Exame Físico na Cardiologia Flashcards

1
Q

Como é feito e qual o objetivo do reflexo abdominojugular?

A

É utilizado como uma estimativa da pressão venosa central, sendo realizado da seguinte forma: comprime-se, de forma lenta e gradual, o andar superior do abdomen do paciente com a mão por pelo menos 10 segundos e vai olhando a jugular do paciente. Se ocorrer uma elevação sustentada da jugular > 3cm por 15 segundos ou mais -> PVC elevada -> grande indicativo de ICC.

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2
Q

O que é o sinal de Kussmaul e para que serve?

A

É uma elevação paradoxal do pulso venoso jugular durante a inspiração (o normal é, durante a inspiração, diminui a pressão no tórax e o sangue fluir para o coração). Ocorre em situações em que o VD está prejudicado, como pericardite constritiva, ICC, embolia pulmonar, IAM de VD.

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3
Q

Qual a importância de avaliar o pulso arterial do paciente?

A

A assimetria entre os pulsos do membro é extremamente importante, podendo evidenciar aterosclerose -> ex: pulso mais fraco no MMII esquerod que no direito. Pode ser uma doença aterosclerótica, que é uma doença sistêmica. Então, se o pcte tem aterosclerose nos vasos do MMII, provavelmente também terá no coração -> estratifica esse paciente.

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4
Q

Quais condições não podem estar presentes no paciente para avaliar a PA?

A

Bexiga cheia, exercício físico nos últimos 60 minutos, álcool, café ou alimentos e cigarro nos últimos 30 minutos.

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5
Q

Explique as minúscias da aferição da PA.

A

Quando o manguito aperta o braço, ele colaba a artéria. Ou seja, a pressão do manguito venceu a pressão de abertura da artéria -> é medida a pressão de colabamento da artéria. Essa pressão é a pressão do sangue dentro do vaso. Conforme eu diminuo a pressão do manguito, a artéria abre um pouco e eu ouço o som que marcou a pressão de abertura da artéria (PAS). Continuo abaixando, o som vai mudando de característica até que eu paro de ouvir esse som, que é a PAD.

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6
Q

O que são os ruídos de Korotkoff?

A

São os sons auscultados durante a aferição da PA, sendo dividido em fases: Fase I (PAS), Fase II (zumbido ou sopro), Fase III (nítido/intenso), Fase IV (abafamento) e Fase V (desaparecimento total dos sons - PAD). Pode haver um hiato auscultatório na Fase II.

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7
Q

Defina: hipotensão ortostática e pulso paradoxal.

A

Hipotensão ortostática: queda da PAS > 20 mmHg ou da PAD > 10 mmHg quando a PA do paciente é aferida em posição ortostática em relação à posição de decúbito. Pode ser sintomática ou assintomática Pulso paradoxal: Redução > 10 mmHg da PAS durante a inspiração. Ocorre me 2 situações: tamponamento pericárdico e broncoespasmo com grande esforço respiratório (asma).

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8
Q

Quais condições favorecem a hipotensão ortostática?

A

DM II, idosos e pctes em uso de anti-hipertensivos.

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9
Q

O que é pseudo-hipertensão?

A

É uma pressão falsamente elevada devido ao enrijecimento das artérias -> a pressão sistólica que eu estou medindo não é a pressão dentro do vaso (do sangue), mas sim a pressão da parede enrijecida (essa é a pressão de colabamento da artéria).

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10
Q

Como diagnosticar pseudo-hipertensão?

A

Através da manobra de osler: insuflar o manguito até ultrapassar a PAS -> Osler positivo quando a artéria braquial ou radial é palpável (artéria rígida), configurando a pseudo-hipertensão. Se não for palpável, é Osler negativo.

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11
Q

O que é o Índice tornozelo-braquial?

A

É a aferição da PAS do tornozelo e dividí-la pela PAS braquial. O ITB é normal quando 1 ou mais, pois há uma onda reflexa (refletida), que aumenta a onda de pulso periférica. ITB anormal é anormal (< 0,9), quer dizer que tenho uma pressão menor na perna -> Aterosclerose.

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12
Q

O que é o ictus cordis?

A

É quando o VE entra em contato com a parede torácica na fase de contração isométrica.

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13
Q

O que devemos caracterizar do ictus cordis e qual o normal?

A

Localização (4°/5° EIC esquerdo na LHC ou medialmente a ela), Extensão (máximo 2 polpas digitais), Duração (mesma que do pulso carotídeo) e Forma.

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14
Q

Quais as formas possívels do ictus cordis e o que significa?

A

Globoso: aumento da extensão e duração, podendo haver deslocamento lateral e inferior -> dilatação de VE. Impulsivo: duração aumetnada e localização e extensão normais -> hipertrofia de VE (HAS ou estenose aórtica grave).

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15
Q

O que a pulsação epigástrica e paraesternal esquerda significam?

A

Sobrecarga de VD -> ou está sobre volume muito grande ou sobre pressão muito grande.

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16
Q

O que é o frêmito cardíaco?

A

É a percepção tátil do turbilhonamento sanguíneo no coração. Há uma correlação entre o frêmito e o sopro -> geralmente a presença do frêmito indica um turbilhonamento IMPORTANTE.

17
Q

Quais as causas de turbilhonamento de sangue?

A

Comunicação entre artéria e veia, doenças valvares (estenose ou insuficiência) ou comunicações entre as cavidades do coração -> gradiente de pressão anormal.

