MED INTENSIVÃO PED - Síndromes Respiratórias - IRA com Taquipneia e Sem Estridor Flashcards
Etiologia das pneumonias comunitárias de acordo com a idade (Pneumonia Adquirida na
Comunidade na Infância – Sociedade Brasileira de Pediatria – 2018):
A. RN < 3 DIAS:
B. RN > 3 DIAS:
C. 1 A 3 MESES:
D. 4 MESES A 5 ANOS:
E. ACIMA DE 5 ANOS:
A. Streptococcus do grupo B > Gram negativos > Listeria monocytogenis;
B. Staphylococcus aureus > Staphylococcus epidermidis > Gram negativos;
C. Vírus > Chlamydia trachomatis > Ureaplasma urealyticum > Streptococcus pneumoniae > S. aureus;
D. Vírus > Streptococcus pneumoniae > S. aureus > Haemophilus influenzae > Moraxella catarrhalis > Mycoplasma pneumoniae > Chlamydophyla pneumoniae;
E. Streptococcus pneumoniae > S. aureus > Mycoplasma pneumoniae > Chlamydophyla pneumoniae.
SINAIS DE GRAVIDADE NA PNEUMONIA TÍPICA:
- Tiragem subcostal*;
- Batimento de asa nasal;
- Gemência;
- Cianose.
*Atualmente, a OMS não considera mais a tiragem subcostal como marcador de gravidade, classificando os quadros com tiragem apenas como de “pneumonia”, sem a necessidade de internação. Este conceito já foi abordado em concursos nos últimos anos, porém o mais comum é que isso ainda seja usado como marcador de gravidade, tornando necessária a internação hospitalar. De todo modo, fique atento e tenha senso crítico ao avaliar os enunciados. Diante de um caso clínico, ao
citar a presença da tiragem, a banca certamente deseja que você valorize o sinal como marcador de
gravidade.
QUAL PRINCIPAL MARCADOR CLÍNICO NA PNEUMONIA TÍPICA?
TAQUIPNEIA
Pode ser definida como uma inflamação do parênquima pulmonar que, na maioria das vezes, é causada por agentes infecciosos.
pneumonia
FALHA TERAPÊUTICA PNEUMONIA TÍPICA
❯ Ausência de melhora após 48-72 horas de terapia.
❯ Causas: pneumonia causada por outras etiologias (causa viral ou mesmo não infecciosa para o
quadro clínico); resistência bacteriana ao antimicrobiano em uso; obstrução brônquica por
lesões endobrônquicas, corpos estranhos ou plugs mucosos; presença de doenças preexistentes que mudem a evolução do quadro.
❯ Nas crianças internadas, primeiro passo é avaliar a presença de complicação → derrame pleural
São processos inflamatórios comprometendo homogeneamente um lobo, lobos ou segmentos pulmonares. Geralmente, são causadas pelo S. pneumoniae, mas podem ser causadas por outras bactérias. Podem ser visualizadas as condensações com broncogramas aéreos. São mais frequentes em lactentes acima de seis meses de idade e, principalmente, em crianças maiores.
consolidação alveolar
Sobre o RX de pacientes com PNM, é um padrão encontrado nas pneumonias por microrganismos típicos, seja pelo pneumococo, pelo estafilococo ou por outras bactérias. É caracterizado por consolidação alveolar multifocal, isto é, as imagens não respeitam a segmentação pulmonar, podem ser únicas ou múltiplas, dispersas ou confluentes, de limites irregulares, uni ou bilaterais.
infiltrado alveolar broncopneumônico
Os 03 principais fatores de risco que estão associados às IRA de uma maneira em geral, mas especialmente às pneumonias, incluem a
desnutrição,
baixa idade e
presença de comorbidades.
O quadro de pneumonia recorrente é caracterizado por:
A. 2 ou + episódios de pneumonia em um ano
OU
B. 3 ou + episódios em qualquer momento.
Qual é o principal agente etiológico da Pneumonia bacteriana?
Streptococcus pneumoniae (pneumococo) em todas as faixas etárias (exceto no período neonatal).
Na Pneumonia bacteriana, o que é encontrado na radiografia de tórax?
consolidação lobar ou broncopneumonia.
Quais são as principais características clínicas da Pneumonia bacteriana?
A apresentação é mais aguda e violenta do que nas demais formas de pneumonia (viral ou por germes atípicos). Nas crianças maiores, o início é hiperagudo, com febre alta, calafrios, toxemia.
