Fraturas de Maxila Flashcards

1
Q

Quais são as principais características das fraturas de maxila?

A
  • Causadas por traumas de ALTA energia
  • Via aérea pode estar comprometida
  • TCE/TRM associado
  • Frequentemente são cominutivas
  • Envolvimento orbitário e sinusal
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2
Q

Quais são os pilares ósseos da maxila?

A
  • Pilar medial: nasomaxilar**
  • Pilar lateral: zigomático-maxilar**
  • Pilar posterior: ptérigo-maxilar

** Figura à direita demonstra a quantidade de energia necessária para fraturar cada osso.
Observa-se que para fraturar a maxila necessita 2x a quantidade necessária para o osso zigomático e 3x o osso nasal.

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3
Q

Como o segmento maxilar normalmente apresenta-se após um trauma com fratura?

A
  • O segmento maxilar normalmente está desviado para trás e inferiormente, resultando em:
    —> Oclusão classe III
    —> Mordida aberta
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4
Q

Quais são os principais sinais e sintomas de fraturas da maxila?

A
  • Epistaxe
  • Equimose periorbital, subconjuntival e/ou escleral
  • Edema facial
  • Hematoma subcutâneo
  • Hematomas na mucosa bucal e/ou palatal
  • Observa-se aumento no comprimento da região média da face.
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5
Q

Como avaliar pelo exame físico uma fratura de maxila?

A
  • A manipulação da maxila pode confirmar o movimento de todo terço médio da face, segurando a cabeça firmemente com uma mão e movendo a maxila com a outra mão.
  • Má oclusão dental quando não explicada por alteração mandibular (mandíbula intacta)
  • Pode apresentar fístula liquórica: rinorreia hialina.
    —> Testo do halo duplo positivo*.
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6
Q

Quais são sinais e sintomas de uma fratura da maxila?

A
  • Blefarohematoma
  • Aplainamento/retrusão do 1/3 médio facial
    —> “Dish face”
  • Hemorragia subconjuntival
  • Parestesia do nervo infra-orbitário
    *** MÁ OCLUSÃO classe III
  • Mobilidade da maxila
  • Diastema traumático
  • Rinorragia/epistaxe
  • Fístula liquórica (Le Fort III)
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7
Q

Exemplo de “Dish Face”

A
  • A retrusão do 1/3 médio fica com uma certa concavidade em relação à região periférica
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8
Q

Exemplo de blefarohematoma

A
  • Sinal do Guaxinim
  • Não é patognômonico para fratura de maxila, podendo ocorrer em fraturas nasoetmoidal, base de crânio…
  • Pode haver ou não hemorragia subconjuntival
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9
Q

Exemplo de parestesia do nervo infra-orbitário

A
  • Compressão ao nível do assoalho da órbita
  • Normalmente em Le Fort I e Le Fort II, podendo haver no Le Fort III
  • Anestesia/hipoestesia no lábio superior, asa do nariz e pálpebra inferior.
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10
Q

Exemplo de diastema traumático

A
  • Má oclusão, sinal clínico mais comum
  • Paciente parece que é prognata mas não o é
  • Mandíbula está na posição normal, sua maxila é que está retraída
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11
Q

Qual alteração na TC é sugestiva de fratura maxilar?

A
  • Opacidade bilateral do seio maxilar
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12
Q

Quais são os principais tipos de fratura de maxila?

A
  • Fraturas de Le Fort
    —> Le Fort I (Guerin)
    —> Le Fort II (Piramidal)
    —> Le Fort III (Disjunção craniofacial)
  • Fratura de Lannelongue
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13
Q

O que é a fratura Le Fort I (Guerin)?

A
  • Fratura horizontal
  • Corre no assoalho do nariz, acima das raízes dentárias.
  • Disjunção da maxila desde a abertura piriforme até a região posterior na tuberosidade da maxila, na fissura pterigomaxilar (processo pterigoide), soltando-a do resto da face como se fosse uma prótese dentária.
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14
Q

Qual acesso cirúrgico utilizado na sua fixação?

A
  • Acesso intra-oral (Caldwell Luc)
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15
Q

O que é a fratura Le Fort II (Piramidal)?

A
  • Disjunção piramidal
  • Vem desde a junção nasofrontal, corre pelos rebordos infraorbitários e vai para região posterior da maxila.
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16
Q

Qual o acesso cirúrgico utilizado na sua fixação?

A
  • Acesso intra-oral (Caldwell Luc)
    +
  • Acesso infra-orbitário
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17
Q

O que é a fratura Le Fort III (Disjunção craniofacial)?

A
  • Disjunção craniofacial
  • Existe a disjunção entre o esqueleto da face (1/3 médio) e o esqueleto do crânio (1/3 superior).
  • Há ruptura das junções frontozigomáticas e nasofrontais
18
Q

Qual o acesso cirúrgico utilizado na sua fixação?

A
  • Acesso coronal + Palpebral
19
Q

O que é a fratura de Lannelongue?

A
  • Disjunção mediana/paramediana da maxila com a separação/afastamento dentário (diastema) traumático.
  • Laceração da mucosa palatal no sentido da lesão.
  • Pode estar acompanhada com uma fratura Le Fort I (Guerin).
20
Q

O que é a fratura de Whalters?

A
  • Fratura em quatro fragmentos.
  • Associação das fraturas mediana + transversa do palato, frequentemente na sutura maxilopalatar (próximo ao 1º e 2º pré molares).
21
Q

O que é a fratura de Richet?

