Lesões de colo, vulva e vagina Flashcards
Como o HPV pode causar lesões?
Trata-se de um parasita intracelular, capaz de acelerar a velocidade das mitoses celulares, o que aumenta a chance de desenvolvimento de atipias. Estudos recentes revelaram que o HPV possui proteínas que interagem com os genes supressores de tumor p53 e erb.
Sorotipos HPV vs lesões benignas/malignas:
Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por aproximadamente 70% de todos os carcinomas cervicais, por serem os mais mitogênicos. Eles também são responsáveis por até 90% dos casos de câncer de ânus, até 60% dos cânceres de vagina e até 50% dos casos de câncer vulvar. O tipo 16 é o mais prevalente e o mais frequente entre os carcinomas de células escamosas. O tipo 18 é o responsável por 20% dos tumores e o mais comum entre os adenocarcinomas. Os HPV de tipo 6 e 11, de baixo risco e encontrados na maioria dos condilomas genitais e papilomas laríngeos, parecem não oferecer nenhum risco de progressão para malignidade.
Quais as diferentes evoluções da lesão pelo HPV?
- Cura espontânea, com eliminação natural do vírus em cerca de 18 meses, sem que ocorra nenhuma manifestação clínica (especialmente em mulheres de até 30 anos);
- Persistência do vírus no organismo por vários anos, sem causar nenhuma manifestação clínica e/ou subclínica. A diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV e, consequentemente, provocar o aparecimento de lesões clínicas e/ou subclínicas;
- O vírus pode se multiplicar em um pequeno número de casos e, então, provocar o aparecimento de lesões, como os condilomas genitais (visíveis a olho nu) ou “lesões microscópicas” que só são visíveis através da colposcopia ou, ainda, alterações celulares só identificadas na citologia. Sabe-se que o condiloma genital é altamente contagioso e que a infecção subclínica tem menor poder de transmissão, porém esta particularidade ainda continua em estudo.
Tratamento do HPV:
Objetivo é erradicar lesões, não eliminar vírus
Ex. ácido tricloroacético
Nas lesões extensas de vulva, a fulguração com eletrocautério ou destruição com laser deve ser preferida. Nas mais localizadas pode-se usar o TCA (Ácido Tricloroacético) nas concentrações de 30, 50 ou 90%, dependendo da localização e do volume da lesão. .
Rastreio de CA de colo de útero:
O início da coleta deve ser aos 25 anos de idade para as mulheres que já tiveram atividade sexual. Os exames devem seguir até os 64 anos e podem ser interrompidos quando, após essa idade, as mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos. O intervalo entre os exames deve ser de três anos, após dois exames negativos, com intervalo anual.
O intervalo entre as coletas deve variar de um a três anos, baseado na presença dos fatores de risco.
Nic I:
Classe II
Presença de células atípicas em até 1/3 do epitélio
Lesão intraepitelial de baixo grau
Displasia leve
Repetir em 3 anos se menos de 25 anos, repetir em 6 meses se maior que 25 anos
Nic II:
Classe III Presença de células atípicas em 1/3 a 2/3 do epitélio Lesão intraepitelial de alto grau Displasia moderada e acentuada Encaminhar para a colposcopia
Nic III:
Classe IV Presença de células atípicas em mais de 2/3 do epitélio. Quando a atipia celular atinge toda a espessura do epitélio, mas não ultrapassa a membrana basal, a lesão é denominada de carcinoma in situ → Ou seja,engloba Displasia acentuada e Carcinoma in situ. Lesão intraepitelial de alto grau Carcinoma invasor Encaminhar para a colposcopia
ASC-US:
Repetir em 6 meses
Células atípicas de significado indeterminado
ASC-H:
Células escamosas atípicas
Colposcopia