FRATURA POR ESTRESSE Flashcards
1
Q
Fratura por estresse
- Definição:
A
- É o resultado de uma excessiva sobrecarga sobre o tecido ósseo, na qual a capacidade de regeneração óssea não supera as perdas causadas pelo treinamento repetitivo
2
Q
Fratura por estresse
- Qual é a região do corpo mais acometida?
A
- Membros inferiores (ossos de suporte)
3
Q
Fratura por estresse
- Epidemiologia:
A
- Mais comum em mulheres militares (5 a 10 vezes)
- Sem diferença entre negros e brancos
- Bilateral 16% (corredores)
- Recorrência (2 a 13%)
- ↑ em mulheres
4
Q
Fratura por estresse
- Quais ossos são mais comumente acometidos?
A
- Tíbia → 50%
- Tarso → 25%
- Metatarso → 8,8%
- Fêmur → 7,2%
5
Q
Fratura por estresse
- Quais os estágios da fisiopatogenia (3)?
A
- 1° Início da fissura → concentração do estresse / assintomático
- 2° Propagação da fissura → uso excessivo
- 3° Fratura → falha estrutural / microdanos acumulados com remodelamento
6
Q
Fratura por estresse
-
V ou F:
- O espectro de gravidade é variável, estando condicionado a localização, extensão e osso acometido.
A
- Verdadeiro
7
Q
Fratura por estresse
- Quais os fatores de risco (2 grupos)?
A
- Biológicos → suprimento sanguíneo / sexo / hormonais / genéticos / neuromusculares
- Mecânicos → alinhamento (deformidades angulares) / biomecânica / calçados
8
Q
Fratura por estresse
- Dentro dos fatores de risco, quais o fatores modificáveis?
A
- Condição pré-esporte
- Frequência do esporte
- intensidade
9
Q
Fratura por estresse
- Qual a tríade da mulher atleta?
A
- Distúrbio alimentar (anorrexia, baixa ingestão de cálcio…)
- Irregularidade menstrual / amenorréia
- Baixa densidade mineral óssea → aumento do risco de fratura por estresse
10
Q
Fratura por estresse
- Qual a “tríade da homem atleta” (atletas de resistência)?
A
- Distúrbio alimentar
- Diminuição dos níveis de testosterona → aromatizção → estrogênio
- Baixa densidade mineral óssea → aumento do risco de fratura por estresse
11
Q
Fratura por estresse
- Com relação a clínica, quais os critérios diagnósticos?
A
- Dor localizada (insidiosa, sem história de trauma)
- Sensibilidade pontual (edema)
Correlacionar com a históra
12
Q
Fratura por estresse
- Quais os principais exames de imagem utilizados na investigação diagnóstica (4)?
A
- Radiografia
- Tomografia
- Cintilografia
- Ressonância magnética
13
Q
Fratura por estresse
- Na investigação diagnóstica, quais as características evidenciadas na radiografia?
A
- Normal → < 2 a 3 semanas
- Cortical cinza → espessada
- Reação periosteal demora 3 meses
14
Q
Fratura por estresse
- Na investigação diagnóstica, quais as características evidenciadas na tomografia?
A
- Geralmente não é o exame de escolha
- Exceções → fratura do navicular, calcâneo, pars interarticularis ou fraturas lineares
- Útil para verificação de consolidação
15
Q
Fratura por estresse
- Na investigação diagnóstica, quais as características evidenciadas na cintilografia?
A
- ↑ sensibilidade → 100%
- ↓ especificidade (menos do que a RNM)
- Proporciona diagnóstico precoce (1 a 2 semanas antes do RX)
- Hipercaptante focal nas 3 fases
- Se positivo, normaliza em 12 a 18 meses
16
Q
Fratura por estresse
- Na investigação diagnóstica, quais as características evidenciadas na ressonância magnética?
A
- Avalia a localização e extensão da lesão / fratura
- ↑ sensibilidade
- ↑ especificidade
- Ponderação em T2
- Baixo sinal → linha preta no traço de fratura
- Alto sinal → edema medular difuso
17
Q
Fratura por estresse
- Classificação com relação ao risco de fraturas (Boden):
A
-
Alto risco (de “dar merda”) → geralmente no lado de tensão da cortical
- Pelo menos 1 característica
- ↑ risco de retardo de consolidação
- ↑ risco de refratura
- Área afetada de prognóstico ruim
- Pelo menos 1 característica
-
Baixo risco (de “dar merda”) → geralmente no lado de compressão da cortical
- Respondem bem a mudança de atividade
- Menor probabilidade de ocorrer de novo, evoluir para PSA ou ter complicação significativa se evoluir para fratura completa
18
Q
Fratura por estresse
- Quais as regiões de alto risco (↑ risco de progressão / evolução desfavorável):
A
- Colo do fêmur (lado da tensão) → cortical superior
- Patela (lado da tensão) → cortical anterior
- Tíbia (lado de tensão) → cortical anterolateral
- Maléolo medial
- Colo do tálus
- Córtex dorsal do navicular
- Metáfise proximal do 5° metatarso
- Sesamóides do hálux
Decorar! Cai na prova!
19
Q
Fratura por estresse
- Quais as regiões de baixo risco (↓ risco de progressão / evolução favorável):
A
- Diáfise femoral
- Costela
- Região posteromedial da tíbia
- Diáfise da ulna
- 1° ao 4° Metatarsos
20
Q
Fratura por estresse
- Classificação de Kaeding-Miller (5):
A
Correlaciona a clínica com exames de imagem
21
Q
Fratura por estresse
- Quais as principais características e tratamento das fraturas do colo do fêmur?
A
- Comum em mulheres, corredores, dançarinos e recrutas militares
- Comum atraso diagnóstico (5 a 13 semanas)
- Idosos → fratura da cortical superior / aréa de tensão (alto risco de progressão)
- Jovens → fratura da cortical inferior e medial / área de compressão (baixo risco de progressão)
- Tratamento cirúrgico → DHS ou parafusos canulados
- Retorno a atividades vigorosas pode demorar até 2 anos
22
Q
Fratura por estresse
- Quais as principais características e tratamento das fraturas da diáfise da tíbia?
A
- 20 a 75% de todas as fraturas por estresse em atletas
- Relação com corrida, futebol, atletismo, basquete e ballet
-
Cortical posteromedial (mais comum) → área de compressão (baixo risco de progressão)
- Tratamento → conservador (analgesia + restrição de carga por 2 a 12 semanas)
-
Cortical anterolateral (menos comum) → área de tensão (alto risco de progressão) → “temida linha preta”
- Tratamento → cirúrgico (HIM / enxerto / repouso)
23
Q
Fratura por estresse
- Quais as principais características e tratamento das fraturas dos metatarsos?
A
-
1° ao 4° mtt → baixo risco
- 10% ocorrem no 1° mtt → pronação excessiva
- 90% ocorrem entre o 2° e 4° mtt
- Corridas > 32 km/semana
- Balé (região proximal do 2° mtt)
-
5° mtt → alto risco
- Geralmente ocorre na zona III
- Tratamento → cirúrgico
24
Q
Fratura por estresse
- Algoritmo terapêutico recomendado:
Descrito no Rockwood - baseado na classificação de Kaeding-Miller
A