IVAS Flashcards
Quadros clínicos - IVAS
Rinofaringite aguda
Sinusite aguda
Faringoamigdalite
Otite Média aguda
Epiglotite
Laringite viral aguda
Rinofaringite aguda
Doença infecciosa de vias aéreas superiores mais comum da infância
Menores de 5 anos podem apresentar de 5 a 12 episódios por ano
Rara complicação para infecção bacteriana secundária
Crescimento linfático ajuda a não desenvolver infecções
(Rinovírus, coronavírus, VSR, parainfluenza…)
Diagnóstico clínico e se vier de repetição - pensar em alergia
Rinofaringite aguda - transmissão e contágio
Gotículas produzidas por tosse e espirros, contato de mãos contaminadas com a via aérea de indivíduos sadios
Contágio em creche, escola, domicílio
Rinofaringite aguda - período de incubação e contágio
2-5 dias
Contágio: algumas horas antes, até 2 dias após dos sintomas
Características clínicas das gripes e resfriados
Resfriados tem início gradual, severidade discreta, cefaleia, espirros, calafrios, dor de garganta, coriza
Gripes possuem início súbito, severidade intensa, febre alta, tosse, cefaleia intensa, dor de garganta, mialgia, congestão nasal
- geralmente a severidade dos sintomas aumenta rapidamente em 2-3 dias após a infecção, com uma duração média de 7-10 dias, alguns sintomas podem persistir por mais de 3 semanas
Rinofaringite manifestações clínicas
Dor de garganta, coriza, obstrução nasal, espirros, tosse seca, febre de intensidade variável, cefaléia, mialgia, calafrios
Em lactentes: inquietação, choro fácil, recusa alimentar, vômitos, alteração do sono, dificuldade responder por obstrução nasal
Rinofaringite aguda - achados exame físico
Congestão da mucosa nasal
Hiperemia orofaringe
Hiperemia membranas timpânicas
Complicações da rinofaringite aguda
Pneumonia - persistência de febre além de 72& ou recorrência de hipertermia, prostração mais acentuada, dificuldade respiratória (taquipnéia, retrações, gemências)
Otite Média aguda e sinusite, desencadeante de crise asmática
Tratamento - rinofaringite aguda
Repouso no período febril, hidratação e dieta conforme aceitação, higiene e desobstrução nasal, antitérmicos e analgésicos, antibióticos não são indicados, anti-inflamatórios não esteroides prolongam o tempo de evolução/efeitos colaterais
Antitussígenos evitar
Expectorante e mucolítico não usar
Vitamina C não auxilia
Prognóstico
Rinofaringite aguda orientação
Ficar atento às complicações: surgimento de dificuldade respiratória, febre alta, prostração, secreção nasal purulenta, otalgia…
Faringoamigdalite aguda
Infecção aguda da orofaringe
Incubação de 2 até 5 dias
Faringoamigdalite aguda - etiologia
Bacteriana: streptococcus beta-hemolítico A, haemophilus influenza, mycoplasma pneumoniae
Viral: epstein barr, citomegalovirus
Difteria (vacina dTpa)
Amigdalite manifestações clínicas
Início súbito, febre alta, dor de garganta, prostração, cefaleia, calafrios, dor abdominal, vômitos
Escarlatina: exantema macular, áspero e puntiforme, dobras flexoras avermelhadas, palidez perioral, streptococcus beta-hemolítico A
Exame físico amigdalite
Orofaringe: hiperemia, aumento de amígdalas, exsudato das amígdalas, placas amarelas, petéquias no palato, adenite cervical bilateral
Diagnóstico amigdalite
Clínico, hemograma, teste rápido para streptococcus A
Cultura é o padrão ouro
Diagnóstico diferencial amigdalite
Virais: crianças menores, coriza, tosse, rouquidão, vesículas e ulcerações aftiformes na orofaringe
Herpangina: Angina eritematosa com pequenas vesículas em palato mole, úvula e pilares amigdalianos (ulcerações esbranquiçadas circundadaa por halo eritematoso), febre, cefaleia
Amigdalite complicações
Adenite cervical, abscesso amigdaliano, otite média aguda, sepse, choque tóxico, artrite reacional, febre reumática
Tratamento amigdalite
Repouso no período febril, hidratação e dieta conforme aceitação, antitérmicos e analgésicos, antimicrobianos
