ANTI-HIPERTENSIVOS - FARMACOLOGIA CLÍNICA Flashcards

1
Q

MECANISMO DE REGULAÇÃO DA PA

A

 PA = Débito cardíaco (DC) X
Resistência à passagem do
sangue através das arteríolas pré
capilares (RVP)

 Fisiologicamente o DC e a RVP
são mantidos minuto a minuto
pelas arteríolas (1) vênulas pós
capilares (2) e coração (3)

 Os rins são o quarto sítio –
controle do volume do fluído
intravascular.

 Mecanismos humorais e
barorreflexos, s. simpático e o sistema renina –angiotensina-
aldosterone regulam os quatro sítios

 Agentes locais como óxido nítrico.

 Todos antihipertensivos agem
interferindo com os mecanismos
normais.

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2
Q

CONCEITO E ETIOLOGIA DA HAS

A

CONCEITO: É uma doença de adaptação que se
caracteriza por elevação da PA e má perfusão
tecidual
ETIOLOGIA: 90% de causa desconhecida, 10-15%
dos pacientes é possível estabelecer-se uma causa
específica para hipertensão

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3
Q

DIAGNOSTICO DE HAS

A

DIAGNÓSTICO: Baseia-se em medidas repetidas e
reprodutíveis de elevação da PA.

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4
Q

METAS TERAPEUTICAS

A

Hipertensos estágios 1 e 2 com risco cardiovascular
baixo e médio: < 140/90 mmHg

Hipertensos e comportamento limítrofe com risco
cardiovascular alto, muito alto, ou com três ou mais
fatores de risco, DM, SM, ou LOA
Hipertensos com insuficiência renal com proteinúria
> 1,0 g/l: 130/80 mmHg

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5
Q

DECISÃO TERAPEUTICA BASEADA NOS RISCOS

A

Sem risco adicional: Tratamento não medicamentoso isolado

Risco adicional baixo: Tratamento não medicamentoso isolado por
até seis meses. Se não atingir a meta, associar tratamento medicamentoso

Risco adicional médio, alto e muito alto: Tratamento não medicamentoso + medicamentoso

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6
Q

MECANISMO DE AÇÃO DOS FÁRMACOS BASEADO NA FISIOPATOLOGIA DA FÓRMULA DA PA

A

PA = DC x RVP

Fármacos ↓ PA por meio de suas ações sobre o DC ou RVP ou
ambos.
 ↓ DC → ↓contratilidade miocárdio ou ↓pressão de enchimento
ventricular —-> ↓pressão de enchimento ventricular → ↓ tônus venoso ou sobre o volume sanguíneo → efeitos renais.

 ↓ RVP
 ação sobre músculo liso dos vasos → relaxamento vascular.
 ação SNC (simpático)

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7
Q

ESCOLHA DOS FÁRMACOS BASEADO NA FISIOPATOLOGIA DA FÓRMULA DA PA -»> DC

A

PA = DC X RVP
1. Atividade cardíaca - Freq. Card. Contratil.
- Beta Bloq.
- Bloq. C. Ca
- At. Adrenérgica C

  1. Volume circulante - Sal/Aldosterona
    - IECA
    - Diureticos
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8
Q

ESCOLHA DOS FÁRMACOS BASEADO NA FISIOPATOLOGIA DA FÓRMULA DA PA -»> RVP

A

PA = DC x RVP

  1. Hormônios
    - vasodilatores
    - prostaglandinas
    - IECA
    - boq. C. Ca
  2. SNC
    - Atividade Adrenérgica central
  3. Local de ação
    - Atividade Adrenérgica periférica
  4. Simp. periférico - Receptores alfa beta
    - alfa bloq.
    - beta bloq.
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9
Q

CLASSES DE ANTI-HIPERTENSIVOS

A

 Diuréticos
 Bloqueador de canais de cálcio
 IECA
 BRA
 Inibidores diretos da renina
 Inibidores adrenérgicos
- De ação central – agonistas alfa2 centrais
- Bloqueadores alfa adrenérgicos
- Beta bloqueadores
- Alfa bloqueador e beta bloqueador
 Vasodilatadores diretos

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10
Q

CLASSIFICAÇÃO DOS BCC

A

 Difenilaquilaminas : Verapamil
 Benzodiazepinas: Diltiazen
 Di-hidropiridinas:
1 Geração: Nifedipino e nicardipino
2 Geração: Isradipino, Nisoldipino, Nitrendipino,
Manidipino.
3 Geração: Felodipino, Amlodipino
4 Geração: Lercanidipino, lacidipino.

