In. de vias médias e inferiores Flashcards
Ira com estridor, tipos e vias acometidas:
Vias aéreas intermediárias (baixo calibre na infância)
Inspiratório: obstrução não muito intensa, calibre diminuído
Expiratório: obstrução intensa
Infecções periglóticas:
Epiglotite aguda
Laring(otraqueobronquite)ite aguda
Etiologia da Epiglotite:
H. influenzae tipo B (98%) é o da vacina
Outros: S. beta-hemolítico, S. pneumoniae, S. aureus (sempre pensar nele quando houver infecção grave)
Clínica da epiglotite: (5)
Início agudo/evolução rápida (24-72h); Febre alta/toxemia; Dor de garganta; Disfagia/sialorreia Dificuldade respiratória (estridor) ins e ex; Posição tripé.
Conduta na suspeita de epiglotite:
Não usar abaixador de língua (não visualizar orofaringe)
Não deitar a criança
Intubação orotraqueal - medida salvadora
ATB
ATB usado na epiglotite:
Pegar H. influenze B - resitente aos betalactâmicos
Amoxicilina-clavulanato
Ampicilina-sulbactam
Cefuroxima
Etiologia da laringite aguda (crupe):
Vírus parainfluenza (1, 2,3) 75% dos casos
Outros: adenovírus, VSR, influenza
Clínica da laringite aguda:
Pródromos catarrais: indistinguível do rinovírus; Tosse metálica (CRUPE); Afonia e rouquidão; Estridor: leve ou em repouso (grave); Febre baixa: casos brando.
Tratamento da laringite aguda:
Leve: Vapor e corticoide (não tá errado usar corticoide)
Grave (estridor em repouso):
Adrenalina inalatória (efeito imediato) - nebulização a cada hora
Corticoide (dexametasona): parenteral (preferênicia)
Alta: quando estiver sem estridor ou com estridor leve (após 2h) - cuidado com efeito rebote da adrenalina (manter no hospital se tiver usando muita adrenalina)
IRA com taquipneia sem estridor - pensar em que:
Acometimento de via aérea distal (pulmão) - pneumonia
Pode ser de etioloigia viral, bacteriana, afebril do lactente ou atípica (“clássico”)
Classificação da taquipneia na infância:
< 2 meses: >= 60 irpm
2 a 12 meses: >= 50 irpm
1 a 5 anos: >=40 irpm
Etiologia de pneumonia bacterina na infância:
< 2 meses: sepse neonatal (Strepto B, gram - entérico)
> 2 meses: S. penumoniae > 50% dos casos na infânica
Outros: H. influenzae não tipável, S. aureus (raro, mas grave)
Clínica de pneumonia na infância:
TAQUIPNEIA (maior sensibilidade)
Febre alta e piora da tosse
Pródromos catarrais: nem sempre estabelecidos
Sinais semiológicos: estertores, egofonia
Sinais de gravidade
Sinais de gravidade na pneumonia: (4)
Tiragem (mais importante); retração subcostal
Gemidos
Cianose: mais tardia
Batimentos de asa de nariz
OBS para criança < 2m com pneumonia:
pode ter tiragem, sem taquipneia
Avaliação complementar na pneumonia:
RX de tórax (fundamental):
serve para diagnóstico, extensão e avaliações de complicações
Complicações da pneumonia:
Derrame pleural
Pneumatocele
Abscesso pulmonar
Complicação mais comum da pneumonia bacteriana:
Derrame pleural
pensar em pneumococo primeiro
Características da pneumatocele como complicação da pneumonia:
Destruição da microestrutura alveolar com formação de bolhas de ar - não é ar na pleura
O principal agente é pneumococo
Complicação mais grave da pneumonia:
Abscesso pulmonar: nível hidroaéreo
O principal agente é o S. aureus
Pensar em S. aureus quando: lesão na pele, lactente jovem, quadro muito grave, imunodeprimidos
Tratamento ambulatorial de pneumonia:
ATB por 10 dias:
amoxicilina VO 10d (pneumococo)
Penicilina procraína IM - 10d
Indicações de internações em pneumonia: (5)
< 2 meses
Comprometimento respiratório: tiragem, BNA, Cianose, gemência
Comprometimento do estado geral
Doença grave associada: FC, doença falciforme, SIDA
Complicações radiológicas
Tratamento hospitalar da pneumonia:
Penicilina Cristalina IV
Pneumonia extensa ou muito grave: oxacilina + ceftriaxona (cloranfenicol) - pegar pneumococo com resistência intermediária
Conduta no derrame pleural:
Puncionar > se for empiema: drenagem torácica + penicilina IV
Características do empiema:
Líquido purulento
