Hematologia Flashcards

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1
Q

Exame padrão-ouro para dx d eanemia ferropriva e outros exames característicos

A

O exame padrão-ouro para diagnóstico de anemia ferropriva é o mielograma;
○ Então, como interpretar os resultados?
§ Estoque baixo:
● Ferritina baixa;
● Ferro sérico baixo;
● Saturação de transferrina baixa;
● TIBC alto;
● RDW alto;
● Hepcidina baixa.

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2
Q

Principais Etiologias da def de vit B12

A

● Dieta inadequada;
● Insuficiência pancreática;
● Gastrite atrófica;
● Anemia perniciosa;
● Uso de drogas: metformina, bloqueador H2;
● Gastrectomia total ou parcial;
● Ressecção intestinal;
● Infecção por H. Pylori;
● Ileopatias;
● Acloridria gástrica;
● Doença de Crohn;
● Infecção por Diiphytobotrium latum (tênia do peixe);
● Supercrescimento bacteriano;
● Síndrome de alça cega

-> Anemia perniciosa:
○ É a causa mais comum de deficiência de vitamina B12.

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3
Q

Fisiologia da absorção da vit B12

A

A vitamina B12 se conecta ao fator intrínseco produzido pelas células parietais do estômago;
§ Nesse sentido, ao percorrer todo o processo do sistema digestivo e ao final do processo, é absorvida no íleo terminal

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4
Q

Cálculo para correção dos reticulócitos de acordo com o valor da Hb

A

RetxHb/15

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5
Q

Possível etiologia de quadro com redução quantitativa dos precursores eritróides

A

parvovirose (parvovírus B19, eritema infeccioso), causa importante aplasia dos precursores eritróides na medula óssea (principalmente em pacientes com anemia hemolítica crônica como a anemia falciforme)

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6
Q

Provas de hemólise

A

Reticulócitos elevados (acima de 2% ou 100mil), consumo de haptoglobina (se liga a Hb livre para evitar sua toxicidade), aumento de DHL, Aumento de bilirrubina indireta.

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7
Q

Características da anemia hemoítica autoimune

A

Provas de hemólise positiva + Coombs direto positivo (existe subgrupo a variante com Coombs negativo).

Pode ter a hemólise:
- Extravascular (baço): IgG
- Intravascular (com hemoglobinemia, hemoglobinúria, hemossiderinúria): IgM, 50% dos casos são secundários!

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8
Q

Medicamentos maisssociados a anemia hemolítica autoimnune

A

Históricamente: Metildopa e penicilnas
Atualmente: ceftriaxona, piperaciclina, AINE

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9
Q

Tratamento da anemia hemolítica autoimune

A

1° linha: corticoide; 1 – 2 mg/kg/dia;
○ 2° linha: Rituximabe ou imunoglobulina – são igualmente eficazes;
○ 3° linha:
§ Micofenolato de mofetil;
§ Ciclofosfamida;
§ Azatioprina;
§ Esplenectomia.

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10
Q

Características e tratamento da Hemoglobinúria Paroxística Noturna

A

É uma anemia hemolítica crônica adquirida. Afeta o reconhecimento das células como próprias do indivíduo (O CD55 e CD59 localizados na superfície das células impedem a ação do sistema complemento). Ocorre hemólise intravascular

-> aumento da concentração urinária à noite;

-> Dx:
○ Principais exames solicitados:
§ Anemia/reticulocitose;
§ Aumento do DHL;
§ Redução da haptoglobina;
§ Coombs direto negativo.
○ Teste de HAM – teste de Hemolisina Ácida;
○ Citometria de fluxo ou imunofenotipagem –padrão-ouro.

-> Complicações: trombose, anemia ferropênica, LMA

-> Tratamento:
○ Existem 2 terapias validadas para HPN:
§ Eculizumab;
● É um anticorpo monoclonal que impede a clivagem de C5 em C5b;
● Sendo assim, é capaz de impedir a formação da MAC – complexo de
ataque à membrana.
§ Transplante de medula óssea – reservado aos casos refratários.
○ Terapia de suporte: sulfato ferroso + ácido fólico;
○ Não há benefício no uso de corticoide!

