Cirurgia Geral Flashcards

1
Q

HPB

Vesícula biliar palpável e não dolorosa, o que indica?

A

Sinal de Courvoisier-Terrier:
indica neoplasia periaumpular

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2
Q

HPB

Tumores periampulares mais comuns, em ordem de maior a menor incidência

A

PaPai Comeu Doce

  1. Ca de ncreas
  2. Ca de Papila = ampuloma
  3. Colangiocarcinoma
  4. Duodeno
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3
Q

HPB

Hipotese diagnóstica:
Idoso com perda de peso, dor em HD, sindrome colestática progressiva e sinal de couvoisier-terrier

A

Adenocarcinoma de cabeça de pâncreas

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4
Q

Trauma

Quais são os únicos exames auxiliares permitidos na atenção primária do trauma segundo o ATLS?

🫀
👆🏻
🌬️
🩸
👃🏻
💦
☢️
🔪
🔪

A
  1. ECG - cardioscopia🫀
  2. Oximetria de pulso 👆🏻
  3. Capnografia 🌬️
  4. Gasometria arterial 🩸
  5. Sonda nasogástrica👃🏻
  6. Sonda vesical 💦
  7. Radiografia AP de tórax e pelve ☢️
  8. LPD 🔪
  9. FAST/E-FAST 🔪
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5
Q

Trauma

Triade letal no trauma

A
  1. Coagulopatia
  2. Hipotermia
  3. Acidose
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6
Q

Trauma

Quando estamos autorizados a iniciar a avaliação secundária das vítimas de trauma?

A

SOMENTE e ÚNICAMENTE fazer avaliação secundária em pacientes:
- Com sinais consistentes de estabilidade e melhora clínica
- Apenas após o término da avaliação primária

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7
Q

Trauma

Causas comuns de obstrução ao fluxo aéreo nas vítimas de trauma?

INEP discursiva

A
  1. Queda da base da lingua
  2. Presença de sangue e/ou secreção
  3. Corpos estranhos
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8
Q

Trauma

Indicações de via aérea definitiva

A
  1. Risco iminente de comprometimento da vía aérea:
    a. Lesão por inalação
    b. Fraturas faciais extensas
    c. Hematoma cervical expansivo
  2. Apneia ou falha em manter sat > 90% apesar da máscara
  3. Paciente inconsciente: TCE grave (GCS < 8) ou convulsões reentrantes
  4. Risco de broncoaspiração por sangue ou vômito
  5. Paciente combativo com risco para si ou terceiros (agitação psicomotora é sinal precoce de hipoxemia)
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9
Q

Trauma

Indicações de via aérea cirúrgica

A
  1. Falha na IOT, combitubo ou ML (x2) 🔂
  2. Trauma maxilofacial extenso
  3. Distorsão da anatomia cervical = hematoma cervical em expansão
  4. Não vejo as cordas vocais = edema de glote, hemorragia facial 👀🚫
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10
Q

Trauma

Qual é a via aérea não cirúrgica e cirúrgica de escolha?

A
  • Não cirúrgica = IOT
  • Cirúrgica = cricotireoidostomia
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11
Q

Trauma

Contraindicações absolutas da intubação nasotraqueal?

A
  1. Apneia
  2. Sinais de fx base de crânio
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12
Q

Trauma

Contraindicações da cricotireoidostomia cirúrgica?

A
  1. Laceração/fx de laringe
  2. Crianças < 12 anos
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13
Q

Trauma

Indicações de toracotomia de urgência

A
  1. Drenagem imediata de > 1.5L = sangrou muito de cara
  2. Drenagem constante de > 200mL/hora em 2-4h = ta sangrando e Ñ para
  3. Necessitou de várias transfusões
  4. Lesão de via aérea grande
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14
Q

TCE

Tratamento da hipertensão intracraniana pós-traumática

A
  • Elevação da cabeceira a 30 graus (aumentar a drenagem do sangue venoso)
  • Sedação e bloqueio neuromuscular (para reduzir a demanda metabólica cerebral),
  • Manutenção de PaCO2 entre 30 e 35 mmHg (hiperventilação) - reduzir o volume de sangue arterial dentro do crânio.
  • Uso de manitol ou salina hipertônica

DVE = derivação ventricular externa

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15
Q

Via aérea

Realizar traqueostomia precoce até ____ dias de entubação orotraqueal

A

Realizar traqueostomia precoce até 7 dias de entubação orotraqueal

Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) – Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica

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16
Q

Trauma

Quando indicar ácido tranêmico no choque após trauma?

