INFECÇÕES CONGÊNITAS‼️ Flashcards

1
Q

Como é classificado o peso de nascimento?

A

1) Baixo peso: < 2500g
2) Muito baixo peso: < 1500g
3) Extremo baixo peso: < 1000g

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2
Q

Qual a relação entre a IG e o peso de nascimento?

A

1) PIG: peso < percentil 10
2) AIG: peso entre percentis 10 e 90
3) GIG: peso > percentil 90

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3
Q

Como pode ser classificada a restrição do crescimento intrauterino?

A

1) Simétrica: todo o RN é pequeno. Ocorre por fatores intrínsecos ao feto.
2) Assimétrica: comprometimento muito mais importante do crescimento corporal do que do crânio. Ocorre por fatores extrínsecos

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4
Q

Qual o órgão responsável pelas trocas gasosas e metabólicas do feto durante a vida intrauterina?

A

Placenta

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5
Q

Como se caracterizam as afecções congênitas em relação ao tempo da gestação em que são contraídas?

A

1) Início da gestação: menor transmissibilidade, maior gravidade clínicas
2) Final da gestação: maior transmissibilidade, menor gravidade clínica

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6
Q

Como é a clínica da sífilis congênita precoce (< 2 anos)?

A

1) Pênfigo palmoplantar
2) Condiloma plano
3) Rinite sifilítica (serossanguinolenta)
4) Periostite; pseudoparalisia de Parrot
5) Hepatoesplenomegalia; anemia hemolítica; plaquetopenia
6) Hidrocefalia obstrutiva
7) Coriorretinite com fundoscopia em sal e pimenta; glaucoma; catarata

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7
Q

Como se manifesta a sífilis congênita tardia (> 2 anos)?

A

1) Tíbia em sabre
2) Dentes de Hutchinson
3) Nariz em sela
4) Surdez e vertigem
5) Fronte olímpica

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8
Q

Quando um teste VDRL em bebês < 18 meses tem significado clínico?

A

Quando o título encontrado for maior que o título materno em pelo menos duas diluições e confirmado com uma segunda amostra

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9
Q

Quais os critérios avaliados no líquor que fecham o diagnóstico de neurossífilis?

A

1) VDRL positivo
2) Celularidade aumentada (> 25 células)
3) Proteinorraquia (> 150 mg/dL)

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10
Q

Que exames podem ser solicitados na suspeita de sífilis congênita?

A

1) VDRL (não treponêmico)
2) Avaliação do LCR
3) RX de ossos longos
4) Hemograma

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11
Q

Como é o TTO da sífilis na gestante?

A

1) Primária, secundária ou latente recente: penicilina benzatina 2,4 milhões de UI em dose única
2) Terciária ou latente tardias ou com duração ignorada: penicilina benzatina com 2,4 milhões de UI em 3 aplicações com intervalo de 1 semana entre cada aplicação (total de dose de 7,2 milhões de UI)

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12
Q

Quais são os fatores que determinam um TTO adequado da gestante para sífilis?

A

1) Penicilina benzatina
2) Início do TTO até 30 dias antes do parto
3) Esquema terapêutico de acordo com o estágio clínico
4) Avaliação do risco de reinfecção
5) Documentação de queda nos títulos do VDRL em pelo menos duas diluições em 3 meses ou 4 diluições em 6 meses

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13
Q

Como é classificado o RN de acordo com a exposição à sífilis?

A

1) Exposto à sífilis: RN de mãe tratada adequadamente no pré natal. Não há indicação de notificação
2) Sífilis congênita: RN de mãe tratada de forma inadequada. Notificação nesse caso é obrigatória

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14
Q

Como prosseguir o TTO de um RN com mãe não tratada ou tratada de forma inadequada para sífilis?

A

1) Exames complementares (VDRL, hemograma, RX de ossos longos, líquor)
2) Alterações clínicas/sorológicas/radiológicas: penicilina G cristalina IV ou penicilina G procaína IM por 10 dias
3) Alterações liquóricas: penicilina G cristalina IV por 10 dias
4) Sem alterações clínicas/sorológicas/radiológicas: penicilina G benzatina

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15
Q

Como é feito o TTO de RN de mãe com sífilis adequadamente tratada?

A

1) VDRL do RN > mãe em 2 diluições: mesmo fluxograma das mães não tratadas
2) VDRL do RN não maior que o da mãe em duas diluições: se exame físico normal, acompanhamento ambulatorial. Se exame físico alterado, considerar outras infecções

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16
Q

O que é a reação de Jarisch Herxheimer?

