III, IV e VI NERVOS CRANIANOS Flashcards

1
Q

N. OCULOMOTOR

Origem

A

Núcleo localizado no mesencéfalo, ao nível do colículo superior e anterior ao arquiduto de Silvius

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2
Q

Quais características de seus subnúcleos?

A

Subnúcleo do elevador da pálpebra superior: Único que é ímpar, ou seja, só tem 1 que inerva o lado esquerdo e direita; se lesar ele, causa ptose bilateral

Subnúcleo do reto superior: Par e cruzado, ou seja, o subnúcleo do RS esquerdo inerva o RS direito e vice-versa

Subnúcleos dos demais músculos (RM, RI, OI, pupilomotores): Par e não cruzado

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3
Q

N. OCULOMOTOR

Qual nome do subnúcleo pupilomotor?

A

Edinger-Westphal

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4
Q

Como se divide o oculomotor próximo ao seu trajeto final? O que inerva cada ramo?

A

2 ramos
Superior = elevador da pálpebra e RS

Inferior = RM, RI, OI, pupilomotores

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5
Q

N. OCULOMOTOR

Seus lesão com frequência leva a dano do _____ pois estão muito próximos

A

lesão do núcleo do III par com frequência leva IV junto porque estão muito próximos

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6
Q

N. OCULOMOTOR

Quais suas porções

A

Fasciular
Basilar
Intracavernoso
Intraorbitário

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7
Q

N. OCULOMOTOR

A lesão da porção fascicular pode ocasionar quais síndromes?

A

Núcleo rubro e substância nigra – se tiver uma lesão desse núcleo = paralisia de III par + Parkinsonismo contralateral = síndrome de Benedikt

Pedúnculo cerebral – por onde passar o trato cortico-espinhal (motricidade) = paralisia de III par + hemiparesia contralateral = síndrome de Weber

Pedúnculo cerebeloso superior - paralisia de III par + ataxia cerebral = síndrome de Nothnagel

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8
Q

Síndrome de Benedikt + Nothnagel = ?

A

Sd de Claude

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9
Q

N. OCULOMOTOR

Porção basilar

Qual causa importante de lesão nessa porção? Quando desconfiar?

A

Aneurisma de artéria comunicante posterior

Paralisia isolada do III par (não tem outros nervos perto dessa artéria)

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10
Q

N. OCULOMOTOR

Porção intracavernoso

Quais outras estruturas também estão presentes no seio cavernoso?

A

IV, V1, V2, VI, ART CAROTIDA INTERNA, FIBRA SIMPÁTICAS

NÃO PASSA: N OPTICO, V3 (RAMO MANDIBULAR) E N FACIAL

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10
Q

O que desconfiar diante de paciente com midríase após TCE?

A

hematoma epidural

aumenta a pressão intracraniana, a herniação em direção ao forame magno faz com que o úncus (parte medial do lobo temporal) pressione o III par (porção basilar) em direção ao tentório

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11
Q

Causas de lesão do N Oculomotor em sua porção intracarnosa

A

DM, Síndrome de Tolosa-Hunt (inflamação granulomatosa do seio cavernoso), apoplexia pituitária, tumores, metástases, aneurismas

Lesão nessa região acomete diferentes nervos e vasos = clínica de bagunça neurológica unilateral e simultânea

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12
Q

N. OCULOMOTOR

Porção intraorbitária

Nervo entra na órbita pela ______, por _____ do anel do Zinn

A

nervo entra na órbita pela fissura orbitária superior, por dentro do anel do Zinn

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13
Q

Síndrome da fissura orbitária superior = síndrome de Rochon Duvignaud
Paralisia III, IV e VI par

A

Síndrome da fissura orbitária superior = síndrome de Rochon Duvignaud
Paralisia III, IV e VI par

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14
Q

Como é a vascularização do n oculomotor?

A

Vasa nervorum irriga o centro do nervo

Vasos da pia máter irrigam a periferia do nervo

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15
Q

N OCULOMOTOR

tumoração/aneurisma que comprime a vascularização, acomete pia máter causará qual clínica?

