Corrimento Vaginal Flashcards

1
Q

Como é o corrimento vaginal fisiológico?

A

Leitoso, transparente, de pH entre 3,8 e 4,5, de volume variável.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Qual a importância do epitélio escamoso para a manutenção do pH vaginal?

A

Das células superficiais do epitélio escamoso provém o glicogênio usado pelos lactobacilos acidófilos para produzir ácido lático, que mantém o pH vaginal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Quais os mecanismo de defesa da vagina?

A

A partir de lactobacilos acidófilos há a produção de ácido lático, que mantém o pH ácido, sendo importante para evitar a proliferação de bactérias patogênicas e peróxido de carbono que inibe a proliferação anaeróbica.
Outros mecanismos protetores são o muco da cérvice, que tem ação bactericida, a integridade da mucosa, as células de defesa e os anticorpos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Explique que elementos favorecem o crescimento de flora bacteriana patogênica em uma mulher pós menopausa.

A

O hipoestrogenismo que ocorre na menopausa causa um epitélio vaginal atrófico, com células pobres em glicogênio. Dessa forma, os lactobacilos acidófilos não tem substrato para produzir ácido lático, tornando o pH mais alcalino, o que favorece o crescimento de bactérias patogênicas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Cite e explique alguns fatores predisponentes para desequilíbrio patogenias do TGI?

A

Uso de antibióticos, esteroides e imunossupressores, que destroem o microbioma, permitindo a proliferação de Candida.

Trauma, pois afeta a integridade da mucosa.

Uso de DIU e absorventes internos de modo inadequado, pois como um corpo estranho pode levar a um desequilíbrio.

Hiperestrogenismo, pois o epitélio escamoso torna-se hipertrófico, havendo abundância de glicogênio para que os lactobacilos acidófilos acidifiquem o meio, levando a facilitação da proliferação de Candida.

O hipoestrogenismo que ocorre na menopausa causa um epitélio vaginal atrófico, com células pobres em glicogênio. Dessa forma, os lactobacilos acidófilos não tem substrato para produzir ácido lático, tornando o pH mais alcalino, o que favorece o crescimento de bactérias patogênicas.

Diabetes, pois o açúcar é alimento para a Candida e por conta da conversão periférica de glicogênio pela aromatase do excesso de tecido adiposo, levando a um quadro de hiperestrogenismo.

Hospitalização prolongada: estresse e falta de higiene

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Qual o agente etiológico predominante da vaginose bacteriana?

A

Gardnerella vaginalis

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Qual o efeito nocivo do tabagismo para a defesa do TGI?

A

Destruição das células de Langenhans, o que prejudica a imunidade celular.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Quais os fatores predisponentes para vaginose bacteriana?

A

Múltiplos parceiros sexuais, novo parceiro sexual, mulheres que fazem sexo com mulheres, uso de DIU, espermicida, história prévia de vaginose bacteriana, duchas vaginais, hábitos de higiene e tabagismo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Qual a patogênese da vaginose bacteriana?

A

Ocorre a redução da população de lactobacilos acidófilos produtores de acido lático, tornando o pH mais alcalino, o que favorece o crescimento de bactérias patogênicas, como a Gardnerella vaginalis, e a produção de succinato. Ocorre a produção de enzimas proteolíticas que quebram peptídeos em aminas, que geram um odor muito fétido.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Qual o quadro clínico da vaginose bacteriana?

A

Odor fétido, que piora em contato com substâncias alcalinas, como sangue e esperma. Não é acompanhado de reação inflamatória!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Quais os critérios diagnósticos para vaginose bacteriana?

A

Critérios de Amsel:
Corrimento branco, acinzentado, fluido e microbolhoso
pH acima de 4,5
Teste das aminas positivo: odor aumenta à adição de peróxido de potássio (10%)
Presença de clue cells à microscopia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Quais aspectos vistos à microscopia na vaginose bacteriana?

A

Clue cells (bactérias anaeróbias que grudam na superfície das células epiteliais), ausência de bacilos acidófilos e ausência de polimorfonucleados

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Quais as complicações da vaginose bacteriana?

A
Cervicite mucopurulenta e DIP
ITU de repetição 
Aquisição de HIV, HSV2, clamídia e gonococo
Infecção no pós opertório
Parto pré maturo
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

V ou F: Na vaginose bacteriana o tratamento do parceiro iferece benefícios.

A

Falso, não é DST.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Como é a patogênese da vaginose citolítica?

A

Pelo aumento da proliferação de lactobacilos, há aumento da produção de ácido lático e peróxido de hidrogênio, o pH se torna menor que 3,5 e gera lise das células.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Quais as principais características da vaginose citolítica?

