DM tipo 1 Flashcards
É uma doença autoimune crônica caracterizada pela destruição das células beta do pâncreas, que são responsáveis pela produção de insulina, resultando em hiperglicemia e a incapacidade do corpo de utilizar a glicose adequadamente.
Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1)
O DM1 é mais comum em (1), mas pode ocorrer em qualquer faixa etária.
crianças e adolescentes
FISIOPATOLOGIA DM TIPO 1
Destruição das Células Beta: No DM1, o sistema imunológico ataca as células beta do pâncreas, que são responsáveis pela produção de insulina. Isso ocorre devido a um processo autoimune, onde o corpo começa a reconhecer suas próprias células beta como “estranhas” e as destrói.
Deficiência de Insulina: A destruição das células beta leva a uma deficiência absoluta de insulina no organismo, o que impede a glicose de ser transportada para as células para ser utilizada como fonte de energia. Isso resulta em níveis elevados de glicose no sangue (hiperglicemia).
Produção de Cetonas: Sem insulina suficiente, as células não conseguem utilizar glicose como fonte de energia e começam a utilizar gorduras. A quebra das gorduras gera corpos cetônicos (cetonas), que podem se acumular no sangue, levando a uma condição chamada cetoacidose diabética (CAD).
Etiologia do DM TIPO 1
A causa exata do diabetes tipo 1 ainda não é totalmente compreendida, mas é um processo multifatorial, envolvendo fatores genéticos e ambientais, como:
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Genética:
- Existe uma predisposição genética significativa. O HLA (antígeno leucocitário humano) de classe II, especialmente os alelos HLA-DR3 e HLA-DR4, tem sido associado a um maior risco para o desenvolvimento do DM1.
- A presença de genes específicos, como o INS (gene da insulina), também pode influenciar a suscetibilidade ao DM1. - Fatores Ambientais:
- Infecções virais: Vírus como o Coxsackie B, enterovírus, rubéola e citomegalovírus têm sido sugeridos como gatilhos para o desenvolvimento de DM1, provocando uma resposta imunológica que ataca as células beta.
- Exposição a toxinas e alérgenos ambientais também são possíveis fatores que podem iniciar o processo autoimune.
- Autoimunidade:
- O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune em que o sistema imunológico do corpo ataca e destrói as células beta do pâncreas. A presença de anticorpos anti-células beta, como os anticorpos anti-insulina (IAA), anticorpos anti-GAD (ácido glutâmico descarboxilase) e anticorpos anti-IA-2 (fosfatase tirosina), é comum.
O diagnóstico de diabetes tipo 1 é baseado na história clínica do paciente, nos sintomas típicos e nos resultados de exames laboratoriais:
Sintomas clínicos típicos:
Poliúria (aumento da quantidade de urina)
Polidipsia (aumento da sede)
Polifagia (aumento do apetite)
Perda de peso inexplicada
Fadiga e fraqueza
Visão embaçada
Cetoacidose diabética (em casos graves)
Diagnóstico de DM I
Exames laboratoriais:
Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dL (≥ 7,0 mmol/L)
Glicemia aleatória ≥ 200 mg/dL (≥ 11,1 mmol/L), com sintomas de hiperglicemia
Teste oral de tolerância à glicose (TOTG): glicemia ≥ 200 mg/dL após 2 horas da sobrecarga
Hemoglobina glicada (HbA1c) ≥ 6,5% (a HbA1c não é tão confiável em DM1 devido à variação do tempo de controle glicêmico)
Anticorpos específicos: anticorpos contra insulina, GAD (ácido glutâmico descarboxilase), IA-2 (fosfatase tirosina) podem ser positivos.
Cetonas urinárias ou no sangue: indicativas de cetoacidose diabética (CAD), uma complicação comum em DM1.
O tratamento do diabetes tipo 1 é voltado para controle glicêmico rigoroso e prevenção de complicações. O tratamento deve ser personalizado, considerando a idade, as condições associadas e o estágio da doença.
Insulina exógena:
O tratamento principal do DM1 é o uso de insulina exógena, pois o corpo do paciente não produz insulina suficiente.
Esquema de múltiplas doses diárias (MDI) ou bombas de insulina podem ser utilizados.
Tipos de insulina:
Insulina de ação curta (regular) para controle rápido da glicose pós-prandial.
Insulina de ação longa (basal), para controle do nível glicêmico entre as refeições e durante a noite.
Monitorização da glicemia no DMI:
Os pacientes devem monitorar a glicemia capilar várias vezes ao dia, especialmente antes das refeições e antes de dormir.
Uso de monitores contínuos de glicose (CGM) pode ser recomendado para um controle mais preciso.
Tratamento de complicações no DMI:
A cetoacidose diabética (CAD) deve ser tratada com insulina intravenosa, reposição de líquidos e correção do distúrbio ácido-base.
A hipoglicemia (baixo nível de glicose no sangue) é tratada com administrar carboidratos de ação rápida (como glicose ou suco de laranja) para corrigir a glicose.
Prevenção de complicações crônicas no DMI:
O controle glicêmico rigoroso ao longo do tempo ajuda a prevenir complicações como neuropatia, retinopatia, nefropatia diabética e doença cardiovascular.