARTO - dosagem TRIMESTRAL no primeiro ano, e SEMESTRAL no segundo ano pós parto

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24
Q

Infecções na gestação

O que se considera uma resposta imunológica adequada para o tratamento da sífilis?

A
  • VDRL não reagente
    OU
  • Queda de 2 diluições em até 6 meses para sifilis recente e em até 12 meses para sifilis tardia
    OU
  • Queda de 2 diluições em 3 meses ou 4 diluições em 6 meses com evolução até a soroconversão
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25
Q

Infecções na gestação

Quais são os critérios de retratamento de sífilis e o que devemos fazer?

A
  • Aumento das titulações em 2 diluições 🧪🧪
    OU
  • Persistência ou recorrência de sinais ou sintomas
    OU
  • Ausência da queda de 2 diluições em até 6 meses para sifilis recente e em até 12 meses para sifilis tardia

DEVEMOS: tratar segundo estágio de sífilis e pesquisar ativamente para sinais neurooftalmológicos de sífilis
🧠 👁️

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26
Q

Infecções na gestação

Em caso de pouca disponibilidade de penicilina benzatínica, como devo tratar a sifilis na gestante e no parceiro?

A

A gestante SÓ PODE ser tratada com penicilina benzatínica pois é a única que atravessa placenta

Parceiro - há alternativa: DOXICICLINA 100mg c/ 12 horas
- por 15 dias (sífilis recente)
- por 30 dias (sífilis tardia)

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27
Q

Infecções na gestação

Quais são fatores de proteção contra infecção vertical para a gestante com HIV?

A
  1. TARV
  2. Cesariana eletiva
  3. Manutenção das membranas íntegras pelo máximo período de tempo possível
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28
Q

Infecções na gestação

Em que parâmetro nos devemos basear para decidir via de parto para a gestante HIV positiva?

A

Carga viral da gestante nas 34 semanas

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29
Q

Infecções na gestação

Quando devemos indicar parto cesárea para a gestante HIV positiva?

A

Gestante com CV detectável e > 1.000 cópias ou desconhecida na 34ª semana

Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para prevenção de transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatites virais, Ministério da Saúde, 2019

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30
Q

Infecções na gestação

Sobre indicação de zidovudina no parto para pacientes HIV positivas, quando indicar e como é feito?

A

Gestante com CV detectável ou desconhecida
Como fazer: AZT EV pelo menos 3 horas antes do parto e manter sua infusão até a ligadura do cordão umbilical

Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para prevenção de transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatites virais, Ministério da Saúde, 2019

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31
Q

Infecções na gestação

Qual é o único esquema terapêutico capaz de tratar o feto contra a toxoplasmose durante a gestação e quando deve ser feito?

A

Mneumônico: PAS
Pirimetamina
Acido folínico
Sulfadiazina

Deve ser feito sempre que houver:
- Infecção aguda ou indeterminada > 16 semanas

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32
Q

Infecções na gestação

IgG e IgM reagentes para toxoplasmose, qual deve ser a conduta em < 16 semanas e > 16 semanas?

A

< 16 semanas - solicitar teste de avidez para IgG e inicar espiramicina para profilaxia fetal
> 16 semanas - comparar com sorologia prévia e inicar espiramicina para profilaxia fetal

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33
Q

Infecções na gestação

Uma vez confirmada a infecção pelo toxoplasma, como deve ser feita a investigação de infecção no feto e como devemos conduzir um resultado de PCR negativo/positivo?

A

Amniocentese ≥ 18 semanas e PCR para toxoplasma

  • PCR positivo = feto infectado = esquema que trata feto = triplice esquema (PAS)
  • PCR negativo = só a mãe infectada = fármaco que trata a mãe e protege o feto = espiramicina
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34
Q

Via de parto

Contraindicações absolutas e relativas ao parto via vaginal

A
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35
Q

Sangramento na gestação

Quais são os pilares no manejo do sangramento agudo na gestante?

A
  1. Estabilização hemodinâmica
  2. Conduta expectante < 34 semanas
  3. Cesárea de urgência se indicado
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36
Q

Quais são as 3 principais causas de morte materna no Brasil (em ordem)

A
  1. Distúrbios hipertensivos da gestação - DHEG
  2. Hemorragia pós-parto - HPP
  3. Infecção puerperal
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37
Q

Puerperio

Qual a definição clássica de HPP?

A

Perda sanguinea:
> 500mL no parto vaginal
> 1.000mL no parto cesáreo

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38
Q

Puerperio

Quais são as medidas inicias no atendimento da hemorragia puerperal?

A
  1. Pedir ajuda
  2. Estabilização inicial - ABC
  3. Reposição volêmica com 1.000mL de cristalóides em dois acessos venosos calibrosos
  4. Massagem uterina bimanual (manobra de Hamilton)
  5. Iniciar uterotônicos: OXITOCINA (de 1ª escolha) 20-40UI via endovenosa
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39
Q

Puerperio

Qual é a classificação de hemorragia pós-parto de acordo com seu momento de início?

A
  1. Primária: início < 24h após o parto;
  2. Secundária: início entre 24h e 6 semanas após o parto
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40
Q

Puerperio

Quais são as 3 causas mais comuns de hemorrágia pós-parto secundária?

