Neuro Av 3 Flashcards

1
Q

Como se avalia o NC I?

A
  • nervo olfatório: sensitivo
  • paciente de olhos fechados, deve reconhecer substâncias com cheiros conhecidos (café, canela, cravo, álcool etc)
  • cada narina deve ser avaliada separadamente
  • pode-se perceber alterações da olfação: hiposmia, anosmia, cacosmia, parosmia
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2
Q

Por que é conceitualmente errado dizer que os NC I e II são pares cranianos?

A

Porque eles não tem núcleos próprios, são apenas prolongamentos do SNC

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3
Q

Diferencie cacosmia de parosmia

A
  • parosmia: percepção distorcida do olfato
  • cacosmia: percepção de odores desagradáveis ou fétidos
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4
Q

Quais são os fatores que devem ser analisados na avaliação do NC II?

A
  • nervo óptico: sensitivo
  • responsável pela condução de imagens recolhidas na retina para o centro da visão no lobo occipital
  • fatores analisados: acuidade visual, visão de cores, campimetria, fundoscopia e reflexos (fotomotor direto e consensual)
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5
Q

Como é feito o teste de acuidade visual e de visão de cores?

A
  • NC II

ACUIDADE VISUAL
- paciente posicionado a 6m do quadro de Snellen
- avaliar cada olho separadamente, encobrindo o outro com um cartão, sem comprimi-lo
- se o paciente conseguir ler a linha 20/20 passa-se para o outro olho
- caso não consiga: registrar a menor linha atingida

VISÃO DE CORES
- teste de Ishihara

Obs.: antes de perder a acuidade visual, o paciente perde a visão de cores quentes (vê menos contraste)
- essa perda da visão de cores quentes é um sinal semiológico de neurite óptica (inflamação do nervo óptico)

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6
Q

Como é feito o teste de campimetria?

A
  • NC II
  • sentado, o paciente fixa um ponto na face do examinador, postado a sua frente
  • o examinador coloca as mãos na periferia do seu campo visual e as move, enquanto pergunta ao paciente se ele está vendo os movimentos
  • essa conduta deve ser realizada em cada olho separadamente e, depois, com os dois olhos abertos simultaneamente
  • SABER DESCREVER CORRETAMENTE AS ALTERAÇÕES
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7
Q

Qual defeito de campo visual é observado se o paciente tiver uma lesão antes do quiasma?

A

Amaurose unilateral direita/esquerda (ipsilateral)

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8
Q

Qual defeito de campo visual é observado se o paciente tiver uma lesão no quiasma?

A

Hemianopsia heterônima bitemporal

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9
Q

Qual defeito de campo visual é observado se o paciente tiver uma lesão no trato óptico?

A

Hemianopsia homônima direita/esquerda (contralateral)

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10
Q

Qual defeito de campo visual é observado se o paciente tiver uma lesão nas radiações temporais?

A

Quadrantopsia homônima superior contralateral

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11
Q

Qual defeito de campo visual é observado se o paciente tiver uma lesão nas radiações parieto-occipitais?

A

Quadrantopsia homônima inferior contralateral

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12
Q

O que se observa na fundoscopia? E quais são as alterações mais encontradas?

A
  • se utiliza um oftalmoscópio
  • examinar as condições dos seguimentos posteriores do olho, como vasos, nervos, retina e papila óptica
  • normal: observa-se um contorno nítido dos vasos, “disposição em raios de sol”
  • alterações mais comuns:
    1. palidez
    2. edema da papila (papiledema): aumento da Pressão intracraniana
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13
Q

Qual é a aferência e eferência dos reflexos:
a. fotomotor direto
b. fotomotor consensual

A

a. reflexo fotomotor direto
- Af: NC II ipsilateral
- Ef: NC III ipsilateral (faz miose quando há exposição à luz)

b. reflexo fotomotor consensual
- Af: NC II contralateral
- Ef: NC III ipsilateral

Obs.: em casos de anisocoria, a pupila que não fez miose indica o lado da lesão

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14
Q

Como se avalia o NC III, IV e VI? Por que são avaliados juntos?