A
  • Até 3 horas do trauma
  • PAS < 90 e FC > 110
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17
Q

Trauma

Quando indicar transfusão de hemoderivados para as vítimas de trauma?

A
  • Choque classes 3 e 4
  • Resposta transitória à reposição rápida
  • Resposta ausente à reposição rápida
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18
Q

Trauma

Quando indicar:
protocolo de tranfusão maciça?

A
  • Clase 4
  • Classes 2/3 com resposta transitória ou ausente
  • Score ABC ≥ 2
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19
Q

Trauma

PCR pós-trauma em AESP, qual a conduta?

A

Toracotomia de reanimação

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20
Q

Trauma

Qual a % de perda volêmica para os choques:
* Grau 2
* Grau 3
* Grau 4

A
  • Grau 2 - 15%
  • Grau 3 - 30%
  • Grau 4 - 40%
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21
Q

Abdome agudo

Quais são as incisões cirúrgicas abaixo e em que patologia as podemos usar?

A

A: Mediana infraumbilical
B: Paramediana direita
C: McBurney
D: Rockey-Davis - passa pelo ponto de McBurney, muito utilizada na cirurgia infantil

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22
Q

Abdome agudo

Apartir de quantos cm, há maior risco de perfuração do ceco?

A

> 11 cm

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23
Q

Abdome agudo

Qual é a rotina radiológica do abdome agudo?

A
  1. Rx de tórax em posteroanterior (PA) em pé
    peito é Pa
  2. Rx de abdome em anteroposterior (AP) em pé e deitado
    abdome é Ap
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24
Q

Abdome agudo

  1. Qual o melhor exame para diagnóstico etiológico de obstrução intestinal?
  2. Qual é o pre-requisito obrigatório para poder realiza-lo?
A
  1. TC abdome com duplo contraste
  2. Paciente deve estar estável
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25
Q

Abdome agudo

Qual o principal distúbio ácido-base na obstrução intestinal, em fase inicial e tardia? Porque?

A
  • Fase inicial - vômitos intensos => ALCALOSE metabólica hipoclorêmica e hipopotassêmica
  • Fase tardia - isquemia intestinal => ACIDOSE metabólica
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26
Q

Abdome agudo

Diagnóstico: sindrômico e etiológico?

A

Sindrômico: abdome agudo obstrutivo
Etiológico: volvo de sigmoide

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27
Q

Abdome agudo

Quais são fatores de risco para volvo de sigmoide?

A
  1. Sexo masculino
  2. Idoso, institucionalizado e acamado
  3. Constipação crônica
  4. Fármacos psicotrópicos
  5. Dç de Chagas
  6. Dçs neurológicas e psiquiátricas
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28
Q

Abdome agudo

Quais são os 3 passos do tratamento do volvo de sigmoide em pacientes estáveis e sem peritonite?

A

Passo 1 - **descompressão** por sigmoidoscopia ou colonoscopia

Passo 2 - **confirmar sucesso da descompressão** colônica com radiografia de abdome

Passo3 - **VCC pré-cirúrgica**

Passo 4 - **ressecção do segmento intestinal na mesma internação (logo de 24-72 hrs)**, devido a alta taxa de recorrência - **sigmoidectomia com anastomose primária**

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29
Q

Doenças orificiais

Qual é o diagnóstico?
* Dor intensa ao evacuar
* Sangue vermelho vivo ao limpar-se
* Hábito constipante, fezes endurecidas

A

Fissura anal

aspecto mais importante nas questões:
DOR AO EVACUAR!

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30
Q

Doenças orificiais

Qual é a tríade da fissura anal crônica?

A
  1. Úlcera com bordas enduradas
  2. Plicoma sentinela
  3. Papila hipertrófica
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31
Q

Doenças orificiais

Quais são as opções farmacológicas de tratamento para a fissura anal?

USP 2021 discursiva

A
  1. Pomada de lidocaina + diltiazem + betametasona
  2. Pomada de nitroglicerina
  3. Toxina botulínica
  4. Analgésicos orais
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32
Q

Doenças orificiais

Porque abscesso diagnosticado é abscesso drenado? Qual a complicação mais temida?

