FRATURAS EXPOSTAS Flashcards

1
Q

Fraturas expostas

  • Definição de fratura exposta:
A
  • Toda fratura que o hematoma fraturário se comunica com o ambiente externo, podendo ser pela pele ou víscera oca
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2
Q

Fraturas expostas

  • Qual a tríade letal do paciente politraumatizado?
A
  • Acidose
  • Hipotermia
  • Coagulopatia
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3
Q

Fraturas expostas

  • Qual região do corpo é mais acometida com fraturas expostas?
A
  • 1° tíbia → > 50% (24% são na diáfise)
  • 2° → antebraço
  • 3° → fêmur
  • 4° → úmero
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4
Q

Fraturas expostas

  • O que deve ser realizado / avaliado no atendimento inicial?
A
  • ATLS
  • História
  • Cinemática da lesão → buscar lesões associadas
  • Comorbidades
  • Contusões
  • Equimoses
  • Status neurovascular
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Q

Fraturas expostas

  • Em fraturas expostas que evoluem com infecção, os germes costumam ser extra ou intra-hospitalares?
A
  • Intra-hospitalares
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6
Q

Fraturas expostas

  • V ou F:
    • Em fraturas expostas, o antibiótico profilático deve ser administrado o mais precoce possível e por via EV.
A
  • Verdadeiro
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7
Q

Fraturas expostas

  • Radiografia (tardia) com ar no subcutâneo sugere infecção por (2):
A
  • Clostridium perfrigens
    ou
  • Echerichia Coli
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8
Q
  • Quais os marcadores bioquímicos mais importantes no manejo de fraturas expostas?
A
  • Lactato sérico → preditor de hipóxia, com valor prognóstico (normal < 2,22 mmol/l)
  • IL6 → avalia SIRS e é parâmetro para realização da cirurgia definitiva (normal < 7,0 pg/ml)
  • PCRnão é específico (normal < 3,0 µg/ml)
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9
Q

Fraturas expostas

  • Quais variáveis são analisadas na classificação de Gustilo e Anderson (4)?
A
  • Tamanho do ferimento
  • Contaminação da ferida
  • Lesões de partes moles
  • Lesões ósseas
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10
Q

Fraturas expostas

  • Classificação de Gustilo e Anderson Tipo 1:
A
  • Potencial de infecção → 2%
  • Tamanho → < 1 cm
  • Contaminação → limpa
  • Lesão de partes moles → mínima
  • Lesão de parte óssea → fratura simples
  • Antibiótico de escolha → Cefalosporina de 1° geração (ataque com 2 g de Cefazolina)
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11
Q

Fraturas expostas

  • Classificação de Gustilo e Anderson Tipo 2:
A
  • Potencial de infecção → 8%
  • Tamanho → < 1 a 10 cm
  • Contaminação → moderada
  • Lesão de partes moles → moderada
  • Lesão de parte óssea → cominuição moderada
  • Antibiótico de escolha → Cefalosporina de 1° geração (ataque com 2 g de Cefazolina)
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12
Q

Fraturas expostas

  • Classificação de Gustilo e Anderson Tipo 3A:
A
  • É possível realizar cobertura óssea com partes moles
  • Potencial de infecção → 43%
  • Tamanho → > 10 cm
  • Contaminação → alta
  • Lesão de partes moles → grave com esmagamento
  • Lesão de parte óssea → cominuição elevada
  • Antibiótico de escolha → Cefalosporina de 1° geração + Aminoglicosídeo (ataque com 2 g de Cefazolina + 1 g de gentamicina) ou Cefalosporina de 3° geração (ataque com Ceftriaxona)
  • Antibiótico para ambientes rurais → metronidazol e/ou penicilina
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13
Q

Fraturas expostas

  • Classificação de Gustilo e Anderson Tipo 3B:
A
  • Igual 3A + necessidade de retalho para fechar
  • Potencial de infecção → 43%
  • Tamanho → > 10 cm
  • Contaminação → alta
  • Lesão de partes moles → grave com perda de cobertura
  • Lesão de parte óssea → cominuição elevada
  • Antibiótico de escolha → Cefalosporina de 1° geração + Aminoglicosídeo (ataque com 2 g de Cefazolina + 1 g de gentamicina) ou Cefalosporina de 3° geração (ataque com Ceftriaxona)
  • Antibiótico para ambientes rurais → metronidazol e/ou penicilina
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14
Q

Fraturas expostas

  • Classificação de Gustilo e Anderson Tipo 3C:
A
  • Igual 3A + lesão vascular que exige reparo
  • Potencial de infecção → 43%
  • Tamanho → > 10 cm
  • Contaminação → alta
  • Lesão de partes moles → grave com lesão vascular que exige reparo
  • Lesão de parte óssea → cominuição elevada
  • Antibiótico de escolha → Cefalosporina de 1° geração + Aminoglicosídeo (ataque com 2 g de Cefazolina + 1 g de gentamicina) ou Cefalosporina de 3° geração (ataque com Ceftriaxona)
  • Antibiótico para ambientes rurais → metronidazol e/ou penicilina
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15
Q

