Geral Flashcards
Epidemiologia, fisiopatologia e clínica da hipercalcemia relacionada à malignidade
• Epidemiologia: muito comum (20-30% dos cânceres), sendo a principal causa de hipercalcemia no paciente internado
• Fisiopatologia: 3 possíveis mecanismos (PTHrP, metástases osteolíticas e produção de vitamina D)
• PTHrP: principal mecanismo (80% dos casos), sendo especialmente importante para o carcinoma espinocelular (pulmão e cabeça/pescoço), causa reabsorção óssea e renal de cálcio
• Metástases osteolíticas: liberação de cálcio do osso por estímulo do câncer nos osteoclastos, acontece muito no câncer de mama
• Mama: pode fazer tanto PTHrP quanto metástases osteolíticas
• Produção de 1,25-dihidroxivitamina D: mecanismo importante para os linfomas
• Clínica: depende do grau da hipercalcemia e da velocidade da instalação, podendo ser desde assintomática, passando por poliúria, polidipsia, hiporexia, náusea e constipação, e chegando até mesmo em alterações do nível de consciência
com coma
Resumo de neutropenia febril
Neutropenia febril: febre maior que 38,3 (um único pico) ou uma temperatura entre 38,0-38,3 (por pelo menos uma hora) +
neutropenia < 500/mm° ou um valor menor ou igual a 1000/mm° com expectativa de queda.
Avaliar risco do paciente: alto X baixo risco.
Escore MASCC: muito importante para as provas!
Se MASCC ≥ 21, baixo risco - tratamento pode ser ambulatorial, caso o paciente tenha rápido acesso ao hospital.
Antibioticoterapia oral.
Se MASCC < 21, alto risco - tratamento hospitalar. Antibioticoterapia endovenosa.
Tratamento no baixo risco: quinolona fluorada + penicilina (Clavulin + Ciprofloxacino)
Tratamento no alto risco: cobertura empírica para gram negativo em monoterapia com beta-lactâmico anti-pseudomonas
(cefepima, pipe-tazo, meropenem, imipenem).
Cobertura para gram positivos? Realizada com vancomicina, apenas quando houver instabilidade hemodinâmica, hemoculturas com gram positivos, mucosite, suspeita de infecção de cateter central, pneumonia ou infecção de pele/tecidos moles.
Cobertura anti-fúngica? Quando houver neutropenia prevista por mais de 7 dias, em pacientes com febre persistente ou recorrente também por mais de 7 dias. Fungos responsáveis pela maioria das infecções fúngicas invasivas nesse contexto:
Candida e Aspergillus spp.
Sindrome da veia cava superior
Mais comuns: Cancer de pulmão ou linfoma não Hogdkin
Edema de face e pescoço, membros superiores e dispneia
Tratamento com radioterapia, stents, anticoagulação e corticoides.
Manejo da síndrome da condução medular neoplásica
Corticoide + definição de terapia a defender da imagem e do tipo de tumor.
Instabilidade: cirurgia;
Estabilidade e neoplasia radiossensível: Radioterapia convencional;
Estabilidade e neoplasia radioresistente ou previamente irradiada: radioterapia estereotáxica ou descompressão cirúrgica
5 reflexos do exame clínico para identificar morte encefálica
○ Dois exames clínicos por médicos (diferentes, ou seja, duas pessoas)
capacitados (neurologistas, neurocirurgiões, emergencistas com curso de capacitação, etc);
○ Uma hora de diferença entre os exames (para pacientes >2 anos de idade)
1 – Reflexo Fotomotor (N. Oculomotor);
2 – Reflexo Córneo-Palpebral;
3 – Óculo-cefálico;
4 – Vestíbulo-calórico;
5 – Tosse.
Após todos esses testes, é necessário fazer o teste de Apneia (apenas UMA vez):
1. Ausência de movimento/drive respiratório;
2. PCO2 na gasometria após tem que ser >55mmHg.
Definição de emergência hipertensiva
Pacientes com pressão sistólica > 180 mmHg ou pressão diastólica > 120mmHg e com sinais de lesão de órgão alvo. Entre os órgãos afetados temos os sistemas:
§ Neurológico
§ Cardíaco
§ Vascular
§ Renal
NÃO EXISTE URGÊNCIA HIPERTENSIVA! TERMO EM DESUSO.