A

Gangrena de Fournier

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33
Q

Doenças orificiais

Paciente com antecedente de abscesso anorretal drenado e tratado com antibióticos. Consulta por saída de secreção fétida por um orificio perianal. Diagnóstico?

A

Fístula anorretal

questões trazem a fístula nesse contexto de complicação de abscesso anorretal, isto porque, a fístula anorretal é a persistência do caminho que comunicava a loja do abscesso com a pele

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34
Q

Doenças orificiais

Você é médica da UBS e atende uma mulher com saída de secreção purulenta por orificio perianal. A paciente refere ter sido submetida a drenagem de um abscesso anorretal no PS há 2 semanas e, desde então, vem apresentando o mencionado.
Qual o diagnóstico e que conduta adotar?

A

Fistula anorretal
Encaminhar a paciente para especialista (coloproctologista) para avaliação de cirurgia eletiva de correção da fistula

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35
Q

Doenças orificiais

Qual o diagnóstico?
* Sangramento vermelho vivo ao evacuar
* Prurido e dor anal
* Abaulamento anal ao esforço evacuatório

A

Hemorroida

nas questões de hemorroida, o sintoma principal é o sangramento ao defecar

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36
Q

Doenças orificiais

Quando está indicada a trombectomia para hemorroidas complicadas?

A

< 48 horas de evolução do quadro

⏰⏰⏰

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37
Q

Doenças orificiais

Quando suspeitar que uma hemorroida complicou e trombosou?

A
  • Aspecto arroxeado, ectasiado
  • Pode sair coágulo sanguineo de seu interior
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38
Q

Doenças orificiais

Qual é a referência anatômica para classificar as hemorroidas em internas e externas?

A

Linha pectinea

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39
Q

Doenças orificiais

Qual o tipo mais comum de fístula anorretal?

A

Inter-esfinteriana

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40
Q

Doenças orificiais

Temos que esperar ter ponto de fluctuação de um abscesso anorretal para drena-lo?

A

NÃO!!!!!!!
Drenagem cirúrgica imediata

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41
Q

Cirurgia pediátrica

Principal causa de HDB
em crianças < 5 anos

A

Divertículo de Meckel

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42
Q

Trauma

Qual é o principal órgão acometido no trauma abdominal fechado e aberto (arma de fogo vs arma branca)?

A

Trauma fechado - BAÇO

Trauma aberto:
- Arma branca - FÍGADO
- Arma de fogo - INTESTINO DELGADO

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43
Q

Trauma

Trauma abdominal contuso, paciente estável e submetido à TC abdome com contraste. Descreva a lesão tomográfica e conduta terapêutica indicada

INEP 2020

A
  • Se observa extravasamento de constraste em fase arterial (blush arterial) = lesões de alto grau (III, IV ou V)
  • Conduta lesões de alto grau = embolização hepática por angiografia
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44
Q

Trauma

Lesão hepática com paciente instável é indicação de ____ e ____

INEP 2017

A
  1. Cirurgia de controle de danos (CCD)
  2. Reanimação de controle de danos (DCR)
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45
Q

Trauma

Em que consiste a
cirurgia de controle de danos (CCD)?

INEP 2017

A

Cirurgia de controle de danos (CCD) consiste em:

  1. Controle de hemorragias: 🩸🚫
    * Ressecar órgão não vital - esplenectomia ✂️
    * Empacotar órgão vital - packing hepático (insuficiente: manobra de Pringle) 📦
    * Ligadura vascular 📞
  2. Controle de contaminação: ressecção de segmentos intestinais afetados pelo trauma (não fazer anastomoses) ✂️
  3. Fechamento temporário parede abdominal - peritoneostomia
  4. Estabilizar em UTI e reabordagem cirúrgica em 48hrs ⏰🔪
46
Q

Trauma

Em que consiste a reanimação de controle de danos (DCR)?

A

Hipotensão permissiva:

  1. Minimizar uso de cristaloides e indicar precocemente hemoderivados (plaquetas e plasma > hemácias)
    💦 -> ⏰🩸
  2. Manter PAS 70-80 mmHg

⚠️⚠️⚠️⚠️
Contraindicada na TCE - manter PAS > 110, para evitar lesão cerebral secundária por hipofluxo 🧠❌

47
Q

Queimaduras

O que é a úlcera de Marjolin?
Se da somente após queimaduras?