A taquipneia está presente, como nas demais infecções das vias aéreas inferiores.
Na Pneumonia bacteriana, quais são os principais critérios de internação?
- Menores de 2 meses.
- Sinais de gravidade respiratória - SpO2 < 92%, FR > 70
- Sinais de comprometimento do estado geral - sinais de toxemia, falha da terapêutica ambulatorial.
- Presença de comorbidades graves.
- Presença de complicações - derrame pleural
Na Pneumonia bacteriana, qual é o tratamento para < 2 meses?
ampicilina ou penicilina
+ aminoglicosídeo.
Na Pneumonia bacteriana, qual é o tratamento ambulatorial para > 2 meses?
amoxicilina VO
Na Pneumonia bacteriana, qual é o tratamento hospitalar para > 2 meses?
Nas pneumonias graves, usar: penicilina cristalina IV.
- Nas pneumonias MUITO graves, usar: oxacilina + ceftriaxona ou cloranfenicol.
Qual é a principal complicação da Pneumonia bacteriana?
Derrame Pleural
Definição de Taquipneia em < 2 meses:
FR ≥ 60 irpm
Definição de Taquipneia entre 2-12 meses:
FR ≥ 50 irpm
Definição de Taquipneia em > 12 meses:
FR ≥ 40 irpm
Menina, 2 anos, é trazida ao Pronto-Socorro com febre e tosse há 4 dias. A hipótese diagnóstica formulada pelo plantonista é de pneumonia bacteriana. O ACHADO NO EXAME FÍSICO QUE JUSTIFICA ESTA HIPÓTESE É:
a) Roncos e estertores subcrepitantes.
b) Obstrução nasal.
c) Dor à palpação abdominal.
d) Aumento da frequência respiratória.
D
Quais seriam as principais utilidades do RX de tórax?
- Confirmar o diagnóstico;
- Avaliar a extensão do processo;
- Identificar a presença de complicações
Um pré-escolar de 3 anos é atendido com quadro de febre (39,9ºC), recusa alimentar e
tosse emetizante. Ao exame físico apresenta uma frequência respiratória de 42 irpm, tiragem
subcostal e, na ausculta, estertores crepitantes em base direita com diminuição do murmúrio vesicular. Para o tratamento deste paciente a
melhor opção terapêutica é:
Penicilina cristalina.
Menina, 8a, previamente hígida, tratada por
pneumonia em Unidade Básica de Saúde com
amoxicilina baseada em quadro clinico de tosse,
febre, queda do estado geral e presença de
estertores crepitantes em base pulmonar direita.
Evolui com melhora do estado geral e desaparecimento
da febre, com persistência de
tosse. A pedido da mãe realizado radiograma
de tórax, duas semanas após início do quadro,
que revelou opacidade homogênea em base
direita. A CONDUTA É:
a) Prescrever antibiótico oral de maior espectro.
b) Internar para antibiótico endovenoso.
c) Iniciar investigação para tuberculose.
d) Acompanhamento ambulatorial.
D
Sobre o manejo clínico da pneumonia na infância, atribua V (verdadeiro ) ou F (falso ) às afirmativas a seguir.
( ) A presença de taquipneia em crianças com história de febre e tosse é sugestiva de pneumonia;
( ) Para o controle de cura de crianças com pneumonias comunitárias, é recomendada
a realização de radiografia de tórax ao final do tratamento;
( ) A idade do lactente não é fator de risco para pneumonia grave;
( ) A radiografia de tórax apresenta boa sensibilidade e especificidade para diferenciar pneumonias virais de bacterianas;
( ) A dor abdominal pode ser um dos sintomas da criança com pneumonia.
VFFFV
Lactente de sete meses de idade apresentase com febre alta, tosse há dois dias, além de recusar alimentos e líquidos oferecidos. O exame físico revela tiragem subcostal moderada e frequência respiratória de 58 incursões por minuto. Estertores crepitantes no
terço médio e murmúrio vesicular abolido no terço inferior foram notados à ausculta do hemitórax direto. Diante desse quadro, os dados que indicam a necessidade do tratamento hospitalar são:
a) Recusa alimentar, frequência respiratória
e os achados na ausculta.
b) Recusa alimentar, esforço respiratório e os
achados na ausculta.
c) Idade, frequência respiratória e os achados
na ausculta.
d) Idade, frequência respiratória e recusa alimentar.
B
Qual é o agente mais encontrado em crianças com derrame pleural?
S. pneumoniae
Os principais agentes etiológicos são os mesmos encontrados em pneumonias não complicadas?