18
Q

Quando usar o diafragma e a campânula?

A

Diafragma: também chamado de membrana, é usado para sons de alta frequência. Campânula: sons de baixa frequência. Não deve ser apertado sobre a pele, mas apenas colocado levemente.

19
Q

O que deve ser observado na ausculta cardíaca?

A

Ritmo cardíaco, frequência cardíaca, bulhas, ruídos adicionais (sopros, outras bulhas, cliques, estalidos, atritos).

20
Q

Onde eu devo auscultar no paciente?

A

Áreas mitral, tricúspide, aórtica, pulmonar e aórtica acessória (logo abaixo da pulmonar), região da axila (pois sopros mitrais irradiam para essa região), fúrcula (sopro de estenose aórtica irradia para aqui e para as carótidas), carótidas (as vezes o sopro está só na carótida -> aterosclerose), região infraclavicular (idem carótidas).

21
Q

Explique o desdobramento fisiológico da B2.

A

A B2 é composta por 2 componentes, o aórtico e o pulmonar. Durante a inspiração, há diminuição da pressão intratorácica com afluxo de sangue para o coração direito. Isso faz com que a sístole do VD seja prolongada e o componente pulmonar seja retardado durante a inspiração, podendo ser audível como TLÁ.

22
Q

Explique o desdobramento de B2: persistente não fixo, persistente fixo e paradoxal.

A

Persistente não fixo: há desdobramento da B2 tanto na expiração quanto na inspiração, com alargamento maior ainda na inspiração. Ocorre pelo bloqueio de ramo direito (despolarização do VD é retardada em relação ao VE -> passa pelos miócitos e não pelas fibras de Purkinje -> mais lento). Persistente fixo: há desdobramento igual na expiração e na inspiração, ocorrendo por comunicação interatrial. Paradoxal: desdobramento na expiração e na inspiração não há desdobramento. Ocorre em bloqueio total de ramo esquerdo e na estenose aórtica (aumento do tempo de ejeção do VE).

23
Q

Quando ocorre a B3 e em qual momento do ciclo cardíaco ela aparece?

A

Auscultada na protodiástole (logo após B2) -> corresponde ao enchimento ventricular rápido (pode ser normal em jovens). Em ambiente clínico compatível com doença, indica disfunção contrátil do ventrículo (tem muito sangue dentro dele após a sístole). Quando taquicardia -> ritmo em galope. Evidencia uma DISFUNÇÃO SISTÓLICA.

24
Q

Quais outras situações patológicas pode ser auscultada a B3?

A

Hipertireoidismo, febre, anemia, insuficiência mitral.

25
Q

Explique a B4.

A

Auscultada na telediástole (logo antes da B1), correspondendo à contração atrial da diástole. Ocorre quando há redução da complacência da parede cardíaca (HAS, hipertensão pulmonar, estenose aórtica/pulmonar, cardiomiopatia hipertrófica, doença isquêmica). Quando taquicardia -> ritmo em galope. Evidencia uma DISFUNÇÃO DISTÓLICA.

26
Q

Qual a frequência de B3 e B4?

A

B4 é de alta frequência e B3 é de baixa, portante esta é mais audível com a campânula.

27
Q

O que são os sopros?

A

É a audição do turbilhonamento sanguíneo.

28
Q

Quais características do sopro devem ser avaliadas?

A

São 10: fase do ciclo cardíaco, duração, intensidade, frequência, timbre, configuração, localização, irradiação e relação com a respiração e com a posição do tronco.

29
Q

Explique o sopro em relação à: fase do ciclo, duração e intensidade.

A

Fase do ciclo: sístole, diástole ou contínuo (se for contínuo, não é do coração -> está em vasos -> ex: persistência do canal arterial). Duração: proto, meso, tele ou holo. Intensidade: 6 ou 4 graus.

30
Q

Explique o sopro em relação à: frequência.

A

Alta frequência: maior velocidade do sangue -> diafragma do esteto. Baixa frequência: menor velocidade do sangue -> campânula.

31
Q

Explique o sopro em relação à: timbre, configuração, localização e irradiação, relação com a respiração.

A

Timbre: aspirativo, ruflar, ejetivo e regurgitativo. Configuração: em crescendo, decrescendo, crescendo-decrescendo (diamante), plateau (contínuo). Localização: onde é audível com maior intensidade. Irradiação: para onde irradia. Relação com a respiração: sopros de coração direito aumentam de intensidade com a inspiração -> sinal de Rivero-Carvallo.

32
Q

Explique o sopro em relação à: posição do tronco.

A

Sopro das semilunares aumenta de intensidade quando o paciente está sentado e com o tórax inclinado para frente. Sopro de mitral é intensificado em decúbito lateral esquerdo.

33
Q

Caracterize os sopros sistólicos nessas 10 características.

A

Imagem.

34
Q

Caracterize os sopros diastólicos nessas 10 características.

A

Imagem.

35
Q

Explique os cliques protossistólicos e mesossistólicos.

A

São sons sistólicos. Proto: Som de abertura da valva aórtica ocorrendo por estenose aórtica quando ela ainda está móvel. Geralmente depois do clique tem o sopro. Meso: A mitral fechou mas fez um leve prolapso pro AE, podendo ou não ser acompanhado de sopro (se houver sangue voltando para o AE).

36
Q

Explique os estalidos.

A

São sons diastólicos: abertura de valva mitral -> estenose de valva mitral.