A

HPP secundária: ocorre > 24hrs até 6 semanas pós parto

  1. Retenção de restos placentários;
  2. Subinvolução do leito placentário;
  3. Infecção puerperal (endometrite)
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41
Q

Puerperio

Fatores de risco para hemorragia puerperal

A

Mais cobrados em prova:
* Cesárea prévia - risco de acretismo
* Grandes multiparas
* DHEG
* TP prolongado
* TP taquitócito
* DPP

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42
Q

Puerperio

Qual é a fórmula do índice de
choque
e qual é sua utilidade?

A

Fórmula: FC/PAS

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43
Q

Puerperio

Qual a principal medida profilática para evitar a hemorragia puerperal?

A

Oxitocina 10UI via intramuscular
3º periodo clínico do parto - após a expulsão do feto

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44
Q

Puerperio

Quais são as pacientes com contraindicação ao uso de derivados de ergotamina no tratamento de atonia uterina?

A

Pacientes HIPERTENSAS = preferir misoprostol

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45
Q

Puerperio

Qual o nome da manobra (foto) e quando está indicada?

A

Manobra de Hamilton (bimanual uterina): medidas iniciais de tratamento de HPP por atonia uterina

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46
Q

Puerperio

Quais são as medicações uterotônicas indicadas, na sequência, após falha da oxitocina?

A
  1. Metilergometrina (2ª opção) - via intramuscular
  2. Misoprostol (3ª opção) - via retal
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47
Q

Puerperio

Qual é o tratamento não cirúrgico para o tratamento da HPP não responsiva à massagem uterina e uterotônicos?

A
  • Tamponamento com balão intrauterino de BAKRI: reduz a necessidade de abordagem cirúrgica e pode ser utilizado tanto após o parto vaginal, quanto após a cesárea
  • Traje antichoque não pneumático (TAN): age redirecionando sangue para as regiões mais superiores do organismo e restringe o ritmo de perda sanguínea por diminuir o aporte de sangue para o sítio da lesão
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48
Q

Puerperio

Quais são as 3 opções cirúrgicas em caso de falha do tratamento conservador da HPP?

A
  1. Suturas compressivas (Ex: B-Lynch)
  2. Ligadura das artérias uterinas
  3. Histerectomia (última opção)
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49
Q

Hemorragia na gestação

Quais sintomas e sinais fazem parte do quadro clínico de ruptura uterina na gestação?

A
  1. Dor intensa
  2. Sinais de irritação peritoneal
  3. Sangramento vaginal
  4. BCF ausentes
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50
Q

Puerperio

Puérpera com 16 horas pós-parto de cesariana eletiva, indicada por idade gestacional de 39 semanas e 3 dias e apresentação pélvica, apresenta temperatura de 38,2ºC. Ao exame: loquiação rubra de moderada quantidade, útero 2 cm abaixo da cicatriz umbilical e ferida operatória em bom aspecto.
Podemos considerar um caso de infecção puerperal? Justifique

UFMT 2013

A

Não, não podemos considerar como caso de infecção puerperal porque essa condição não se define com < 24 hrs pós-parto. Por tanto, a conduta será controle com curva térmica

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51
Q

Puerperio

Paciente primípara com 18 horas pós-parto cesárea eletiva, indicada por malformação fetal (gastrosquise), apresenta temperatura de 38º C. O útero encontra-se contraído, loquiação rubra em moderada quantidade e ferida operatória em bom aspecto. Qual a conduta?

A

Conduta expectante.
CUIDADO, não se trata de infecção puerperal pois estamos a < 24hrs do parto!

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52
Q

Puerperio

Multípara com hemorragia grave, após a dequitação, apresenta tumoração vaginal sangrante e fundo uterino muito abaixo da cicatriz umbilical.
* Qual o diagnóstico?
* Tratamento?

A

* Diagnóstico: **INVERSÃO UTERINA**
* Tratamento: **anestesia com halogenado (relaxa útero) + manobra de Taxe**

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53
Q

Puerperio

Quais são o melhor momento e as causas de HPP em que há o maior benefício no uso do ácido tranexâmico?

A

Todas as causas são beneficiadas se a administração for precoce (em até 3 horas do início do sangramento)

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54
Q

Puerperio

Qual o diagnóstico?
Puérpera, cesariana há 6 horas, evolui com sangramento vaginal significativo, taquicardia, hipotensão, útero acima da cicatriz umbilical e amolecido

A

Atonia uterina
Palavra chave: útero acima da cicatriz umbilical e amolecido

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55
Q

Puerperio

Qual o diagnóstico?
Mulher teve um parto taquitócito há algumas horas e evolui com sangramento vaginal aumentado. Útero está contraído
abaixo da cicatriz umbilical

A

HPP por laceração de trajeto

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56
Q

Puerperio

Qual o diagnóstico?
Gestante de 37 semanas, G3P2C2, inicia contrações e evolui com dor abdominal súbita, sangramento vaginal, hipotensão,
taquicardia e batimentos fetais não audíveis.

