Dislipidemia e Aterosclerose Flashcards
Quais são as lipoproteínas ricas em TGs? Explique.
Os quilomícrons (origem intestinal) e os VLDL (origem hepática). A dosagem de TGs é um reflexo dessas lipoproteínas.
Quais as lipoproteínas ricas em colesterol?
HDL, LDL, IDL e Lp(a). Esta é uma lipoproteína aterogênica.
Qual o papel do LDLc na gênese da aterosclerose?
Quanto mais alto o LDL, maior o risco de aterosclerose e de suas complicações. Interveções de redução de LDL, reduz o risco de aterosclerose e complicações.
É UM ALVO TERAPÊUTICO.
Qual o papel do HDLc na gênese da aterosclerose?
Relação inversa entre os níveis de HDLc e suas complicações, pois remove o colesterol da circulação e partículas oxidadas de colesterol e os leva para o fígado. Além disso, reduz os níveis de proteínas de adesão leucocitária no endotélio e produz NO.
Sem evidência de que o aumento do HDLc reduz o risco CV.
Quais as causas secundárias de hiperlipemia (LDL e TGs)?
Dieta: gorduras saturadas, trans, engordar (LDL), álcool, carboidratos refinados em excesso e engordar (TGs).
Drogas: diuréticos, ciclosporina, GC, amiodarona (LDL).
Doenças: obstrução biliar, sd nefrótica (LDL).
Metabolismo: hipotireoidismo, obesidade e gravidez (LDL), DM, idem, idem, idem (TGs).
Como deve ser pedido os exames laboratoriais para dosar os lipídeos?
Pode ser com jejum ou sem, sendo com que sem é de 12h. O jejum não altera o colesterol, mas pode alterar os TGs.
Deve-se evitar álcool nas últimas 72h e atividade física vigorosa.
Quais os lipídeos dosados no laboratório?
Colesterol total, HDLc, TGs, LDLc (dosagem indireta - fórmula de Friedwald) e não HDLc.
Como é feito o cálculo do LDLc?
LDLc = CT - (HDLc + TG/5), onde TG/5 corresponde ao VLDL.
Porém, quando TGs estão muito altos, eu perco a confiabilidade dessa fórmula, devendo usar o colesterol não HDL como valor do LDL.
Quais as classificações dos níveis de colesterol no paciente? Explique.
Hipercolesterolemia isolada: LDLc > 160 isoladamente.
Hipertrigliceridemia isolada: TG > 150 em jejum ou > 175 sem jejum).
*Se o TG vier maior que 440, devo repetir o exame em jejum.
Hiperlipidemia mista: LDLc > 160 e TG > 150 ou > 175. Se TG > 400, não usar o LDLc, mas sim o não HDLc > 190.
Hipoalfalipoproteinemia: HDLc baixo.
Quais os níveis de colesterol eu devo almejar para o risco individual de cada paciente?
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Como estimar o risco CV em um paciente?
Usamos, no Brasil, o Escore de Risco Global.
O que o escore de risco global estima?
Estima o risco de IAM, AVE, insuficiência vascular periférica ou IC, fatais ou não fatais, em 10 anos.
Quais as etapas na estratificação de risco?
Caracterizo os pacientes de muito alto risco e alto risco e, se eles não se encaixarem em nenhum dos dois, eu aplico o escore de risco global.
Como eu caracterizo o risco muito alto?
Doença aterosclerótica significativa (coronária, cerebrovascular, vascular periférica), com ou sem eventos clínicos; obstrução > 50% em qualquer territórioarterial.
Como eu caracterizo o risco alto?
Aterosclerose subclínica documentada por metodologia diagnóstica (USG de carótidas com placa, ITB < 0,9, CAC > 100, placas na angio-CT nas carótidas); aneurisma de aorta abdominal, IRC (TFG < 60) e em fase não dialítica; LDLc > 190; DM 1 ou 2 e LDLc entre 70-189 e presença de estratificadores de risco (ER) ou doença aterosclerótica subclínica DASC).
Quais são os estratificadores de risco?
Idade > 48 (h) ou > 54 (m), DM > 10 anos, história de parente de 1° grau com DCV prematura (< 55h, < 65m), tabagismo, HAS, síndrome metabólica, albuminúria, retiponatia, TFG < 60.
Quais pacientes devem ser submetidos ao escore de risco global?
Aqueles que não se enquadraram em muito alto e alto risco.
Como é feito o escore de risco global?
As variáveis são: idade, HDLc, CT, PAS, fumo e diabetes, dando pontuações para cada situação e ver o risco estimado para os próximos 10 anos de evento CV.
Qual a estratificação de risco pelo escore de risco global?
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Quais as opções terapêuticas do tto não medicamentoso das dislipidemias?
Reconhecer e corrigir causas 2árias de dislipidemia, terapia nutricional, mudança no estilo de vida (perda de peso, atividade física, cessação do tabagismo).
Qual o impacto das medidas não farmacológicas na correção da dislipidemia?
Vai depender da adesão do paciente e da influência genética na dislipidemia. TABELA
Quais as recomendações dietéticas para o paciente dislipidêmico?
TABELA
Quais as drogas que podem ser usadas no tto farmacológico?
Estatinas, Ezetimiba, inibidor da PCSK9, fibratos, resinas (pouco usados - aumenta TGs, porém único disponível na gravidez), niacina (s/ evidência de redução de evento clínico), ácidos graxos ômega-3.
Comente sobre as estatinas.
Inibe enzima hepática (HMG CoA), reduzindo a produção de colesterol dentro do hepatócito, fazendo com que o hepatócito capte mais colesterol da circulação.
É a primeira opção de tratamento para prevenção primária e secundária. Reduz a incidência de eventos CV por reduzir LDLc e TGs, além de aumentar (pouco) o HDLc.