A

À microscopia, núcleos desnudos, com muitos lactobacilos. Não tem RI.
Oligo/assintomática
Corrimento branco discreto, ardor e desconfortos leves.
O tratamento é o banho de assento com substância alcalina.

17
Q

Quais as principais características da vaginite atrófica?

A

O hipoestrogenismo que ocorre na menopausa causa um epitélio vaginal atrófico, com células pobres em glicogênio. Dessa forma, os lactobacilos acidófilos não tem substrato para produzir ácido lático, tornando o pH mais alcalino (maior que 4,5), o que favorece o crescimento de bactérias patogênicas.
Ocorre descamação de células profundas, com perda da camada superficial, nesse contexto são visualizados núcleos grandes ao microscópio. Também há polimorfonucleados, devido a reação inflamatória.

o melhor tratamento é o uso de ESTROGÊNIO TÓPICO.

18
Q

Quais os fatores de risco para candidíase?

A

Hiperestrogenismo, diabetes, polimorfismos genéticos, biofilme da candida, tabagismo, alergias (PGE2 é imunossupressora), hospitalização prolongada, antibióticos, este

19
Q

Quais as principais características da Candidíase?

A

Tem resposta inflamatória e o quadro clínico é de disúria, prurido, dispaurenia, hiperemia e corrimento branco em em grumos, que às vezes adere a parede da vagina.

20
Q

Como é feito o diagnóstico de Candidíase ?

A

Através da visualização da hifa na microscopia.

21
Q

Por que a gestação é um fator de risco para candidíase?

A

Por conta do hiperestrogenismo e da imunossupressão.

22
Q

Dê a definição, a fisiopatologia, o quadro clínico, o diagnóstico e o tratamento de: Candidíase.

A

*Definição: Candidíase Vulvovaginal (CVV) é uma infecção da vulva e vagina causada por um
fungo do gênero Candida, Gram-positivo, dimorfo, saprófita do trato genital e gastrointestinal,
com virulência limitada. A espécie principal é a Candida albicans (85%).
*Fisiopatologia: A Candida sp. faz parte da flora vaginal normal e tornam-se patogênicos por
alterações nos mecanismos de defesa e outros desequilíbrios no hospedeiro: diminuição do pH, imunodepressão, antibioticoterapia, desordem metabólica, antibióticos, uso de anticoncepcionais, uso de DIU.
*Quadro clínico: Prurido vulvovaginal (que piora a noite), corrimento branco, grumoso, de
aspecto caseoso (“leite coalhado”), disúria, dispareunia, ardor, hiperemia e edema vulvar.
Podem ainda haver fissuras por conta das lesões pelo prurido.
*Diagnóstico: Na maioria dos casos, são suficientes para o diagnóstico, o quadro clínico e o exame a fresco com KOH 10% e soro fisiológico, para visualização de pseudohifas. Na vigência de candidíase recorrente, a realização de cultura pode ser útil para avaliar a presença de espécies não-albicans.
*Tratamento: Pode ser feito tratamento oral com Fluconazol, Itraconazol ou Cetoconazol ou
tratamento local com Nistatina ou Miconazol. O tratamento oral está contraindicado na
gestação e lactação. Parceiros não devem ser tratados, exceto os sintomáticos (Urologista).

23
Q

Dê a definição, a fisiopatologia, o quadro clínico, o diagnóstico e o tratamento de: Vaginose bacteriana.

A

*Definição: A Vaginose Bacteriana (VB) é um conjunto de sinais e sintomas resultante de um
desequilíbrio da flora vaginal, que culmina com uma diminuição dos lactobacilos e um
crescimento polimicrobiano. Gardnerella vaginalis é o agente que predomina na VB.
*Fisiopatologia: Substituição dos lactobacilos produtores de peróxido e elevação do pH.
Proliferação das bactérias endógenas facultativas e anaeróbias (Gardnerella) com produção de
Succinato. Enzimas proteolíticas quebram peptídeos em aminas (trimetilamina, putrescina e
cadaverina).
*Quadro clínico: Odor desagradável que se agrava durante a menstruação e coito.
Corrimento vaginal branco acinzentado, fluido, com microbolhas, não aderente. Pode haver
dispareunia, irritação vulvar e disúria. A parede vaginal de aparência normal e não
eritematosa.
*Diagnóstico: Três dos quatro critérios de Amsel: Corrimento característico, teste das aminas
(whiff test) positivo, presença de clue cells ou células pista ao exame microscópico a fresco da
secreção vaginal e pH > 4,5. Coloração de Gram como o método padrão-ouro (CDC 2015).
*Tratamento: Metronidazol - 500mg oral, 2x/dia por 7 dias ou gel 0,75% 1-2x/dia por 5 dias. /
Clindamicina – Creme 2% por 7dias ou comprimido oral 300mg 2x/dia por 7 dias ou Óvulos
vaginais 100mg 1x/dia por 3 dias / Tinidazol – 500mg DU

24
Q

Dê a definição, a fisiopatologia, o quadro clínico, o diagnóstico e o tratamento de: Tricomoníase.

