Doença Ulcerosa Péptica (DUP) Flashcards

1
Q

Definição de doença ulcerosa péptica (DUP)

A

Dor em queimação que piora no jejum e alivia na refeição.
>5mm com profundidade que vai até submucosa.
Localização gastroduodenal. Geralmente crônicas.
UD: Mais comuns na primeira porção (90% nos primeiros 3cm). Geralmente <1cm.
UG: Incidência máxima na 6a década. UG benignas associadas à Hp geralmente são acompanhadas de gastrite no antro. Quando causadas por AINE não apresenta gastrite crônica geralmente, mas sim gastropatia química.
Tabagismo é fator de risco para DUP e suas complicações além de reduzir cicatrização dificultando terapia.
Facilitadores: AINE e H. pylori e estresse

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2
Q

Facilitadores/ etiologias da DUP

A

Helycobacter pylori

  • gram negativo flagelado, trasmissão oral-oral ou oro-fecal; produz urease e alcaliniza o ambiente
  • Mecanismo de ação: infecção antro (cél D produz menos somatostatina, nao fazendo feedback negativo nas cél G, elevando a gastrina e secreção gástrica)
  • Infecção disseminada - hipocloridria, mesmo assim perda de mecanismo protetor pode desencadear DUP
  • Testa e trata
  • Associa-se a MALT (linfoma de tecido linfoide associado à mucosa) e adenocarcinoma gástrico.

AINE
Inibe ação da Cox
(cox1 prostaglandina, cox 2 inflamatória)

Lesão da mucosa por estresse (sepse, choque, trauma queimadura) é mais comum em fundo e corpo (mais oxínticos).

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3
Q

São úlceras refratárias aquelas que

A

São refratárias as UG que não cicatrizam em 12 semanas e UD em 8 semanas

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4
Q

Clínica da DUP:

A

Dispepsia + Dor

  • Gástrica - dor que piora com alimentação
  • duodenal - dor que piora de 2 a 3 horas após alimentação

Harrison:

  • Dor em queimação que piora no jejum e alivia na refeição.
  • Clocking, dor que desperta entre meia noite e 3h, é o sintoma mais discriminativo.
  • Idosos têm menor tendência em apresentar dor.
  • UG apresenta náuseas, perda de peso e piora com alimentação com mais frequência que UD.
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5
Q

Complicações da DUP

A

A complicação mais comum é a hemorragia digestiva, sobretudo em idosos. Uma parcela sangra sem nenhum sinal evidente. A perfuração vem em seguida, sobretudo penetrativa e em idosos. Gerlamente, UD penetra no pâncreas levando a um quadro de pancreatite e UG penetra no lobo esquerto do fígado. Obstrução é menos comum e ocorre devido à inflamação e edema. Costuma regredir com cicatrização, mas também pode ser causada pela cicatrização peripilórica. Dilatação por balão pode tratar.

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6
Q

Diagnóstico

A
  • Presuntivo - Jovens e sem sinais de alarme com clínica

- EDA - pacientes >45 anos ou com sinais de alarme (se encontrar úlcera gástrica deve-se biopsiar)

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7
Q

Classificação das úlceras gástricas segundo localização.

A

Tipo I - corpo gástrico
Tipo II - antro
Tipo III - até 3cm do piloro
Tipo IV - cárdia

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8
Q

Diagnósticos diferenciais de DUP

A

Diagnósticos diferenciais incluem tumores GI proximais, refluxo gastroesofágico, doença vascular, doença pancreático biliar (cólica biliar, pancreatite crônica), doença de Crohn gastroduodenal e principalmente DSU, a dispepsia sem úlcera ou dispepsia funcional.