Penicilinas e derivados
Síndrome do crupe
Grupo de doenças que variam em envolvimento anatômico e etiologia e se manifestam clinicamente com os seguintes sintomas: rouquidão, tosse ladrante, estridor predominantemente inspiratório e graus variados de desconforto respiratório
Etiologia viral (mais comum) - parainfluenza, influenza A e B, VRS
Em crianças maiores de 5 anos tem importância etiológica o mycoplasma pneumoniae
Laringite
A doença se restringe à laringe, caracterizada principalmente por rouquidão e tosse ladrante
Laringotraqueíte
Inflamação compromete laringe e traqueia, caracteriza-se por rouquidão, tosse ladrante, estridor predominantemente inspiratorio e graus variados de desconforto respiratório
Laringotraqueobronquite: comprometimento de bronquíolos associado ao da laringe e traqueia, além, dos sintomas de crupe, haverá tempo expiatório prolongado e sibilos
Manifestações clínicas (crupe)
Pródromos de rinofaringite (coriza, obstrução nasal, tosse seca, febre baixa)
Evolução: tosse rouca, disfonia, afonia ou choro rouco, estridor inspiratorio, desconforto respiratório de graus variados, progressão dos sinais de insuficiência respiratoria)
Nos casos mais graves: aumento das frequências cardíaca e respiratória, esforço respiratório (retrações claviculares, esternais e de diafragma, batimento de asas nasais)
Cianose, agitação psicomotora e até sonolência
A oximetria de pulso é muito importante quando está alterada, porém quando está normal não identifica o risco de falência respiratória
Diagnóstico diferencial (crupe)
Laringite espasmódica, laringoedema alérgico, epiglotite aguda, laringotraqueíte, mal formação congênita de via aérea: laringomalacia, traqueomalácia, estenose subglótica
Corpo estranho, laringite diftérica, abscesso retrofaríngeo
Diagnóstico (crupe)
O diagnóstico baseado nos achados clínicos
Radiografia cervical
Estreitamento da sombra de ar subglótico na traqueia e dilatação dos espaços aéreos da faringe
Tratamento (crupe)
Manutenção das vias aéreas permeáveis
Paciente deve ser mantido o mais calmo possível
A nebulização deve ser realizada como fonte de oxigênio se for detectada hipoxemia
Os corticosteroides comprovadamente reduzem a gravidade dos sintomas, a necessidade e a duração da hospitalização, a necessidade de admissão em UTI e a necessidade do uso da epinefrina
A epinefrina inalatoria tem efeito ultrarrápida nos sintomas do crupe, diminuindo quase que instantaneamente o estridor e os sintomas de falência respiratória
(Se não melhorar com corticoides e epinefrina, pensar em laringotraqueobronquite bacteriana e internar na UTI)
Sinusite - conceito
Todo processo inflamatório da mucosa de revestimento da cavidade paranasal
Etiologia viral ou bacteriana
Aguda - subaguda - crônica - aguda recorrente - crônica agudizada
(Apenas aguda e subaguda na infância)
Rinossinusite aguda - agentes etiológicos mais comuns em criança
S. Pneumoniae, H. Influenzae, M. Catarrhalis
Rinossinusite aguda - fatores associados
Obstrução óstio sinusal, rinite alérgica, rinofaringite viral, tabagismo, desvio de septo, corpo estranho, atividades de mergulho
Quadros clínicos - rinossinusite aguda
Rinossinusite aguda - após rinofaringite aguda
Rinossinusite aguda pós-viral - quando ocorre piora dos sintomas após 5 dias ou persistência dos mesmos após 10 dias
Rinossinusite aguda bacteriana - para o diagnóstico clínico: corrimento nasal amarelado ou purulento, tosse, secreção purulenta em cavum, dor intensa local, febre
Rinossinusite aguda - manifestações clínicas
Início lento ou súbito, manifestação de rinofaringite por mais de 10 dias, retorno dos sintomas após período de melhora, halitose, tosse diurna, piora à noite
