FARMACOLOGIA GASTROINTESTINAL Flashcards
Doença ulcerosa péptica
A secreção gástrica é estimulada por
(3)
acetilcolina, histamina e gastrina
Doença ulcerosa péptica
ligações de acetilcolina, histamina ou gastrina com seus receptores resulta na ativação de
proteinocinases > estimulam a bomba de prótons H+
/K+- adenosina trifosfatase (ATPase) > secreção íons hidrogênio em troca de K+ para o lúmen do estômago
Doença ulcerosa péptica
supressores mais potentes da secreção de ácido gástrico são os
inibidores da bomba de prótons
(IBP).
Doença ulcerosa péptica
IBP para uso clínico
(6)
- omeprazol,
- esomeprazol (que é o isômero S do omeprazol),
- lansoprazol,
- dexlansoprazol (que é o enantiômero R do lansoprazol),
- rabeprazol,
- pantoprazol.
*eficácia similar em doses comparáveis
Doença ulcerosa péptica
Após absorção na circulação sistêmica, o profármaco difunde-se nas células parietais do estômago e acumula-se nos
canalículos secretores ácidos.
local de ativação
Doença ulcerosa péptica
forma ativada liga-se de modo covalente a grupos
sulfidrila de cisteínas na bomba de prótons > inativação irreverssível
Doença ulcerosa péptica
A secreção de ácido só retorna após
a síntese e inserção de novas moléculas da bomba na membrana luminal
*supressão prolongada da secreção ácida (de até 24-48 h)
Doença ulcerosa péptica
conduta ideal na administração desses
fármacos
30 min antes das refeições
*alimento estimula a produção de ácido > ativação pró-fármaco
exceção dexlansoprazol
Doença ulcerosa péptica
Os IBP geralmente causam
poucos efeitos adversos
*náusea, dor abdominal, constipação, flatulência e diarreia
Doença ulcerosa péptica
tratamento crônico com omeprazol diminui a absorção de
vitamina B12
relevância clínica do efeito não esclarecida
Doença ulcerosa péptica
uso crônico dos IBP foi associado a
(4)
- aumento do risco de fraturas ósseas
- maior suscetibilidade a certas infecções (pneumonia adquirida no hospital, C. difficile adquirida na comunidade, peritonite bacteriana espontânea em pacientes com ascite)
- hipersecreção ácida de rebote > dispepsia
- hipergastrinemia > crescimento de tumores gastrointestinais (risco muito baixo)
Doença ulcerosa péptica
antagonistas dos receptores H2
na verdade são
agonistas inverso
Doença ulcerosa péptica
antagonistas dos receptores H2
mecanismo de inibição da produção de ácido
competição reversível com a histamina pela ligação aos receptores H2 na membrana basolateral das células parietais.
Doença ulcerosa péptica
anti-histamínicos
(5)
- cimetidina,
- ranitidina,
- famotidina,
- nizatidina
- roxatidina.
Doença ulcerosa péptica
não se deve utilizar anti-histamínicos em
úlceras ativas
Doença ulcerosa péptica
Doença ulcerosa péptica
anti-histamínicos geralmente são
bem tolerados, com baixa incidência de efeitos adversos (< 3%).
diarreia, cefaleia, sonolência, fadiga, dor muscular e constipação
confusão e alterações mentais > idosos ou IV
Doença ulcerosa péptica
uso cimetidina limitado por
efeitos adversos e interações medicamentosas
Doença ulcerosa péptica
cimetidina tem efeitos
endócrinos (atua como um antiandrogênico não esteroidal)
*ginecomastia, galactorreia
Doença ulcerosa péptica
cimetidina inibe várias isoenzimas CYP450
interferência na
biotransformação de varfarina, fenitoína, teofilina, propranolol, amitriptilina, diazepam e fenobarbital
Doença ulcerosa péptica - ^ defesas da mucosa gástrica:
prostaglandinas, produzidas pela mucosa gástrica, inibem a
- secreção de ácido e estimulam a secreção de muco e bicarbonato (efeito citoprotetor).
