Doenças malignas do colo Flashcards
Epidemiologia do câncer de colo uterino:
- é a terceira causa mais frequente de doença maligna em mulheres, perdendo para mama e pele
- é também a terceira causa de mortalidade entre as doenças malignas em mulheres brasileiras perdendo para mama e pulmão
- é uma doença evitável com rastreamento de baixo custo que detecta lesões precursoras, evitando-se lesões invasoras
- a evolução é lenta lesões precursoras demoram até 10 anos para evoluírem como lesões invasoras
- 90% dos casos são carcinomas espinocelulares (escamoso), 5% são adenocarcinoma e os outros 5% correspondem a tipos e histopatológicos mais raros
fatores de risco para câncer de colo de útero:
- infecção pelo HPV
- início precoce da atividade sexual
- múltiplos parceiros sexuais
- gravidez precoce com menos de 16 anos
- promiscuidade
- imunocomprometimento
- tabagismo
- desnutrição
- hipovitaminose (A, E, C)
subtipos de HPV mais relacionados ao câncer de colo de útero:
16, 18
fisiopatologia da infecção pelo HPV relacionada ao câncer de colo de útero:
as partículas virais infectam preferencialmente as células metaplásicas cervicais, desencadeando um processo de hiperplasia de células basais uma vez que se inicia a queratinização da área infectada, ocorre incorporação do vírus DNA ao DNA celular, surgindo coilócitos nas células intermediárias e superficiais da mucosa cervical.
tipos histológicos de câncer de colo de útero:
Carcinoma escamoso (epidermóide), constituindo 85% dos casos:
- carcinoma verrucoso, também chamado de condiloma gifante de Buschke-Lowestein, caracterizado pelo aspecto macroscópico exofítico, mais frequente na vulva
- carcinoma epidermóide papilífero caracterizado pelo padrão papilífero de crescimento de um carcinoma escamoso, clinicamente são lesões vegetantes
Adenocarcinoma de colo representa cerca de 10 a 15% das neoplasias malignas cervicais:
- a relação com HPV é incerta
- a variante mais comum é o adenocarcinoma mucinoso
quadro clínico das doenças malignas do colo:
- não há sintomas clássicos sendo de extrema importância o rastreio citológico precoce
- os sintomas estão relacionados à ao quadro já evoluído quando ocorre invasão do estroma cervical
- os sintomas são corrimento vaginal, prurido e irritação vaginal, dispareunia, lesões condilomatosas na vulva e vagina
- quando ocorre tomou invasão do tumor ao estroma cervical ocorre a ulceração da mucosa e a exposição dos vasos sanguíneos com sangramentos. A ulceração e a necrose tecidual favorece a infecção bacteriana secundária responsável pelo odor fétido
- o câncer de colo propaga-se preferencialmente por contiguidade com tecidos vizinhos 2 pontos a propagação parametrial pode atingir a parede óssea sendo responsável pela obstrução ureteral e posterior hidronefrose
- a propaganda linfática paracervicais, obturatórios, para-aórticos, esse comprometimento linfonodal refere mau prognóstico
- sintomas que podem indicar doença invasiva: dor na região hipogástrica, corrimento fétido, sangramentos vaginais intermitentes
diagnóstico de doenças malignas do colo:
- baseia-se no tripé colpocitologia oncótica, colposcopia e estudo histopatológico
- a colpocitologia oncótica deve haver a detecção de alterações celulares precoces, como as neoplasias intraepiteliais cervicais
- a colposcopia deve haver a visualização direta do colo e das lesões, orientando a biópsia
estadiamento câncer de colo de útero:
- o estadiamento é Clínico obtido através da colonização, que não é considerado como um dado cirúrgico
tratamento doenças malignas do colo:
carcinoma microinvasor (estádio IA 1): baixa incidência de metastase linfonodal mulheres que desejam preservar o útero podem ser submetidas a conização terapêutica com margens livres. mulheres sem desejo reprodutivo podem prosseguir com histerectomia total abdominal, sem dissecção de linfonodos.
estádio IA 2: é necessária a linfadenectomia pélvica, portanto indica se a histerectomia radical modificada
estádio IB a IIA: o tratamento cirúrgico proposto é operação de Wertheim-Meigs ou histerectomia radical clássica. A radioterapia pode ser indicada
estádio IIB a IVb ( câncer avançado): o tratamento preconizado é a radioterapia
operação de Wertheim-Meigs:
- histerectomia total abdominal
- anexectomia bilateral
- parametrectomia
- colpectomia parcial
- linfadenectomia pélvica (ilíacas internas e externas e fossa obturadora
Principal complicação operação de Wertheim-Meigs:
Fístula ureterovaginal