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9
Q

Diferenciação das causas de esofagite na endoscopia com biópsias da mucosa:

  • Úlceras péptica:
  • Úlceras infecciosas:
  • Úlceras farmacogênicas:
  • Esofagite eosinofílica
A
  • Úlceras péptica: múltiplas, distais, isoladas e de forma irregular ou linear
  • Úlceras infecciosas: difusas (ou proximais) e puntiformes
  • Úlceras farmacogênicas: isoladas e profundas nos pontos de estreitamento do lúmen (carina), com preservação do esôfago distal.
  • Nos casos típicos, a esofagite eosinofílica apresenta vários anéis esofágicos, depressões lineares ou exsudato branco com distribuição puntiforme.
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10
Q

Diagnóstico da Helicobacter pylori

A

sempre investigar dispepsia,
Dx: endoscopia com teste rápido da urease / histologia / cultura da biópsia;
- Não invasivo: teste da ureia respiratória / sorologia, que não serve para controle de cura / pesquisa de antígeno fecal

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11
Q

Indicações e esquemas de tratamento H. pylori

A

Indicações para erradicar HP - úlcera péptica, linfoma MALT

TTO

  • Brasil 14 dias (Pyloripac)
  • Claritromicina 500 mg 2x/dia
  • Amoxicilina 1g 2x/dia
  • Omeprazol 20 mg 2x/dia (IBP)

Controle de cura
- HP - >= 4 semanas após terminar tto e não usar sorologia

SUS: consegue amoxiciclina e omeprazol grátis + comprar levofloxacina. Usualmente é esquema para retratamento, porém barateia para o paciente.

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12
Q

Tratamento DUP

A

Tratamento
- Terapia de antissecreção de ácido por 4-8 semanas

  • OURO - IBP (omeprazol 20mg, esomeprazol 40mg, pantoprazol 40mg) 4-8 semanas de TTO. Há hipersecreção de rebote após interrupçaõ em pacientes Hp. negativos devido à hipertrofia das ECL induzida por hipergastrinemia durante o tratamento, agravando sintomas da DRGE ou dispepsia. Redução deve ser gradual e pode envolver substituição por Antagonistas H2. Hipocloridria pode prejudicar absorção de outros medicamentos (Cyp 450)
  • Bloq H: ranitidina, cimetidina afetam CyP 450
  • Helecobacter pylori - erradicar para evitar recidiva;
  • Agentes citoprotetores (Sulcrafato, Bismuto, análagos das prostaglandina- não usar misoprostol em grávidas)
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13
Q

Fisiopatologia da DUP

A

Céls parietais (bomba de proton; produz HCl, FI e IL-11), localizadas nas glândulas oxínticas, sobretudo no fundo gástrico,

  • Antro- cels g (gastrina), cels d (somatostatina, inibe g)
  • N. vago estimula por ach a secreção de gastrina
  • Cels enterocromafins like - histamina

Prostaglandina - mantem barreira de mucosa; ác. araq + COX 1 = PG.

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14
Q

Controle de cura DUP

A

Controle de cura

  • HP - >= 4 semanas após terminar tto e não usar sorologia
  • Úlcera gástrica: nova EDA
  • Cx se instabilidade clínica, complicaçãe ou não resolutibilidade
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15
Q

Endoscopia de controle

A

Úlceras duodenais: não é necessário repetir EDA dado o baixo risco de malignidade

Úlceras gástricas: Realizar nova EDA com biópsia de úlcera ou cicatriz 8-12 semanas após tto se:

  • Persistência do sintomas
  • Todas úlceras complicadas
  • Etiologia desconhecida (s/ hp ou aine; se há hp repetir em >=4 semanas para testar erradicação)
  • Biópsia inadequada ou não realizada na 1ª EDA
  • Úlcera com aspecto suspeito de malignidade mesmo com AP negativo
  • Úlcera >2cm
  • Fatores de risco para CA gástrico (idade >50, história familiar, atrofia gástrica, adenoma, displasia, metaplasia intestinal)
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16
Q

Reparação e regeneração do epitélio gástrico lesionado

A

Células mucosas superficiais produzem muco, bicarbonato e proteínas de choque térmico a fim de e proteger o epitélio e glândulas. Restituição é a migração de células epiteliais para áreas lesadas. Regeneração é o processo de proliferação celular epitelial em lesões mais extensas. Ambos os processos dependem de fluxo sanguíneo intenso. Um leito neovascularizado submucoso fornece bicarbonato, para neutralizar os ácidos, nutrientes e remove produtos metabólicos tóxicos.