Emergências ginecológicas Flashcards
O que é sangramento uterino anormal?
É a perda excessiva de sangue vis vaginal, podendo determinar anemia aguda e hipovolemia.
Sangramento uterino anormal: por que pensar em gestação?
Importante diagnóstico em mulheres no menacme, pensar em gestação ectópica, abortamentos etc.
Sangramento uterino anormal: por que pensar em doenças sistêmicas?
Questionar tireoideopatias, nefropatias, hepatopatias. Pode haver alteração no metabolismo dos hormônios endógenos, com consequente hemorragia.
Sangramento uterino anormal: por que pensar em coagulopatias?
Por conta da incapacidade de cessar uma hemorragia pela hemostasia, requerindo intervenção médica. Também deve-se atentar a drogas anticoagulantes.
Sangramento uterino anormal: por que pensar em doenças malignas?
Pesquisar tipos de câncer, principalmente, de colo de útero e de endométrio. Perguntar sobre o último resultado da colpocitologia oncótica.
Sangramento uterino anormal: por que pensar em iatrogenia ?
Questionar o uso de medicamentos como progesterona de depósito, DIU, drogas anticoagulantes.
Sangramento uterino anormal: por que pensar em traumas?
Coito, introdução de objetos ou traumas podem lesar estruturas vasculares.
Sangramento uterino anormal: o que observar a inspeção?
Se o sangramento é vaginal, se a genitália externa é atípica e se há presença de hemorroidas.
Sangramento uterino anormal: o que observar ao exame especular?
Avaliar a morfologia do colo uterino (CA avançado? Pólipo? Mioma parido?) e da vagina (laceração?).
Avaliar se o sangramento é oriundo da cavidade uterina.
Sangramento uterino anormal: o que observar ao toque ginecológico?
Há tumorações pélvicas (miomas, tumores anexiais?) O colo está pérvio?
Quais exames complementares solicitar na investigação de sangramento uterino anormal?
- Hemograma Completo: avaliar se há anemia, plaquetopenia
- Beta hCG
- Coagulograma (TP eTPP)
- USG transvaginal
Tratamento sangramento uterino anormal:
Direcionado a causa do sangramento.
Ex. terapia clínica em caso de sangramento uterino disfuncional, cirúrgica em caso de miomas, pólipos etc.
O que deve ser perguntado na anamnese de uma paciente com dor pélvica?
Tempo, localização, tipo, irradiação, intensidade, fatores de melhora, fatores de piora.
- associada ou não ao ciclo menstrual (dismemorreia? ruptura de folículo ovariano? Dor no meio do ciclo?)
- atividade física extenuante no meio do ciclo - torção anexial)
- A DUM é essencial
- há febre?(apendicite, DIP), pielonefrite?)
Principais causas de dor pélvica:
Cisto ovariano roto (hemorrágico) Torção de anexo uterino (ovário) Ruptura de gravidez ectópica DIP (abcesso) Tumores pélvicos (mioma degenerado) Pielonefrite litíase urinária Apendicite Obstrução intestinal Diverticulite Diverticulite Colecistite Gastroenterite Úlcera duodenal perfurada Câncer intestinal, ovariano, peritonial Hérnias Abortamento Cistite aguda Mittelschmerz (dor na ovulação = meio do ciclo)
Principais causas de sangramento uterino anormal:
Aborto Gravidez ectópica Gestação molar Leiomiomas uterinos Pólipos endometriais Câncer de colo de útero/de endométrio/de ovário/de vulva Sangramento uterino disfuncional Laceração vaginal Coagulopatias Iatrogenia Adenomiose Cervicites Atrofia do endométrio Endometrites
Exames complementares que auxiliam no diagnóstico de dor pélvica:
Hemograma completo
EAS
USG transvaginal
TC
Tratamento dor pélvica:
Intervenção cirúrgica nos casos de torção de anexo uterino, cisto ovariano roto, gravidez ectópica rota, apendicite, abcesso pélvico.
Abordagem clínica em casos de DIP sem peritonite ou abcesso, dismemorreia intensa, gastroenterites, endometriose e outras.
Úlcera vaginal:
Determina dor vulvar, destacam-se herpes vírus, cancro mole, CA de vulva e sífilis.
Bartholinite aguda:
As bartholinites tem clínica que consiste em abaulamento, hiperemia, dor vulvar na topografia da glândula de Bartholin.
Patógenos mais comuns: anaeróbios, como Bacterioides e Peptostreprococcus spp), aeróbios, como E. coli, Staphylococcus aureus, Neisseria gonorrhoeae.
Tratamento: sulfametoxazol + trimetoprima ou fluoroquinolonas.
Abordagem cirúrgica eficaz pode ser feita: consiste em marsupialização da glândula.
Recomenda-se rastreio para outras DST.
Mastites:
Condição mais frequente nas lactantes, habitualmente após 1-2 semanas de nascimento.
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Fatores de risco mastites:
São fatores predisponentes: estase láctea, fissura de pele do mamilo, presença de Staphylococcus aureus na faringe do recém-nascido
Tratamento mastites:
Esvaziamento da mama (bomba de sucção e ordenha)
Antibióticoterapia: cefadroxil ou ampicilina ou amixicilina+clavulanato
Drenagem do abcesso se necessário
A amamentação é mantida na mama sadia
Com relação ao manejo de vítimas de violência sexual, como é o sumário do atendimento?
Exame ginecológico com coleta de material vaginal
Contracepção de emergência
Profilaxias de doenças sexualmente transmissíveis
Solicitação de exames
Seguimento ambulatorial
Com relação ao manejo de vítimas de violência sexual, como é o exame ginecológico?
A coleta de material vaginal é mandatória, a fim de facilitar a identificação do agressor.