LER/DORT Flashcards

1
Q

LER/DORT

A

Danos decorrente da utilização excessiva imposta ao sistema musculoesquelético e neural, e da falta de tempo para recuperação.
Trabalho pode determinar, manter ou agravar sua recorrência
- Principalmente de membros superiores
- Relacionados ou não ao trabalho (LER)

Sintomas: inespecíficos. Pode ser edema, dor, parestesia, alteração de sensibilidade

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2
Q

Características da DOR

A

CONTÍNUA: pode persistir mesmo ao repouso, sugere PROCESSO INFLAMATÓRIO

***AO MOVIMENTO: chamada dor mecânica, SUGERE LER/DORT

PROTOCINÉTICA: melhora ao decorrer da persistência do movimento, sugere OSTEOATROSE

NOTURNA: ocorre também relacionado a inflamação

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3
Q

***Fatores de risco

A

Etiologia multifatorial

  • Fatores biomecânicos da atividade
    Fatores psicossociais relacionados a organização do trabalho
  • Fatores ligados a psicodinâmica do trabalho ou desequilíbrios psíquicos
    Podem envolver aspectos: cognitivos, sensoriais, afetivos e biomecânicos

Grupos de fatores de risco
1) Posto de trabalho: que force o trabalhador a adotar determinadas posturas
2) Exposição a vibração: corpo inteiro ou de membros superiores
3) Exposição ao frio (CALOR NÃO)
4) Exposição a ruido: pode levar a mudanças comportamentais
5) Pressão mecânica localizada
6) Postura: amplitude de articulações e elevação de ombro
7) carga mecânica: agravada pela repetitividade e frequência
8) carga estática: manter em posição contra a gravidade
9) invariabilidade da tarefa
10) exigências cognitivas: implicam aumento da tensão muscular generalizado
11) fatores organizacionais e psicossociais

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4
Q

Agravo de Notificação Compulsória

A

Quando relacionada ao trabalho, é agravo de notificação compulsória

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5
Q

Diagnóstico

A

Clínico-epidemiológico
Não é de imagem

Possíveis exames complementares:
- eletroneuromiografia
- USG
- radiografia
- RM

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6
Q

Conduta

A

Informar trabalhador
Examinar outros expostos e procurar outros casos
Emitir CAT
Notificar
Orientar sobre adoção de recursos

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7
Q

Prevenção

A

Análise ergonômica do trabalho como um todo (posto, atividade, etc)
Avaliação do ritmo e da intensidade do trabalho
Estudo dos fatores mecânicos e condições físicas dos postos de trabalho
Estudo dos fatores psicossociais e das relações entre trabalhadores e trabalhador-chefia

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8
Q

*****Manobras Semiológicas

A

Dedo em gatilho:
tenossinovite estenosante
Manobra: movimento passivo ou ativo promove movimento brusco acompanhado de estalido acompanhado de dor (destravamento do dedo)

Tenossinovite de De Quervain: tendões abdutor longo e extensor curto do polegar
Manobra de Finkelstein: mão fechada com dedos envolvendo polegar, flexão radial do carpo provoca dor intensa na base do polegar (processo estiloide radial)

Epicondilite lateral (cotovelo de tenista): origem dos tendões extensores do carpo
Teste de Cozen: extensão do punho contra resistência provoca dor no epicôndilo lateral)

Epicondilite medial (cotovelo de golfista): tendões flexores do carpo: cotovelo fletido em 90° com mão em supinação. Flexão do punho contra resistência provoca dor no epicôndilo medial)

Sindrome do pronador redondo: compressão do nervo mediano pelo m pronador redondo.
Manobra de tinel: compressão do musculo pronador redondo causa parestesia na área do nervo mediano. Do primeiro a face radial do quarto

Tendinopatia do supraespinhoso:
Manobra de Jobe: feita abdução do braço em rotação interna com os antebraços estirados contra resistência, provocando dor no ombro em caso de lesão do supraespinhoso. Deve também se observar redução de força

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9
Q

Síndrome cervicobraquial

A

Causas não ocupacionais: mecânico-degenerativas, inflamatórias, tumorais, psicossomáticas, fora da coluna cervical

CASOS OCUPACIONAIS
- atividades que envolvem contratura estática
- ou mobilização prolongada de segmentos corporais como cabeça, pescoço ou ombro
- tensão crônica, esforços excessivos
- elevação e abdução dos braços acima da altura do ombro empregando força
- vibrações de corpo inteiro

Quadro clínico
- Cervicalgia com irradiação para membros superiores, geralmente topografia de C5, C6, C7 ou C8
- desaparecimento de lordose cervical em fase aguda

SEMIOLOGIA:
Teste de Spurling: aplica força com as duas mãos inclinando para o lado doente - REPRODUZ A DOR