Fraturas expostas

  • O que avalia a classificação de Tscherne e Gotzen?
A
  • Lesões expostas e fechadas
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16
Q

Fraturas expostas

  • Classificação de Tscherne e Gotzen para lesões expostas (1 → 4):
A
  • Grau 1 → laceração da pele (de dentro pra fora) // contaminação de pele mínima
  • Grau 2 → laceração de pele // contusão circunscrita moderada
  • Grau 3 → grave dano às partes moles (neurovascular comprometido) // síndrome compartimental
  • Grau 4amputação parcial / total // partes moles com < 1/4 de circunferência
17
Q

Fraturas expostas

  • Classificação de Tscherne e Gotzen para lesões fechadas (0 → 3):
A
  • Grau 0 → lesão mínima de partes moles
  • Grau 1 → contusão local + abrasão superficial
  • Grau 2 → síndrome compartimental iminente
  • Grau 3síndrome compartimental estabelecida
18
Q

Fraturas expostas

  • Qual o grau dentro da classificação de Tscherne e Gotzen para síndrome compartimental?
A
  • Grau 3 em lesões expostas e fechadas
19
Q

Fraturas expostas

  • Quais parâmetros são avaliados no Score de MESS (preditor de viabilidade do membro) (4)?
A

Bizu: “Você sabe o Score de MESS?”
Com certeza eu “CEII”!

  • Choque → pontua de 0 a 2
  • Energia → pontua de 1 a 4
  • Isquemia → pontua de 0 a 3
    • Se > 6 horas de isquemia a pontuação é multiplicada por 2
  • Idade → pontua de 0 a 2

MESS ≥ 7 → chance elevada de amputação
MESS < 7 → salvação

20
Q

Fraturas expostas

  • Qual o valor de corte do Score de MESS?
A
  • MESS ≥ 7 → chance elevada de amputação
  • MESS < 7 → salvação
21
Q

Fraturas expostas

  • Quais parâmetros devem ser avaliados no desbridamento de músculos nas fraturas expostas?
A

Bizu: 4 C’s

  • Cor
  • Consistência
  • Capacidade de sangrar
  • Contratilidade
22
Q

Fraturas expostas

  • Como deve ser realizada a limpeza nas fraturas expostas?
A
  • Desbridar tecidos desvitalizados (preferencialmente ≤ 6 horas)
  • Irrigação com SF 0,9%alto volume e baixa pressão
23
Q

Fraturas expostas

  • Quais os parâmetros precisam ser preenchidos para fixação primária (definitiva) em fraturas expostas, segundo os critérios do Early Total Care (6)?
A
  • Estabilidade hemodinâmica
  • Coagulação normal
  • Débito urinário > 1 mg/kg/h
  • Lactato < 2 mmol/l
  • Normotermia
  • Ausência de hipóxia
24
Q

Fraturas expostas

  • Para fixação primária (definitiva) no politraumatizado, o que deve ser avaliado no 1° momento?
A
  • Estabilidade do paciente
  • Se preenche os critérios do “Early Total Care”
25
Q

Fraturas expostas

  • De forma geral, quando está indicada a fixação primária (definitiva)?
A
  • ≤ 3A da classificação Gustilo e Anderson
  • Sem déficit vascular
  • Baixa lesão de partes moles
  • Baixa contaminação
  • Se preenche os critérios do “Early Total Care”
26
Q

Fraturas expostas

  • Qual o algoritmo terapêutico (derivado do Score do Hospital Gang) para fechamento primário de feridas?
A
27
Q

Fraturas expostas

  • Quando indicar “second look” em fraturas expostas?
A
  • Explosão (alta energia)
  • Apresentação tardia (> 12 horas)
  • Evidência de infecção
  • 1° desbridamento insatisfatório
28
Q

Fraturas expostas

  • Quais os critérios para indicação de amputação primária? (7)
A
  • Isquemia quente > 8 horas + membro inviável
  • MESS ≥ 7
  • Lesão vascular irreparável
  • Esmagamento grave
  • Doença sistêmica grave
  • ISS ≥ 25
  • Função com prótese superior
29
Q

Fraturas expostas

  • Quais as principais indicações para utilização de curativo à vácuo (4)?
A
  • Erosão óssea
  • Tendões / ligamentos expostos
  • Lesões articulares abertas
  • Feridas com espaço morto
30
Q

Fraturas expostas

  • Quais as principais contraindicações para utilização de curativo à vácuo?(3):
A
  • Escara necrótica + osteomielite
  • Feixe neurovascular exposto
  • Anastomose vascular exposta