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11
Q

MECANISMO DE AÇÃO DOS BCC

A

 Inibição do influxo do cálcio nas células musculares
lisas vasculares – canal de cálcio voltagem
dependente tipo L (quatro subunidades),
extendendo o período de relaxamento , redução
da contratilidade cardíaca e na condução. Reduz
consumo O2.
 Músculo liso arterial mais responsivo que o venoso.
 Vasodilatação de arteríolas de resistência diminui
RVP e diminui PA, diminui tensão na parede sistólica
ventricular e diminui a demanda de O2.
 Dilatação de artérias coronarianas – aumenta
suprimento de O2.
 Músculo esquelético não é afetado
significativamente.
 Bloqueio pode ser parcialmente revertido pela
infusão de cálcio e por simpatomiméticos.

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12
Q

FARMACOCINÉTICA DOS BCC

A

 Extenso efeito de primeira passagem, alta ligação a
proteínas e metabolismo intenso.
 Nifedipina e verapamil eliminados pelos rins,
diltiazem excretado pelo fígado.
 Anlodipino e nifedipino tem perfis
farmacodinâmicos semelhantes mas diferem no
perfil farmacocinético:
 Anlodipino – alta biodisponibilidade, efetiva em doses mais
baixas, concentração plasmática máxima tardia e início
lento de ação – menos taquicardia reflexa.
 Degradação hepática lenta de anlodipino -> meia vida
plasmática maior e duração de ação longa – dose única

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13
Q

Dihidropiridínicos X Verapamil /Diltiazem

A

Dihidropiridínicos: maior efeito (especificidade)
na musculatura lisa vascular, nifedipina de
ação rápida aumenta risco de IAM. Não
afetam condução AV.

Verapamil /Diltiazem: ação na condução
cardíaca

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14
Q

USO TERAPEUTICO DOS BCC

A

Usos clínicos:

Angina

HAS

Taquiarritmias supraventriculares
Cardiomiopatia hipertrófica

Enxaqueca
Fenômeno de Raynaud

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15
Q

REAÇÕES ADVERSAS DOS BCC

A

Reações adversas:
 Efeitos cronotrópicos e inotrópicos negativos em
excesso (verapamil e diltiazem), agrava IC,
bradicardia e BAV.
 Rubor por relaxamento excessivo do musc liso de
vasos cutâneos. Edema maleolar, cefaléia e
tonturas.
 Hipercromia terço distais de mmii, hipertrofia
gengival
 Constipação relaxamento excessivo dos vasos no
trato GI (principalmente verapamil)

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16
Q

SISTEMA RENINA ANGIOTENSINA ALDOSTERONA

A

 Renina enzima proteolítica (angiotensinogenase)
 Produzido pelo aparelho justaglomerular
 Secretada em resposta:
 Redução na PA
 Redução do Na+ na mácula densa
 Aumento da atividade simpática
 Renina age na proteína – Angiotensinogênio - decapeptídeo
Angiotensina-I
 Angiotensina-I convertida em Angiotensina-II (octapeptide)
pela ECA (presente na superfície luminal do endotélio
vascular)
 Degradação da Angiotensina-II pelas peptidases produz
Angiotensina-III
 Angiotensina-II e Angiotensina-III estimulam secreção de
Aldosterona (equipotentes)
 AT-II meia vida muito curta – 1 min

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17
Q

FUNÇÕES DA Angiotensina-II

A
  1. Potente vasoconstritor particularmente arteriolar
     Potente vasopressor, promove reabsorção de Na+ e água
     Aumenta contração miocárdica (promove influxo de
    CA++) e aumenta FC pela atividade simpática
  2. Estimula liberação de Aldosterona – retenção de
    Na++
  3. Vasoconstrição de arteríolas renais
  4. Diminui liberação NO
  5. Diminui Fibrinólise
  6. Induz sede e liberação de ADH
  7. Efeito Mitogênico – proliferação celular
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18
Q

MECANISMO DE AÇÃO DOS IECA

A

 Inibem a peptidil dipeptidase que hidroliza A I em AII
e inativa a bradicinina (vasodilatador que libera
óxido nítrico e prostaciclina) – reduzem RVP

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19
Q

PRINCIPAIS IECAS

A

 Enalapril, benazepril, fosinopril, perindopril, quinapril,
ramipril e trandolapril – pró drogas, convertidas em
agentes ativos por hidrólise no fígado.
 Não induzem reflexo simpático, seguros em
isquemia miocárdica.