A
  • porque eles inervam os músculos dos globos oculares (nervos motores)
    nervo oculomotor (NC III): mm reto superior, reto inferior, reto medial e obliquo inferior + pupilas + elevador da pálpebra
    nervo troclear (IV): m. obliquo superior
    nervo abducente (VI): m. reto lateral
  • avalia-se a motilidade extrínseca e prova da convergência ocular
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15
Q

Qual o movimento do globo ocular é realizado pelo músculo reto superior?

A

Gira o globo ocular para cima e para perto do nariz

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16
Q

Qual o movimento do globo ocular é realizado pelo músculo reto inferior?

A

Gira o globo ocular para baixo e para longe do nariz

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17
Q

Qual o movimento do globo ocular é realizado pelo músculo oblíquo inferior?

A

Gira o globo ocular para cima e para longe do nariz

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18
Q

Qual o movimento do globo ocular é realizado pelo músculo oblíquo superior?

A

Gira o globo ocular para baixo e para perto do nariz (e olha pra pontinha do nariz)

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19
Q

Quais são os sinais de uma lesão no NC III?

A
  • estrabismo divergente
  • ptose palpebral
  • pupila midriátrica
  • diplopia horizontal
20
Q

Qual parte do NC III é responsável pela inervação das pupilas?

A
  • núcleo de Edinger-Westphal: ele faz parte do complexo do nervo craniano III, mas não é o núcleo motor principal
  • o núcleo de Edinger-Westphal é o componente parassimpático do nervo oculomotor, encarregado de:
    1. controlar o esfíncter da pupila
    2. inervar o músculo ciliar, que regula a acomodação do cristalino para visão próxima
21
Q

Quais são os sinais de uma lesão no NC IV?

A
  • diplopia vertical
  • estrabismo convergente (contralateral)

Obs.: é o único NC que cruza!

22
Q

Quais são os sinais de uma lesão no NC VI?

A
  • diplopia horizontal
  • estrabismo convergente ipsilateral
23
Q

O que o examinador deve suspeitar se o paciente se queixa de estrabismo (“vesgo”) e diplopia?

A
  • lesão no NC III, NC IV e/ou NC VI
  • ptose: apenas se tiver o NC III acometido
  • NC IV é o único que da diplopia vertical
24
Q

O que e como se avalia a motilidade extrínseca dos globos oculares?

A
  • se avalia a posição dos globos oculares
  • o exame se faz em cada olho separadamente e, depois, simultaneamente
  • com a cabeça imóvel, o paciente é solicitado pelo examinador que desloque os olhos nos sentidos vertical e horizontal
  • no exame simultâneo se acrescenta a prova da convergência ocular, que se faz aproximando gradativamente um objeto dos olhos do paciente
25
Q

O que é e como se avalia a motilidade intrínseca dos globos oculares?

A
  • é o exame da forma, posição e movimentos da pupila
  • avalia-se o reflexo fotomotor direto/consensual
  • o examinador incide o feixe de luz em uma pupila e observa a resposta nos dois lados
  • reflexo fotomotor direto: contração da pupila na qual se faz o estímulo
  • reflexo fotomotor consensual: contração da pupila oposta
  • em seguida, aproxima-se dos olhos um objeto e as pupilas se contrairão normalmente: reflexo de acomodação
26
Q

Irregularidade no contorno pupilar

A

Discoria

27
Q

O NC V é motor, sensitivo ou misto?

A
  • nervo trigêmeo: misto
  • raiz motora: nervo mastigador
  • raiz sensitiva: nervos oftalmicos (v1), maxilar (v2) e mandibular (v3)

Obs.: o ângulo da mandíbula é inervado pelo dermátomo C2

28
Q

Quais as funções do NC V?

A
  • ## inervação sensitiva da metade anterior do segmento cefálico
29
Q

Como se avalia a raiz motora do NC V?