pH < 7,2
Glicose < 40 mg/dL
Presença de bactérias
Quando é considerado falha terapêutica no tratamento da pneumonia:
Febre ou taquipneia após 48-72h
Conduta na falha terapêutica da pneumonia:
Não é empiema: tratar outros agentes - oxacilina e ceftriaxone
É empiema: Drenagem e manter o tratamento
Etiologia da bronquiolite:
VRS respiratório em 80%
Características da bronquiolite:
Pneumonia viral
É uma doença de diagnóstico pediátrico (primeiros 2 anos)
Comprometimento bronquiolar é predominante em relação ao componente alveolar - diferente da bacteriana
Clínica da bronquiolite:
Pródromos catarrais
Febre, tosse, taquipneia, SIBILOS (sinal de comprometimente alveolar - dificuldade de saída de ar)
Sinais de aprisionamento de ar
Sd. de aprisionamento de ar, sinais:
HIPERUNSUFLAÇÃO - retificação do diafragma
Rebaixamento de fígado e baço
Atelectasia
OBS: em metade o RX é normal
Dois sinais mais comuns em pneumonia viral que bacteriana:
atelectasia e hiperinsuflação
Tratamento da bronquiolite:
Paliativo
Oxigênio/hidratação (não muito vigorosa) - O2 em < 92% de saturação - isso que é o obrigatório
Teste de beta-2 agonista inalatório (alguns melhoram)
NÃO USAR CORTICOIDE
nebulização com salina hipertônica/adrenalina - meio controverso
Pneumonias atípicas da infâncias:
Pneumonia atípica do lactente: quadro arrastado
Pneumonia clássica: manifestações extrapulmonares
Características da pneumonia afebril do lactente:
Ocorre no 1° TRI de vida (2-12 semanas)
Causada pelo C. tracomatis - contaminação no parto
50% apresenta conjuntivite
QC da pneumonia do lactente: (4)
Início insidioso Afebril TOSSE INTENSA (diagnóstico diferencial com coqueluche) Presença de conjuntivite RX: infiltrado intersticial
Diferença laboratorial da pneumonia afebril do lactente de coqueluche:
Hemograma:
PAL: eosinofilia;
Coqueluche: leucocitose importante, com predomínio de linfócitos
Tratamento da pneumonia afebril do lactente:
Macrolídeo: igual coqueluche
Eritromicina (cuidado com estenose hipertrófica do piloro)
Faixa etária da pneumonia atípica clássica:
> 5 anos: pensar em escolares e pré-escolares
Agentes etiológicos da Pneumonia atípica clássica:
Mycoplasma pneumoniae/ Chlamydophila pneumoniae
Clínica da pneumonia atípica clássica:
Inespecífica - quadro arrastado febre baixa cefaleia faringite/rouquidão otalgia (meringite bolhosa - inflamação da MT) TOSSE INTENSA PIORANDO PROGRESSIVAMENTE
Rx na pneumonia atípica:
Em muitas vezes nada
achados inespecíficos
infiltrado difuso, reticular
Diagnóstico de pneumonia atípica clássica:
crioaglutininas elevadas - 50%
tratamento da pneumonia atípica clássica:
Macrolídeo
Agente etiológico da coqueluche:
Bordetella pertussis
QC da coqueluche:
Fase catarral: “gripe”, congestão, coriza - 1 semana
Fase paroxística: Tosse em espasmos/ guincho (em espasmos - diferente da pneumonia atípica)
Fase de convalescença
QC em coqueluche < 3m:
Tosse + apneia + cianose
sem guincho: criança não tem força muscular
Laboratório da coqueluche:
reação leucemoide + linfocitose
Tratamento de coqueluche:
macrolídeo
Agente etiológico da tuberculose:
Bacilo de Koch: M. tuberculosis
Transmissão da tuberculose:
gotículas pequenas
Patogênese da tuberculose:
Complexo primário de Ranke (nódulo caseoso)
90% bloqueiam nesse estágio
5% forma primária - logo após o estabelecimento
5% forma pós-primária: infecção latente - reativada após um segundo contado
Baciloscopia na TB:
É usada a coloração de Ziehl-Neelsen
Uso 2 amostras: 2° 24 após a 1°
50-80% positivo para os que tem sinais e sintomas
< 10 anos: baciloscopia e cultura vai ser negativa (grande maioria é abacilífera)
Rx na TB infantil:
Linfadenectomia mediastinal e hilar
Padrão miliar: mais rara e mais grave - microcavitações em todo o parênquima
Diagnóstico da TB em < 10 anos:
Avaliação clínica, Rx, contato com bacilo, PPD/TT, nutrição
Avaliação clínica na TB em < 10 anos:
Presença de febre e sintomas por mais de 15 dias.
