Fx diafisária de tíbia Flashcards

1
Q

Qual é a epidemiologia da fx diafisária da tíbia?

A

Mais comum dos ossos longos

45% das fx de tíbia

Distribuição bimodal:

> 50 anos – baixa energia, traço espiral

< 30 anos – alta energia, traço transverso ou cominuído

 ≥ 65 anos: 3x mais comum em mulheres

Em jovens, com mecanismo de alta energia: 2x mais comum em homens

12-47% são fraturas expostas – a maioria é tipo GA IIIB

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2
Q

Como é a vascularização normal da região diafisária da tíbia? O que muda após a fratura?

A

Única artéria nutrícia, ramo proximal da art. tibial posterior
- medular

obs: Na fratura a vascularização do osso passa a ser principalmente periosteal, devido aos vasos do calo ósseo

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3
Q

Na fx diafisária da tíbia qual é a influência da fíbula nos desvios da fratura?

A

Fíbula integra = varo

Fíbula fraturada = valgo

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4
Q

Quais são as lesões associadas da fx diafisária da tíbia?

A

80% associado à Fx Fíbula

Sd compartimental: 1,5 – 11% dos casos ( + compartimento anterior)

Lesões no tornozelo: lesão do complexo ligamentar lateral, fraturas MM, ML, maléolo posterior.

Joelho flutuante: decorrente de traumas de alta energia

Fratura com extensão para platô tibial: menos comum que extensão para pilão ou maléolos

Lesão ligamentar no joelho: passam despercebidas na apresentação inicial, mas parece ser raro

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5
Q

Como é a classificação AO antiga e a nova para fx diafisária da tíbia?

A

Antiga
AO : 42
- A1: espiral, A2: oblíqua, A3: transversa
- B1: cunha espiral, B2: cunha em flexão, B3: cunha fragmentada
- C1: complexa em espiral, C2: complexa segmentar, C3: complexa irregular

Os subtipos da A e B são iguais –
1.1: fíbula intacta
1.2: tíbia e fíbula em níveis diferentes
1.3: tíbia e fíbula no mesmo nível

Nova: não existe B1 e C1

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6
Q

Como é a classificação de Tscherne para fraturas fechadas?

A

C0: fratura simples, com pouca ou nenhuma lesão dos tecidos moles; limitada ao foco da fratura; espiral

C1: abrasão superficial; fratura leve a moderadamente grave; sem exposição; fx simples, torção ou transversa

C2: contusão local da pele ou musculatura. Fratura moderadamente grave; edema tenso; flictenas

C3: extensa contusão ou esmagamento da pele ou destruição de musculatura; Fratura grave

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7
Q

Como é a classificação de Tscherne para fraturas abertas?

A

Fratura exposta grau I (Fr. O I): Pele lacerada por um fragmento ósseo vindo de dentro. As frat são resultado de trauma indireto. Nenhuma ou pouca contusão da pele.

Fratura exposta grau II (Fr. O II): Qualquer tipo de laceração cutânea, lesão grave de partes moles, contaminação moderada.

Fratura exposta grau III (Fr. O III): Extensa lesão de partes moles, freqüentemente com uma lesão adicional a um vaso ou nervo importante. Isquemia e cominuição óssea grave. Acidentes no campo, ferimentos a bala, síndrome compartimental.

Fratura exposta grau IV (Fr. O IV): Amputações subtotais e totais

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8
Q

No tto da fx diafisária da tíbia quais são os desvios aceitáveis nos adultos?

A

5° em qualquer plano - < 5o varo / valgo // < 5-10° ante/recurvato

5° de rotação - RI não é aceitável

Encurtamento < 1cm - < 10-12mm de encurtamento

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9
Q

No tto da fx diafisária da tíbia, quando está indicado o tto conservador?

A

Indicações relativas:  
- alinhamento, comprimento e rotação adequados na tala/gesso;
- Partes moles que tolerem permanecer no gesso;
- Risco anestésico significativo;
- Recusa do paciente no tto cirúrgico

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10
Q

No tto da fx diafisária da tíbia, quais são as complicações do tto conservador?

A

Complicações: Maiores taxas de retardo de consolidação/PSA, consolidação viciosa e rigidez articular

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11
Q

No tto da fx diafisária da tíbia, quais são as contraindicações ao uso da HIM?

A

Contra-indicações:
- Esqueleto imaturo
- Canal estreito (<7mm)

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12
Q

No tto da fx diafisária da tíbia, qual é a principal indicação para acesso suprapatelar para HIM?

A

Fraturas mais proximais!

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13
Q

No tto da fx diafisária da tíbia, qual deve ser o ponto de entrada da HIM?

A

Medial,3mm, à espinha tibial lateral no AP e imediatamente anterior à margem articular no perfil

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14
Q

No tto da fx diafisária da tíbia, quais são os parâmetros para determinar a largura e o comprimento da HIM?

A

Largura da haste: Régua ou 1mm – 1,5mm menor que a fresa

Comprimento: 1cm abaixo da cortical do planalto e até a cicatriz fisária

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15
Q

No tto da fx diafisária da tíbia, qual é a função do poller e onde ele precisa ser posicionado?

A

Parafusos tipo poller: Ajuda a manter a redução ao diminuir o diâmetro do canal metafisário, impedindo que a haste vá para local não desejado
- Usar o próprio parafuso de bloqueio, colocado na concavidade da deformidade

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16
Q

No tto da fx diafisária da tíbia com HIM, quais são as complicações mais frequentes?

A

Dor no joelho (+ comum) - na inserção da haste, Anterior, pior ao ajoelhar; 56-70% dos pacientes

Lesão neurológica - N. fibular comum é o mais acometido (Possível lesão iatrogênica pelos bloqueios proximais – não deixar muito proximo ao colo da fíbula

Necrose térmica: Rara, relacionada a fresagem exagerada de canais muito finos