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10
Q

LOMBALGIA

A

Crônica: persistente durante 3 meses ou mais

Fatores de risco profissional:
- movimentação e postura incorreta
- condição de funcionamento dos equipamentos
- formas de organização e execução do trabalho

Fatores associados a quadro crônico:
- trabalho pesado
- levantamento de peso
- sentado
- falta de exercício
- problemas psicológicos
Destaque para aspectos psicossociais

SEMIOLOGIA
Lasegue: demonstra irritação radicular - dor ao longo da distribuição das raízes lombares

OBS:
1) FATOR QUE MAIS PREJUDICA: frequência de levantamento de peso
2) Técnica adequada de levantar peso: manter carga próxima ao corpo e EVITAR MOVIMENTOS ASSIMÉTRICOS

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11
Q

Síndrome do Desfiladeiro Torácico

A

Compressão do plexo braquial e da artéria e veia subclávias

QUADRO CLÍNICO:
- Cervicalgia com irradiação p/ MMSS (DIFERENCIAL COM SINDROME CERVICOBRAQUIAL)
- Alteração da sensibilidade dos dedos no trajeto ulnar (4o e 5o quirodáctilo)
- hipotonia, atrofia e fraqueza muscular

SEMIOLOGIA
TESTE DE WRIGHT: hiper abdução do membro superior com verificação do pulso radial por um minuto
- POSITIVO: diminuição da amplitude do pulso ou ausência

TESTE DE ADSON: toma pulso radial, membro em abdução, cabeça lateralizada e inspiração profunda
- POSITIVO: diminui a amplitude do pulso ou ausente

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12
Q

TENDINITES E TENOSSINOVITES

A

Tendinites: inflamações dos tendões
- geralmente de forma aguda
- por estreitamento, atrito ou compressão -> causando microtraumas

Tenossinovites:
- além da inflamação dos tendões, inflama a bainha sinovial que os envolve

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13
Q

***** SÍNDROME DO MANGUITO ROTADOR

A

MAIS COBRADA DEVIDO A PREVALÊNCIA
Também chamada de Tendinite do supraespinhoso
Síndrome do impacto do ombro
Síndrome da colisão

obs: manguito rotador: supraespinhal, redondo menor, subescapular e infraespinhal

  • Tendinite dos tendões dos músculos do manguito rotador, principalmente do supraespinhoso
  • Causa mais comum de dor crônica em ombro em adultos

OCUPACIONAL: braços acima do nível do ombro em movimentos repetitivos

SEMIOLOGIA
A) Teste de Neer: eleva passivamente o membro com a outra estabilizando a escápula
- POSITIVO: dor por compressão dos tendões

B) Hawkins Kenedy: membro em 90 graus, em rotação neutra e cotovelo fletido em 90 graus, faz passivamente e rapidamente roda o braço para dentro
- avalia o tendão do supraespinhal - dor em região anterior do ombro

C) JOBE: ambos membros em 90 graus, abdução interna (polegar para baixo) - elevação ativa contra resistência
- POSITIVO: dor em tendão supraespinhal

D) GERBER: Dorso da mão em região lombar, paciente tenta afastar ativamente mão do dorso
- avalia o SUBESCAPULAR
- POSITIVO quando incapacidade de afastar ou de manter mão afastada do dorso

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14
Q

TENDINITE BICIPTAL

A

Inflamação do tendão da cabeça longa do bíceps
- ao nível da goteira intertubercular do úmero
- geralmente associada a tendinite do supraespinhoso

Dor em face anterior e proximal do úmero, principalmente associada a flexão do antebraço
Ocasionada por movimentos repetitivos, levantar objetos e elevar membro acima da altura da cabeça

-Pode ocorrer ruptura do tendão, com retração do músculo e braço em aspecto de popeye

SEMIOLOGIA:
TESTE DE YERGASON: braço junto ao tórax, cotovelo em 90 graus, antebraço pronado e tenta fazer supinação contra resistência (rotação externa)
- POSITIVO: dor em região anterior do ombro

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15
Q

EPICONDILITES

A

Entesopatias: acometem o local de inserção dos tendões (ênteses)

Desencadeadas por movimento repetitivos de punho e dedo, com:
- flexão brusca ou frequente
- esforço estático e preensão prolongada de objetos
- principalmente com punho estabilizado em flexão e pronação
como por exemplo preensão de chaves de fenda ou condução de veículos

LATERAL: EXTENSORES DO PUNHO (TENISTA)
MEDIAL: FLEXORES DO PUNHO (GOLFISTA)

SEMIOLOGIA
EPICONDILITE LATERAL (medial não cai)

1) MILL
- palpa o epicondilo lateral
- faz pronação passiva do antebraço, flexão do punho extensão do cotovelo
POSITIVO: dor em epicondilo lateral