A
  • Úlcera de Marjolin: é uma degeneração maligna com carcinoma espinocelular (CEC). Geralmente ocorre após 30 anos da lesão
  • Produzido em contextos de inflamação crônica, ou seja, não somente após queimaduras (também: úlceras de pressão ou úlceras vasculares crônicas)
48
Q

Queimaduras

Quais são as indicações para internação do paciente queimado?

A

Queimou muito:
* Queimaduras de 2º grau > 10% SCQ
* Queimaduras de 3º grau - qualquer SCQ

Queimou local especial:
* Face, mãos e pés, genitálias e articulações

Queimaduras especiais:
* Queimaduras elétricas
* Queimaduras químicas
* Lesão pulmonar por inalação

Pacientes e circunstâncias especiais:
* Outros traumas concomitantes
* Pacientes com comorbidades prévias ou socialmente vulneráveis
* Queimaduras em crianças

49
Q

Queimados

No ano de 2013, uma tragédia ocorreu na cidade de Santa Maria-RS. Um incêndio em uma boate resultou na morte de 242 pessoas e feriu 116 outras. Muitas dessas pessoas foram vítimas de lesão por inalação de fumaça. O diagnóstico definitivo da lesão pulmonar ocorrida nesses casos, é melhor estabelecido por quais exames?

A
  1. Broncoscopia
  2. Cintilografia de ventilação com xenônio-133: vejo vias áreas pequeninhas não visualizadas pela bronco
50
Q

Queimados

Qual a diferença entre
escarotomia e fasciotomia?

A

Escarotomia:
* Abertura da pele e TCS
* Queimadura circunferencial de 3º grau

Fasciotomia:
* Abrir até a fáscia muscular
* Para trauma direto, sindrome de reperfusão e trauma elétrico

51
Q

Queimaduras

Quais são as indicações de IOT precoce em pacientes queimados?

A
52
Q

Complicações pós-operatórias

Um homem com 20 anos de idade foi atendido em ambulatório de hospital secundário 7 dias após a sutura de ferimento corto-contuso no antebraço direito para retirada dos pontos. Relatava que, há 3 dias, sentia dor e a ferida encontrava-se abaulada e arroxeada. Não relatou
febre no período
. A incisão com aproximadamente 10 cm estava suturada com pontos simples de fio de náilon, apresentava abaulamento doloroso em toda a extensão, pouco depressível e havia equimose das bordas da ferida.

  1. Qual é o diagnóstico?
  2. Qual a conduta?

INEP 2021

A

Diagnóstico: HEMATOMA

Conduta:
* Retirar alguns pontos da ferida para drenagem do sangue e coágulos - sangue é possível foco infeccioso
* Retorno para avaliação

53
Q

Complicações pós-operatórias

Uma mulher com 45 anos de idade, sem comorbidades, foi submetida à colecistectomia videolaparoscópica eletiva para colelitíase. Porém, devido a aderências intra-abdominais de uma cirurgia anterior, o procedimento foi convertido para um acesso laparotômico, que transcorreu sem incidentes. Dado que a cirurgia é considerada potencialmente contaminada, não foi realizada colangiografia intraoperatória, procedendo-se a antibioticoprofilaxia, com uma dose na indução anestésica. No terceiro dia de pós-operatório, a paciente recebeu alta hospitalar. Uma semana após a alta, retornou ao ambulatório de cirurgia, apresentando-se com bom estado geral, disposta, porém com quadro de dor, abaulamento e hiperemia da ferida operatória. O cirurgião assistente examinou a ferida e, após a retirada de um ponto da sutura da pele da paciente, observou-se saída de moderada quantidade de material purulento

  1. Qual é o diagnóstico?
  2. Qual a conduta?

INEP 2016

A

Diagnóstico: infecção de sitio cirúrgico SUPERFICIAL
* Ferida operatória com sinais flogísticos e drenagem de pus
* Sem compromisso do estado geral e sem sinais sistêmicos

Conduta:
1. Retirar pontos da sutura
1. Lavagem mecânica com SF
1. Manter a ferida aberta - posteriormente podemos aproximar as bordas e deixar cicatrizar por 3ª intenção
1. Acompanhar em retornos ambulatoriais