A

Rotura uterina

Palavra chave:
Gestante de 37 semanas, G3P2C2, inicia contrações e evolui com dor abdominal súbita, sangramento vaginal, hipotensão, taquicardia e batimentos fetais não audíveis

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57
Q

Puerperio

Qual o diagnóstico?
Puérpera evolui com sangramento vaginal moderado, taquicardia e hipotensão. Útero está contraído abaixo da cicatriz umbilical, sem lesões no canal de parto

A

Retenção de tecido placentário

A questão descarta as duas principais hipóteses de HPP: atonia uterina (útero contraído) e traumas (sem lesões no canal de parto). A 3T é “tecido”

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58
Q

Puerperio

Qual o diagnóstico?
Puérpera evolui com hemorragia pós-parto maciça e choque hipovolêmico. No seguimento pós-parto, relata amenorreia
e galactorreia

A

Sindrome de Sheeran
(necrose hipofisária)

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59
Q

Puerperio

Qual o diagnóstico?
Dor abdominal importante associada à invaginação do fundo uterino para a vagina e hipotensão arterial, bradicardia

A

Inversão uterina

Palavra chave:
* Perceba que temos um choque com bradicardia, ou seja, choque neurogênico. Nesse choque, o quadro de hipotensão e bradicardia desprorporcional ao sangramento
* Invaginação do fundo uterino = útero invertido

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60
Q

Puerperio

Quais os pilares do tratamento da infecção puerperal?

A
  1. Internação hospitalar
  2. Manutenção da amamentação
  3. Tratamento ATB via endovenosa - esquema 1ª linha: clindamicina + gentamicina
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61
Q

Puerperio

Triade de Bumm

Em que consiste?
Em que patologia a vemos?

A

INFECÇÃO PUERPERAL
2. Útero doloroso
1. Útero amolecido
1. Útero hipoinvoluido

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62
Q

Hemorragias na gestação

Qual é a localização mais comum
das gestações ectópicas?

A

Porção ampular da tuba uterina

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63
Q

Hemorragias na gestação

Qual é a tríade clássica da gestação ectópica?

A
  1. Dor abdominal
  2. Atraso ou irregularidade menstrual
  3. Sangramento vaginal
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Q

Hemorragias na gestação

Qual o diagnóstico?
Mulher jovem com dor abdominal súbita, sangramento vaginal e atraso menstrual está taquicárdica, hipotensa e com dor à descompressão brusca abdominal

A

Gravidez ectópica rota

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65
Q

Hemorragias na gestação

Quais são os resultados do β-HCG e da ecografia transvaginal que, combinados, sugerem gestação ectópica?

A
  1. β-HCG > 2.000
  2. USG-TV com cavidade uterina vazia
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66
Q

Hemorragias na gestação

Qual é a conduta caso se detecte β-HCG < 2.000 mUI/mL, mas
cavidade uterina vazia na ecografia transvaginal?

A

Repetir β-HCG em 48 hrs
Interpretação:
* Valores duplicaram (> 2x) = gravidez tópica
* Valores não aumentaram > 50% = gravidez ectópica ou inviável

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67
Q

Hemorragias na gestação

Quais são os critérios para indicação de conduta expectante nas gestações ectópicas íntegras?

A
  1. Massa tubária < 5cm
  2. β-HCG baixo: < 2.000 (febrasgo) ou < 5.000 (zugaib)
  3. Niveis em declinio de β-HCG
  4. BCF negativo
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68
Q

Hemorragias na gestação

Quais são os critérios para indicação do metotrexato em pacientes com gestação ectópica íntegra?

A
  1. Massa tubária pequena: < 3.5 cm (febrasgo) ou < 4cm (zugaib)
  2. β-HCG baixo < 5.000
  3. BCF ausente
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69
Q

Hemorragias na gestação

Qual é o tratamento
medicamentoso de escolha na
gestação ectópica?

A

Metotrexato

70
Q

Hemorragias na gestação

Qual é o critério preditor mais importante do sucesso do tratamento com metotrexato na gestação ectópica?

A

Quanto menor o β-HCG,
maior a chance de sucesso

71
Q

Hemorragias na gestação

Qual é o critério clínico de eficácia do tratamento da gestação ectópica com metotrexato?

A

Queda ≥ 15% do β-HCG no 7º dia, em relação ao 4º dia.
Obs: se queda < 15%, aplicar nova dose

72
Q

Hemorragias na gestação

Qual é o tratamento cirúrgico de escolha das gestações ectópicas quando há desejo e possibilidade de preservação da fertilidade?

A

Salpingostomia (plastia)

73
Q

Hemorragias na gestação

Qual é o tratamento da gestação ectópica rota com instabilidade hemodinâmica?

A

LaparoTOMIA com salpingectomia + medidas de suporte hemodinâmico

74
Q

Hemorragias na gestação

Qual é a doença trofoblástica gestacional em que se pode observar a presença de embrião?

A

Mola hidatiforme parcial ou incompleta

75
Q

Hemorragias na gestação

Qual é a fisiopatologia da mola
hidatiforme parcial?

A

1 óvulo é fecundado por 2 espermatozoides, gerando um cariótipo triploide (69, XXX; 69, XXY ou 69, XYY)

76
Q

Hemorragias na gestação

Qual é a fisiopatologia da mola
hidatiforme completa?

A

1 óvulo sem material genético é fecundado por 1 espermatozoide, gerando um cariótipo diploide (46 XX, 46XY)

77
Q

Hemorragias na gestação

Qual o diagnóstico?
Gestante de 16 semanas com sangramento vaginal, β-HCG = 221.000, pressão = 150 x 95 mmHg e a ecografia da foto

A

Mola hidatiforme completa
- β-HCG muito elevado
- Ausência de embrião

78
Q

Hemorragias na gestação

Qual é a conduta indicada após o
diagnóstico de mola hidatiforme?

A
  1. Aspiração intrauterina + enviar amostra para anatopato
  2. Dosagem seriada do β-HCG
79
Q

Hemorragias na gestação

Quando suspeitar no laboratório de uma neoplasia trofoblástica gestacional?