Em crianças maiores: cefaléia, edema palpebral, prostração + dor no local dos seios da face, corrimento nasal unilateral, gotejamento purulento pós-nasal, secreção purulenta em cavum
Complicações - rinossinusite aguda
Sinusite crônica, osteomielite maxilar, celulite periorbitária, meningite
Rinossinusite aguda - diagnóstico
Estudo radiológico geralmente desnecessário, RX, tomografia, endoscopia nasal
Tratamento - rinossinusite
Repouso inicial, analgésico e antitérmico, irrigação nasal, corticosteróides tópicos
Antibióticos: amoxicilina, cefuroxima, amoxicilina com clavulanato, claritromicina, azitromicina
Otite externa - o que é
Inflamação aguda e difusa do revestimento cutâneo e tecido subcutâneo da orelha externa
Infecção causada pela perda da integridade do revestimento do conduto auditivo externo
(História por trauma por manipulação excessiva ou por limpeza recorrente de orelha são comuns)
Quadro clínico - otite externa
Otalgia
Prurido
Otorreia mucopurulenta
Plenitude auricular
Hipoacusia
Otoscopia - otite externa
Edema, hiperemia do conduto auditivo externo, com secreção mucopurulenta em pequena quantidade
Membrana timpânica pode não ser visível, devido ao edema intenso do conduto
Membrana timpânica espessada e hiperemiada com secreção purulenta (falsa impressão de otite média)
Adenomegalia retro e pré-auricular dolorosa pode ser encontrada
Otite externa - etiologia
Bacteriana (pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus aureus)
Fungos (aspergillus, candida)
Tratamento - otite externa
Limpeza e cuidados locais, analgésicos, antibioticoterapia tópica, antibioticoterapia sistêmica (recorrência)
Otite média aguda
Lesões anatomopatológicas inflamatórias agudas do revestimento conjuntivo epitelial das cavidades da orelha média
Importante indicação de procedimentos cirúrgicos realizados em lactentes e crianças jovens
Importante propensão a se tornar crônica ou recorrente
(A comunicação da trompa é mais curta e horizontal)
Picos de incidência - otite média aguda
Entre 6 e 11 meses (queda da imunidade)
Entre 2 e 5 anos (contato com outras crianças)
Etiologia - otite média aguda
Streptococcus pneumoniae
Haemophilus influenzae
Moraxella catarrhalis
Funções da tuba auditiva
Equalizar a pressão do ouvido médio com o meio externo
Proteção contra secreções da nasofaringe
Drenagem e clareamento de secreção da OM para nasofaringe
Otite média aguda - manifestações clínicas
Otalgia, choro constante ou irritabilidade, dificuldade para se alimentar, febre, otorreia, perda auditiva de condução
Otite média aguda - exame físico
Membrana timpânica congesta, hiperemiada, sem brilho e abaulada (diagnóstico)
Complicações mais frequentes da otite média aguda
Dermatite eczematóide infecciosa, otites médias crônicas, mastoidite aguda, mastoidite aguda com periostite, diminuição da acuidade auditiva, meningite, sepse
Otite média aguda - tratamento
Analgésicos, higiene nasal com soro fisiológico, antibióticos (amoxacilina, cefuroxima, claritromicina e azitromicina)
Prevenção - otite média aguda
Amamentação, não alimentar deitado, tratamento da obstrução nasal e das alergias respiratórias, tratamento correto das rinofaringites agudas
Exame físico - otite aguda supurada
Membrana timpânica com perda de translucidez, sem brilho e com a trama vascular aumentada
Nível líquido ou bolhas no interior da caixa
Perfuração timpânica
Secreção purulenta na orelha média
Otite média aguda supurada (tratamento)
Antibióticos: amoxacilina, cefuroxima, claritromicina e azitromicina
Antibióticos e corticosteróides tópicos
Proteger a pele para evitar dermatite eczematoide
Observações clínicas: perfurações timpânicas (90% dos casos que surgem após um episódio de OMA regridem em 3 meses
Controle de comorbidades e fatores facilitadores
OMC colesteatomatosa
Retirada do tumor e restauração do ouvido sem otorreia
Recuperação funcional é objetivo secundário