A
  • Ocorre fratura mediana associada com um traço de fratura transversa baixa, tipo Le Fort I, unilateralmente.
22
Q

Quando realizar tratamento conservador (redução fechada)?

A
  • Não deslocada
  • Gravemente cominutiva
  • Fraturas associadas à perda importante de partes moles
  • Maxila edêntula
  • Em crianças com dentição em desenvolvimento
23
Q

Quando realizar tratamento cirúrgico (redução aberta)?

A
  • Deslocada
  • Múltiplas fraturas de ossos na face
  • Maxila edêntula porém com grande deslocamento
  • Maxila edêntula em conjunto com mandíbula edêntula
  • Atraso no tratamento
  • Interposição de tecidos moles entre os segmentos deslocados entre si
  • Condição sistêmica contraindicado BIM
24
Q

Quanto tempo após o trauma deve-se abordar o paciente?

A
  • Pode ser realizado nas primeiras horas ou 7-14 dias após, aguardando a redução do edema.
25
Quais são os princípios do tratamento cirúrgico?
- Aplicação do método de bloqueio intermaxilar - Acesso aos pilares ósseos comprometidos - Redução da fratura / BIM - Aplicação de FIR nos pilares ósseos - Abertura do bloqueio / checagem da oclusão.
26
Qual é o instrumento cirúrgico utilizado na mobilização da maxila?
- Fórceps de Rowe
27
Qual parafuso pode ser utilizado na mobilização da maxila em uma fratura Le Fort III?
- Parafuso de Carroll-Girard
28
Qual o acesso cirúrgico na fratura Le Fort I?
- Intraoral (Caldwell Luc) - Incisão no sulco gengival-bucal
29
Características do tratamento cirúrgico da fratura Le Fort I:
- A colocação do paciente em fixação intermaxilar pode ser o suficiente no caso de uma fratura minimamente móvel, devendo ser mantido por 4-5 semanas. - Entretanto, na maioria dos casos, a redução deve ser aberta e as fraturas reduzidas e estabilizadas com placas e parafusos nos pilares naso-maxilares e zigomático-maxilares. - A irrigação do segmento maxilar submetido a osteotomia é realizado principalmente pela artéria palatina menor.
30
Qual o acesso cirúrgico na fratura Le Fort II?
- Incisão no sulco gengival-bucal (Caldwell Luc) + - Incisão palpebral subperiosteal (subciliar ou transconjuntival)
31
Características do tratamento cirúrgico da fratura Le Fort II:
- Redução aberta com placas e parafusos nos pilares zigomático-maxilares, naso-maxilares e nos rebordos orbitais inferiores.
32
Qual o acesso cirúrgico na fratura Le Fort III?
- Incisão coronal + - Incisão palpebral
33
Características do tratamento cirúrgico da fratura Le Fort III:
- Redução aberta combinando os procedimentos de redução de Le Fort I, Le Fort II e redução zigomática em uma única cirurgia.
34
Quais são complicações precoces da fratura de maxila?
- Hemorragia - Edema - Obstrução das vias aéreas - Fístula liquórica - Anosmia - Amaurose
35
Quais são complicações tardias da fratura de maxila?
- Exposição dos meios de fixação - Enoftalmo - Alterações nas dimensões horizontais/verticais da face - Diplopia - Lesão de nervo infra-orbitário - Má oclusão dental - Lesões dentárias
36
RESUMO FRATURAS MAXILA
37
Em termos oncológicos, em quanto subtipos são divididos os defeitos da maxila?
- São 4 subtipos. - A maxila deve ser encarada como se fosse uma cubo: ---> Teto: assoalho orbital ---> Parede medial: divide o seio maxilar com o nariz ---> Parede lateral: mucosa jugal ---> Assoalho: palato duro anterior e rebordo alveolar ---> Parede anterior: região acima dos dentes onde está o forame infraorbitário ---> Parede posterior: base do crânio
38
Qual o tipo I de defeitos de maxilectomia?
- Defeitos PARCIAL. - São aqueles que envolvem uma ou duas paredes da maxila, mais comumente as paredes anterior e medial.
39
Qual o tipo II de defeitos de maxilectomia?
- Defeito SUBTOTAL. - São aqueles que envolvem a ressecção das cinco menores paredes da maxila, INCLUINDO O PALATO, MAS DEIXANDO O ASSOALHO ORBITAL INTACTO. ---> IIa: preserva > 50% palato ---> IIb: preserva < 50% do palato
40
Qual o tipo III de defeitos de maxilectomia?
- Defeito TOTAL. - Envolvem a ressecção das seis paredes da maxila. ---> IIIa: preserva globo ocular. ---> IIIb: remove globo ocular.
41
Qual o tipo IV de defeitos de maxilectomia?
- Envolvem a ressecção das cinco paredes SUPERIORES da maxila e geralmente INCLUEM A RESSECÇÃO DOS CONTEÚDOS ORBITAIS, deixando a dura-máter e o cérebro exposto; o PALATO geralmente é deixado INTACTO.
42
Quais são os objetivos da reconstrução do terço médio da face?
- Fechamento da ferida - Restauração da barreira entre a cavidade nasossinusal e a fossa craniana anterior. - Separação das cavidades oral e nasossinusal. - Suporte do conteúdo orbital/manutenção da posição do globo ocular. - Continência oral. - Mastigação. - Fala. - Evitar ectrópio. - Manutenção da via área patente. - Aparência facial mais próximo da normalidade: simetria, cicatrizes e posição da pálpebra. Observação: para tal, não é necessário reconstruir todas as paredes da maxila que foram dissecadas.