GESTAÇÃO - FARMACOLOGIA CLINICA TE1 Flashcards

1
Q

QUAIS SÃO OS PERIODOS GESTACIONAIS?

A

Pré-embrionário
1a à 2a semana
Concepção → nidação
( fase do “tudo ou nada”)

Embrionário
3a à 8a semana
Organogênese
(Teratogênse)

Fetal
9a à 38a semana
9a semana → parto
Crescimento,
Desenvolvimento
(alterações de função,
alterações morfológicas
menores)

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2
Q

QUAL A FUNÇÃO DA TALIDOMIDA E QUAL A CONSEQUENCIA TERATOGENICA?

A

COMBATER NÁUSEAS E VÔMITOS EM MULHERES
GRÁVIDAS NO INÍCIO DA GESTAÇÃO

MAIS DE 10.000 CRIANÇAS COM DEFORMIDADES, MUITAS
SEM BRAÇOS NEM PERNAS

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3
Q

QUAIS AS ALTERAÇÕES FUNCIONAIS DURANTE A GESTAÇÃO?

A

volumes intravasculares:
- aumenta o volume plasmatico e o volume sanguineo
- aumenta o volume hematico mas em até 30%

alterações cardiovasculares
- aumento do debito cardiaco em até 50%
- alteração do volume sistolico e FC em até 30%

alterações renais
1. hemodinamica renal
- aumento do fluxo sanguineo renal em até 70%
- aumento do diametro em 1cm
- aumento da filtração glomerular em até 50%
- aumento da proteinuria (260mg/24h)

  1. função tubular
    - aumento da glicosuria
    - aumento da bicarbonaturia (acidose metabolica)
    - aumento da calciuria
    - diminuição da osmolaridade plasmatica
  2. função endócrina
    - aumento da renina
    - aumento da eritropoietina
    - aumento da vit d ativa
  • aumento da dimensão pelvicacalicial (direita maior que a esquerda)
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4
Q

QUAIS AS ALTERAÇÕES FARMACOCINETICAS DE ABSORÇÃO DURANTE A GESTAÇÃO?

A

Gestação → AUMENTA progesterona

=>
DIMINUI Esvaziamento gástrico + DIMINUI Motilidade intestinal

&

=>
DIMINUI Secreção H+ → pH gástrico + DIMINUI Produção de muco gástrico

=>
DIMINUI Biodisponibilidade
+ DIMINUI Cmax + AUMENTA Tmax + DIMINUI ASC (pouco reduzida)

&

=>
AUMENTA Ionização de ácidos fracos + DIMINUI absorção de ácidos fracos + AUMENTA absorção de bases fracas

EM SUMA:
* Pouca influência sobre absorção de fármacos de doses repetidas
* Maior influência em fármacos de doses únicas (analgésicos e
anti-eméticos) Tmax e Cmax importantemente alterados.

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5
Q

QUAIS AS ALTERAÇÕES FARMACOCINETICAS DE VIA DE ADM DO FARMACO DURANTE A GESTAÇÃO?

A
  1. Oral:
    Náuses e vômitos → DIMINUI absorção oral de fármacos
  2. Via inalatória:

AUMENTO Débito cardíaco
AUMENTO Volume corrente
=
AUMENTO Captação alveolar de fármacos voláteis

=>
DIMINUI requerimento de anestésicos voláteis
(halotano, p. ex.)

  1. Via intramuscular:

Gravidez -> Vasodilatação -> AUMENTA Perfusão sanguínea muscular -> MAIOR Absorção de fármacos

OBS: HIPOALBUMINEMIA na gravidez

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6
Q

NA GRAVIDEZ COMO FUNCIONA A DISTRIBUIÇÃO DE FARMACOS HIDROFILICOS?

A

Gravidez → expansão do EEC -> AUMENTA Volume de distribuição (Vd) -> AUMENTA Hemodiluição -> DIMINUI CP + DIMINUI albuminemia -> AUMENTO da afinidade -> AUMENTO Biotransformação hepática E da excreção renal

EM RESUMO
AUMENTA o volume de distribuição
AUMENTA o clerance renal
DIMINUI o tempo de meia vida

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7
Q

NA GRAVIDEZ COMO FUNCIONA A DISTRIBUIÇÃO DE FARMACOS LIPOFILICOS?