A

Reação rara em RN tratado com penicilina para sífilis congênita que cursa com reação sistêmica febril aguda com exacerbação de lesões, convulsões e colapso circulatório. Não indica suspensão do TTO.

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17
Q

Como se faz o seguimento do RN com sífilis congênita?

A

VDRL em 1, 3, 6, 12 e 18 meses de vida, interrompendo quando e observar a negativação em 2 testes seguidos

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18
Q

Como são divididos os níveis de evidência clínica dos estudos?

A
Nível I: ensaio clínico randomizado
Nível II: coorte
Nível III: caso controle
Nível IV: estudo ecológico 
Nível V: opinião de especialista
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19
Q

Qual a tríade clássica de Sabin que define toxoplasmose?

A

1) Coriorretinite
2) Calcificações intracranianas
3) Hidrocefalia

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20
Q

Quando há risco de toxoplasmose congênita?

A

Quando a mãe adquire a infecção primária durante a gestação

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21
Q

Que outros sintomas que não a tríade de Sabin pode haver na toxoplasmose congênita?

A

1) Restrição do crescimento intrauterino
2) Anemia, Trombocitopenia
3) Hepatoesplenomegalia
4) Linfadenopatia
5) Surdez neurossensorial

22
Q

Onde se encontram as calcificações intracranianas na toxoplasmose?

A

1) Núcleo caudado
2) Gânglios da base
3) Plexo coróide

23
Q

Por quanto tempo os anticorpos IgM ficam positivos após infecção pelo toxoplasma? Por que isso é importante?

A

1) São detectados na 1a ou 2a semana após a infecção aguda e ficam elevados por 2 a 3 meses
2) Se o exame é realizado no início da gestação, a infecção pode ter ocorrido meses antes da concepção, não determinando risco para o feto

24
Q

Em uma gestante com IgM e IgG positivas para toxoplasmose, como definir se a infecção é aguda ou não? Como interpretar?

A

1) Pelo teste de avidez da IgG

2) IgG muito ávida = infecção prévia (há mais de 3 ou 4 meses)

25
Q

Como se faz a avaliação fetal para toxoplasmose?

A

PCR do líquido amniótico

26
Q

Qual o medicamento usado na gestante contaminada com toxoplasma?

A

1) Espiramicina logo após o diagnóstico para evitar a transmissão para o feto
2) Quando a transmissão é confirmada ou suspeita, fazer sulfadiazina + pirimetamina + ácido fólico

27
Q

Quais crianças devem receber o TTO para toxoplasmose? Como isso é feito?

A

1) Todas que tenham toxoplasmose congênita comprovada
2) Pirimetamina + sulfadiazina + ácido folínico + prednisona (apenas até diminuição dos níveis de proteína no LCR e/ou melhora da coriorretinite) por 12 meses

28
Q

Que orientações podemos dar às gestantes para evitar a infecção por toxoplasma?

A

1) Não ingerir carne crua ou mal passada
2) Não consumir água que não seja filtrada ou fervida
3) Lavar frutas e verduras antes de consumo
4) Evitar contato com fezes de gato
5) Evitar mexer em areia, terra ou jardins

29
Q

Como ocorre a transmissão do citomegalovírus na gestação?

A

1) Infecção aguda da mãe durante a gestação
2) Reinfecção por cepas distintas
3) Reativação de infecção latente

30
Q

Como é a clínica da Citomegalovirose?

A

1) Petéquias
2) Hepatoesplenomegalia
3) Microcefalia
4) Icterícia
5) Restrição do crescimento intrauterino
6) Calcificações intracranianas periventriculares
7) Coriorretinite
8) Surdez neurossensorial

31
Q

Qual a principal causa de surdez neurossensorial na infância?

A

Citomegalovirose

32
Q

Como se faz a identificação do CMV no RN?

A

Identificação do vírus em secreções corporais (principalmente urina) no RN com < 3 semanas

33
Q

Como faz a avaliação clínica das crianças com infecções congênitas pelo CMV?

A

1) Hepatimetria, tamanho do não,
2) Fundoscopia
3) Avaliação auditiva
4) Exames de imagem do SNC

34
Q

Como se faz o TTO da Citomegalovirose?

A

1) Ganciclovir por 6 semanas IV (geralmente para doença grave)
2) Valganciclovir VO por 6 meses

35
Q

Quando há maior risco de transmissão de rubéola na gravidez?1

A

No início e no fim da gestação

36
Q

Quais são as alterações características da síndrome de rubéola congênita?

A

1) Alterações cardíacas (PCA e estenose de ramo da artéria pulmonar)
2) Coriorretinite em sal e pimenta, catarata
3) Surdez
4) DM1 tardiamente

37
Q

Qual o cuidado pós nascimento de crianças com síndrome da rubéola congênita?