A

Ausência de queda do β-HCG após o esvaziamento uterino:
* Platô: ≥ 4 valores com variação < 10% durante 3 semanas consecutivas; OU
* Ascensão: ↑ β-HCG ≥ 10% por duas ou mais semanas consecutivas

80
Q

Hemorragias na gestação

Qual é o seguimento indicado para pacientes após o esvaziamento uterino da mola hidatiforme?

A

2 eixos principais:
dosagem seriada de β-HCG + ACO obrigatória

Dosagem β-HCG:
- Seguimento SEMANAL até negativar -> após negativar -> seguimento MENSAL durante 6 meses
- Permaneceu negativo = liberar paciente para próxima gestação

ACO obrigatória: está contraindicado DIU!

81
Q

Hemorragias na gestação

Definição de abortamento

A

Perda gestacional < 20 semanas ou < 500gr

82
Q

Hemorragias na gestação

Como podemos classificar o abortamento?

A
  1. Idade gestacional: precoce (< 12 semanas) ou tardio (> 12 semanas)
  2. “Origem do problema”: espontâneo ou provocado
  3. Repetição: esporádico ou habitual/de repetição
83
Q

Hemorragias na gestação

Qual é a principal causa de
abortamento precoce?

A

Anomalias cromossômicas

84
Q

Hemorragias na gestação

Qual é a principal causa de
abortamento tardio?

A

Incompetência istmo-cervical (IIC)

85
Q

Hemorragias na gestação

Qual é a alteração cromossômica mais frequentemente associada aos abortamentos precoces?

A

Trissomia do cromossomo 16

86
Q

Hemorragias na gestação

Qual é a principal causa de
abortamento precoce?

A

Anomalias cromossômicas

87
Q

Diabetes

Qual o principal mecanismo fisiopatológico da diabetes gestacional?

A

Aumento dos hormônios diabetogênicos - principal: lactogênio placentário

88
Q

Diabetes

Qual a principal diferença entre diabetes pré-gestacional e diabetes gestacional

A

Diabetes gestional - deve acontecer > 20 semanas
- Se ocorre já no 1º trimestre, não é gestacional

89
Q

Diabetes

Qual o exame com melhor acurácia para diagnóstico de diabetes gestacional?

A

Teste de tolerância oral à glicose (TOTG)
com 75gr de glicose

90
Q

Diabetes

Quais gestantes devem fazer o rastreio para diabetes gestacional?

A

TODAS AS GESTANTES devem ser rastreadas para diabetes gestacional

91
Q

Diabetes

A que se refere ter condições financeiras/técnicas ideais ou parciais no algoritmo diagnóstico da DMG?

A

Lembrar que o TOTG é o melhor exame para fazer diagnóstico de DMG, contudo, não está amplamente disponível. Então:
- Condições financeiras e técnicas IDEIAS = TOTG disponível
- Condições financeiras e técnicas PARCIAIS = se virar com a glicemia de jejum

92
Q

Diabetes

Quantos valores alterados preciso para fazer diagnóstico de DMG?

A

Apenas UM

93
Q

Diabetes

Qual é a sequência de exames de rastreio para diabetes de acordo com a idade gestacional quando há condição financeira/técnica ideal?

A
  1. Realizar glicemia de jejum até 20 semanas
  2. Resultado normal glicemia de jejum - realizar TOTG 75gr em 24-28 semanas
94
Q

Diabetes

Qual é a sequência de exames de rastreio para diabetes de acordo com a idade gestacional quando há condição financeira/técnica parcial?

A
  1. Realizar glicemia de jejum no inicio do pré-natal
  2. Resultado normal - repetir glicemia de jejum em 24-28 semanas
95
Q

Diabetes

Em que influencia iniciar o rastreio para DMG antes ou depois das 20 semanas, em relação aos exames diagnósticos a solicitar?

A

Inicio < 20 semanas - pedir glicemia de jejum
Inicio > 20 semanas - pular pra TOTG

Para condições financeiras/técnicas ideiais!

96
Q

Diabetes

Quais são os valores de referência para diagnosticar normal, DMG ou overt diabetes pela TTOG?
- Jejum
- Após 1ª hra
- Após 2ª hra

A
97
Q

Diabetes

Qual o diagnóstico?

A

Diabetes gestacional
1ª hora > 180

98
Q

Diabetes

Qual o diagnóstico?

A

Diabetes prévio a gestação (overt diabetes)
2º hora > 200

99
Q

Diabetes

Qual o diagnóstico?

A

Diabetes prévio a gestação (overt diabetes)
Jejum > 126

100
Q

Diabetes

Qual o diagnóstico?

A

Exame NORMAL

101
Q

Diabetes

Quais são as metas glicêmicas para as pacientes com diabetes na gestação?

A
  • Jejum e pré-prandial < 100 mg/dL;
  • 1 hora pós-prandial < 140 mg/dL;
  • 2 horas pós-prandial < 120 mg/dL
102
Q

Diabetes

Quando devemos iniciar insulinoterapia na gestante diabética?

