ENDOCRINO- Tumores hipofisários Flashcards
porções hipofise
Hipófise anterior ou adeno hipófise
Secreta:
ACTH , TSH , GH , FSH , LH , Prolactina
Hipófise posterior ou neuro hipófise
Secreta:
vasopressina e oxitocina produzidas nos
núcleos supra óptico e paraventicular do hipotálamo)
Epidemio
Achados de autópsia: 10 -15%
Estudos de imagem: 14,4%
Incidência: 2/100000
Prevalência 20/100000
- dificeis de precisar
10% das neoplasias SNC no adulto
> 95% das massas selares
FPAt
- Monoclonais
- Benignos (95%)» carcinomas raros (com metastases)
Fatores envolvidos
- Hipofisários
Gsα (mutações somáticas activadoras)
FGF4 (alt. parácrina factores de cresc ./ citoquinas)
PTTG ( Pituitary Tumor Transforming Gene)
LOH (c/perda de função de genes supressores tumorais)
- Hereditários (historia familiar ou doentes <35 anos)
Multiple Endocrine Neoplasia 1 (MEN1)
Familial Isolated Pituitary Adenoma (AIP)
Complexo de Carney (PRKARIA)
Sind McCune Albright (GNAS)
Classificação
- Clinica: funcionantes vs não funcionantes
- Imagio: Microadenoma (<1cm) vs macroadenoma (>=1cm) (intra selar ,extensão parasselar ,invasivo)
- Imunohistoquimica (PRL, FSH/LH, GH, ACTH, TSH
monohormonal, plurihormonal)
Um tumor pode não ser positivo para nenhuma hormona, tratando-se assim de um tumor da hipófise não funcionante, ou pode ser positivo para várias hormonas simultaneamente, sendo assim um tumor plurihormonal. (corticotrofinoma, tireotrofinoma, somatotrofinoma, prolactinoma, não funcionante)
Prolactinoma
Tumor hipofisário mais COMUM (40% dos tumores hipofisários)
90% microadenomas
Maioria benignos e esporádicos»_space; raramente associado a MEN 1
Mais frequentes no sexo feminino (microprolactinomas)- nos homens nem costumam ser diagnosticados porque nem dao clinica ou só dão disfunção eretil
- HIPERPROLACTINÉMIA não indica invariavelmente a presença de PROLACTINOMA- hiperprolactinemia pode ter outras etiologias para além de um prolactinoma. Desde causas fisiológicas, como a gravidez, até a fármacos, principalmente antipsicóticos e antidepressivos.
Causas prolactinoma
FISIOLÓGICA Gravidez/lactação Atividade sexual Estimulação mamilo Stress Atividade física
FÁRMACOS (principal causa não fisiológica)
Antipsicóticos
(haloperidol, risperidona , clopromazina
Antidepressivos (tricíclicos, ISRS, IMAO)
Procinéticos (metoclopramida , domperidona)
Anti hipertensivos (verapamil , metildopa , atenolol)
Opiácios
Estrogéneos
TUMORES HIPÓFISE
PROLACTINOMAS
Tumores GH/PRL
Sela turca vazia
LESÕES HASTE (A prolactina é produzida pela hipófise, sendo que a dopamina tem um efeito inibitório sobre a secreção da prolactina → como é pela haste hipofisária que a dopamina alcança a hipófise, uma lesão deste local ou um tumor de grandes dimensões, que mesmo que seja não funcionante, comprime a haste, impede que a dopamina passe do hipotálamo para a hipófise, perdendo-se desta forma o efeito inibitório que a dopamina exerce sobre a hipófise = hiperprolactinemia.) Adenoma hipofisário Craniofaringioma Meningioma Hipofisite Traumatismo Sarcoidose/Histiocitose
METABÓLICAS
Hipotiroidismo
Insuficiência renal
Insuficiência hepática
Síndrome ovário poliquístico
Lesão parede torácica
MACROPROLACTINA
Valores e prolactinoma
Valores mais elevados (>250
ng mL ) -> sugestivo de prolactinoma»_space; correlação com dimensão tumoral
EXCEÇÕES:
• Macroprolactinomas com prolactina modestamente elevada»_space; EFEITO HOOK (temos que excluir adenoma não secretor
o anticorpo da analise nao se consegue ligar a tanto antigenio e dá valor baixo)
• Tumores de predomínio quístico
• Fármacos habitualmente associados a hiperpolactinémia ligeira (25 100 g/L)
• Risperidona , metoclopramida e fenotiazinas (>200 ug /L)
-Estes valores elevados podem ser um fator de confundimento, pelo que, se possível, deve solicitar-se a interrupção destas medicações por 3 dias, e reavaliar. Se a prolactina se mantiver aumentada trata-se provavelmente de um prolactinoma, se diminuir, devia-se ao fármaco.
