FRAX Brasil 2.0 e o risco de fratura na osteoporose Flashcards
Metabolismo ósseo: FRAX Brasil 2.0 e o risco de fratura na osteoporose
Objetivos da estratificação de risco de fratura?
Indicar (ou não) início de tratamento em contexto de osteopenia e definir a melhor terapêutica.
Metabolismo ósseo: FRAX Brasil 2.0 e o risco de fratura na osteoporose
FRAX (“Fracture Risk Assessment Tool”)
.
Ferramenta (algoritmo baseado em computador) de avaliação/estratificadora de risco de fratura, desenvolvida pelo centro colaborador da Organização Mundial da Saúde (OMS) para doenças metabólicas ósseas.
(lançado pela primeira vez em 2008)
Metabolismo ósseo: FRAX Brasil 2.0 e o risco de fratura na osteoporose
Principal estudo realizado para atualizar (ou “recalibrar”) o FRAX Brasil? Estudo que foi o alicerce desta atualização?
- “A new FRAX model for Brazil”.
- BRAVOS (“An updated hip fracture incidence rate for Brazil: the Brazilian Validation Osteoporosis Study”).
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Tipo de estudo epidemiológico do BRAVOS? População do estudo?
- Retrospectivo e observacional.
- Pacientes com idade ≥ 50 anos internados em hospitais devido a uma fratura de quadril de 2010 a 2012 (dados foram obtidos de prontuários médicos).
(documentou a incidência de fratura de quadril em Belém pela região norte, Vitória pelo sudeste e Joinville pelo sul).
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Principal mensagem do estudo “A new FRAX model for Brazil”?
As taxas de fraturas maiores e de quadril específicas por idade e sexo são significativamente menores do que as relatadas anteriormente no Brasil (modelo FRAX original 1.0).
(a revisão fornece, portanto, probabilidades de fratura mais baixas)
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Mudanças/atualizações do FRAX Brasil 2.0? (4)
- Demonstrou probabilidades “menores” de fraturas maiores e de quadril (mais representativas do real risco de fratura) em relação ao FRAX 1.0;
- Possibilitou a realização de “ajustes” para fraturas maiores e de quadril;
- Estabeleceu “novos limiares de intervenção”;
- Instituiu a categoria de “muito alto risco”.
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“Ajustes de probabilidades” possíveis de serem realizados no novo FRAX Brasil 2.0? (5)
- Exposição à doses elevadas de glicocorticoides orais (≥ 7,5 mg/dia);
- Discordância entre T-score da coluna lombar e do colo femoral;
- Presença de Diabetes tipo 2;
- Número de fraturas prévias;
- Histórico de quedas no último ano.
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Ajuste de probabilidade do risco de fratura maior e de quadril caso o paciente esteja fazendo uso de dose de prednisona (ou equivalente) maior ou igual que 7,5 mg/dia?
Multiplicar por 1,20 o risco de fraturas de quadril (aumento da probabilidade em 20%) e por 1,15 o risco de fraturas maiores (aumento da probabilidade em 15%).
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Ajuste de probabilidade do risco de fratura maior caso o paciente apresente T-escore da coluna lombar discortante do colo do fêmur (mais baixo)?
Aumentar o risco de fraturas maiores em 10% (multiplicar por 1,1) para cada 1 devio-padrão de diferença (“arredondadar” o valor) de T-score entre coluna lombar e colo femoral.
(um exemplo seria um T-escore de -3,0 da coluna e de -1,2 do colo do fêmur com uma diferença de 1,8 que, se arredondada para 2,0, tem-se 2 desvios-padrão de diferença, ou seja, deve-se aumentar o risco em 20% ou multiplicar por 1,20).
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Ajuste de probabilidade do risco de fratura caso o paciente seja portador de DM tipo 2?
Marcar “sim” para artrite reumatoide no FRAX ou aumentar em 10 anos a idade do paciente ou diminur o T-score do colo femoral em 0,5 desvio padrão.
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Ajustes de probabilidade do risco de fratura maior e de quadril em relação à quantidade de fraturas prévias? (3)
- Se 2 fraturas prévias, aumentar a probabilidade tanto de fratura maior quanto de quadril em 10% (multiplicar o risco por 1,1);
- Se 3 fraturas prévias, aumentar a probabilidade tanto de fratura maior quanto de quadril em 20% (multiplicar o risco por 1,2);
- Se 4 ou mais fraturas prévias, aumentar a probabilidade tanto de fratura maior quanto de quadril em 30% (multiplicar o risco por 1,3).
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Ajustes de probabilidade do risco de fratura maior e de quadril em relação ao histórico de quedas no último ano? (3)
- Se 1 queda no último ano, aumentar a probabilidade tanto de fratura maior quanto de quadril em 20% (multiplicar o risco por 1,2);
- Se 2 quedas no último ano, aumentar a probabilidade de fratura maior em 30% (x 1,3) e de quadril em 50% (multiplicar o risco por 1,5);
- Se 3 ou mais quedas no último ano, aumentar a probabilidade de fratura maior em 70% (x 1,7) e de quadril em 100% (multiplicar o risco por 2).
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V ou F?
Mesmo que o paciente tenha mais de uma das condições para “ajustes de probabilidades”, não se deve realizar dois ou mais ajustes simultâneos.
Verdadeiro.
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Justificativa para não realização de dois ou mais ajustes simultâneos mesmo que o paciente tenha mais de uma das condições para “ajustes de probabilidades”?
Não existe evidência que corrobore este cálculo simultâneo.
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Recomendação para realização dos “ajustes de probabilidades” se o paciente apresentar mais de uma condição?
Realizar separadamente os ajustes e adotar aquele que gerar o maior risco.
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Modelo do limiar de intervenção do “antigo” FRAX 1.0? Modelo dos novos limiares do FRAX 2.0?
- “Idade-dependente” (para cada faixa etária o limiar de intervenção era o risco equivalente de alguém da mesma idade que já havia apresentado uma fratura).
- “Híbrido” (“idade-dependente” até 70 anos e “fixo” a partir dos 70 anos).