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20
Q

FARMACOCINETICA DOS IECAS

A

 Farmacocinética:
 Disponibilidade apenas oral, 70% - 75%
absorvida
 Parcialmente absorvida e parcialmente
excretada inalterada na urina
 Alimentação interfere com sua absorção
 Meia vida: 2 Hrs, ação permanece 6-12
Hrs

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21
Q

MEIA VIDA DO ENALAPRIL

A

Enalapril: pico em 3-4 horas, meia vida em
torno de 11h, 10-20mg 1-2 x dia.

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22
Q

EXCREÇÃO DOS IECAS

A

Exceto fosinopril e moexipril, todos os outros
tem eliminação renal.

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23
Q

REAÇÕES ADVERSAS DOS IECAS

A

Reações adversas
 Hipotensão severa em pctes hipovolêmicos,
LRA
 Hipercalemia
 Tosse por vezes com sibilos e angioedema
(bradicinina)
 Contraindicados na gravidez
 Captopril: em altas doses pode causar
neutropenia e/ou proteinúria.

24
Q

USO TERAPEUTICO DOS IECAS

A

Uso clínico:
HAS/ ICC
DRC
DM com albuminúria.

25
Q

INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA DOS IECAS

A

Interações: suplementos de potássio, diuréticos
poupadores de K. AINES podem reduzir
efeito hipotensor por bloqueio bradicinina

26
Q

VANTAGENS DOS IECAS

A

 Sem hipotensão postural (sem fadiga)
 Seguro em asmáticos e diabéticos
 Prevenção de hiperaldosteronismo secundário e
perdas de K+
 Perfusão renal bem mantida
 Reverte a hipertrofia ventricular
 Não causa hiperuricemia ou efeitos no perfil
lipídico
 Não causa hipertensão rebote
 Mínima alteração da qualidade de vida

27
Q

MECANISMO DE AÇÃO DOS Bloqueadores dos
receptores de angiotensina

A

Bloqueio de receptores AT1, não tem efeito no
metabolismo da bradicinina.

28
Q

PRINCIPAIS BRA

A

Losartan, Valsartan, Candesartan, Eprosartan, Erbesatan,
Telmisartan e Olmesartan

29
Q

REAÇÃO ADVERSA DOS BRA

A

Reações adversas: similares ao IECA, tosse e
angioedema podem ocorrer menos
comumente.

30
Q

BRA x IECAs

A

 BRA x IECAs:
 Tosse rara – sem interferencia com bradicinina e outros
substratos da ECA
 Inibição completa de AT1
 Resulta em ativação indireta de AT2 – vasodilatação
(benefício adicional)
 Benefício clínico BRA sobre IECA – não conhecido!!

 FC permanece inalterada e não altera reflexos CVs
 Sem efeito significante no perfil lipídico plasmático,
sensibilidade à insulina e tolerância aos carbohidratos.
 Leve efeito uricosúrico (LOSARTAN)

31
Q

CLASSIFICAÇÃO DOS FARMACOS Sistema Nervoso Simpático
Receptores Adrenérgicos

A

 Alpha 1 = vasoconstrição
 Alpha 2 = feedback/vasodilatação
 Beta 1 = aumento da frequência
cardíaca
 Beta 2 = broncodilatação

32
Q

FUNÇÃO DO BETA 1

A

 Beta 1:
 Aumento do DC por aumento da FC e do vol.
ejetado em cada batimento.
 Liberaçao de renina nas células justaglomerulares.
 Lipólise no tecido adiposo

33
Q

FUNÇÃO DO BETA 2

A

 Relaxamento da musc. Lisa (Broncodilatação)
 Lipólise no Tec. Adiposo.
 Relaxamento GI, esfincter urinario e útero gravídico.
 Relaxamento da parede da bexiga
 Dilatação das art. do musc. Esquelético.
 Glicogenólise e gliconeogênese
 Aumento da secreção de renina.
 Inibição da liberação de histamina nos mastócitos.