- deficiência de prostaglandinas pode estar envolvida na patogênese das úlceras pépticas
Doença ulcerosa péptica - defesas da mucosa gástrica
misoprostol é um
análogo sintético da PGE1
*prevenção de lesão da mucosa induzida por AINEs
Doença ulcerosa péptica - defesas da mucosa gástrica
o misoprostol nunca chegou a ser amplamente usado, em virtude de ser um fármaco
abortivo
Doença ulcerosa péptica - defesas da mucosa gástrica
sucralfato em um ambiente ácido (pH < 4) produz polímero pegajoso e viscoso que
cria uma barreira física que protege a úlcera da pepsina e do ácido, permitindo a cicatrização da úlcera
uso é limitado > dosificações diárias múltiplas e interações
Doença ulcerosa péptica - defesas da mucosa gástrica
antiácidos são
bases fracas que reagem com o ácido clorídrico gástrico, formando sal e água
popularidade > preço, acessibilidade e rapidez de ação
Doença ulcerosa péptica - Outros supressores de ácidos e citoprotetores
antagonistas de receptores muscarínicos M1
(2)
pirenzepina e telenzepina
*podem diminuir a produção basal de ácido em 40 a 50%
Doença ulcerosa péptica - Outros supressores de ácidos e citoprotetores
pirenzepina e telenzepina - acredita-se que esses fármacos
suprimam a estimulação neural da produção de ácido agindo em receptores M1 dos gânglios intramurais
eficácia precária, efeitos anticolinérgicos, risco de discrasias
raramente utilizados hoje
Doença ulcerosa péptica - Antimicrobianos
tratamento de escolha - H.pylori
um IBP combinado com amoxicilina (metronidazol pode ser usado em pacientes alérgicos à penicilina) mais claritromicina.
erradicação bem-sucedida em 80-90%
antiemético
centro do vômitos
receptores (4)
- muscarínicos M1,
- histamínicos H1,
- neurocinina I (NK1)
- serotonina 5-HT3
antieméticos
fontes importantes de influxo aferente para o centro do vômito
(4)
- Zona de gatilho quimiorreceptora (receptores D2
dopamínicos, opioides, 5-HT3 de serotonina e NK1) - Sistema vestibular (receptores M1 muscarínicos e H1 histamínicos)
- Trato gastrintestinal ( receptores de serotonina 5-HT3, mecano e quimiorreceptores)
- Sistema nervoso central (emoções, dor, cheiros, visões)
antieméticos
Antagonistas do receptor 5-HT3
eficácia tratamento
de náuseas e vômitos induzidas por quimioterapia ou pós-cirúrgicas em adultos e crianças
*ineficazes na redução de náuseas e êmese tardias e na cinetose
antieméticos
Antagonistas dos receptores 5-HT3
local de ação (3)
- centro do vômito
- zona de gatilho quimiorreceptora
antieméticos
Vômitos associados à quimioterapia
para tratamento de câncer
indicação - quimioterapia com alto risco de êmese
- ondasetrona (Antisserotoninérgico 1ª geração) + corticóides
- palonosetrona (Antisserotoninérgico 2ª geração) + corticóides
1. Nausedron® e Vonau®
antieméticos
Vômitos associados ao pós-operatório
indicações
- Antisserotoninérgicos
- Dexametasona
- Droperidol
- Prometazina
*metoclopramida eficácia limitada
antieméticos
Vômitos associados ao pós-operatório
Náuseas e vômito que ocorrem no pós-operatório devem ser tratados com
medicamento de classe diferente do empregado em profilaxia
*sem profilaxia > antisserotoninérgicos em doses menores
antieméticos
Antagonistas dos receptores dopaminérgicos de ação central
local de ação (1)
- zona de gatilho quimiorreceptora
antieméticos
Antagonistas dos receptores dopaminérgicos de ação central
eficácia
êmeses induzidas por substâncias citotóxicas
antieméticos
Antagonistas dos receptores dopaminérgicos de ação central
exemplos mais comuns
- metoclopramida (Plasil®)
antieméticos
Antagonistas do receptor da neurocinina (NK1)
eficácia
efeito antiemético na náusea tardia, por exemplo da quimioterapia
antieméticos
Antagonistas do receptor da neurocinina (NK1)
exemplos
- aprepitanto (parenteral fosaprepitanto)
*caros
antieméticos
Antagonistas H1 da histamina
local de ação
aferentes vestibulares e dentro do tronco encefálico
antieméticos
Antagonistas H1 da histamina
eficácia
úteis principalmente contra cinetose e êmese pós-operatória
antieméticos
Antagonistas H1 da histamina
exemplos (4)
- Dimenidrinato (Dramin®),
- ciclizina,
- meclizina
- prometazina
*sedação efeito adverso
antieméticos
Antagonistas dos receptores muscarínicos
eficácia
cinetose
antieméticos
Antagonistas dos receptores muscarínicos
exemplo e formas
- escopolamina
- injetado na forma de bromidrato,
- forma de adesivo transdérmico
*efeitos adversos boca seca, distúrbios visuais e sedação.