Características importantes da emergência hipertensiva
○ As emergências mais comuns foram os eventos cerebrovasculares e o
edema pulmonar cardiogênico.
Exames: Rx, ECG, Marc. de Necrose miocárdica, outros exames lab, de acordo com o caso
Há alguma causa conhecida para emergência hipertensiva? Exemplos:
EAP hipertensivo; eclâmpsia; dissecção aguda de aorta; infarto agudo do miocárdio; AVC; Crise renal esclerodérmica; intoxicação por simpatomiméticos; hipertireoidismo; dor incontrolável.
○ Há sinal de lesão de órgão alvo?
§ Lesão renal aguda
§ Isquemia (infarto tipo II,ex)
§ Edema pulmonar
§Encefalopatia hipertensiva
Tratamento da emergência hipertensiva
○ Não abaixar a pressão muito rápido
○ Lembrar da regrinha de ouro:
§ 10-20% na primeira hora
§ 5-15% nas primeiras 24 horas até atingir 25% do valor inicial
§ Posterior normalização se possível
O ideal é uso de PIAM
Exceções do tratamento da emergência hipertensiva
§ Acidente vascular encefálico isquêmico
● Se trombólise -> manter PA < 180/100mmHg
● Se não -> tolerar até 220/110mmHg
§ Dissecção aguda de aorta
● A pressão arterial sistólica deve ser reduzida rapidamente para 100-
120mmHg
● Lembrar de sempre utilizar primeiro o betabloqueador e depois o vasodilatador, isso porque o vasodilatador pode vir a causar uma taquicardia reflexa
§ Acidente vascular cerebral hemorrágico
● Normalmente pressão arterial sistólica mantida entre 140-160 mmHg
Metas de PA em AVCh, AVCi e dissecção de aorta (emergências hipertensivas)
- AVC hemorrágico: redução para PAS < 140 mmHg em até 1h
- AVC isquêmico: sem indicação de trombólise (PA < 220×120), com indicação de trombólise (PA < 185×110 mHg), submetidos a trombólise (PA < 180x105 mmHg).
- Dissecção aguda de aorta: alcançar PAS máxima de 120 mmHg em até 20 minutos (associado a controle de frequência cardíaca).
Características e causadores da síndrome colinérgica
Os sintomas mais frequentes são:
-SNC: agitação, desorientação, disartria, alucinações, delirium, psicose, crises convulsivas e coma.
-Vasodilatação cutânea gerando rubor intenso
-Anidrose, culminando com pele seca
-Hipertermia
Olhos: midríase e dificuldade de acomodação visual
-Retenção urinária
-Taquicardia
Principais medicações implicadas na síndrome anticolinérgica: anti-histamínicos, antidepressivos tricíclicos, alguns opióides, relaxante muscular e antipsicóticos.
Critério para usar Acetilcisteina em intoxicação por paracetamol
Recomenda-se dosar nível sérico de acetaminofeno na chegada ao serviço de saúde e 4 horas após.
Os níveis de transaminases podem se elevar de maneira mais tardia, sendo mais adequado se guiar pelos níveis séricos de acetaminofeno.
Casos de uso crônico: Indica-se tratamento nestes casos apenas se o nível sérico de acetaminofeno for > 10 mcg/mL ou se houver elevação de transaminases.
Bizus Geriatria
- A avaliação geriátrica ampla (AGA) aborda os aspectos médico, funcional e psicossocial, bem como fatores ambientais.
*Katz (ABVDs) e Lawton (AIVDs) quanto maior a pontuação, mais independente.
GDS > 5 indica risco de depressão. - TUG (Time UP e GO) ≥ 12s indica risco de quedas.
*MEEM < 20 (para analfabetos) < 25 (para até 4a. de escolaridade) e < 29 (para pacientes com ensino superior) indicam prejuízo cognitivo.
“Valores mágicos” da ventilação mecânica
VC <6mL/kg | Pplateu <30 | DP <15 | pH>7,2
Características da Reação hansênica tipo 1 (reação reversa)
Piora das lesões de pele preexistentes e aparecimento de novas lesões, muitas vezes acompanhada por intensa inflamação de nervos periféricos (neurite).
As lesões cutâneas tornam-se mais visíveis, com coloração eritemato-vinhosa, edemaciadas, algumas vezes dolorosas.
Deve ser instituído imediatamente, por meio de corticosteroides sistêmicos em doses altas, assim como pelo monitoramento clínico e da função neural.