34
Q

FUNÇÃO DO ALFA-METILDOPA - AGONISTA ALFA

A

Alfa-Metildopa (pró droga):

  • Precursor inativo da alfa metilnorepinefrina, efeito
    máximo em 4-6 h
  • Convertida em alpha methyl noradrenaline que age
    em receptores alpha-2 pré sinápticos no cérebro
    (núcleo do trato solitário) e causa inibição da
    descarga adrenérgica na medula – queda na RVP e
    PA
  • Induz aumento da atividade parassimpática.
35
Q

USO TERAPEUTICO E EFEITOS ADVERSOS DO ALFA-METILDOPA - AGONISTA ALFA

A

 Uso clínico: gestação, mulheres em idade
fértil.

 Reações Adversas: hipotensão postural em
pctes depletados, sedação, pesadelos,
depressão, vertigem, sinais extrapiramidais,
galactorréia, impotência, coombs positivo
(10 – 20% dos pactes com mais de 12 meses
de tto – anemia hemolítica), disfunção
hepática, febre.

36
Q

CLASSIFICAÇÃO DOS BETA BLOQUEADORES

A

a) Não seletivos
 Bloqueio β1, encontrados principalmente no
miocárdio
 Bloqueio β2, encontrados no músculo liso, nos
pulmões, nos vasos sanguíneos e em outros órgão.
 Apresentam efeitos periféricos mais acentuados
como aumento da resistência arterial periférica e
broncoconstrição.
 Exemplos: propranolol, nadolol e timolol.
 Pindolol, se destaca por apresentar atividade
simpatomimética intrínseca, agindo como um
agonista adrenérgico parcial e, portanto,
apresentando menos bradicardia e
broncoconstrição que os demais betabloqueadores
desta categoria.

b) Cardiosseletivos (atenolol, metoprolol, bisoprolol
e nebivolol)
Bloqueiam apenas os receptores β1 adrenérgicos,
presentes em maior parte no coração, no sistema
nervoso e nos rins e, portanto, sem os efeitos de
bloqueio periférico indesejáveis.
Doses muito altas podem também ter ação nos
receptores β2.

c) - Ação vasodilatadora:
Nebivolol: produção de óxido nítrico pelo
endotélio.
Carvedilol e o labetalol: bloqueio Alfa1 periférico.

37
Q

FARMACODINAMICA DOS BETA BLOQ

A

 Redução da condução AV
 Reduzem o débito cardíaco
 Antagonizam a liberação de renina
 Opõe-se à vasodilatação mediada por β2
 Aumento da resistência nas vias aéreas
 Reduzem a pressão intraocular
 Inibem a estimulação da lipólise pelo SNA,  HDL  VLDL.
 Diminuem a capacidade de recuperação da
hipoglicemia (glucagon?)

38
Q

FARMACOCINETICA DOS BETA BLOQ

A

Absorção: boa por VO, concentrações máximas em 1 -3h
após a ingestão.
Biodisponibilidade:
 PPL efeito de primeira passagem, variação entre indivíduos.
 Solubilidade em água ou lipídios de cada BBC determina sua
biodisponib. e perfil de efeitos colaterais.
 Lipossolubilidade determina o grau de penetração no SNC e
efeitos colaterais (letargia, pesadelos, confusao e depressão).
 Propranolol é muito lipossoluvel, metoprolol moderada .
 Atenolol é hidrossoluvel, com menor penetração tissular, meia vida
mais prolongada e menos efeitos em SNC
Distrib. e depuração:
PPL e metoprolol extenso metab. hepático
(hepatopatas !!)
Nadolol excretado inalterado na urina

39
Q

ATUAÇÃO DO PROPRANOLOL

A

 Protótipo dos betabloq.
 Biodisponibilidade baixa e dose dependente
 Apresentações de liberação prolongada
 Bloqueio β não seletivo. Rebote na retirada.
 Reduz PA por reduzir débito cardíaco.
 Inibe produção de renina β1

40
Q

REAÇÃO ADVERSA DO DO PROPRANOLOL

A

Reações Adversas: bloqueio β cardíaco, vascular e
pulmonar. Disfunção erétil. Cuidado: pctes com
bradicardia ou dist. de condução cardíaca; asma,
insuf. vasc. periférica, DM.