A
  • inspeção das regiões temporais e masseterianas (observar se tem atrofias)
  • desvio da mandíbula para o lado da lesão
  • dificuldade no movimento de lateralização da mandíbula
30
Q

Como se avalia a raiz sensitiva do NC V?

A
  • sensibilidade superficial: utiliza-se uma mecha de algodão, semelhante ao exame geral de sensibilidade
  • reflexo corneopalpebral: o exame e sensibilidade corneana
31
Q

Como se realiza o teste de sensibilidade corneana?

A
  • toca-se suavemente a região da esclerótica com uma mecha de algodão
  • o paciente deve estar com os olhos virados para o lado oposto, a fim de perceber o mínimo possível a prova
    -resposta normal: contração do orbicular das pálpebras (reflexo corneopalpebral)
32
Q

Como se avalia o NC VII?

A
  • nervo facial: misto
  • ramo motor: mímica da face
  • avaliação da motricidade: deve-se pedir que o paciente enrugue a testa, franza os supercílios, cerre as pálpebras, mostre os dentes, abra a boca, assobie, infle a boca e contraia platisma
  • avaliar a gustação e assimetrias
33
Q

Qual é o termo semiológico para “paralisia da face”?

A

Prosoplegia
- unilateral ou bilateral (diplegia facial)

34
Q

Como é possível distinguir uma paralisia periférica da paralisia central?

A

PERIFÉRICA
- lesão do nervo facial, comum em AVC e tumores cerebrais
- acometimento de toda a hemiface ipsilateral à lesão
- lesão nuclear pra frente

CENTRAL
- lesão da via corticonuclear ou do feixe geniculado
- somente a metade inferior da face contralateral se mostra alterada
- lesão supranuclear
- a boca desvia para o lado normal

35
Q

Qual a aferência e eferência da maioria dos reflexos axiais de face?

A

Af: NC V
Ef: NC VII

36
Q

Quais são as funções do NC V e NC VII?

A

NC V
- inervação motora dos músculos da mastigação
- inervação da sensibilidade superficial da face
- lacrimejamento

NC VII
- inervação motora dos músculos faciais (músculos da mímica facial)
- gustação dos 2/3 anteriores da língua
- salivação

37
Q

Como se avalia a raiz coclear do NC VIII?

A

Manobras:
1. diminuição gradativa da intensidade da voz natural
2. voz cochichada
3. atrito suave das polpas digitais próximo ao ouvido
4. audiometria
5. Prova de Rinne
6. Prova de Weber

38
Q

Como é feita a manobra de Rinne?

A
  • avalia a raiz coclear do NC VIII
  • consiste em aplicar o diapasão no processo mastoide
  • quando o paciente deixa de ouvir a vibração, coloca-se o aparelho próximo ao conduto auditivo
  • normal: o paciente acusa a percepção do som (Rinne positivo) = condução aérea (CA) > condução óssea (CO)

Transmissão óssea mais prolongada que a aérea (Rinne negativo): CA < CO - significa deficiência auditiva de condução nervosa (hipoacusia); provavelmente há uma obstrução mecânica na transmissão sonora

  • se fosse uma lesão no NC VIII, o paciente não escutaria o som nem pela condução óssea
39
Q

Como é feita a manobra de Weber?

A
  • avalia a raiz coclear do NC VIII
  • o examinador deve vibrar o diapasão e colocar na linha mediana do crânio
  • após, deve perguntar ao paciente se ele percebe o som igualmente nas duas orelhas (resultado negativo) ou se é mais forte em uma delas (resultado positivo)
40
Q

Como se avalia a raiz vestibular do NC VIII?

A
  • indicativo de acometimento da raiz vestibular: quando as queixas do
    paciente incluem vertigens, náuseas, vômitos e desequilíbrio
  • a investigação da raiz vestibular compreende o reconhecimento de:
    1. nistagmo
    2. desvio lateral durante a marcha (observa-se lateropulsão para o lado lesionado)
    3. desvio postural
    4. sinal de Romberg
    5. provas calórica e rotatória vestibulares
41
Q

Como se faz e qual é o objetivo da manobra de Dix-Hallpike?

