Farmacologia dos Anestésicos Locais Flashcards

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1
Q

Anestésicos Locais

A

São substâncias que bloqueiam de forma TOTALMENTE REVERSÍVEL a geração e propagação de impulsos elétricos em tecidos excitáveis;

  • Qualquer parte do SNC
  • Todo tipo de fibra
  • Bloqueio sensitivo e motor
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Q

Anestésicos Locais - Sequência do bloqueio

A
  • Sensação térmica;
  • Propriocepção;
  • Função Motora;
  • Dor aguda;
  • Toque leve.

T - P - M - Dor Aguda

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3
Q

Anestésicos Sintéticos

A
  • 1905 – Procaína
  • 1944 – Lidocaína – maior estabilidade e menor potencial alergênico
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4
Q

Aminoésteres

A

Hidrolizados no plasma pelas colinesterases

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5
Q

Amino-amidas

A

Degradadas no fígado pelas carboxiesterases hepáticas

  • Os AL do tipo amida são metabolizados por enzimas microssomais no fígado.
  • Diminuição na função e fluxo sanguíneo hepático reduzem a velocidade metabólica e predispoem os pacientes a intoxicação sistêmica.
  • A excreção ocorre pelo rim e fezes
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6
Q

Anestésicos Locais - Bases Fracas

A
  • Porção amina terciária é capaz de receber prótons
  • Comercialmente – Sais (cloridratos) Formulações ácidas
  • Aumenta solubilidade aquosa e a protonação – Polarizada
  • Impede a oxidação da adrenalina (vasoconstrictor)
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7
Q

Anestésicos Locais - Peso Molecular

A

Determina o grau de permeabilidade na membrana e a taxa de dissociação ptn plasmáticas

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8
Q

Anestésicos Locais - Lipossolubilidade

A
  • Determina a potência anestésica
  • Em geral: maior lipossolubilidade, maior potência
  • Diminui margem de segurança
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9
Q

Anestésicos Locais - PKa (Grau de Ionização)

A
  • Determina o tempo para início da ação do anestésico
  • Início de ação está diretamente ligado à proporção do composto na forma eletricamente neutra
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10
Q

Anestésicos Locais - Ligação Proteíca

A

Determina a duração da anestesia

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11
Q

Concentração do AL no sangue depende:

A
  • da quantidade injetada
  • taxa de absorção
  • distribuição para os tecidos
  • biotransformação
  • eliminação do fármaco
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12
Q

Absorção

A

A velocidade de absorção sistêmica é proporcional a vascularização:

Intravenosa > Traqueal > Intercostal > Caudal > Epidural > Plexobraquial > Cutânea.

  • Depende do local de injeção, dose total administrada, associação ou não de vasoconstritor e propriedades específicas da droga
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13
Q

AL - Distribuição

A

Proporcional ao coeficiente de partição tecido/sangue, à massa e perfusão tecidual

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14
Q

Cinética de Distribuição

A
  • Fase alfa – Representa saída dos anestésicos em direção aos tecidos ricamente perfundidos
  • Fase Beta Reflete o equilíbrio com os tecidos pobremente vascularizados e com as vias de eliminação.
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15
Q

AL - Velocidade e Volume de Distribuição

A
  • Drogas com alta lipossolubilidade apresentam alto volume de distribuição (VD) – mais solúveis no cérebro, fígado e gorduras
  • ICC diminui o VD – menor velocidade de eliminação – Risco de toxicidade aumentado
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16
Q

AL - Mecanismo de Ação

A
  • Inibem a condução dos nervos periféricos
  • Impede a despolarização da membrana
  • Diminuem a permeabilidade ao sódio
  1. Tanto a forma ionizada quanto a não-ionizada estão envolvidas na atividade farmacológica
  2. Base Lipossolúvel – Difunde-se através da membrana
  3. Forma carregada – Bloqueia o canal de sódio
17
Q

Farm. Dinâmica - Concentração Efetiva Mínima (CEM)

A
  • Varia de acordo com o diâmetro das fibras, pH e frequencia da estimulação nervosa
  • Para fibras motoras – CEM é cerca de duas vezes maior que das fibras sensitivas
  • Anestesia sensitiva nem sempre se acompanha de paralisia esquelética
18
Q

AL - Aditivos

A

Alguns fármacos podem ser utilizados como aditivos para aumentar a atividade dos anestésicos locais:

  • Epinefrina
  • Opióides
  • α2- agonistas
  • Corticóides
19
Q

Aditivos - Epinefrina

A
  • Efeito vasoconstrictor – Diminui absorção sistêmica, prolonga duração de ação e limita efeitos tóxicos
  • Efeito analgésico – Por interação com receptores α2-adrenérgicos no cérebro e medula espinal
  • Dose: Entre 1:200.000 a 0,2mg
  • Associado usualmente à Lidocaína, Levobupivacaína (efeito parcial)
  • Sem efeito comprovado com Ropivacaína
20
Q

Aditivos - α2- agonistas

A
  • Clonidina – Aumenta duração analgesia (~2horas) independente do anestésico

Uso: Espinal, peridural e bloqueio periférico

  • Opióides

Via espinal – Analgesia por Bloqueio Fibras C-nociceptivas

Mais utilizados: Fentanil, Morfina

21
Q

Aditivos - Corticóides

A

Aumenta a duração da analgesia em bloqueio regional – até 50%

Associações:

  • Dexametasona + Ropivacaina ou Bupivacaína
22
Q

AL - Doses Máximas

A
  1. Lidocaína
  • 7 mg/kg – sem vasoconstritor
  • 10 mg/kg – com vasoconstritor
  1. Bupivacaína
  • 3 mg/kg – sem vasoconstritor
  • 5 mg/kg – com vasoconstritor
  1. Ropivacaína
    * 200mg
23
Q

Toxicidade - Neurotoxicidade periférica

A

Maior risco em doses elevadas Pode ocorrer perdas sensoriais prolongadas nas anestesias espinhais em decorrência do acúmulo do AL na cauda equina.

24
Q

Toxicidade - Sistema Cardiovascular

A

Bloqueio dos canais de sódio das fibras cardíacas. Deprimem a atividade marca/passo, a excitabilidade e a condução do estímulo.

  • A bupivacaína tem elevado potencial cardiotóxico. A analise do ECG revela QRS largo. Bradicardia é o principal sinal de toxicidade.
25
Q

Toxicidade - Sangue

A

Altas doses de prilocaína (> 10 mg/kg) produz acumulo de metabólito tóxico (toluidina), capaz de transformar a hemoglobina em meta-hemoglobina

26
Q

Toxicidade - SNC

A

Agitação, tremores, desorientação e convulsões