Problemas com doseamento prolactina
Macroprolactina- Valor falsamente elevado de PRL
. Agregados monoméricos
PRL/PRL Ig G -> biologicamente inativo
. Macroprolactina
constitui >60% da prolactina circulante
. Isto sucede porque normalmente a prolactina circula no nosso sangue na forma monomérica, contudo, ela é capaz de formar agregados com a IgG, formando partículas progressivamente maiores, denominadas de big prolactinas ou big big prolactinas
. NÃO REQUER TX
- Efeito HOOK- Valor falsamente normal ou baixo
. Saturação ensaio anticorpos
(PRL > 1000 ng mL )
. se fizermos diluições progressivas, temos valores corretos
Cx prolactinoma
Hipogonadismo
. Oligo/amenorreia,
galactorreia, diminuição líbido, disfunção eréctil, infertilidade
Efeito massa
. Hipopituitarismo
Alterações visuais
Cefaleias (estiramento da dura)
DX prolactinoma
DIAGNÓSTICO» PRL elevada + RMN Tumor hipofisário
TX prolactinoma
Normalizar níveis de prolactina
Reduzir volume tumoral
Restaurar função gonadal /fertilidade
- FARMACO (eleição) -> AGONISTAS DA DOPAMINA (Controlo da secreção hormonal e
crescimento tumoral em 80% dos casos)-> Bromocriptina (agonista parcial D2), Cabergolina
(agonista selectivo D2) (NÃO parece existir risco major de
valvulopatia
com doses standard (até 2mg/semana).)
. Perfil de segurança
semelhante
Efeitos adversos
mais comuns com bromocriptina
(++ GI, hipotensão
postural, cefaleias)- motivo pelo qual habitualmente se inicia a toma à noite - Cirurgia (Terapêutica de exceção)- Microprolactinomas
assintomáticos não requerem
necessariamente terapêutica (++ mulheres pós menopausa)
. em tumores gigantes que nao responde a terapeutica medica (muito raro)
apoplexia, casos urgentes
Acromegália
- Gigantismo
ocorre na infância
(antes do encerramento das epífises) - Doença multisistémica causada pelo excesso de hormona de crescimento (GH)
Incidência: 2 a 6 casos / 1.000.000
Prevalência: 40 a 80 / 1.000.000
Idade média de diagnóstico : 40- 45 anos
Homem / Mulher 1:1
Causa: . ADENOMA HIPOFISÁRIO (Etiologia mais comum (>98%) Macroadenoma ≈) . Secreção ectópica de GHRH . Secreção ectópica de GH
Cx acromegália
Início insidioso ≈
atraso diagnóstico 7- 10 anos
- Alterações cranio faciais . Protusão frontal . Aumento pirâmide nasal,orelhas e volume dos lábios . Proeminência sulcos naso labiais e rugas . Prognatismo . Macroglossia . Diastema dentário
- Extremidades
. Aumento extremidades
. Parastesias (túnel cárpico)
- Pele e faneras . Espessamento/oleosidade da pele . Hirsutismo . Papilomas . Hipersudorese
- Sistema osteoarticular
. Atralgias - Sistema respiratório
. Roncopatia (apneia sono) - Sistema Cardiovascular
. Hipertensão arterial
. Insuficiência cardíaca
- Endócrinas . Intolerância à glicose . Diabetes Mellitus . Oligomenorreia . Hipopituitarismo
- Organomegálias . Bócio . Cardiomegália . Hepatomegália . Pólipos colón
- Manifestações locais
. Cefaleias
. Defice visuais
DX acromegalia
CLÍNICA EXAMES LABORATORIAIS . GH elevada . IGF1 elevado (para idade e género) . PTGO com GH e glicémia aos 0, 30, 60, 90 e 120 min (nadir de GH>0,4 ng /ml) EXAMES IMAGIOLÓGICOS > Ressonância magnética da hipófise (Se os exames laboratoriais forem positivos, deve avançar-se para exames de imagem: RM é o exame de eleição (TAC deixa-nos muitas dúvidas no diagnostico, não é aconselhado) . Macroadenoma hipofisário (≈ 80%) . Microadenoma (≈20%) . Ausência de tumor (≈ 1%)
Quanto mais elevados forem os níveis de GH e IGF1, mais rápido se desenvolve a doença e mais marcado é o fenótipo.
Prognóstico
se for tratado, a mortalidade e morbilidade parecida com a pop geral, por insuf cardiaca e diabetes