NÃO prescrever ATB

54
Q

Complicações pós-operatórias

Um homem com 23 anos de idade, obeso, encontra-se no terceiro dia pós-operatório de laparotomia exploradora e colorrafia direita após trauma abdominal perfurante. Apresentou dois picos febris com temperatura axilar = 38,5°C. A ausculta pulmonar apresenta diminuição do murmúrio vesicular em bases. O abdome é flácido, com dor à palpação ao redor da incisão e os ruídos hidroaéreos estão diminuídos em número e intensidade. A radiografia simples de abdome mostrou pneumoperitôneo com leve distensão de alças. A ultrassonografia abdominal mostrou acúmulo de gases e líquidos nas alças, com pequena coleção de líquido na pelve, cuja análise foi prejudicada pelas condições do paciente. Hemograma com leucocitose moderada, sem desvio. O paciente fez uso de antibioticoterapia profilática, pois não havia contaminação grosseira da cavidade abdominal.

  1. Qual é a suspeita diagnóstica?
  2. Qual a conduta?

INEP 2014

A

Diagnóstico: atelectasia pulmonar
- Febre no 3º dia POP e MV diminuido em bases = principal causa de febre no pop imediato (até 72 hrs)
- Cuidado pegadinha: RHA diminuidos pelo ileo funcional do pós-operatório

Conduta: EXPECTANTE
1. Fisioterapia respiratória e aspiração de secreções (se necessário)
2. Controle analgésico

55
Q

Complicações pós-operatórias

Qual é a diferença entre hipertensão intra-abdominal e sindrome compartimental abdominal?

A
  • Hipertensão intra-abdominal: pressão intraabdominal > 12 mmHg
  • Sindrome compartimental abdominal: pressão intraabdominal > 21 e disfunção orgânica nova
56
Q

Complicações pós-operatórias

Qual é a triade clínica clássica da sindrome compartimental abdominal?

A
  1. Oligúria
  2. Aumento pressão pico das vias aéreas
  3. Aumento PiAb
57
Q

Complicações pós-operatórias

Qual é o método mais usado para medição da pressão intraabdominal?

A

Aferição da pressão intravesical por cateterismo vesical

58
Q

Complicações pós-operatórias

Quais são as principais causas de febre após 72 horas de pós-operatório?

A
  1. Pneumonia
  2. ITU
  3. Fístulas digestivas - principalmente no 5º-7º dia de pop, cursa como um quadro de sepse a foco abdominal
59
Q

Complicações pós-operatórias

Pós-operatório recente de herniorrafia incisional volumosa + instabilidade, em que devemos suspeitar?

SUS-SP 2011

A

Sindrome compartimental abdominal
- Sempre suspeitar de SCA em pós-operatórios de herniorrafias incisionais, principalmente em hérnias gigantes ou com perda de domicílio
- Clínica: instabilidade hemodinâmica, oligúria e aumento pCO₂ e diminuição da pO₂ arteriais

60
Q

Qual o significado de margens cirúrgicas
R0, R1 e R2?

A
  • R0: ressecção completa com margens cirúrgicas livres
  • R1: ressecção completa da lesão visível, porém com margens cirurgicas microscópicas comprometidas por neoplasia
  • R2: ressecção incompleta da lesão macroscópica
61
Q

Trauma

Qual é a primeira medida que devemos realizar ao receber um paciente com IOT do pré-hospitalar?

A

Checar a IOT sempre que o paciente for movimentado!!!!

62
Q

Doenças orificiais

Quando indicar a pomada de Diltiazem a 2% no tratamento das fissuras anais?

A
  • SEMPRE nas fissuras crônicas (tríade clássica + fator tempo > 8 semanas)
  • Cuidado, nas fissuras agudas somente se indicará no caso de refratariedade das medidas higienicodietéticas de controle dos sintomas (emolientes fecais, agentes formadores de bolo fecal, banhos de assento e pomadas anestésicas locais - gel de lidocaína a 2%)
63
Q

Hérnias

Porque sempre se indica tratamento cirúrgico da hernia inguinocrural em mulheres, seja assintomática ou não?

SUS-SP 2023

A
  • Em mulheres, nem sempre é fácil distinguir pelo exame físico se é uma hérnia inguinal ou femoral (crural)
  • Hérnias femorais (crurais) sempre tem indicação de cirurgia, mesmo que assintomática, devido ao alto risco de encarceramento e estrangulamento
64
Q

Hérnias

Quando indicar USG para diagnosticar hernias inguinocrurais?