A
  1. Gestantes com diabetes prévia a gestação (overt diabetes)
  2. Descontrole glicêmico das gestantes com tto não farmacógico:
    * > 30% glicemias fora da meta
    * Sinais de descompensação: polidramnio (LA > 25) ou bebê grandão (eco do 3º trimestre: circunferência abdominal fetal > p75 ou peso fetal estimado > p90)
103
Q

Diabetes

Quais são as metas glicêmicas na DMG:
* Jejum
* Pré-prandial
* Pós-prandial 1ª hora
* Pós-prandial 2ª hora

A

Metas glicêmicas da DMG:

  • Jejum: < 95
  • Pré-prandial: < 100
  • Pós-prandial 1ª hora: < 140
  • Pós-prandial 2ª hora: < 120

Jejum e pós-prandial = MEV (HGT 4x/dia)
Antes e depois das refeições = insulina (HGT 6x/dia)

104
Q

Diabetes

Gestante com diabetes mellitus prévio a gestação:
- Quais devem ser os cuidados obstétricos que deveremos ter com essa paciente?
- Quais exames devo pedir e porque?

A
  1. USG morfológico no 2º trimestre (20- 24 semanas) - risco aumentado de malformações, principalmente Hb A1c > 6%
  2. Fundo de olho, função renal com microalbuminúria - risco aumentado de lesões de órgão alvo
  3. Doppler umbilical a partir das 26 semanas - risco de insuficiência placentária
  4. PBF (ILA e CTG) - risco de insuficiência placentária
  5. Avaliação odontológica e urocultura - risco de infecções
105
Q

Diabetes

Valor de ILA para dx de polidrâmnio?

A

ILA > 25

106
Q

Diabetes

Qual é a frequência mínima ideal para monitorização da glicemia nas gestantes diabéticas?

A
  • Em tratamento não farmacológico: 4 vezes/ dia
    (jejum e após cada refeição principal).
  • Em tratamento farmacológico: 6 vezes/dia
    (antes e depois de cada refeição principal)
107
Q

Diabetes

Quando consideramos que a tabela de perfil glicêmico de uma gestante com diabetes está dentro do alvo?

A

≥ 70% das glicemias estão dentro do alvo

108
Q

Diabetes

Como deve ser o acompanhamento pré-natal das gestantes com DM gestacional?

A

Avaliação vitalidade fetal:

  • A partir 32 semanas
  • Semanal
  • PBF + CTG + DOPPLER
109
Q

Diabetes

Quais são os 3 distúrbios metabólicos neonatais mais comuns nos babys de mães com DMG?

A
  1. Hipoglicemia 🍭
  2. Hipocalcemia 🧀
  3. Hiperbilirrubinemia 🟡
110
Q

Diabetes

Qual é a principal complicação fetal da diabetes gestacional durante o trabalho de parto normal?

A

Distocia de ombro e tocotraumatiscmo

111
Q

Diabetes

Qual é a conduta ideal no pós-parto para reclassificação da paciente com diabetes gestacional?

A

TOTG entre 6-12 semanas de puerpério

112
Q

Parto

Qual dos seguintes NÃO é considerado um evento plástico da cabeça fetal que pode ocorrer em um parto normal?
1. Bossa serossanguínea
1. Cavalgamento ósseo
1. Cefalohematoma
1. Transudação entre a derme e o periósteo dos ossos do crâneo fetal

UFMT 2023

A

CEFALOHEMATOMA = é considerado uma complicação (tocotraumatismo)

113
Q

Parto

Qual é a variedade de apresentação e seu respectivo ponto de referência?

INEP 2023

A

Defletida de 3º grau ou de face
Ponto de referência: mento

114
Q

Parto

Considerando a foto a seguir e a sua varidade de posição, qual é a referência percebida ao toque vaginal que sinaliza dificuldade do parto vaginal e por que?

USP-SP 2023

A

Raiz do nariz - referênca percebida

É o ponto de referência da apresentação defletida de 2º grau ou de fronte, que é a variedade de apresentação de pior prognóstico para o parto vaginal

115
Q

Parto

Qual é a variedade de posição?

A

Occipito esquerda anterior (OEA)

116
Q

Parto

Qual é a situação, apresentação e posição do feto, respectivamente.

INEP 2022

A
  • Situação: longitudinal
  • Apresentação: cefálica
  • Posição: occipito direita posterior (ODP)
117
Q

Parto

Quais são os tempos de mecanismo do parto vaginal em cefálica?

A
  1. Insinuação - acomodar ao estreito superior materno
  2. Descida - encaixe e descenso (sinclitismo ou assinclitismo)
  3. Rotação interna - girar para OP
  4. Desprendimento cefálico - em movimento de alavanca (hipomóclio)
  5. Rotação externa (ou restituição do dorso) - movimento contrário ao feito na rotação interna
  6. Desprendimento do feto (ou do ovoido córmico ou de espáduas)
118
Q

Parto

  1. O que é assinclitismo?
  2. Em que fase do mecanismo de parto pode ocorrer?
A
  1. Assinclitismo = é a adaptação do polo cefálico à estrutura óssea da pelve materna. Ocorre de forma que a sutura sagital fica assimétrica e há cavalgamento dos parietais entre si
  2. Ocorre durante a fase de descida do feto
119
Q

Parto

Quais são os tipos de assinclitismo

A
  1. Assinclitismo Anterior ou obliquidade de NAegele
  2. Assinclitismo Posterior ou obliquidade de Litzmann
120
Q

Parto

A que se deve o nome dos assinclitismos?

A

Anterior ou posterior em função de qual PARIETAL desce e fica mais exposto no canal parto, e não da posição da sutura sagital

Assinclitismo Anterior - parietal mais perto do sAcro
Assinclitismo Posterior - parietal mais perto da Pube

121
Q

Parto

Na evolução do trabalho de parto, a ocorrência de assinclitismo acentuado pode levar à que tipo de distocia?