41
Q

USO TERAPETICO DO PROPRANOLOL

A

Outras indicações:
 Tremor essencial
 Prolapso de válvula mitral
 Sínd. Hipercinéticas (Hipertieoidismo e S. Pânico)
 Cefaléia de origem vascular
 Hipertensão portal.

42
Q

OUTROS FARMACOS BETA BLOQUEADORES

A

Nadolol e timolol
 Não seletivos, mais potentes que Propranolol

Metoprolol e Atenolol
 Cardioseletivos (β1 seletivos)

Carvedilol, labetolol e nebivolol
 Meia vida de 6-8h.
 Ação vasodilatadora por antgonismo alfa 1 periférico
(carvedilol e labetolol) e por produção de óxido nítrico
(nebivolol)
 Extenso metabolismo hepático (citocromo P450 2D6),
interação com drogas que inibem este citocromo
(fluoxetina e quinidina) Inibe mitogênese do musculo liso

43
Q

USO TERAPEUTICO DOS BETA BLOQUEADORES

A

Uso clínico:
 Hiperatividade adrenérgica
 Coronariopatia isquêmica
 Arritmias
 Pós infarto do miocárdio
 Insuficiênia cardíaca secundária a
miocardiopatia hipertensiva.

44
Q

CONTRA-INDICAÇÃO DOS BETA BLOQUEADORES

A

Contra indicações:
 Choque cardiogênico e IC descompensada
 Asma brônquica e DPOC grave
 BAV > 1 grau
 Doença arterial obstrutiva periférica grave
 Bradicardia (FC< 52)
 Cuidado em DM (podem mascarar sintomas
adrenérgicos de hipoglicemia).
 Efeito negativo no perfil lipídico e glicemia em
uso crônico (diminui a glicogenólise e a secreção
do glucagon)

45
Q

FUNÇÃO DOS FARMACOS ALFA BLOQUEADORES

A

 Reduzem a RVP e a PA – pouco eficazes
 Antagonismo competitivo de recept α 1 pós
sinápticos
 Hipotensão postural por bloqueio α 1 na musculatura
lisa venosa e taquicardia reflexa.
 Relaxamento da musculatura do assoalho prostático
favorecendo o esvaziamento vesical nos pacientes
com hiperplasia prostática benigna.

46
Q

FARMACOS ALFA BLOQUEADORES

A

 Fentolamina e fenoxibenzamina: potente
antagonista α 1 e 2, potente vsodilatador, pode causar
taquicardia reflexa, arritmia e isquemia cardíaca.
Uso no feocromocitoma (Dx e Tto), Disfunção erétil
 Prazosina: seletiva para α 1
Extensamente metabolizada no fígado,
biodisponibilidade oral de 50%
 Doxazosina: seletivo de alfa 1, meia vida mais
prolongda (22h), extensamente metabolizada mas
metabólitos ativos.
Uso na hipertrofia prostática benigna
 Tansulosina

47
Q

MECANISMO DA HIDRALAZINA - Vasodilatador Periférico

A

Hidralazina:
 Vasodilatador arterial
 Taquicardia reflexa e aumento do débito
cardíaco.
 Mecanismo de ação incerta: Hiperpolarização
de membrana, abertura de canais IP3 e a
inibição induzida por canais de K da liberação
de Ca do retículo sarcoplasmático das células
musculares lisas vasculares

48
Q

METABOLISMO E REAÇÃO ADVERSA DA HIDRALAZINA - Vasodilatador Periférico

A

Hidralazina:
 Metabolismo hepático com efeito de primeira
passagem, biodisp. baixa 25% (variável),
acetiladores rápidos x lentos. Posologia 40 -
100mg/dia em 2-3 tomadas
 Reações adversas: cefaléias, náuseas, hiporexia,
palpitações, sudorese, rubor. Estímulo simpático e
taquicardia reflexa (cuidado em cardiop
isquêmica). Neuropatia periférica e febre
medicamentosa – raros. Lupus like – > 400mg/dia,
acetiladores lentos.