SUS-SP 2023

A

USG é o exame inicial para diagnosticar hérnias, CONTUDO, só deve ser solicitada em casos de exame físico inconclusivo e alta suspeita clínica

65
Q

HBP

Indicações de colecistectomia em pacientes assintomáticos?

SUS-SP

A
66
Q

HDA

Para que serve a classificação de Forrest para as úlceras pépticas?

A

Determina o tipo de tratamento a seguir:

  • Úlceras de alto risco (1A, 1B, 2A e 2B) = hemostasia endoscópica (cauterização, esclerose ou clipagem)
  • Úlceras de baixo risco (2C e 3) = apenas IBP venoso
67
Q

HDA

Forrest 1:
Se caracteriza por?
Se subdivide em?

A

Forrest 1:
Se caracteriza por: SANGRAMENTO ATIVO
Se subdivide em: 1A e 1B

68
Q

HDA

Forrest 2:
Se caracteriza por?
Se subdivide em?

A

Forrest 2:
Se caracteriza por: SANGRAMENTO RECENTE
Se subdivide em: 2A , 2B e 2C

69
Q

HDA

Forrest 3:
Se caracteriza por?
Se subdivide em?

A

Forrest 3:
Se caracteriza por: SEM SINAIS DE SANGRAMENO
Se subdivide em: 3

70
Q

Trauma

Quais são os dois fatores que DEFINEM CONDUTA nos traumas cervicais?

A
  1. Estabilidade hemodinâmica
  2. Sinais de lesão aerodigestiva
71
Q

Trauma

Quais são as indicações de cirurgia exploradora no trauma cervical?

A

São indicações de cervicotomia exploradora:

  1. Instabilidade hemodinâmica
  2. Sangramento ativo
  3. Hematoma volumoso e/ou pulsátil e/ou em expansão
  4. Lesões “óbvias” de via aerodigestiva:
  • Ar borbulhando na ferida
  • Insuficiência respiratória
  • Saída de saliva pelo orifício da lesão
  • Enfisema subcutâneo ou mediastinal
  • Disfonia/rouquidão/Estridor
  • Disfagia
72
Q

Trauma

Ferimento abdominal por arma branca com violação da cavidade abdominal em paciente hemodinamicamente estável, não contraindica TNO.

VERDADEIRO OU FALSO? PORQUE?

A

Verdadeiro, não contraindica terapia não operatória!

Ferimentos penetrantes (por arma branca) no dorso em pacientes estáveis e sem peritonite devem ser avaliados por TC com triplo contraste (oral, retal e venoso) para descartar lesões retroperitoneais (duodeno, cólon, pâncreas, rins e grandes vasos)

73
Q

Trauma

O que consideramos como LPD positivo?

A

Saída imediata de > 10mL de sangue

74
Q

Trauma

Se negativo o LPD, infundi-se 1000 ml de cristalóde, se no aspirado houver (???) ou (???) o LPD é positivo

A

Se negativo o LPD, infundi-se 1000 ml de cristalóde, se no aspirado houver > 500 leucócitos ou > 100.000 hemácias o LPD é positivo

75
Q

Trauma

O que é comum em crianças após um trauma abdominal fechado envolvendo o guidão da bicicleta?

A

Suspeitar de trauma na região epigástrica

  • Pâncreas: estável e sem peritonite - solicitar imagem e amilase
  • Duodeno e delgado: se líquido livre - indicar laparotomia exploradora
76
Q

TCE

Quais são os componentes da triade de Cushing e o que representa?

A

TRIADE DE CUSHING: por hipertensão intracraniana

  1. HAS
  2. Bradicardia
  3. Irregularidade respiratória
77
Q

TCE

Qual é o rango de pontuação para as seguintes escalas:
* Glasgow
* Glasgow + pupila

A

Glasgow: 3 a 15 pontos
Glasgow + pupilas: 1 a 15 pontos

78
Q

Choque

Qual é o tipo de choque onde encontramos:
- Hipotensão e bradicardia
- Pele quente
- Esfinter anal hipotônico ao toque retal

A

Choque Neurogênico

79
Q

Choque

Porque ocorre o choque neurogênico e qual é a conduta terapêutica preconizada?

A

CHOQUE NEUROGÊNICO:

  • Ocorre por perda do tônus simpático
  • Tratamento: drogas vasoativas (DVA)
80
Q

TCE

Qual exame de imagem deve ser feito em politraumas graves com TCE associado?

