Esclerose Múltipla e Doenças Inflamatórias Idiopáticas do SNC Flashcards
Quais são os critérios usados para o diagnóstico de Esclerose Múltipla?
Critérios de McDonald
Quais são as 5 categorias dos critérios de McDonald?
- 2 ou mais surtos, com evidência clínica objetiva de 2 ou mais lesões
- 2 ou mais surtos, com evidência clínica objetiva de 1 lesão + evidência clara de surto anterior envolvendo uma lesão em localização anatômica distinta
- 2 ou mais surtos, com evidência clínica objetiva de 1 lesão + disseminação no espaço demonstrada por novo surto em localização diferente do SNC OU ressonância magnética
- 1 surto, com evidência clínica objetiva de 2 ou mais lesões + disseminação no tempo demonstrada por novo surto OU ressonância magnética OU presença de bandas oligoclonais no líquor
- 1 surto, com evidência clínica objetiva de 1 lesão + disseminação no espaço demonstrada por novo surto em localização diferente no SNC OU ressonância magnética + disseminação no tempo demonstrada por novo surto OU ressonância magnética OU presença de bandas oligoclonais no líquor
O diagnóstico de esclerose múltipla necessita de exclusão de outras causas?
Sim, só se dá o diagnóstico após excluir outras causas que justifiquem os sintomas
Como definir que a esclerose múltipla seja altamente ativa?
Quando há:
- 2 ou mais surtos e pelo menos 1 lesão captante de gadolínio OU aumento de pelo menos 2 lesões na RM em 1 ano, em pacientes não tratados
- atividade da doença mesmo com uso de medicamento e na ausência de toxicidade OU não adesão ao tratamento e ocorrência de pelo menos 1 surto no último ano quando ainda tratava e evidência de pelo menos 9 lesões hiperintensas em T2 ou pelo menos 1 lesão captante de gadolínio
Como se dá o diagnóstico da EM progressiva primária?
- 1 ano ou mais de progressão da doença
+ - 1 ou mais lesões hiperintensas em T2 (com mais de 3 mm no maior eixo) em 1 ou mais dos seguintes locais: periventricular, justacortical ou cortical, infratentorial E/OU 2 ou mais lesões hiperintensas em T2 na medula espinhal
+ - presença de bandas oligoclonais específicas no LCR
Qual a definição de disseminação no espaço na RM?
1 ou mais lesão hiperintensa em T2, com mais de 3 mm em seu maior eixo, sintomática ou assintomática, que são características da esclerose múltipla em no mínimo 2 dos seguintes locais: periventricular, cortical ou justacortical, infratentorial e medula espinhal
Qual a definição de disseminação no tempo?
- 1 nova lesão hiperintensa em T2 ou captante em gadolínio (comparado ao exame anterior)
OU - presença simultãnea de lesões captantes de gadolínio e lesões não captantes hiperintensas em T2 em qualquer RM
OU - pelo menos 2 surtos em tempos diferentes
Como é o quadro clínico da esclerose múltipla?
Há déficits focais sensitivos, motores, visuais, síndromes medulares, síndromes geniturinárias e até sintomas psiquiátricos
Quais são as 3 formas da esclerose múltiplas?
- Remitente-recorrente
- Primariamente progressiva
- Secundariamente progressiva
Qual a definição de surtos da esclerose múltipla?
Episódios de sintomas neurológicos novos ou a piora de sintomas, com duração superior a 24 hrs, não causado por febre ou infecção (Fenômeno de Uthoff, o que piora os sintomas), e intercalado por mais de 30 dias
Qual o tratamento da esclerose múltipla para os surtos?
Metilprednisolona IV 1.000 mg por dia, em 2 hrs, durante 3 a 5 dias, seguido de desmame com prednisona 60 mg/dia com retirada progressiva em 1 a 2 semanas. Isso é pulsoterapia
Se não houver melhora após 5 dias de pulsoterapia, fazer plasmaferese
Qual é o tratamento modificador da doença na esclerose múltipla?
- 1ª linha: Teriflunomida 14 mg VO; Intérferon Beta 1-b ou 1-a; e Acetato de Glatiramer
- 2ª linha: Dimetil Fumarato, Fingolimode e Natalizumabe
Se for esclerose múltipla de alta intensidade, quais medicações usar?
Natalizumabe e fingolimode
O quê define a falha terapêutica?
2 ou mais surtos com aumento no número de lesões no último ano sem tratamento
OU
1 ou mais surtos com aumento do número de lesões no último ano com tratamento
O quê é o defeito aferente relativo/defeito pupilar aferente relativo?
É a pupila de Marcus-Gunn: uma pupila reage mais com a outra decorrente de lesão no braço aferente d nervo óptico