A

Tumoração/aneurisma que comprime a vascularização, acomete pia máter = paralisia de III par com pupila acometida = urgência

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16
Q

N OCULOMOTOR

Doenças cardiovasculares que acometem vasa nervorum, mas não pia máter causarão qual clínica?

A

Doenças cardiovasculares acometem vasa nervorum, mas não pia máter = paralisia de III par (especialmente se completa) com pupila preservada

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17
Q

N OCULOMOTOR

Situações em que a pupila está poupada mas deve-se pensar em lesão cirúrgica do III par

A

paralisia parcial do III nervo com pupila poupada (pode ainda não ter acometido pupila, mas acometer no futuro - pode ser massa em expansão)

Lesões concomitantes de outros nervos

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18
Q

pseudo Von Graefe

O que é esse sinal? Qual sua origem?

A

Pálpebra elevada na infra-versão

Causado por uma REGENERAÇÃO ABERRANTE do N oculomotor

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19
Q

N OCULOMOTOR

Clínica diante de lesão total

A

Ptose

Adução prejudicada – inerva RM

Abdução preservada – RL está preservado

Supra-versão prejudicada – inerva RS e OI

Infra-versão parcial porque o OS está preservado, mas o RI não

Se acometer pupila = midríase

20
Q

Lesão do N oculomotor

Quando complementar com imagem?

A

Se supeita de lesão cirúrgica = acometimento de pupila, paralisia parcial (pode ser tumor em progressão), outros nervos

RM
Angio-TC/angio-RM – descartar aneurisma

21
Q

Lesão do N oculomotor

conduta

A

Microvascular – melhorar controle clínico
Costuma melhorar em até 6m, depois disso avalia necessidade de cirurgia do estrabismo

Causa cirúrgica – intervir

22
Q

N TROCLEAR

Origem

A

Mesencéfalo, nível do colículo inferior

23
Q

N TROCLEAR

Cada núcleo inerva o músculo OS ipsi ou contralateral?

A

Contralateral –> fibras cruzam no fascículo

24
Q

Por onde o N oculomotor se exterioriza do SNC?

A

Saem pela face DORSAL do mesencéfalo – único par craniano que emerge posteriormente

25
Q

Qual trajeto do N troclear?

A

Tronco cerebral -> base do crânio -> seio cavernoso (adentra próximo ao III par) -> entra na órbita pela fissura orbitária superior, por fora do anel de Zinn

26
Q

Etiologias das lesões que podem acometer o IV par

Qual mais comum?

A

Idiopáticas e congênitas são as mais comuns

Trauma
Microvasculares

Aneurismas e tumores são mais raros

27
Q

Qual ação do músculo oblíquo superior?

A

Inciclodução
Infradução (principalmente em adução)
Abdução

28
Q

Qual sinais da paralisia do IV par?

A

↑ hipertropia na adução e ↓ na abdução porque a função de infraduzir é principalmente na adução

Supra-versão mais evidente – não tem contrabalanço da infra

Exclicodução – com o OS “paralisado”, o globo ocular vira para fora

29
Q

Qual posição de cabeça adotada para compensar a paralisia do IV par?

A

Cabeça inclinada para o lado contralateral para compensar exciclodução

Face virada para o lado contralateral à lesão para tirar o olho posição de adução (adução aumenta hipertropia)

Queixo deprimido para compensar dificuldade de infradução

30
Q

Paralisia do IV par

Diagnóstico

A

Clínico
- Avaliar fotos antigas para avaliar se quando criança já tinha essa posição de cabeça – a maioria dos casos é congênito e idiopático
- Muitas vezes só desenvolve a diplopia na meia idade, quando perde a capacidade de fundir a imagem

Complementar com imagem quando não houver:
- História de trauma
- Descompensação de lesão congênita
- Doenças vasculares
- Melhora em 3 meses de evolução – quadros vasculares vão melhorando aos poucos

31
Q

Paralisia do IV par

Conduta

A

CONDUTA
Expectante por cerca de 6 meses se não for causa cirúrgica

Avaliar estrabismo após esse período

32
Q

N ABDUCENTE

Origem

A

Ponte, anterior ao 4º ventrículo

33
Q

N ABDUCENTE

Lesão na região do núcleo pode ocasionar qual síndrome?