A

TC de coluna cervical

Atenção: faz parte da avaliação primária a rx de coluna cervical em AP e perfil, CONTUDO, devido a associação de TCE no mecanismo de trauma se indica a tomografia

81
Q

TCE

Quando devemos indicar a TC de crânio nas vítimas de TCE?

A
  • Sempre no TCE grave e moderado
  • TCE leve + sinais de alarme:
    1. Sinais de fx base de crânio (battle e guaxinim)
    1. Perda da consciência
    1. Amnésia lacunar
    1. Vômitos
    1. Otorraquia, rinorraquia
    1. Afundamento de crânio
82
Q

TRM

Qual é o nível de sensibilidade relacionado à região perineal na avaliação do trauma raquimedular?

A

S4/S5

83
Q

TRM

Qual é o período ideal para reavaliação neurológica em casos de “choque medular”?

A

24 a 48 hrs após o trauma raquimedular
Período de tempo que costuma reverter o choque medular e, caso isso não aconteça, dificilmente haverá recuperação neurológica posterior

84
Q

TRM

Ao realizar raquianestesia, é essencial conhecer os dermátomos e níveis de sensibilidade. Qual é o nível associado à cicatriz umbilical?

A

T10

85
Q

Hemorragias digestivas

Qual é a principal causa de hemorragia digestiva ALTA?

A

Úlcera péptica

86
Q

Hemorragias digestivas

Qual é a principal causa de hemorragia digestiva BAIXA?

A

Doença diverticular

87
Q

Hemorragias digestivas

Como tratar a HDA por úlcera péptica?

A
  1. VEDA com terapia hemostática combinada (sempre associar 2 técnicas)
  2. IBP endovenoso
  3. Monitorização hemodinânica em UTI
88
Q

Hemorragias digestivas

Como tratar HDA por varizes esofágicas?

A
  1. Terlipressina ou Octriotide - vasoconstritores esplânicos
  2. Endoscopia - ligadura elástica ou escleroterapia

Se ascite associar profilaxia de PBE

89
Q

Hemorragias digestivas

Quando indicamos o
Balão Sengstaken-Blakemore?

A
  • Indicamos na HDA varicosa
  • Paciente instável e sangramento ativo

Medida salvadora e temporária, permanecendo insuflado cerca de 24hrs com pressão no balão esofágico de 2/3 da PAM

90
Q

Hemorragias digestivas

Paciente com HDA maciça e que único achado na VEDA foi um grande coágulo no fundo gástrico, sem nada mais.
Qual a causa diagnóstica dessa HDA?

A

Lesão de Dieulafoy

91
Q

Abdome agudo

Qual a diferença na conduta terapêutica de um quadro obstrutivo por tumor de:
* Colon e reto alto
* Reto médio e baixo
* Obstrução em alça fechada

A

Colon e reto alto:
* Ressecção do segmento + ostomia (instável) ou anastomose primária (instável)
OBS: paciente estável sempre fazer a cirurgia oncológica

Reto médio e baixo: objetivo aqui é somente tirar da urgência obstrutiva
* Colostomia em alça (resolver o agudo)
* QT/RT neoadjuvante + Cirurgia oncológica

Obstrução em alça fechada:
* Colectomia total

92
Q

Abdome agudo

Qual é o tratamento inicial dos tumores de reto médio e baixo com obstrução?

A

Colostomia em alça

93
Q

Abdome agudo

QUAL O DIAGNÓSTICO?

Mulher consulta com dor abdominal no andar superior do abdome, principalmente pós-prandial. Sem dor à descompressão brusca.
TC de abdome com contraste venoso pode mostrar distensão de estômago e duodeno, com inversão dos vasos mesentéricos superiores e ausência do processo uncinado do pâncreas

INEP 2016

A

Sindrome de má rotação intestinal

  • Dor no andar superior, pós-prandial
  • Distensão gástrica e duodenal
  • Inversão dos vasos mesentéricos superiores
  • Ausência do processo uncinado do pâncreas
94
Q

Abdome agudo

Sinal de Gersuny

  1. Descrição
  2. Patologia
A

Sinal de Gersuny

Durante a palpação, sentimos um creptar como se estivesse “amassando um papel celofane”
FECALOMA

95
Q

Abdome agudo

O que a imagem de “feixe de charuto” pode indicar em um caso de obstrução intestinal em crianças?

