Hipertireoidismo Flashcards
Tireotoxicose:
Definição.
Excesso de hromônios tireoidianos, com hipertireoidismo (hiperfuncionamento da tireoide) ou sem (lesão que “vaza” hormônio).
Causas de tireotoxicose sem hipertireoidismo? (3)
STF:
- Strumma ovarii (tecido ectópico);
- Tireoidites (principal);
- Factícia (tireotoxicose).
Causas de tireotoxicose com hipertireoidismo? (7)
BIG MAPP:
- Bócio Multinodular Tóxico (BMT);
- Iodo (efeito Jod Basedow);
- Graves (principal);
- Mola hidatiforme;
- Adenoma hipofisário;
- Plummer/bócio uninodular/adenoma;
- Produtor de TSH (tumor hipofisário).
Tireotoxicose:
Como identificar ou descartar hipertireoidismo?
Índice de Captação do Iodo Radioativo (RAIU): cintilografia quantitativa da tireoide, avaliando a % de captação de contraste iodado após 24h, diferente da avaliação imediata para distinguir nódulos quentes de frios.
RAIU 24h:
- Faixa de normalidade? (%)
- Valor no hipertireoidismo?
- Valor no hipotireoidismo?
- 5% a 30%.
- 35% a 95%.
- < 5% (confundindo com tireoidites e tireotoxicose factícia)
Hipertireoidismo:
Principal causa?
Doença de Graves (80%).
sinônimo: Bócio Difuso Tóxico - BDT
Doença de Graves:
Fisiopatologia.
Auto anticorpo estimulador do receptor de hormônio tireoestimulante (TRAb estimulante) se liga ao receptor e aumenta a produção de T3 e T4.
Hipertireoidismo:
Autoanticorpos? (3)
- Anti-receptor do TSH (TRAb) em 90% dos casos;
- Antitireoperoxidase (anti-TPO);
- Antitireoglobulina (anti-TG).
(não são específicos)
Na Doença de Graves, o ______ (Anti-TPO/TRAb) age como um análogo do TSH estimulando a tireoide, enquanto o ______ (Anti-TPO/TRAb) é um marcador genérico de imunidade contra a tireoide, mais característico da Doença de Hashimoto.
TRAB; Anti-TPO.
Hipertireoidismo:
Clínica? (3)
- ↑Receptores β-adrenérgicos: insônia, tremor, taquicardia, sudorese e hipertensão divergente;
- ↑Metabolismo basal: polifagia, emagrecimento e hipercalcemia;
- ↑Produção de calor: intolerância ao calor e ↑temperatura corporal.
Doença de Graves:
Sinais clássicos? (4)
BEBE:
- Bócio Difuso Tóxico (sopro e frêmito);
- Exoftalmia (projeção do globo ocular para fora de sua órbita);
- Baqueteamento digital;
- Edema (mixedema) pré-tibial (sem cacifo/”casca de laranja”).
Hipertireoidismo:
Diagnóstico. (3)
- Clínico primário: TSH baixo + T4L e T3 altos;
- Subclínico primário: TSH baixo + T4L e T3 normais ou pouco altos;
- Central: TSH normal ou alto + T3 e T4L altos.
Hipertireoidismo:
Como diferenciar de Tireoidites?
Captação de iodo radioativo (RAIU):
- Hipertireoidismo: captação aumentada (homogênea);
- Tireoidites: captação reduzida.
Hipertireoidismo:
Como diferenciar de tireotoxicose factícia?
Dosagem de tireoglobulina:
- Hipertireoidismo/tireoidites: elevada;
- Tireotoxicose factícia: reduzida.
Drogas antitireoidianas?
Tionamidas:
- Metimazol (MMZ) - primeira escolha;
- Propiltiouracil (PTU).
Alternativa farmacológica para alérgicos a tionamidas (MMZ/PTU)?
Lítio.
Em quais situações o uso do PTU é preferível ao MMZ?
PTU:
- “Prenhez” (gestantes no 1º trimestre);
- Tempestade tireoidiana (emergência);
- Urticária (alérgicos/intolerantes ao MMZ).
Hipertireoidismo:
Conduta. (2)
- Controlar sintomas: betabloqueador ou BCC (se B-block contraindicado)
- Redução dos hormônios: tionamidas e/ou terapias ablativas (radioiodoterapia e cirurgia).
Hipertireoidismo:
- Tempo para normalização do TSH?
- O tratamento deve ser mantido por quanto tempo?
- 3 meses (deve-se monitorizar a função tireoidiana com T4L);
- 1-2 anos (remissão em 50%).
Complicações relacionadas ao uso de drogas antitireoidianas? (3)
- Agranulocitose (mais temida);
- Colestase.
- Hepatite.
Hipertireoidismo:
Indicações da terapia ablativa? (4)
- Recidiva pós tratamento farmacológico;
- Toxicidade medicamentosa;
- Grandes bócios;
- Não aderência ao tratamento.