A

Gravidez → AUMENTA gordura corporal (4kg) -> AUMENTA Volume de distribuição (Vd) -> Pouca importância clínica

EM RESUMO
AUMENTA o volume de distribuição
AUMENTA o clerance HEPATICO
AUMENTA o tempo de meia vida

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8
Q

QUAL A FORMA DE PRESCRIÇÃO DE FARMACOS QUE SÃO BIOTRANSF POR Isoenzimas “CYP 450” E Isoenzimas da “uridina difosfato glucoronosil-trans-
ferase?

A

Isoenzimas “CYP 450” (CYP3A4, CYP2D6 e CYP2C9)
▪ Isoenzimas da “uridina difosfato glucoronosil-trans-
ferase: UGT” (UGT1A4 e UGT2B7)

Fármacos biotransformados por essas enzimas requerem AUMENTO das doses

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9
Q

QUAL A FORMA DE PRESCRIÇÃO DE FARMACOS QUE SÃO BIOTRANSF POR Isoenzimas “CYP 450” CYP1A2 and CYP2C19?

A

Isoenzimas “CYP 450” (CYP1A2 and CYP2C19) 

Fármacos biotransformados por essas enzimas requerem DIMINUIÇÃO das doses

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10
Q

QUAL A FORMA DE PRESCRIÇÃO DE FARMACOS QUE SOFREM EXCREÇÃO RENAL?

A

AUMENTO Excreção de fármacos inalterados (fe) ou hidrofílicos
(penicilina, aminoglicosídeos, lítio, pancurônio e digoxina, p. ex.) -> AUMENTO das doses desses fármacos

EXCREÇÃO RENAL
AUMENTO clerance renal
DIMINUI o tempo de meia vida do farmaco

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11
Q

QUAIS AS PRINCIPAIS FORMAS DE TRANSFERENCIA PLACENTARIA DOS FARMACOS ?

A

O principal mecanismo de
transferência placentária de fármacos é a difusão passiva, mas também
pode ocorrer por difusão facilitada e transporte ativo.

Processos de fagocitose e pinocitose são muito lentos e têm pouca
influência na transferência de fármacos.

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12
Q

QUAIS FATORES SÃO RELEVANTES PARA A TRANSFERENCIA PLACENTÁRIA?

A
  1. Propriedades físico químicas da droga
  2. Taxa que a droga atravessa a placenta e
    quantidade que atinge o feto.
  3. Duração da exposição
  4. Distribuição em diferentes tecidos fetais
  5. Estágio de desenvolvimento da placenta e
    feto
  6. Efeitos de drogas usados em combinação
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13
Q

COMPARAÇÃO DA TRANSFERENCIA PLACENTÁRIA E DA TRANSFERENCIA MAMÁRIA

A

Placentária:
o Peso molecular
o Tamanho molecular
< 400 daltons
o Lipossolubilidade
o Ionização
o Ligação protéica
o Estrutura química
o Alta concentração
sanguínea

Mamária:
o Peso molecular
o Tamanho molecular
< 200 daltons
o Lipossolubilidade
o Ionização
o Ligação protéica
o Alta concentração
sanguínea
o Equilíbrio plasma/leite

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14
Q

QUAIS AS CARACTERISTICAS DO PESO MOLECULAR E PH EM RELAÇÃO A TRANSFERENCIA DE FARMACO?

A

Peso molecular e pH
– Peso 250 – 500 atravessam facilmente se
lipossolúveis, dependendo do grau de ionização.
– 500 – 1000 maior dificuldade
– > 1000 muito difícil atravessar
* Ex: Heparina – grande e polar, incapaz de atravessar a
placenta. Warfarin - teratogênico

– Sangue materno pH 7,4 e sg fetal pH 7,3
* Drogas podem ser mais ionizadas no sangue fetal

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15
Q
A
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15
Q

QUAIS AS CARACTERISTICAS DOS TRANSPORTADORES PLACENTÁRIOS EM RELAÇÃO A TRANSFERENCIA DE FARMACO?