S. pneumoniae
H. influenzae e
S. aureus.
Os critério de Light são tradicionalmente utilizados para a distinção entre exsudato e transudato no Derrame Pleural. Por esses critérios, podemos identificar um exsudato pela presença de qualquer um dos seguintes parâmetros:
- Relação proteína do líquido pleural/proteína sérica > 0,5;
- Relação LDH do líquido pleural/LDH sérico > 0,6;
- LDH no líquido pleural > 2/3 do limite superior do LDH sérico ou > 200 IU/l.
Quando se identifica a presença de um derrame pleural, devemos realizar a toracocentese (desde que a lâmina de líquido seja ≥ 1 cm) para a avaliação microbiológica e bioquímica do líquido, permitindo
que se diferencie o exsudato não complicado do empiema. O empiema existe quando 4 fatores estão presentes:
- Aspecto purulento;
- pH < 7,2;
- Glicose < 40 mg/dl;
- Gram e/ou cultura positivos.
Menina de quatro anos se apresenta com tosse e febre há três dias. Ao exame, MV abolido em 2/3 inferiores de hemitórax esquerdo. Radiografia de tórax evidencia opacificação, o que provoca suspeita de derrame pleural. Após toracocentese, fica indicada drenagem do tórax caso o líquido pleural evidencie:
a) pH < 7,2.
b) pH = 7,4 / 7,6.
c) Glicose normal.
d) Relação LDH pleural/sérica < 0,6.
e) Relação proteína pleural/sérica < 0,5.
A
Criança de seis anos, com síndrome de Lennox- Gastaut, é internada com quadro de pneumonia, sendo iniciada antibioticoterapia venosa
adequada. Após 96 horas do tratamento, apresenta melhora parcial da taquidispneia, porém mantém febre de 39°C, sendo encontrado ao exame físico diminuição do murmúrio
vesicular à direita. A radiografia revelou velamento de hemitórax ipsolateral. Nesse momento,
a conduta adequada é:
Toracocentese.
Criança de 11 meses de idade é levada a uma consulta no Pronto Atendimento por ter iniciado há 48 horas quadro de febre alta, tosse, taquidispneia e muita prostração. Criança hígida, cartão de vacinas em dia. Exame físico: criança estado geral ruim, prostrada, hipocorada +++/4, hipoativa, acianótica, desidratada.
Frequência cardíaca 160 bpm, frequência respiratória de 70 irpm, murmúrio vesicular abolido em todo hemitórax esquerdo. Necessitou reposição volêmica ainda na sala de emergência do Pronto Atendimento. Raio X de tórax com velamento total do hemitórax esquerdo, desvio do mediastino contralateral. Considerando o caso apresentado, qual a conduta?
Internação + iniciar ceftriaxona + oxacilina + coleta hemocultura + toracocentese e/ou drenagem do derrame pleural.
identificadas como lesões cavitárias de conteúdo aéreo formadas por paredes
finas. São características de pneumonia estafilocócica, mas também estão presentes nas
pneumonias pneumocócicas. Basta o tratamento clínico (antibioticoterapia)
PNEUMATOCELES
São lesões cavitárias de conteúdo aéreo, formadas por paredes finas, podendo ou não conter nível hidroaéreo em seu interior. Podem aparecer no curso de uma pneumonia bacteriana grave de qualquer etiologia
Pneumotocele
Necrose e cavitação do parênquima pulmonar. Imagens cavitárias com paredes espessas e nível hidroaéreo. Considerar etiologia estafilocócica ou anaeróbios da cavidade oral. Tratamento clínico (antibioticoterapia) resolve a maioria dos casos
ABSCESSO PULMONAR
É uma infecção das vias aéreas inferiores que caracteristicamente provoca o primeiro episódio de sibilância em uma criança com menos de dois anos de idade, associado a sinais e sintomas de uma infecção viral.
Bronquiolite Viral Aguda
Qual é o principal agente etiológico da Bronquiolite?
vírus sincicial respiratório (VSR)
Qual é o tratamento da Bronquiolite?
Suporte.
Oxigenoterapia,
Suporte nutricional.
Postura
Não fazer corticoides e nem fisioterapia respiratória.
O que pode ser observado na radiografia de tórax da Bronquiolite?
Hiperinsuflação pulmonar e atelectasias
Um lactente que apresenta pródromos de infecção viral das vias aéreas superiores e evolui com taquipneia e sibilância sugere fortemente
Bronquiolite Viral Aguda