A

Ela pode transmitir o vírus por até 1 ano após o nascimento

38
Q

Como devemos fazer a avaliação complementar do RN cuja mãe tem diagnóstico confirmado de rubéola durante a gestação?

A

Sorologia IgM e IgG específicas para rubéola

39
Q

Quais são as principais características clínicas da varicela congênita?

A

1) Lesões cutâneas cicatriciais, hipopigmentação
2) Microftalmia, catarata, coriorretinite
3) Microcefalia, hidrocefalia
4) Hipoplasia de membros, déficit motor e sensitivo

40
Q

Como pode ser diferenciada a clínica da infecção congênita e a infecção perinatal pelo herpes vírus simples?

A

1) Infecção congênita: vesículas cutâneas ou escaras de cicatrização, com alterações oculares e microcefalia ou hidrocefalia
2) Infecção perinatal: sintomas só após 1a semana de vida, com ceratoconjuntivite, coriorretinite, úlcera de córnea, letargia, irritabilidade, convulsões, febre alta, vômitos, anorexia

41
Q

Como se faz o TTO do RN com infecção perinatal pelo herpes vírus?

A

Aciclovir por 14-21 dias

42
Q

Como é a clínica da síndrome congênita do Zika vírus?

A

1) Microcefalia
2) Desproporção craniofacial
3) Hipertonia, espasticidade, convulsões
4) Irritabilidade, hiperexcitabilidade, exagero e persistência dos reflexos primitivos

43
Q

Quais exames complementares solicitar na criança com zika?

A

1) USG transfontanela ou TC de crânio (quando USG não for possível)
2) Fundoscopia

44
Q

Como pode ser dividida a sepse neonatal em relação ao período em que ocorre?

A

1) Precoce: primeiras 48 horas de vida (ou primeira semana)

2) Tardia: após 48 horas de vida (ou após primeira semana)

45
Q

Quais são os principais agentes etiológicos da sepse neonatal precoce? E da tardia?

A

1) Precoce: GBS (Streptococcus agalactiae do grupo B) e E. Coli
2) Tardia: Staphylococcus coagulase negativo, S. Aureus, outras gram negativas

46
Q

Quais são os fatores de risco para sepse neonatal?

A

1) Maternos: ruptura prolongada de membranas ovulares (> 18 hrs), corioamnionite (febre + leucocitose, taquicardia materna, taquicardia fetal, dor uterina, líquido amniótico fétido), ITU, colonização cervical por GBS
2) RN: prematuridade, baixo peso ao nascer, sexo masculino, asfixia

47
Q

Como se manifesta a sepse neonatal?

A

1) Desconforto respiratório, taquipneia, apneia
2) Taquicardia, choque, instabilidade de temperatura
3) Sintomas gastrointestinais

48
Q

Como fazer a avaliação complementar nos quadros de sepse neonatal?

A

1) Hemoculturas, exame de LCR cultura de aspirado traqueal
2) Hemograma (neutropenia, leucocitose)
3) PCR e procalcitonina

49
Q

Como é feito o TTO da sepse neonatal?

A

1) Precoce: ampicilina e gentamicina

2) Tardia: depende da prevalência de micro-organismos da unidade

50
Q

Quando está indicada a profilaxia para GBS na gestante?

A

1) História de doença invasiva por GBS em RN anterior
2) Cultura positiva para GBS com > 36 semanas
3) Bacteriúria pelo GBS em qualquer momento da gestação atual
4) Gestante com status desconhecido para GBS em que haja: trabalho de parto < 37 semanas, ruptura prolongada de membranas (> 18 hrs), temperatura materna intraparto > 38, cultura positiva em gestação prévia, teste intraparto para GBS positivo

51
Q

Como se faz a profilaxia para GBS na gestante?

A

1) Penicilina G cristalina 5 milhões IV (ataque) + 2,5 a 3 milhões IV a cada 4 horas até o parto OU
2) Ampicilina 2g IV (ataque) + 1g IV a cada 4 horas até o parto
3) Alergia à penicilina: cefazolina ou clindamicina

52
Q

Qual deve ser a conduta no RN > 35 semanas com possibilidade de infecção por GBS?

A

1) Sinais clínicos de doença presentes: hemoculturas + ATB empírica
2) Se não houver sinais clínicos da doença porém temperatura materna intraparto > 38 ou profilaxia intraparto indicada mas inadequada: exame físico seriado e sinais vitais por 36-48 horas
3) Hemoculturas e ATB se a criança desenvolve sinais clínicos de doença