A

Transportadores placentários
– Transportador glicoproteina-P (gen MDR1) –
bombeia para fora da circulação placentária
drogas como vinblastina e doxorrubicina.

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16
Q

QUAIS AS CARACTERISTICAS DA LIGAÇÃO COM PROTEÍNAS PLASMÁTICAS EM RELAÇÃO A TRANSFERENCIA DE FARMACO?

A

Ligação com proteínas plasmáticas
– Dependente da lipossolubilidade e grau de
ionização.
– Diferente afinidade pelas proteinas fetais: ligam-se
menos à albumina fetal (sulfas e barbitúricos)

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17
Q

QUAIS AS CARACTERISTICAS DA ÁREA DE SUPERFICIE EM RELAÇÃO A TRANSFERENCIA DE FARMACO?

A

Área de superfície, espessura e fluxo sanguíneo-
modificáveis durante o curso da gestação:

– Área varia de 3,4m2 na 28 semana a 12,6 m2 no
termo.
– Fluxo aumenta de 50 ml/min na 10 semana para
600 ml/min no termo.

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18
Q

QUAIS SÃO AS DISPOSIÇÕES DOS FARMACOS NO FETO?

A
  • 40 – 60% sg da veia umbelical passa pelo
    fígado, o restante pelo “ductus venosus”
    para o coração e cérebro
  • Biotransformação hepática diminuída
  • Excreção renal
  • Recirculação no líquido amniótico/ shunt
    placentário
  • Menor ligação a proteínas plasmáticas
  • Maior captação tecidual
  • Barreira hematoencefálica mais permeável
19
Q

QUAIS FATORES LEVAR EM CONSIDERAÇÃO AO PRESCREVER FARMACOS NA GESTAÇÃO?

A
  • Terapêutica materna e/ ou fetal
  • Investigação com limitações éticas e
    metodológicas.
  • Informações baseadas em estudos pré clinicos
    (in vitro e in vivo), estudos clínicos
    observacionais.
  • Em 90% dos novos medicamentos não se
    determinaram riscos de teratogenia.
20
Q

QUAIS AS PRINCIPAIS OBJETIVOS DE TERAPEUTICAS FETAIS ?

A
  • Estimular maturidade pulmonar fetal em pré
    termos (corticóides).
  • Induzir enzimas hepáticas responsáveis pelo
    metabolismo das bilirrubinas, com menor
    incidência de icterícia neonatal (fenobarbital).
21
Q

O QUE É A TERATOGENESE?

A

TERATOGÊNESE:
Disgenesia (anomalia do desenvolvimento) estrutural e/ou funcional dos
órgãos e sistemas fetais, podendo surgir deformidades corporais no feto.

22
Q

O QUE SÃO TERATOGENOS?

A

TERATÓGENOS:
Substâncias, micro-organismos, agentes físicos ou estados de deficiência,
capazes de induzir a formação de estruturas e funções anormais no feto.

23
Q

QUAIS AS CONSEQUENCIAS DA TERATOGENESE?

A
  • Anormalidades anatômicas grosseiras
  • Deficiências funcionais
  • Restrição de desenvolvimento intra-uterino
  • Aberrações comportamentais
  • Morte fetal
24
Q

QUAIS FATORES FOMENTAM A TERATOGENESE?

A

Expressão depende:
*Idade embrionária da exposição
*Duração e dose da exposição
*Suscetibilidade genética

25
Q

QUAIS OS 6 MECANISMOS TERATOGENICOS?

A
  1. Antagonismo de folatos
  2. Lesão de células da crista neural
  3. Lesão endócrina
  4. Estresse oxidativo
  5. Lesão vascular
  6. Lesão dependente da interação receptor-
    enzima
26
Q

QUAIS AS CATEGORIAS DE RISCOS DE USO DE FÁRMACOS NA GRAVIDEZ
(FDA: Drug and Food Administration (USA))?