INEP 2022

A

Bolo de Ascaris

96
Q

Abdome agudo

Tratamento da obstrução intestinal por bolo de ascaris?
💦👃🏻💊🌻

INEP 2022

A
  1. Hidratação endovenosa 💦
  2. SNG para descompressão gástrica 👃🏻
  3. Anti-helmintico (albendazol, mebendazol) 💊
  4. Óleo mineral para facilitar deslizamento e expulsão dos ascaris na materia fecal 🌻
97
Q

Abdome agudo

A presença de inversão dos vasos mesentéricos superiores em um paciente com quadro obstrutivo é característica de que condição?

A

Sindrome de má rotação intestinal

98
Q
A
99
Q

Vias biliares

Indicações de colecistectomia profilática em pacientes assintomáticos

A
  1. Microcálculos
  2. Macrocálculos > 2.5cm
  3. Vesícula em porcelana 🫖
  4. Pólipo na vesícula
  5. HF + de CA vesícula 🦀
  6. Anemia falciforme 🩸
  7. Transplantados
  8. Submetidos a by-pass gástrico ou gastrectomia (via biliar exclusa)
  9. Vivem em áreas isoladas 👩🏻‍🌾
100
Q

Vias biliares

Indicações de colangiografia intraoperatória

A
  1. Dúvida da anatomia da via biliar
  2. Suspeita de lesão da via biliar
  3. Suspeita de cálculo no colédoco, como segunda opção à colangioRMN
101
Q

Vias biliares

Quando devemos indicar derivação bilio-digestiva na coledocolitíase?

A

1. Colédoco dilatadão **> 2cm**
1. **Múltiplos cálculos**

102
Q

Vias biliares

Porque indicamos derivação bilio-digestiva na coledocolitíase com colédoco muito dilatado?

A

Colédoco muito dilatado funciona como “segunda vesícula”, armazena bile e é fonte de colangite

103
Q

Vias biliares

Qual é o tratamento padrão-ouro na coledocolitiase?

A

CPRE + colecistectomia eletiva

104
Q

Vias biliares

Cite complicações da CPRE

A
  1. Hiperamilasemia Asintomática (+ comum)
  2. Pancreatite aguda
  3. Hemorragia
  4. Perfuração
105
Q

Vias biliares

USG abdome com vias biliares dilatadas, porém não visualiza cálculos.
- Quais são os exames a solicitar de 1ª e 2ª opção?

A
  • 1ª escolha = colangioRMN
  • 2ª opção = colangiografia intraoperatória
106
Q

Vias biliares

Exames de imagem na colescitite aguda, mencione qual é o mais indicado para:
* Exame inicial
* Padrão-ouro diagnóstico
* Descartar complicações

A
  • Exame inicial 1️⃣ - USG abdome
  • Padrão-ouro diagnóstico 🥇 - cintolografia com HIDA
  • Descartar complicações ⚠️ - TC abdome
107
Q

Vias biliares

Tratamento da colecistite aguda litiásica não complicada com risco cirúrgico baixo VS elevado

A

Risco cirúgico BAIXO (ASA < 2):
- ATB profilático
- CVLP precoce em até 3 dias

Risco cirúrgico ALTO:
- ATB terapia
- CVLP eletiva programada

108
Q

Vias biliares

Tratamento da colecistite aguda
litiásica complicada

A
  1. ATB terapia por 7 dias
  2. Colecistotomia - drenagem percutânea transhepática guiada por TC/USG
  3. CVLP eletiva programada
109
Q

Vias biliares

Principais causas de icterícia no pós-operatório de CVLP

A
  1. Litíase residual
  2. Lesão cirúrgica da via biliar
110
Q

Vias biliares

Como deve ser o tratamento da colescistite aguda na gestante?

A

Baixo risco (ASA < 2):
* 1º e 2º trimestres: CVLP precoce
* 3º trimestre: ATB terapia + programar CVLP para 6 semanas pós parto

Alto risco (ASA > 3) – instável: colecistoTOMIA (drenagem percutânea)

111
Q

Pré-operatório

Antibioticoprofilaxia deve ser feita em até 1 hora antes de que?

A

1 hora antes da incisão cirúrgica
🔪🔪🔪

112
Q

Hepatologia

Dor à percussão do hipocondrio direito
- Nome do sinal semiológico?
- O que indica?

A

Sinal de Torres Homem 🗼👨🏻
* Percussão dolorosa do HD
* Indica abscesso hepático