A
  • objetivo: avaliar a presença de nistagmo
  • o paciente deve estar inicialmente em posição sentada, com a cabeça rodada lateralmente (direita ou esquerda, conforme o lado a ser testado), em aproximadamente 45
    graus
  • com o examinador segurando a cabeça do paciente, promove-se um brusco e rápido movimento de deitar, em decúbito dorsal horizontal
  • ao ser deitado, por não haver uma fixação horizontal da cabeça, esta fica pendente para trás, em aproximadamente 30 graus
  • o paciente fica imobilizado nessa posição, com os olhos abertos e olhar fixo
  • manobra (+): caso ocorra um evidente nistagmo, alguns segundos após o estímulo (com latência), que dura menos de 45 segundos (esgotável)
42
Q

Como é feita a prova de Romberg?

A
  • com o paciente na posição vertical, pede-se que ele junte os pés, olhe para um ponto fixo na frente e, na sequência, feche os olhos por alguns
    segundos
  • normalmente, nada se observa, ou apenas ligeiras oscilações do corpo
    (prova de Romberg negativa)
  • alterações neurológicas: ao cerrar as pálpebras, o paciente apresenta oscilações do corpo, com desequilíbrio e forte tendência à queda (prova de
    Romberg positiva)
43
Q

Como são avaliados os NC IX e NC X?

A
  • avaliados juntos: ligação quanto à origem, trajeto e distribuição
  • nervos mistos
  • NC IX: glossofaringeo
  • NC X: vago
  • avaliação: pede-se que o paciente pronuncie as vogais A e E de boca aberta
  • lesão unilateral dos nervos: desvio do véu palatino para o lado não lesionado (SINAL DA CORTINA)
  • reflexo nauseoso: passa a espátula delicadamente no pilar amigdaliano; se não for desencadeado, se preocupar com lesão ipsilateral (lembrar de testar os dois lados)
    Af: NC IX
    Ef: NC X
44
Q

Como se avalia o NC XI?

A
  • nervo acessório: motor
  • ramo motor: inerva o trapézio e o esternocleidomastoideo
  • avaliação: solicitar que o paciente eleve o ombro (trapézio) e faça rotação da cabeça (esternocleidomastoideo)
45
Q

Como deve ser avaliado o NC XII?

A
  • nervo hipoglosso: motor
  • inervação dos músculos da língua
  • avaliação: inspeção da língua, que deve ser movimentada para todos os lados, no interior da boca ou exteriorizada, forçando-a de encontro à bochecha e também palpando-a para avaliar a sua consistência
  • lesões unilaterais: atrofia e fasciculações na metade comprometida; ao ser exteriorizada, a ponta da língua se desvia para o lado da lesão
  • lesões bilaterais: atrofia, fasciculações, paralisia, acentuada disartria e dificuldade para mastigar e deglutir
46
Q

Quais são as manobras que podem ser utilizadas para detectar irritação meníngea?

A
  1. KÉRNIG
    - elevação da perna com a coxa fletida
    - se o paciente fletir o pescoço (nos casos mais graves) ou não conseguir estender as pernas = POSITIVO
  2. BRUDZINSKI
    - flexão passiva do pescoço
    - positivo: paciente flete as coxas sobre o quadril
47
Q

Quais são as manobras que podem ser utilizadas para detectar irritações radiculares?

A
  1. SINAL DE LASÉGUE
    - avalia irritação das raízes nervosas lombossacras, especialmente em casos de ciatalgia
    - elevação unilateral do membro inferior estendido
    - POSITIVO: paciente refere dor entre 30° e 70°
  2. BIKELE
    - avalia irritação radicular nos membros superiores, especialmente em casos de radiculopatia cervical.
    - “Laségue de membro superior”: sustenta um braço fletido do paciente, pede para ele virar a cabeça para outro lado e fletir a cabeça; aí voce estende o braço que estava fletido
    - POSITIVO: dor