A

Risco A: estudos controlados não demonstram risco. Estudos adequados e
bem controlados em gestantes não têm demonstrado ou evidenciado
nenhum risco ao feto.
ex.: cefalosporinas, nistatina, penicilinas

Risco B: sem evidência de risco em humanos. Ou os achados em animais
demonstram risco, mas os achados em humanos não, ou se estudos
adequados em humanos não têm sido realizados, achados em animais são
negativos.
ex.: anfotericina B, etambutol, carbamazepina,
primidona

Risco C: risco não pode ser excluído. Faltam estudos em humanos, e os
estudos em animais são positivos para o risco fetal ou estão ausentes
também. Contudo, potenciais benefícios podem justificar o risco potencial.
ex.: gentamicina, amicacina, fenitoína
(Aqui estão incluídos fármacos recentemente lançados
no mercado e/ou ainda não estudados)

Risco D: evidência positiva de risco. Dados de investigação ou relatados,
posteriormente, mostram risco ao feto. Ainda assim, potenciais benefícios
podem ter mais valor que o risco em potencial.
ex.: inibidores da ECA, metimazol, amiodarona, ácido
valpróico

Risco X: contra-indicação absoluta em gravidez. Estudos em animais ou
humanos mostram um risco fetal que claramente suplanta qualquer
possível benefício à paciente.
ex.: talidomida, tetraciclinas, amantadina (antiviral),
citostáticos, retinóides (isotretinoína/etretinato)

27
Q

QUAIS AS CONSEQUENCIAS DO USO DE HORMONIOS SEXUAIS OU ESTATINAS DURANTE O PRIMEIRO TRIMESTRE DA GESTAÇÃO?
VACTERL

A

V Anomalias Vertebrais
A Atresia Anal
C Anomalias Cardiovasculares
T Fístula Traqueobrônquica
E Atresia Esofágica
R Anomalias Renais
L Defeitos das extremidades (Limbs)

Estrógenos: estinilestradiol, estilbestrol. Progestógenos: medroxiprogesterona,
exceto a didrogesterona. Maior incidência em mães diabéticas e na trissomia 18.

28
Q

QUAIS AS PORCENTAGENS DE RISCO DO USO DE ALCOOL NA GRAVIDEZ E SUAS PRINCIPAIS CONSEQUENCIAS?

A
  • Ingesta moderada (30 – 60 ml/dia) – risco de
    10%
  • Ingesta crônica – risco de 40% (microcefalia/
    baixa estatura)
  • Aborto espontâneo
  • Anormalidades cranio-faciais
29
Q

QUAIS AS CARACTERISTICAS FISICAS DA SD ALCOOLICA FETAL?

A
  • Retardo do crescimento intra-uterino
  • Retardo mental
  • Microcefalia
  • Hipoplasia maxilar
  • Fissuras palpebrais
  • Anomalias cardíacas
30
Q

QUAL A FISIOPATOLOGIA DA SD HIDANTIÍNICA FETAL?

A
  • Liga-se 90% às proteínas plasmáticas
  • Gravidez:
    – Volume plasmático aumentado =  Cp
    – Ligação às proteínas plasmáticas diminuída
    e clearance corporal aumentado =  Cp
  •  Ligação à proteína plasmática = [livre] = disponibilidade
    para biotransformação
  • Médico → aumento de dose (650mg/dia - 1300 mg/dia)
  • Dose maior =  quantidade de medicamento disponível
    para transpor a barreira placentária
  • Possibilidade: Síndrome Hidantoínica Fetal
31
Q

QUAIS AS CARACTERISTICAS FISICAS DA SD HIDANTIÍNICA FETAL?

A
  • Hipertelorismo
  • Lábio leporino/fenda palatina
  • Cardiopatia
  • Espinha bífida
  • Redução de membros
  • Polidactilia
  • Hipospádia
  • Coagulopatia/deficiência de folatos
32
Q

QUAIS AS CONSEQUENCIAS DO USO DE CAFEINA NA GESTAÇÃO?

A
  • Grande consumo → dificuldade para engravidar
  • Cafeína atravessa a barreira placentária podendo
    atingir o feto
  • Associação entre uso abusivo de cafeína e aborto
  • Ingestões inferiores a 250 ml de café por dia: não
    são associadas a abortamento
33
Q

QUAIS AS CONSEQUENCIAS DO USO DE CIGARRO NA GESTAÇÃO?

A

Maior risco:
*Aborto espontâneo
*Parto prematuro, baixo peso
*Maior mortalidade PERINATAL
*Maior risco de Sind. de Morte Súbita

34
Q

QUAIS AS CONSEQUENCIAS DO USO DE COCAÍNA NA GESTAÇÃO?