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11
Q

Diagnóstico da anemia falciforme

A

○ Eletroforese de hemoglobina;
§ Faz parte do “teste do pezinho”;
○ Aumento da HbF: é protetora à polimerização.

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12
Q

Principais complicações agudas e crônicas da Anemia Falciforme

A

○ Agudas:
§ Acidente vascular cerebral;
§ Síndrome torácica aguda;
§ Crises dolorosas;
§ Priapismo.

○ Crônicas:
§ Úlceras de pele;
§ Complicações da gestação;
§ Dor crônica.

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13
Q

Diagnóstico e tratamento da Síndrome Torácica Aguda na Anemia Falciforme

A

O diagnóstico é definido pela presença de:
§ Imagem pulmonar;
+
§ 1 dos critérios abaixo:
● Tax ≥ 38,5 °C;
● Queda da SpO2 > 3%;
● Taquipneia;
● Esforço respiratório;
● Dor torácica;
● Tosse;
● Sibilos;
● Estridor respiratório.

○ Manejo:
§ Controle álgico e monitorização;
§ Suporte ventilatório  O2 suplementar, VNI, IOT;
§ Antibioticoterapia: TODOS merecem cobertura antimicrobiana de amplo espectro;
● Associação mais comumente utilizada é a de macrolídeos + cefalosporina de 3° geração (ceftriaxona + azitromicina);
● Fluorquinolona de 4° geração  ex.: moxifloxacino.
§ Considerar transfusão, se:
● PaO2 < 70 mmHg;
● Queda de 25% do nível basal de PaO2;
● ICC ou IC direita aguda;
● Pneumonia rapidamente progressiva;
● Acentuada dispneia com taquipneia.
§ Manejo hídrico -> Hidratar, mas com cautela!
§ Profilaxia antitrombótica.

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14
Q

Características e tratamento da Talassemia

A

Microcícita, hipocrômica com RDW normal + presença de codócitos (hemácias em alvo)

○ Há redução de um dos tipos de cadeia de globina  alfa e beta:
§ Alfa-talassemia: pouca alfa e muita beta;
§ Beta-talassemia: muita alta e pouca beta.

Na eletroforese:
○ Na talassemia beta pela realização de eletroforese de Hb, observa-se:
§ Aumento da HbA2;
§ Aumento de HbF – hemoglobina fetal.

 Tratamento:
○ Transfusão crônica.
○ Quelação de ferro;
○ Ácido fólico;
○ Esplenectomia – em casos de aumento da necessidade transfusional;
○ Transplante de medula óssea – forma curativa;
○ Terapia gênica – forma curativa.

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15
Q

Características e tratamento da Esferocitose

A

Alteração no citoesqueleto da hemácia. Hemólise extravascular, esplenomegalia

Diagnóstico:
○ Dado pelo quadro clínico e pela presença dos microesferócitos;
§ História familiar positiva (autossonomica dominande em 75% dos casos).
Lab: VCM normal ou pouco baixo, CHCM ALTO

Tratamento:
○ Nas formas mais graves: suporte transfusional + quelação do ferro;
○ Reposição de ácido fólico 1 mg/dia;
○ Em pacientes sintomáticos: esplenectomia;
§ Após os 5 – 10 anos de idade, com vacinação e profilaxia com pen V oral posteriormente.
OBS.: Deve ser realizada a vacinação para pneumococo, meningococo e H. influenzae tipo B em, pelo menos, 2 semanas antes da cirurgia. É útil para combater a presença de germes encapsulados.

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16
Q

Características e tratamento da Def. de G6PD

A

É a eritroenzimopatia mais comum do mundo;
○ Acomete cerca de 400 milhões de pessoas. Apresenta predominância em indivíduos negros.