Quais estruturas são acometidas/ causa quais achados clínicos?

A

Lesão na região do núcleo pode afetar V, VI, VII e VIII par + formação reticular pôntica paramediana = síndrome de Foville

Alteração de sensibilidade (V)
Dificuldade de abdução (VI)
Paralisia de face (VII)
Alteração vestíbulo-auditiva (VIII)

34
Q

Lesão na região do fascículo do VI par pode ocasionar qual síndrome?

Quais estruturas são acometidas/ causa quais achados clínicos?

A

Lesão na região do fascículo pode afetar VI, VII e trato piramidal* = síndrome de Millar-Gubler

Dificuldade de abdução (VI)
Paralisia de face (VII)
* Hemiplegia contralateral

35
Q

Paralisia isolada do VI par indica lesão do núcleo ou do fascículo? Por quê?

A

Paralisia isolada do VI par quase nunca é de origem nuclear, porque na origem do núcleo tem muitas estruturas em torno

36
Q

Quais estruturas estão ao redor do núcleo e do fascículo do VI par?

A
37
Q

Trajeto do VI par

A

Sai no sulco entre ponte e bulbo -> trajeto basilar (adentra no canal de Dorello) -> seio cavernoso -> órbita pela FOS por dentro do anel de Zinn

38
Q

Causa das leões do VI par

Qual mais comum?

A

Microvascular – 60%, mais comum
Idiopática
Desmielinizantes
Tumorais
Neurinoma do acústico

39
Q

Qual sinal radiológico clássico do neuronioma do acústico?

A

Sinal da casquinha de sorvete

40
Q
A
41
Q

Neurinoma do acústico

Quais achados? (incluindo primeiro sintoma e primeiro sinal)

A

Primeiro sintoma = perda auditiva
Primeiro sinal = redução da sensibilidade da córnea (trigêmeo)
Paralisia de VI nervo

42
Q

O que pensar diante de paralisia bilateral de VI par?

A

Hipertensão intracraniana –> VI par tem longo trajeto e na posição do canal de Dorello e do ligamento petroclinoide há tração quando há HIC

Paralisia bilateral do VI = pesquisar HIC

43
Q

Síndrome de Gradenigo

O que é?

A

criança com OMA de repetição que complica com mastoidite

Redução da audição
Paralisia do VI e VII

44
Q

Qual posição de cabeça decorrente da paralisia do VI par?

A

Vira a face para o lado da paralisia

45
Q

A diplopia decorrente da paralisia do VI par é pior ao olhar para longe ou para perto?

A

Diplopia é para longe, porque quando olhando para longe precisamos fazer divergência do olho, mas como o RL está prejudicado não consegue

46
Q

Paralisia do VI par

Diagnóstico

A

Clínico

Tenha um limiar baixo para investigar o paciente, principalmente em <50 anos sem comorbidades

47
Q

Paralisia do VI par

Tratamento

A

Identificar e tratar a causa

Conduta oftalmológica expectante nos primeiros 3 meses – depois disso avalia o estrabismo e necessidade de corrigir desvios

48
Q

CBO 2015

A presença de regeneração aberrante após um quadro de paralisia de nervo óculo motor seria mais compatível com qual dos diagnósticos e etiológico abaixo:

Aneurisma de carótida interna

Diabetes melito

A

Aneurisma de carótida interna

Regeneração aberrante ocorre em lesões traumáticas ou compreensivas crônicas do terceiro nervo craniano em sua porção intra craniana. Este quadro não é visto em lesões isquêmicas do nervo.