UFMT 2013

A

Assinclitismo persistente = distócia de rotação, porque lembre que a próxima fase do mecanismo de parto que segue é a rotação interna da cabeça fetal

122
Q

Parto

Durante o trabalho de parto, o feto encontrava-se inicialmente em apresentação cefálica insinuada na variedade de posição occípito-direita-posterior (ODP) e fez deflexão do polo cefálico na variedade occipitopúbica (OP). Pode-se afirmar que a apresentação fez uma rotação interna de:
A) 90 graus.
B) 135 graus.
C) 45 graus.
D) 180 graus

UFMT 2014

A

A rotação interna apresentada no enunciado foi de 135° no sentido horário de ODP para OP

123
Q

Parto

Secundigesta (1 parto vaginal prévio), com 39 semanas, chega para avaliação em trabalho de parto na fase ativa da dilatação. O toque vaginal revela colo centrado, curto, dilatado 7 cm, feto em ODP (occipito direita posterior), em -1, bolsa íntegra.
De quantos graus tem que ser a rotação interna e em que sentido deverá ser a externa posteriormente?

USP-SP 2021

A

Rotação interna de 135 graus no sentido horário, hipomóclio por deflexão e rotação externa anti-horária

124
Q

Parto

O que é o HIPOMÓCLIO?

A

Hipomóclio = é o movimento de desprendimento da cabeça fetal

125
Q

Parto

Em acompanhamento de trabalho de parto a termo, uma parturiente encontra-se com três contrações uterinas a cada 10 minutos. A vitalidade fetal está boa e a dilatação cervical é de 5cm. Após algum tempo, constata-se colo completamente dilatado, bolsa rota, 5 contrações uterinas a cada 10 minutos, batimentos cardiofetais em 80bpm. A apresentação fetal encontra-se em –3, variedade de posição Occipto púbica.
* Qual é o tipo de distocia apresentada?
* Qual é a conduta e porque?

SUS-BA 2022

A
  • Distócia de descida = dilatação completa (10cm)
  • Conduta = cesárea de urgência, porque há alteração da vitalidade fetal (BCF 80 bpm)

BCF normal = 110 a 160 bpm

126
Q

Parto

Em que período do parto devemos abrir o partograma?

A

Fase ativa do trabalho de parto = dilatação atinge 5cm

127
Q

Parto

Frente a um diagnóstico de distócia por hiperatividade (taquitócico), quais devem ser as medidas obstétricas?

A
  1. Amniotomia tardia e analgesia precoce - tentativa de regularizar a atividade uterina
  2. Suspender oxitocina
  3. Revisar o canal de parto - há > risco de traumas do trajeto
  4. Controle estrito do recém-nascido
128
Q

Parto

Diagnóstico?
Conduta?

A
  • Período pélvico prolongado
  • Pode-se tentar extração com fórceps: já tá na bituca De Lee +3
129
Q

Parto

Diagnóstico?
Conduta?

A

Parada secundária da descida
Cesárea

Uma vez que não há condições de aplicabilidade do fórceps, isso é, a altura da apresentação não está abaixo do plano +2 de De Lee e há sinais de desproporção cefálo pélvica

130
Q

Parto

A parada secundária da dilatação é diagnosticada por ____ toques sucessivos e com intervalo de ____ horas ou mais em mulher em trabalho de parto ____

A

A parada secundária da dilatação é diagnosticada por 2 toques sucessivos e com intervalo de 2 horas ou mais em mulher em trabalho de parto ativo

131
Q

Parto

A que se denomina parto precipitado ou taquitócico?

A

Período de dilatação, descida e expulsão fetal ocorrem em até 4 horas. Ou seja, do inicio do TP até o nascimento só 4 hrs

132
Q

Parto

Diagnóstico?

INEP 2017

A

Fase latente do trabalho de parto, porque dinâmica uterina irregular que não promove modificação cervical caracteriza a fase de latência do trabalho de parto e, portanto, o partograma não deveria ter sido aberto, uma vez que é um intrumento utilizado para registro do trabalho de parto a partir da sua fase ativa

Define-se fase ativa: dilatação cervical > 5cm e contrações regulares 3-4 em 10min

ATENÇÃO - é muito frequente essa pegadinha nas provas!!!!!!! Eles colocam um partograma e te pedem diagnóstico, porém em fase latente do TP, ou seja, o partograma não deveria nem ter sido aberto

133
Q

Parto

Diangóstico?

INEP 2016

A

Evolução normal do trabalho de parto (eutócico)
- Observa-se dilatação de cerca de 1cm/hora e descida da apresentação fetal pelo canal de parto do estreito superior ao estreito inferior

134
Q

Parto

Diagnóstico?
Há risco aumentado para quais condições?

A

Parto precipitado ou taquitócico
- Há maior risco de traumas no trajeto de parto e hemorragia intraventricular no RN

135
Q

Parto

Diante de uma parada secundária da descida, quais achados na pelvimetria materna poderiam justificar essa distócia?

A

Achados desfavoráveis na pelvimetria materna:
* Promontório atingível e conjugata diagonalis > 12cm
* Espinhas ciáticas proeminentes
* Ângulo subpúbido < 90º
* Diâmetro bi-tuberoso > 11cm

> considerar como maior ou igual e o < também

136
Q

Parto

Diagnóstico?
Conduta?