Fisiopatologicamente, ocorre precipitação da hemoglobina nas hemácias;
○ Sendo assim, há formação dos corpúsculos de Heinz.
○ A deficiência dessa enzima torna o eritrócito suscetível à oxidação da
hemoglobina por radicais oxidativos;
○ Situações que aumentam o estresse oxidativo:
§ Infecções;
§ Algumas drogas, mais cobradas em prova: PRIMAQUINA, BACTRIN, NITROFURANTOÍNA, NAFTALENO

Hemólise principalmente INTRAVASCULAR

Tratamento:
○ Não há tratamento específico!
§ A medida terapêutica mais importante é a prevenção.

17
Q

Característica da microangiopatia trombótica

A

Presença de ESQUIZÓCITOS na hematoscopia

Principais microangiopatias:
○ PTT – púrpura trombocitopênica trombótica;
○ Síndrome hemolítico-urêmica atípica (SHUa) ou SHU;
○ Microangiopatia induzida por drogas;
○ Associada ao transplante;
○ Associada ao câncer;
○ CIVD - coagulação intravascular disseminada;
○ Hipertensão severa (maligna);
○ Associada aos quadros de pré-eclâmpsia grave, eclâmpsia e síndrome
HELLP.

Provas de hemólise são positivas

18
Q

Características e tratamento da PTT

A

O cerne da doença se concentra na deficiência da metaloprotease ADAMTS13 -> multímeros do Fator de Von Willebrand, de alto peso, agora não clivados, causa o quadro típico da doença, já que são altamente pró- trombóticos.

Diagnóstico:
○ Dosagem dos anticorpos anti-ADAMTS13;
○ Confirma o diagnóstico quando a atividade da enzima ADAMTS13 < 10%.

Principais alterações: Anemia + plaquetopeina + disf. renal + confusão mental + aumento de DHL + esquizócitos + Teste de COOMBS direto negativo

A PTT é uma doença que exige início do tratamento imediato, a partir da suspeita. Pensando nesse contexto, foi criado o PLASMIC SCORE, que estima o risco da ocorrência da doença

Tratamento:
○ É baseado em 2 pilares principais:
§ PLASMAFÉRESE;
● É capaz de remover o anticorpo anti-ADAMTS13;
● Fornece ADAMTS13;
● É fundamental no tratamento dos pacientes, devendo ser iniciada do modo mais precoce possível.
§ Imunossupressão;
● Reduz a produção de novos anticorpos;
● Pode ser realizada com a utilização de corticóide, de modo isolado ou, a depender do serviço, pode ser acrescido do uso de Rituximab.

19
Q

Características da hematoscopia nas diferentes doenças anemicas

A

A deficiência de G6PD está relacionada à presença de hemácias mordidas. Nas anemias hemolíticas imunes tempos esferócitos e na microangiopatia os esquizócitos (também conhecidos como células em capacete). A talassemia como a Hemoglobinopatia C pode gerar hemácias em alvo.

20
Q

Características da policitemia vera

A

presença de mutação no JAK2 V617F e, em uma pequena proporção de pacientes, mutações no éxon 12 observadas nas células
sanguineas, eritrocitose
(hemoglobina elevada e/ou massa eritrocitária); BAIXOS níveis séricos de eritropoietina
(EPO), leucocitose
(especificamente neutrofilia), trombocitose; esplenomegalia.
Outros achados clínicos úteis
são: prurido, muitas vezes provocado por banho quente;
nível elevado de ácido úrico
sérico; saturação de oxigênio arterial normal ou quase normal

21
Q

Microangiopatia trombótica + plaquetopenia + febre
+ alterações neurológicas + injúria renal. A pêntade completa está presente em menos de 10% dos
casos.
• A principal medida no tratamento é a PLASMAFERESE, associada a corticoides e quando disponível
rituximab pode aumentar a taxa de resposta ao tratamento.

A

Púrpura trombocitopenia teombotica
Fisiopatologia: deficiência grave do ADAMTS13. 95% dos casos é adquirida

22
Q

Achados que aumentam a suspeita de anemia megaloblástica

A

Neutrófilos hiperseguimentados, VCM superior a 110

23
Q
A