Hipertireoidismo:
Contraindicações ao iodo radioativo? (4)
- Gravidez;
- Lactantes;
- Grandes bócios;
- Oftalmopatia grave.
Hipertireoidismo:
Complicações do iodo radioativo? (2)
- Tireoidite por irradiação
E/OU - Piora da oftalmopatia.
Caso seja feito _________ (propiltiouracil/iodo radioativo) em pacientes com grandes bócios, há risco de compressão extríseca da via aérea pela tireoidite e piora da oftalmopatia por Graves, sendo esta tratada com _______ (metimazol/corticoide)
Iodo radioativo; corticoide.
V ou F?
Idosos e cardiopatas que receberão iodo radioativo, devem receber drogas antitireoidianas pelo menos 3 meses antes do procedimento, para evitar a tireoidite por irradiação.
Falso
Idosos e cardiopatas que receberão iodo radioativo, devem receber drogas antitireoidianas pelo menos 1 mês antes do procedimento, para evitar a tireoidite por irradiação.
Hipertireoidismo:
Indicações de cirurgia? (2)
- Sem melhora com tratamento clínico
OU - Contraindicação ao iodo radioativo.
Hipertireoidismo:
- Técnica cirúrgica?
- Preparo pré-operatório?
- Tireoidectomia subtotal ou total (a depender do serviço).
2. Drogas antitireoidianas 6 semanas antes + Iodeto de potássio (Lugol) 7-10 dias antes.
Os betabloqueadores são drogas coadjuvantes no tratamento da doença de Graves, pois agem…
controlando os sintomas adrenérgicos e bloqueando a conversão (T4 → T3).
Betabloqueadores:
Quais usar e dose? (3)
- Propranolol: 20-80mg; 2-4x/dia;
- Atenolol: 25-100mg; 1x/dia;
- Metoprolol: 100-200mg; 1x/dia.
Tionamidas (bloqueador da TPO):
Quais usar e dose? (2)
- Metilmazol:
a. Ataque (4-8 semanas): 40mg/dia;
b. Manutenção: 5-20mg/dia. - Propiltiuracil:
a. Ataque (4-8 semanas): 300-600mg/dia;
b. Manutenção: 100-400mg/dia.
Crise tireotóxica (tempestade tireoidiana)
Exacerbação dos achados da tireotoxicose, com descompensação de um ou mais sistemas.
Crise tireotóxica:
Clínica? (5)
- Alteração neurológica: confusão, delirium, agitação, psicose, estupor e coma;
- Disfunção hepática e gastrointestinal: diarréia, náuseas, vômitos, dor abdominal, icterícia;
- Hipertermia;
- Taquicardia;
- IC de alto débito.
Crise tireotóxica (tempestade tireoidiana):
Tratamento? (4)
- PTU em altas doses;
- Iodo (1h após PTU);
- Beta bloqueador (propranolol);
- Corticoide (dexametasona p/ evitar insuficiência adrenal).
Bócio Multinodular Tóxico (BMT).
Múltiplos nódulos hipercaptantes na tireóide.
Bócio Multinodular Tóxico (BMT):
Principal fator diferenciador entre Doença de Graves?
Epidemiologia:
- Graves: Mulheres de 20-50 anos;
- BMT: Mulheres > 60 anos.
Bócio Multinodular Tóxico (BMT):
Clínica? (4)
Quadro de tireotoxicose menos proeminente + sintomas compressivos:
- Tosse (traqueia);
- Disfagia (esôfago);
- Rouquidão (nervo laríngeo Recorrente).
- Sinal de Pemberton (Congestão facial por ↓retorno venoso da cabeça e pescoço ao elevar MMSS).
Bócio Multinodular Tóxico (BMT):
Diagnóstico?
Cintilografia tireoidiana (múltiplos nódulos hipercaptantes).
Bócio Multinodular Tóxico (BMT):
Tratamento?
- Tireoidectomia subtotal
OU - Radioiodo (se alto risco cirúrgico).
Adenoma tóxico (doença de Plummer).
Nódulo tireoidiano autônomo hiperfuncionante.
Adenoma Tóxico (doença de Plummer):
Clínica?
Tireotoxicose e nódulo palpável.
Adenoma Tóxico (doença de Plummer):
Diagnóstico?
Cintilografia (nódulo hipercaptante).
Adenoma Tóxico (doença de Plummer):
- Tratamento padrão?
- Tratamento, se paciente jovem ou grandes nódulos?
- Iodo radioativo.
2. Lobectomia com istmectomia + injeção de etanol guiado por USG.
Hipertireoidismo secundário:
Tratamento?
Hipofisectomia transesfenoidal.
O hipertireoidismo subclínico aumenta o risco de…
Fibrilação Atrial (FA) e osteoporose.
Hipertireoidismo subclínico:
Indicações de tratamento?
Sintomáticos e assintomáticos com TSH < 0,1 mU/L + pelo menos 1 fator de risco:
- Doença cardiovascular;
- > 65 anos;
- Mulheres pós-menopausa ou com fator de risco para osteoporose.