INEP 2014

A
  • Parada secundária da descida
  • Parto cesáreo por desproporção cefalo pélvica
137
Q

Parto

Diagnóstico?
Conduta?

INEP 2013

A
  • Parada secundária da dilatação
  • Cesárea

Pode estar relacionado a hipoatividade uterina, o que não se observa no caso apresentado no partograma, em que há registro de dinâmica uterina de 4 contrações a cada dez minutos, ou às membranas estarem integras, sendo que no caso apresentado já ocorreu rotura da bolsa das águas.
Sendo assim, o diagnóstico é de distocia não corrigível e a conduta é realizar parto cesáreo

138
Q

Qual é o valor do indice de Bishop considerado favorável?

A

Bishop > 6 é favorável

139
Q

DHEG

Prevenção da pré-eclampsia em gestantes de alto risco:
* Quais são as medidas preventivas?
* Quando iniciar?

A
  1. Aspirina: iniciar a partir de 12 semanas
  2. Cálcio: gestantes com baixa ingesta
140
Q

Puerperio

Quais medidas contraceptivas podemos indicar no puerperio e quando?

A
  1. Progesterona: liberado após o parto
    EXCETO: injetável trimestral - esperar 6 semanas)
  2. Combinados: amamentando (6 meses) ou não amamentando (3 meses)
  3. DIU: primeiras 48 hrs após o parto OU após 4 semanas
141
Q

Parto

Condições para usar o fórcipe?

SUS-BA 2022

A
  1. Colo completamente dilatado (10 cm)
  2. Cabeça insinuada = plano De Lee em plano zero ou positivo (não pode se negativos)
  3. Bebê está vivo
  4. Sem alteração da vitalidade (indicação de cesárea)
142
Q

Infecções na gestação e pré-natal

Quais são as doenças infecciosas que devemos rastrear nas gestantes?

A
  1. Sifilis
  2. HIV
  3. Hepatite B
  4. Hepatite C (atualização)
  5. Toxoplasmose
143
Q

Infecções na gestação

Sífilis na gestação:
A partir de quantos dias de intervalo interdose devemos REINICIAR o tratamento?

Atualização do Ministério da Saúde

A

A partir de 9 dias de intervalo interdose devemos reiniciar o tratamento

Atenção: antes da atualização, dizia-se que eram 7 dias

144
Q

Infecções na gestação

O que é a reação de Jarisch-Herxheimer?

ENARE 2024

A
  • Reação benigna e autolimitada
  • Consiste na exacerbação dos sintomas de doenças causadas por espiroquetas (ocorre pela morte dos treponemas)
  • Inicia horas após o inicio do tratamento
  • NÃO é indicado suspender o tratamento
145
Q

Infecções na gestação

Quais são as medidas de prevenção da transmissão do HIV intraparto?

A
  1. Infusão de AZT se CV detectável ou desconhecida: iniciada 3 hrs antes do parto até ligadura do cordão (deve ser imediata)
  2. Evitar instrumentalização do parto: fórcipe e vácuo
  3. Clampear cordão imediatamente
  4. Manter membrana amniótica íntegra
  5. Banhar RN em água corrente
146
Q

Infecções na gestação

Como inibir a lactação em gestantes HIV?

A

Cabergolina 1mg, dose única, antes da alta hospitalar

147
Q

Infecções na gestação

Qual a conduta obstétrica?

Gestante HIV positiva com CV > 1.000 cópias ou desconhecida

A
  1. Programar cesárea eletiva após a 38ª semana
  2. Iniciar AZT endovenosa: em até 3 horas antes do parto e manter até ligadura do cordão
148
Q

Infecções na gestação

Quando indicar cesárea eletiva na gestante com HIV?

A
  • > 1.000 cópias ou desconhecida
  • Dilatação menor a 4cm
  • Bolsa integra
149
Q

Infecções na gestação

Qual a conduta que devemos adotar para o RN filho de mãe com hepatite B?

A

Realizar vacina e imunoglobulina em até 12 hrs de vida do nenê

150
Q

Pré-natal

Quais são as sorologias que pedimos na primeira consulta pré-natal que devemos repetir no último trimestre e na admissão da maternidade?

A
  • VDRL para sífilis
  • Teste rápido para HIV
151
Q

Pré-natal

Quais são as indicações de uso de ácido fólico em dose de 4 a 5mg/dia?

A

Gestantes de risco aumentado devem receber maior dose de suplementação:
1. Usuárias de anticonvulsivantes
1. Baixa ingesta dietética
1. Antecedente de filho com defeito de fechamento do tubo neural

152
Q

Pré-natal

Quais são os exames complementares preconizados pelo MS para gestantes de risco habitual:
* Primeira consulta
* Entre 24-28 semanas
* 3º trimestre

A

Primeira consulta de pré-natal ( preferencia no primeiro trimestre):
* Hemograma 🩸
* Tipagem sanguínea 🆎 - pedir coombs indireto caso Rh negativo
* Glicemia de jejum 🍭
* Urina 1 e Urocultura 💦
* Sorologias: sifilis, HIV, toxoplasmose, hepatite B e hepatite C 🦠
* Coproparasitológico das fezes 💩

Entre 24 a 28 semanas:
* Teste tolerância oral à glicose 75g 🍭

Terceiro trimestre:
* Sorologias: Sifilis e HIV 🦠
* Urina 1 e urocultura 💦
* Cultura para EGB (entre 36 a 37 semanas) 🐸

153
Q

ITU na gestação

Qual deve ser a conduta para gestantes com ITU de repetição ou pielonefrite durante a gestação?