49
Q

MECANISMO DE AÇÃO DO MINOXIDIL - Vasodilatador Periférico

A

 Abertura de canais de K modulados por ATP nas
membranas musculares lisas, estabiliza a
membrana no potencial de repouso – hiperpolariza
a membrana.
 Vasodilatador arterial.
 Metabolizado no fígado por conjugação, meia
vida de 4 h, porém efeito hipotensor em torno de
24h (metabólito ativo).
 Posologia 5 -40mg 1 x dia

50
Q

REAÇÃO ADVERSA DO MINOXIDIL - Vasodilatador Periférico

A

 Reações Adversas: estímulo simpático reflexo com
taquicardia e aumento do trabalho cardíaco,
precipitando angina, edema, cefaléia e sudorese.
Hipertricose.

Utilizar sempre em associação com
Betabloqueadores e diuréticos

51
Q

MECANISMO DE AÇÃO DO Nitroprussiato de sódio - VASODILATADOR ARTERIAL

A

 Dilatador arterial e venoso (reduz RVP e retorno venoso). Ativa
guanilil ciclase através da liberação de óxido nítrico ou
estímulo direto da enzima ➔ aumenta GMPc intracelular e
relaxa músculo liso vascular.

52
Q

FARMACOCINETICA DO Nitroprussiato de sódio - VASODILATADOR ARTERIAL

A

 Rapidamente metabolizado por captação nos eritrócitos ,
com liberação de cianeto que é metabolizado em tiocianato,
e este lentamente eliminado pelos rins. Reduz PA rapidamente
mas o efeito desaparece 1 -10 miutos após a suspensão da
infusão.
 Administração parenteral, infusão contínua 0,5 mcg/kg/min –
10 mcg/kg/min, sensível à luz (cobrir o equipo com alumínio
opaco)

53
Q

TOXICIDADE DO Nitroprussiato de sódio - VASODILATADOR ARTERIAL

A

Toxicidade: relacionado ao acúmo de cianeto -
fraqueza, desorientação, psicose, convulsões, acidose
metabólica, arritmia, hipotensão e morte. Níveis
séricos maior que 10 mg/dl. Defeito no metabolismo
do cianeto ??
Tratamento da intoxicação: tiossulfato de sódio
(doador de enxofre, facilita metabolismo do cianeto),
hidroxicobalamina combina-se com cianeto e forma
cianocobalamina atóxica.
Uso criterioso em situações de emergências
hipertenssivas, evitar uso prolongado e cuidado em
DRC.

54
Q

Fatores a serem considerados na
prescrição

A

 Dislipidemia: B bloqueadores e diuréticos(?) (efeito negativo
discutido)
 Osteoporose: tiazídicos (efeito positivo?)
 Angina: B bloq e bloq Ca não dihidropiridínicos (efeito
positivo)
 DM de início recente:
 Tiazídicos e B bloq: pioram sensibilidade à insulina
 B bloq vasodilatadores (carvedilol e nebivolol): não
alteram.
 Bloqueadores alfa periféricos, IECA, BRA: melhoram
sensibilidade à insulina
 Bloq. Canal de Ca: sem efeito
 DRC/ proteinúria: droga de escolha - IECA/ BRA
 Negros e idosos: baixa renina, melhor resposta a
bloq Ca e diuréticos.
 Estenose de artéria renal bilateral: evitar IECA/BRA
 Nefrolitíase com hipercalciúria: tiazídicos

55
Q

CUIDADOS NO TRATAMENTO DA HAS

A

 Cuidado com estas associações:
 Alfa ou beta bloqueador e clonidina
 Diltiazem e verapamil com beta bloqueadores –
bradicardia
 Metildopa e clonidina – mesma ação

 Hipertensão e gravidez:
 Evitar: diuréticos, propranolol, IECA, nitroprussiato de
sódio
 Drogas mais seguras: Hidralazina, Metildopa,
betabloqueadores cardioseletivos.

56
Q

HORÁRIO DO USO DE MEDICAÇÕES PARA HAS

A

 Uso de ≥ 1

medicação anti-
hipertensiva

 “bedtime”:
 Melhor controle da
PA.
 “Dipping”.
 Melhores desfechos
cardiovasculares.

57
Q

DEFINIÇÃO DE Hipertensão Resistente

A

Conceito: hipertensão
não controlada com o
uso de três classes
diferentes de
antihipertensivos em
doses adequadas, sendo
um diurético idealmente.