2) COZEN
- mão pronada e cotovelo a 90 graus
- extensão ativa do punho contra resistência
POSITIVO: dor em epicondilo lateral

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16
Q

SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO

A

Síndrome compressiva do nervo mediano
- Associado a movimentos repetitivos de flexão e extensão do punho
- Associado a força, compressão ou vibrações

DOR e parestesia em primeiro, segundo, terceiro e metade do quarto metacarpo (inervação do nervo mediano)
Parestesia piora a noite e após atividade laboral

Sinal tardio: hipotrofia tenar devido a diminuição da força de preensão e de pinça

DIAGNÓSTICO: clínico
- USG por ajudar mostrando espessamento do nervo mediano

COMUM EM: digitadores, costureiras e trabalhadores de abatedouros
(causas não ocupacionais podem levar, como por exemplo a gravidez, menopausa, obesidade, hipotireoidismo)

SEMIOLOGIA
1) Tinel: digito-percussão da região do túnel do carpo
- POSITIVO: dor e parestesia em topografia

2) Phalen e phalen invertido: flexão e extensão forçada dos punhos em 90 graus

3) Durkan: compressão direta do nervo mediano

17
Q

SÍNDROME DO CANAL DE GUYON

A

Compressão do nervo ulnar, na região do punho
Parestesia em 4o e 5o metacarpo

Associada a movimentos repetitivos de flexão e extensão dos punhos e das mãos, compressão mecânica e vibrações
ex: ação de carimbar, devido a compressão da borda ulnar do punho

SEMIOLOGIA
TESTE DE FROMENT:
- Segurar uma folha de papel entre 1o e 2o quirodáctilo, a diminuição de força faz com que paciente tente compensar com uso da falange distal do polegar
POSITIVO: diminuição de força de adução do polegar

18
Q

SÍNDROME DO TÚNEL CUBITAL

A

Também é compressão do nervo ulnar, porém dessa vez no cotovelo

Comumente causada por apoiar o cotovelo em superfícies duras
Comum também em trabalhadores que realizam flexão do cotovelo com o ombro abduzido

19
Q

TENOSSINOVITE DE DEQUERVAIN ou TENOSSINOVITE DO ESTILOIDE RADIAL

A

INFLAMAÇÃO DA PAINHA
EXTENSOR CURTO DO POLEGAR
ABDUTOR LONGO DO POLEGAR

Provocada pelo uso excessivo do punho em desvio ulnar e do polegar
- Leva dor na projeção do processo estiloide do rádio

Exemplos: uso de tesouras por costureiras e lavagem de roupa por donas de casa
Acomete mais mulheres acima de 40 anos

SEMIOLOGIA
FIKELSTEIN: flexão do polegar abaixo dos dedos da mão, com a mão fechada
Promove desvio ulnar passivo da mão
- POSITIVO: DOR

20
Q

SÍNDROME DO SUPINADOR OU INTERÓSSEO POSTERIOR

A

Compressão do nervo interósseo posterior, ramo motor do nervo radial
Na região proximal do antebraço

21
Q

SÍNDROME DO PRONADOR REDONDO

A

MONONEUROPATIA COMPRESSIVA do NERVO MEDIANO na altura do cotovelo

Ocorre pela supinação e pronação repetidas e repetição de esforço manual com antebraço em pronação

Dor na massa flexora proximal do antebraço

22
Q

DEDO EM GATILHO

A

Compromete: tendões flexores profundos dos dedos e tendão flexor longo do polegar

Ocorre:
- por movimentos repetitivos de flexão e extensão dos dedos
- preensão forçada dos dedos, mais comumente do polegar. Preensão forçada de ALICATE E TESOURA pode levar a doença

CLINICA:
- dificuldade ou impossibilidade de estender os dedos
- quando força o movimento há estalido e dor
- dor a palpação
- nódulo em primeira polia

23
Q

DOENÇA OU CONTRATURA DE DUPUYTREN

A

TRANSTORNO FIBROBLÁSTICO que inicia com surgimento de nódulo em região palmar
Espessamento e fibrose que leva ao encurtamento e uma deformidade em flexão dos dedos

Relacionado a compressão palmar repetida com trabalho pesado, associado ou não com vibração

24
Q

DOENÇA DE KIENBOCK DO ADULTO

A

Osteocondrose avascular
LENTA E PROGRESSIVA
Do osso semilunar (pode até afetar outros ossos da mão)
- mais comum em mão dominante

Causa principal: microtrauma repetido do carpo
- principalmente pela operação de equipamentos vibratórios que requerem força sobre a palma da mão
Tipificados pelos MARTELETES PNEUMÁTICOS (britadeira)