A

Antibioticoprofilaxia com nitrofurantoina 100mg/dia antes de dormir até o final da gestação

154
Q

ITU na gestação

O tratamento de infecções urinárias na gestação deve ser orientado de acordo com antibiograma, sendo que as ____ de segunda e terceira geração devem ser evitadas

A

O tratamento de infecções urinárias na gestação deve ser orientado de acordo com antibiograma, sendo que as QUINOLONAS de segunda e terceira geração devem ser evitadas 🚫🚫🚫

155
Q

Pré-natal

Qual a idade gestacional em que se recomenda a pesquisa para estreptococo do Grupo B ?
🐸🐸🐸🐸

A

Entre 36-37 semanas de idade gestacional
🐸🐸🐸

156
Q

Pré-natal

Qual é uma complicação da hiperêmese gravídica? Em que consiste? Como trata-la?

A

Complicação da hiperêmese gravídica:

Sindrome de Wernicke - oftalmoplegia, ataxia e distúrbio mentais e de consciência
Tratamento: reposição parenteral de TIAMINA e utilização de antieméticos como ondansetrona, dimenidrinato, metoclopramida ou mesmo diazepam

157
Q

DHEG

Quando o Ministério da Saúde preconiza a utilização de dexametasona por via endovenosa no tratamento da síndrome HELLP?

A

Se plaquetopenia < 50.000

158
Q

Prematuridade

Sobre a tocólise na prematuridade:
* Quando indica-la?
* Quais são os objetivos desejados?

A

Tocólise está indicada no trabalho de parto prematuro entre 24-34 semanas
OBJETIVO = adiar o parto em pelo menos 48 horas para dar tempo de:
- Realizar ao menos 1 ciclo de corticoterapia 💉 🩻
- Transferência da gestante para hospital com UTI neonatal 🚑

159
Q

Prematuridade

Quais são as complicações da prematuridade que queremos evitar ao realizar a corticoterapia?

A
  1. Doença da membrana hialina
  2. Enterocolite necrotizante
  3. Hemorragia cerebral
  4. Morte neonatal
160
Q

Prematuridade

A corticoterapia é indicada em todas as situações em que exista de prematuridade, desde que em qual intervalo de idade gestacional?

A

Entre 24 e 34 semanas

161
Q

Prematuridade e abortamento

Quais são as principais causas de abortamento de repetição (em ordem)?

A
  1. Incompetência istmo-cervical (IIC)
  2. Sindrome do anticorpo antifosfolipídeos (SAAF)
  3. Insuficiência de corpo lúteo
162
Q

DHEG

Fatores de risco para pré-eclâmpsia

A
  1. Antecedente pessoal ou familiar de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia
  2. Primigesta
  3. Gestação múltipla
  4. Doença trofoblástica gestacional (DTG)
  5. Doenças maternas pré-existentes: HAS, DBT, DRC, LES, trombofilia e SAAF
163
Q

DHEG

Cite sinais de gravidade para pré-eclâmpsia grave de acordo com o Ministério da Saúde

A
  1. PAS > 160 ou PAD > 110
  2. Alterações da sindrome HELLP
  3. Sinais de iminência de eclâmpsia
  4. Oligúria < 500 mL/dia
  5. Creatinina > 1.2
  6. Dor torática
  7. EAP
164
Q
A
165
Q

Diabetes

Qual o peso fetal considerado macrossomia em gestantes diabéticas e não diabéticas?

A

MACROSSOMIA FETAL:

  • Diabéticas: > 4.000 gr
  • Não diabéticas: > 4.500 gr
166
Q

Diabetes

Como definir a interrupção da gestação
na DM gestacional?

A

Perguntas orientadoras:

  1. Qual o tratamento usado para a DM?
  2. Controle glicêmico adequado?
  3. Tem comprometimento fetal?
  4. Há associação com outra comorbidade (DHEG)?
  5. Antecedentes obstétricos de macrossomia ou morte perinatal?
167
Q

Diabetes

Qual é o principal determinante para a ocorrência de malformações congênitas na DM gestacional?

A

Níveis elevados de HbA1c =
maior risco de malformações congênitas

168
Q

Diabetes

Qual é a malformação congênita mais frequente na DM gestacional?

A

Malformação mais frequente: CARDIOPATIAS CONGÊNITAS 🫀🫀🫀

Ecocardio e doppler > 26 semanas
CTG semanal > 32 semanas

169
Q

Diabetes

Qual é a malformação congênita mais característica na DM gestacional?

A

Malformação mais característica: SINDROME DE REGRESSÃO CAUDAL

Prevenção é manter HbA1c < 6% prévia a gestação

170
Q

Prematuridade

Quando indicar progesterona micronizada via vaginal como medida de prevenção da prematuridade?

A

Progesterona está indicada para gestantes com:
- Antecedente de parto prematuro < 34 semanas
- Colo curto < 25mm

171
Q

Prematuridade

Nos casos de Incompetência Istmo-Cervical comprovada, qual deve ser o tratamento que irá prevenir a prematuridade?

A

Cerclagem uterina profilática no inicio do 2º trimestre (12 a 16 semanas) - Ministério da Saúde

172
Q

Prematuridade

Qual a idade gestacional recomendada para realização da tocólise?

A

Entre 24 e 34 semanas