DRGE, RGE fisiológico e APLV Flashcards
Diferença DRGE e RGEF
RGE é fisiológico, devido a imaturidade funcional do esôfago, autolimitado (pico aos 4 meses, resolve até os 2 anos, maioria até 12 meses), inócuo, mantém ganho ponderal adequado e NÃO apresenta outras manifestações clínicas ou complicações
Manejo RGE fisiológico
Orientar pais quanto a benignidade (processo fisiológico) e medidas comportamentais: não deitar antes de 30 minutos após refeição, alimentar em menor quantidade com maior frequência, dormir sempre supinado, cabeceira 30 a 40°, eliminar tabagismo passivo.
SEM investigação complementar e SEM tratamento medicamentoso
Tríade clínica alergia proteína leite de vaca (APLV) e outros sintomas
DRGE pós-desmame, atopia e fezes com sangue (proctocolite eosinofílica, é a forma mais frequente)
Pode haver também constipação e enteropatia induzida por proteína (semelhante à doença celíaca)
Ganho ponderal inadequado lactente
Inferior a 24g/dia (aproximadamente, considerar idade)
Fatores de risco APLV, incluindo o principal FR modificável e seu mecanismo
Desmame precoce (pp modificável, IgA leite materno induz tolerância oral) Outros: sexo masculino, comorbidade alérgica/atopia, HF+ parente primeiro grau
DRGE - manifestações
Sintomas inespecíficos em lactentes (regurgitação, recusa alimentar, irritabilidade, redução do ganho ponderal)
Sintomas específicos em escolares e adolescentes (dor epigástrica, pirose, azia, plenitude pós-prandial)
Manifestações extra-esofágicas
Fisiopatologia do DRGE
Redução esvaziamento gástrico, hipotonia EEI, mas principalmente aumento dos relaxamentos transitórios do EEI (esfíncter esofagiano inferior)
Diagnóstico APLV e conduta
Teste terapêutico com exclusão do leite por 2 a 4 semanas (da dieta do lactente e da mãe se lactente em aleitamento materno);
Teste de provocação oral
Positivo se retorno dos sintomas, excluir leite até 2 a 3 anos de vida (quando há maior tolerância oral)
Manifestações extra-esofágicas da DRGE
Tosse crônica, sibilância, rouquidão/pigarro, laringite e faringite de repetição, aftas, erosão esmalte dentário
Manejo DRGE
Medidas posturais (que nem RGE fisiológico); Procinéticos e supressão ácida se sintomas moderados a graves, dificuldade alimentar, sintomas extraesofagianos com nexo comprovado, redução do ganho ponderal ou comprovação de esofagite na endoscopia (preferir IBPs aos anti-H2 nos mais graves)
Terapia empírica DRGE
Em pacientes que já se apresentam com sintomas típicos de RGE, 4 a 6 semanas de supressão ácida - observar e se resolução o diagnóstico está feito
Métodos diagnósticos e indicações
USG - estenose hipertrófica piloro e má rotação intestinal
EED contrastado - suspeita de anormalidade anatômica como causa do RGE (hérnia, estenose, volvo)
pH metria 24h - diagnóstico
EDA - investigar complicações (esofagite, estenose, Barret)
*cintilografia baixa acurácia e impedanciometria sem VR definidos na pediatria
Indicações de exames complementares no paciente com DRGE
Sintomas atípicos (buscar nexo causal)
Clínica sugestiva de gravidade ou complicações
Não resposta ao tratamento medicamentoso
Análise pré e pós-cirúrgica
O que a pHmetria mensura
Duração e frequência dos refluxos, tempo total de exposição ácida
Condições associadas maior risco DRGE
Doenças neurológicas (dismotilidade), pulmonares (tosse crônica), prematuridade, obesidade, malformações TGI