A

*Definição: A tricomoníase é a infecção causada por um protozoário flagelado denominado
Trichomonas vaginalis, anaeróbicos facultativos, que possui os seres humanos como os únicos
hospedeiros conhecidos.
*Fisiopatologia: A tricomoníase é uma DST, e sua via de transmissão é quase unicamente
sexual. O Trichomonas vaginalis libera aminoácidos que rapidamente se degradam em aminas
alcalinas, acarretando aumento do pH vaginal, ideal para seu desenvolvimento.
*Quadro clínico: Corrimento amarelo/esverdeado com bolhas, odor fétido, disúria,
dispareunia, Colpite difusa (‘‘colo em framboesa”), pH vaginal > 5,0. Sinais inflamatórios da
vagina: edema, prurido leve, hiperemia, e cursar com proliferação de bactérias anaeróbias.
*Diagnóstico: Exame clínico, pH vaginal, teste de whiff e microscopia a fresco do fluido
vaginal: KOH 10% (aminas voláteis) e Soro fisiológico (PMN e movimentação do Protozoário
flagelado, sendo patognomônico). Em último caso: cultura em meio de Diamond.
Bacterioscopia por gram.
*Tratamento: Imidazólicos: Metronidazol (primeira opção), Tinidazol, Secnidazol. Dose única.
A via oral é a mais indicada, pois pode haver acometimento de outros órgãos além do trato
genital. É recomendado o tratamento dos parceiros.

25
Q

Dê a definição, a fisiopatologia, o quadro clínico, o diagnóstico e o tratamento de: DIP.

A

*Definição: Patologia secundária à ascensão e à disseminação, no trato genital feminino
superior, de micro-organismos provenientes da vagina e/ou da endocérvice. Pode acometer o
útero, trompas de falópio, ovários, superfície peritoneal e/ou estruturas contíguas (fígado).
*Fisiopatologia: Ascensão de micro-organismos pelo trato genital: C. trachomatis e N.
gonorrhoeae são patógenos primários da DIP. A despeito do evento inicial, a microbiologia da
DIP é polimicrobiana: G. vaginalis, H. influenza, S. agalactiae, M. hominis e U. urealyticum…
*Quadro clínico: Salpingite, peritonite, abcesso tubovariano com rotura ou hidrossalpinge.Dor
infraumbilical e ao nível dos anexos, dor à mobilização do colo uterino e febre. Sangramento
uterino anormal (hipermenorreia ou metrorragia), dispareunia e sintomas urinários.
*Diagnóstico: Em casos oligossintomaticos, doença pélvica moderada, a laparoscopia é o
padrão ouro. Porém, como não há grande disponibilidade desse exame, o diagnóstico é feito
por 3 critérios maiores mais 1 critério menor ou na presença de 1 critério elaborado.
*Tratamento: Os quadros leves demandam tratamento ambulatorial com antibioticoterapia
(Ceftriaxona, Doxiciclina, Metronidazol…). Os quadros moderados/graves requerem
internação hospitalar e tratamento com Penicilina G Cristalina, Gentamicina, Metronidazol,
conforme caso.

26
Q

Tratamento vaginose bacteriana:

A

Opções:

  • Metronidazol 2g VO dose única
  • Secnidazol 2g VO dose única
  • Tratamento local: creme vaginal com clindamicina, tinidazol, metronidazol

Não trata o parceiro

27
Q

Tratamento candidíase:

A

Tópicos: miconazol, isoconazol, nistatina

Sistêmicos: fluconazol mg dose única

28
Q

Principais considerações com relação a tricomoníase:

A

Terceira causa de vulvovaginite infecciosa

É uma doença de transmissão sexual

29
Q

Etiologia tricomoníase:

A

Trichomonas vaginalis

30
Q

Clínica tricomoníase:

A

Corrimento bolhoso amarelado-esverdeado, abundante, com odor fétido. Associado, irritação vulvar e prurido. Pode ser identificado o colo em framboesa

31
Q

Diagnóstico tricomoníase:

A

pH alcalino + protozoário na lâmina a fresco

Cultura em meio Diamond

32
Q

Tratamento tricomoníase:

A

Metronidazol 2 mg VO dose única