A

Maior risco:
*Vasoconstrição na placenta, aborto espontâneo
*Parto prematuro, baixo peso.
*Mal formações gênito urinárias
*Retardo de desenvolvimento neurológico e
comportamental.

35
Q

QUAIS OS Fatores que afetam a transferência de
fármacos para o leite materno?

A
  • Menor pH que o plasma (0,2 < plasma)
  • Não ionizados (bases fracas)
  • Ligação à proteínas plasmáticas
  • Baixo peso molecular
  • Lipossolubilidade
  • Bases fracas
36
Q

QUAIS AS VARIÁVEIS DE CONCENTRAÇÃO DOS FÁRMACOS NO LEITE MATERNO?

A
  • Razão Leite/Plasma: qtdade da droga
    transferida do plasma para o leite
  • Dose relativa do lactente: % da dose materna
    recebida pelo lactente em 24h (até 10%). Acima de
    25% risco elevado.
  • Índice de exposição: razão leite/plasma
    clearance do lactente

Atenção em prematuros e doentes.

37
Q

COMO É O METABOLISMO FARMACOLOGICO NO NEONATO?

A
  • Clearance estimado em 5, 10, 33, 66 e 100%
    dos adultos em 24-28, 34-40, 40-44, 44-68 e >
    68 semanas após a concepção
    respectivamente.
  • Meia vida da cafeína: 90 h no neonato e 2,6h
    aos 6 meses de idade.
38
Q

QUAIS AS CATEGORIAS DE RISCO DE FARMACOS NA AMAMENTAÇÃO?

A

S = farmaco seguro, compatível com a amamentação

S? = segurança desconhecida, ausencia de literatura disponivel

S* = possibilidade de significantes efeitos para lactentes, cautela na amamentação

NS = inseguro para lactentes, farmaco contra-indicado ou requer interrupção da amamentação

39
Q

QUAIS OS Fármacos com risco de redução da produção láctea?

A

Álcool
Bromocriptina
Bupropiona
Cabergolina
Ergometrina
Ergotamina
Estrogênios
Levodopa
Lisurida
Modafinila
Nicotina
Pseudoefedrina
Testosterona

40
Q

O QUE SÃO GALACTOGOGOS?

A

Substâncias que auxiliam o início e a manu-
tenção da produção adequada de leite.

Atuam como antagonistas dopaminérgicos,

reduzindo a ação inibitória da dopamina so-
bre a secreção de prolactina.

Ex.: Metoclopramida (não usar por mais que
3 semanas), domperidona, metildopa,
sulpirida.

41
Q

QUAIS AS Orientações na prescrição de fármacos
durante lactação?

A
  • Estimular amamentação.
  • Fármacos com dose relativa do lactente <10 %
  • Preferir fármacos com meia vida curta, alta ligação às
    proteínas, baixa biodisponibilidade oral e alto peso molecular.
  • Fármacos que tenham dados de segurança conhecidos.
  • Se a droga tiver meia vida curta utilizar logo após a mamada.
    ou antes de um período prolongado de sono do lactente.
  • Cuidado especial com baixo peso e prematuros devido
    imaturidade.
  • Discutir risco/ benefício com a paciente e a família e solicitar
    consentimento informado.
42
Q

QUAIS Os seguintes aspectos práticos podem auxiliar na tomada de decisões quanto ao uso de fármacos na mulher que está amamentando?