antieméticos
Vômitos associados à gastroenterite
aguda
indicação
ondasetrona
Laxantes, catárticos e ttmto da constipação - Fármacos ativos no lúmen
Agentes formadores de bolo fecal
constituição
coloides hidrofílicos não
digeríveis que absorvem água
*formam um gel emoliante e volumoso
Laxantes, catárticos e ttmto da constipação - Fármacos ativos no lúmen
Agentes formadores de bolo fecal
provocam
distensão do cólon e promove peristalse
Laxantes, catárticos e ttmto da constipação - Fármacos ativos no lúmen
Agentes formadores de bolo fecal
preparações comuns (2)
- produtos vegetais naturais - psílio, metilcelulose
- fibras sintéticas - policarbofila
* 12 e 72 horas
Laxantes, catárticos e ttmto da constipação - Fármacos ativos no lúmen
Agentes formadores de bolo fecal
efeitos adversos (2)
- aumento da distensão e flatulência
- imobilizados > pode causar obstrução intestinal
Laxantes, catárticos e ttmto da constipação - Fármacos ativos no lúmen
Agentes osmóticos
composição
sais ou açúcares não absorvíveis que retêm água no intestino por osmose
Laxantes, catárticos e ttmto da constipação - Fármacos ativos no lúmen
Agentes osmóticos
provocam
distensão intestinal e aumento da atividade
*PEG antes de endoscopia, lactulose ttmto encefalopatia hepática V NH3
Laxantes, catárticos e ttmto da constipação - Fármacos ativos no lúmen
Agentes osmóticos
exs (4)
- citrato de magnésio,
- hidróxido de magnésio,
- polietilenoglicol (PEG),
- lactulose
Laxantes, catárticos e ttmto da constipação - Fármacos ativos no lúmen
Agentes umectantes e emolientes fecais
provocam
amolecimento do material fecal, permitindo a penetração de água e lipídeos
Laxantes, catárticos e ttmto da constipação - Fármacos ativos no lúmen
Agentes umectantes e emolientes fecais
exs (2)
- docusato
- óleo mineral
*geralmente, em profilaxia, efeito mais demorado
Laxantes, catárticos e ttmto da constipação - Fármacos estimulantes
Incluem a estimulação direta do
sistema nervoso entérico e a secreção colônica de eletrólitos e líquido
Laxantes, catárticos e ttmto da constipação - Fármacos estimulantes
exemplos (4)
- Bisacodil
- Senna
- Rizadina (ou Cáscara Sagrada)
- Ácido ricinoleico
Laxantes, catárticos e ttmto da constipação - Fármacos estimulantes
efeitos adversos - preocupação crescente
uso prolongado
dependência e destruição do plexo mioentérico > atonia e dilatação do cólon
*cólon catártico
Laxantes, catárticos e ttmto da constipação - Fármacos procinéticos
exemplos
(3)
- agonista de receptores 5-HT4 (prucaloprida)
- antagonistas dos receptores da dopamina
- antibiótico eritromicina
*aceleram o trânsito gastrointestinal
A gastroparesia diabética pode ser tratada farmacologicamente com agentes antidopaminérgicos
como a
metoclopramida e agonistas dos receptores para a motilina (como a eritromicina [macrolídeos] ).
constipação
fármaco que não causa constipação
antibacterianos de amplo espectro
Antidiarreicos
prevenção e tratamento da diarreia do viajante
subsalicilato de bismuto
*dúvidas sobre a sua eficácia
Antidiarreicos
Fármacos antimotilidade e antissecretores
opioides (3)
- loperamida
- difenoxilato
- difenoxina
*via receptores opioides periféricos, sem ação SNC