Sintomas: tosse, adinamia, emagrecimento, sudorese
Se sim 15 pontos, se não 0
Avaliação radiológica em < 10 anos, TB:
Rx alterado por mais de 15 dias, sem resposta ao ATB, padrão miliar - 15 pontos
Condensação < 15 dias: 5 pontos
Sem alteração: 0 pontos
Pontuação em paciente em contado com BK, PPD, e nutrição:
Contato íntimo com paciente bacilíero: 10 pontos; contato ocasional ou não teve contato: 0 pontos
PPD/TT:
> 10mm vacinadas em < 2 anos ou > 5mm em vacinas em > 2 anos: 15 pontos
< 5mm: 0 pontos
Desnutrição grave: 5 pontos
Pontuação no diagnóstico de TB em < 10 anos:
40 pontos ou mais: certeza, iniciar tratamento
30 a 35 pontos: pode ser indicativo de TB - iniciar o tto e acompanhar
< 30 pontos: não inicia o tto
Tratamento da tuberculose:
< 10 anos:
1a fase: 2 meses RIP
2a fase: 4 meses de RI
> 10 anos: esquema RIPE
etambutol: uso pq existem algumas resistênicias do bacilo a isoniazida
Não faço em < 10 anos pq ele dá atoxia ocular e não posso avaliar isso nessa idade
QC de laringomalácia:
Imaturidade da laringe: durante a inspiração a laringe colaba > IR
A maturidade resolve o problema
em alguns casos é necessário intervenção cirúrgica
Fatores de risco para Sd. da morte súbita do lactente:
Tabagismo (principal fator)
Drogas e álcool durante a gestação
Posição prona
Alimentação: aleitamento materno diminui
Fatores pré-natais: ausência de pré-natal, RCIU, prematuridade, PIG, intervalo pequeno com entre a 1a e 2a gestação
Tratamento da Sd. morte súbita do lactente:
Profilaxia: Posição supina Ambiente limpo (na hora de dormir) Chupeta protege Evitar tabagismo
Complicação mais frequente da coqueluche:
Broncopneumonia: causada pelo Bordetella ou outros agente
Fisioterapia respiratória na bronquiolite:
não ajuda
Características gerais das doenças obstrutivas: (4)
Diminuição no fluxo respiratório e nos volumes dinâmicos (VEF1)
Aumento nos volumes estáticos (aprisionamento de ar no final da expiração)
Aumento do tempo expiratório
Presença de sibilância
Traqueíte bacteriana:
Complicação da laringotraqueobronquite viral aguda - principal características é a TOXEMIA
Não melhora com a nebulização com adrenalina
Características do Crupe espasmódico:
Semelhante a laringotraqueobronquite, mas acomete crianças menores (1-3 anos)
Achado de infecção ausentes: sintomas catarrais, febre
Quadro súbito, à noite, precedido por coriza e rouquidão
Tosse metálica, dificuldade respiratória