A
  • Avaliar a necessidade da terapia medicamentosa. Neste caso, a consulta entre o
    pediatra e o obstetra ou clínico é muito útil. A droga prescrita deve ter um benefício
    reconhecido na condição para a qual está sendo indicada.
  • Preferir uma droga já estudada e sabidamente segura para a criança, que seja
    pouco excretada no leite materno. Por exemplo, prescrever acetominofen em vez de
    aspirina, penicilinas em vez de cloranfenicol.
  • Preferir drogas que já são liberadas para o uso em recém-nascidos e lactentes.
  • Preferir a terapia tópica ou local, em vez de oral e parenteral, quando possível e
    indicado.
  • Programar o horário de administração da droga à mãe, evitando que o pico do
    medica- mento no sangue e no leite materno coincida com o horário das mamadas.
  • Optar, quando possível, por preparações contendo apenas um fármaco. Assim,
    prescrever apenas dipirona em vez de associação dipirona, prometazina e adifenina.
  • Considerar a possibilidade de dosar a droga na corrente sanguínea do lactente
    quando houver risco para a criança, como nos tratamentos maternos prolongados, a
    exemplo do uso de anticonvulsivantes.
  • Orientar a mãe para observar a criança com relação aos possíveis efeitos
    colaterais, tais como alteração do padrão alimentar, hábitos de sono,
    agitação, tônus muscular e dis- túrbios gastrintestinais.
  • Evitar drogas de ação prolongada por causa da maior dificuldade de
    serem excretadas pelo lactente. Por exemplo, preferir midazolam em vez
    de diazepam.
  • Escolher medicamentos pouco excretados para o leite materno.
    Antidepressivos como sertralina e paroxetina possuem níveis lácteos mais
    baixos que a fluoxetina.
  • Orientar a mãe para retirar o seu leite com antecedência e estocar em
    congelador para alimentar o bebê no caso de interrupção temporária da
    amamentação, conforme as reco- mendações dos bancos de leite humano
    (http://www.bvsam.icict.fiocruz.br/normastecnicas/ doadoras.pdf).
    Sugerir ordenhas frequentes e regulares para manter a lactação.
  • Informar os pais sobre a ausência de informações sobre o fármaco
    prescrito para uso durante a amamentação ou os riscos de possíveis
    efeitos adversos sobre o lactente, principalmente em medicamentos de
    uso crônico.
43
Q

QUAIS FARMACOS DEVEM-SE EVITAR DURANTE A AMAMENTAÇÃO?

A
  • Descongestionates – pseudoefedrina
  • Alcalóides do ergot (agonistas
    dopaminérgicos) – bromociptina, ergotamina
  • Estrogênio – antiprolacrinogênico
  • Antineoplásicos e radiofármacos
44
Q

AMOXICILINA/ÁCIDO CLAVULÂMICO, DICLOFENACO DE SÓDIO, ÁCIDO VALPRÓICO, CLORANFENICOL, ATORVASTATINA, DOXICICLINA

A

AMOXICILINA/ÁCIDO CLAVULÂMICO

Gravidez - Risco B: compatível.

Amamentação: compatível em doses habituais.

DICLOFENACO DE SÓDIO:

Gravidez - Risco B/D: a partir do 3o trimestre inibe a síntese de prostaglan-
dinas; prolonga a gravidez, determina oligúria fetal, oligo-hidrâ-
mnio, dismorfoses faciais, contratura muscular, fechamento pre-
maturo do ducto arterioso intra-útero e hipertensão pulmonar
primária do RN. Avaliar risco/benefício.

Amamentação: compatível em doses habituais.

ÁCIDO VALPRÓICO:

Gravidez - Risco D: defeitos no tubo neural, cardiovasculares, vias
urinárias, dismorfismo facial, hidrocefalia, braquicefalia.

Amamentação: compatível em doses habituais.

CLORANFENICOL:

Gravidez - Risco C/D: não é teratogênico; ministrado na proximidade
do parto prematuro pode promover colapso cardiovascu-
lar, respiração irregular, cianose - síndrome cinzenta do
RN - podendo chegar ao óbito. Avaliar risco/benefício.

Amamentação: doses habituais, uso criterioso; monitorar o lactente
e a mãe devido aos efeitos colaterais possíveis, como
aplasia de medula óssea.

ATORVASTATINA:

Gravidez - Risco X: inibe a velocidade do processo de síntese hepática
do colesterol, promovendo a redução dos níveis sanguíneos;
além disso, aumenta a síntese dos receptores de LDL, ele-
vando sua depuração. Associação VACTERL. Contra-indicado.

Amamentação: não há dados disponíveis.

DOXICICLINA:

Gravidez - Risco X: inibição de crescimento da fíbula, prematuridade,
óbito intra-uterino; descoloração do esmalte dentário na
primeira dentição; contra-indicado.

Amamentação: compatível em doses habituais.